A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth)

Cinema quinta-feira, 17 de setembro de 2009 Pizurk

Abby Richter (Katherine Heigl) é produtora de um programa matutino, que tem problemas emocionais e cuja busca pelo Sr. Perfeito a deixou irremediavelmente solteira. Ela está prestes a ser “acordada” de forma brusca quando seus chefes a colocam frente a frente com Mike Chadway (Gerard Butler), uma intransigente personalidade da TV que promete despejar a verdade nua e crua sobre o que faz os homens e as mulheres balançarem.

O que você acha de um filme que te mostra a verdade? Não, não tou falando de Uma Verdade Inconveniente, do Al Gore. Esse tipo de verdade o povão não liga. Tou falando de um filme que mostre pras mulheres que elas são doidas, como nós homens podemos ver claramente.

Inicialmente, é bem divertido e tal, vendo o Leônidas Mike aloprar a mulherada num progr… Pera lá, o filme não começa assim. O começo mostra Abby, a produtora do telejornal local, lutando contra os baixos índices de audiência. Eis que ela chega em casa um dia qualquer e seu gato [Isso mesmo] poe no canal onde Mike apresenta um programa de TV chamado [Adivinhem]: A Verdade Nua e Crua. Sim, bem previsível.

Mas é disso que o povo gosta!!!

A questão é que Mike não tá fazendo um programa pra outros homens, assim como aqueles programas de mulheres gostam de fazer com seus pares. Não. Mike quer é botar na cabeça da mulherada que elas são o problema. O que é a mais pura verdade, que elas não querem admitir. Afinal, se a mulherada não complicasse tanto, não dava tanto problema pra gente.

Tipo tentar botar maquiagem em homem. Isso não se faz!

E o filme caminha bem nesse aspecto, mostrando que mulher complica o que é simples: Agradar os homens. Seja gostosa e fácil, e voilà. Serviço feito. Primeiro a gente olha pra sua bunda, depois pros peitos, depois pra cara, e se tudo isso compensar, a gente talvez pense em se interessar pelo resto. Mulheres não. Analisam cada traço da sua personalidade antes mesmo de dar oi. E pior: Analisam errado.

Mas a gente perdôa vocês, gostosas. As feias não!

Mas depois de ensinar tudo isso, o filme cai naquela velha forma de comédia romântica mela-cueca: O mocinho se apaixona pela mocinha, que também se apaixona pelo mocinho, eles passam por alguns problemas e blá blá blá. Sinceramente, esse tipo de filme já deu no saco. Por que a vida não é assim. E cês vão me xingar, dizendo que eu sou amargo, tou errado e etc… Mas a verdade é essa.

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