Avatar

Cinema quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

 Em “Avatar”, um épico repleto de ação e aventura, James Cameron (diretor de “Titanic”), conduz os espectadores a um mundo novo e espetacular além da imaginação. Em Pandora, uma lua distante de nosso sistema, um herói embarca em uma jornada de descobertas que culmina com uma grandiosa batalha para salvar a civilização.

O filme foi idealizado por Cameron há 14 anos, quando ainda não existiam os meios para a sua realização. Agora, após quatro anos de produção, “Avatar” proporciona uma experiência de pura imersão, que faz com que a tecnologia revolucionária dê lugar à emoção dos personagens e à profundidade da história.

É difícil dizer que Avatar é o melhor filme do ano, dada a safra incrível [Pelo menos pra mim] desse ano. Mas com certeza é o maior blockbuster do ano, com seus incríveis 162 minutos. Não que a grandeza de um filme seja medida pela sua duração, mas o último filme que eu vi, com mais de duas horas, que me empolgou tanto, foi o famigerado Batman – O Cavaleiro das Trevas. E é por isso que eu vou, depois de muito tempo, fazer uma resenha naquele estilo.

EFEITOS VISUAIS / SONOROS

Puta que pariu. James Cameron tá cagando dinheiro, só pode. O filho da puta me produziu um filme que demandou um petabyte de material digital, ou seja, mil terabytes. Cê leu a sinopse ali em cima? Que o filme foi pensado 14 anos atrás, mas não tinha tecnologia pra produzir essa porra? Então. O corno me cria um planeta, lua, satélite, foda-se o que é, com fauna e flora própria, além de uma raça humanóide meio felina, azul, que tem língua própria, inclusive. Manja uma mistura de Star Wars com Senhor dos Anéis? Pra mim, a cria seria algo como Avatar. Pelo menos na parte de mitologia própria. Claro que tudo isso pode ter sido influência do fato de eu ter visto em 3D no IMAX. Mas acredito que mesmo em cinemas normais o visual é incrível. Cê chega a esquecer que é tudo computação gráfica, e até acredita que tudo aquilo existe mesmo. Os sons são outra coisa incrível. Mas não chegam perto da overdose visual que cê tem.

 Isso ae o Cameron faz com o troco do pão.

ENREDO

Não sei se eu vou lembrar vai ter espaço pra tudo, mas vamo lá: Jake Sully, um ex-fuzileiro naval, atualmente tá preso em uma cadeira de rodas. Seu irmão gêmeo, que morreu em um assalto, era cientista e estava a uma semana de embarcar da Terra para Pandora, a lua de algum planeta longe bagarai. Nessa lua, já vivia um povo, chamado Na’vi, seres de cerca de 3 metros de altura, esbeltos e que lembram felinos. Mas como os humanos foram pra porra da lua só por conta de um metal raro que resolveria os problemas energéticos da Terra; e o clã Na’vi mais próximo tá sentado justamente em cima da mina mais próxima, e não quer sair; o pau vai comer solto. O irmão de Jake, que é figurante e nem tem nome, tava num programa chamado [Dã] Avatar, em que cientistas humanos controlavam, remotamente, corpos de híbridos Na’vi com DNA humano, em específico de cada cientista. É ai que Jake entra: Por ser irmão gêmeo do defunto, eles compartilham de um DNA muito semelhante, e os avatares são caros, logo… Ah, sim. Eu falei que Jake tomou um tiro fudido e atualmente tá paraplégico?

 Por que todo mundo gosta de batalhas, principalmente aéreas.

E sabe o pior? Isso é só o começo do filme. A história se desenrola a partir disso, e tem pelo menos umas três reviravoltas dignas do M. Night Shyamalan. Ou nem tanto. É aquela coisa: Clichês, mas é difícil algo não ser clichê hoje em dia. Claro que, eu contando mais ainda do filme, os leitores enraivescidos vão invadir meu barraco e ficar enchendo meu saco, já que leitor é tudo bundão mesmo. Mas se você quer saber o final, vai lá assistir, porra. O negócio vale a pena [Caso você ainda não tenha notado que eu achei o filme foda pra caralho].

PERSONAGENS

Jake Sully, ex fuzileiro, paraplégico, tem a chance de voltar a se sentir pleno. Porra, o Sam Worthington ficou MESMO com as pernas atrofiadas pro filme. Ou então meteram CG nisso também. Mas não importa. O cara convence como milico sem perna frustrado que descobre a alegria de correr novamente num corpo controlado a distância.

 De leste a oeste, de norte a sul, essa é a dança da galinha azul!

Neytiri é a nativa que encontra o avatar de Jake, e descobre que ele é… gay. Tá, não é isso que ela descobre, mas é melhor eu não falar, senão perde a magia [Ui!]. Interpretada pela Zoe Saldanha, eu só fui descobrir quem era depois, já que o CG ficou perfeito. Cê realmente acha que existe uma Neytiri, mas só pela atuação foda da muié.

 Vai dizer que cê reconhece?

Dr. Grace Augustine é uma cientista, estudiosa do povo Na’vi, que reluta em ter Jake no programa Avatar, já que milico não entende nada de cultura, segundo ela. Sigourney Weaver matando a pau, no papel que ela faz melhor: Ranzinza de coração mole.

 Tem outros personagens também, óbvio. Mas não dá pra falar de todo mundo.

Temos também o Coronel Miles Quaritch, chefe de segurança do Portão do Inferno, colônia humana em Pandora. Como todo comandante doido, quer passar fogo em tudo, pra cumprir sua missão: Defender a colônia da selva lá fora, em que os Na’vi são o inimigo mais inofensivo. Stephen Lang é outro que incorpora o personagem, só que esse sem CG. A insanidade do cara é incrível, incrivelmente divertida.

 Robocop quem?

CONCLUSÃO

Ação? Tem. Romance mela-cueca? Ok. Disputa do bem contra o mal? Óbvio. História nova, mesmo com muita coisa já batida? Sim. Efeitos especiais a dar com pau? Tá lá. É um épico, eu já disse. Tem praticamente tudo que se costuma usar em filmes, só que, ao contrário da maioria das vezes, funciona bem. Eu realmente achei, depois de um tempo, que tava lá em Pandora, assistindo aquela sucessão de fatos. O filme te envolve, enquanto conta uma história. Uma história muito boa. É só você se deixar levar.

 Ah, eu falei que tem uma militar gostosa?

Avatar

Avatar (162 minutos – Ficção Científica)
Lançamento: EUA, 2009
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Michelle Rodriguez, Giovanni Ribisi, Joel David Moore, C.C.H. Pounder, Wes Studi, Laz Alonso

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