Barry Lyndon

Filmes bons que passam batidos domingo, 09 de maio de 2010

Todos vocês que aí já devem ter percebido que nós, escritores (Colunistas, mas o Pizurk vai me chamar de estagiário) do Bacon somos muito fãs do Stanley Kubrick. Se não perceberam é porque nem lendo isso direito vocês estão. Mas a questão é a seguinte: Vou falar desse, que é, juntamente com Spartacus, o filme mais premiado do Stan, continuando o tema do texto anterior: A nobreza clássica européia.

sinopse: No século XVIII, um aventureiro irlandês, por ter transgredido a lei, é obrigado a deixar seu país e tornar-se espião, soldado e jogador. Mas seu principal objetivo chegar até a aristocracia através do casamento e consegue, mas, apesar de um período de felicidade, um triste destino o aguarda.

Redmond Barry (Ryan O’ Neil) é um jovem de temperamento explosivo, que teve seu pai, um promissor advogado, morto em um duelo de honra, coisa muito comum na Era Vitoriana da Grã-Bretanha. Ao contrário do que vocês estão pensando, ele não iniciará uma tentativa de vingança ao assassino de seu pai. Ele tava pouco se fudendo pro pai, mas a morte do velho quebrou completamente a expectativa de ascensão do cara, que era apaixonado pela prima. A prima (Gay Hamilton) dele é uma putinha, que deixa o cara sem cabaço apaixonado e aceita se casar com um riquinho qualquer. Redmond, no almoço do pedido de casamento da sua prima, ofende e desafia o sujeito para um duelo de honra, valendo a mão da moça. Barry aparentemente mata o cara e tem que fugir dos homi da mílicia. Mas era tudo armação, para o riquinho continuar vivo e Barry vazar daquelas terras.

 Vai falar que não parece um quadro?

A mãe de Barry dá a ele todas as economias da família, para que ele possa recomeçar a vida em algum lugar. O coitado é tão azarado que é assaltado. Então ele se alista no exército para almejar uma posição social digna. Depois de presenciar muitas mortes durante a Guerra dos Sete Anos, (Se você não sabe o que foi, procura no Google, NOOB) resolve desertar. Só que isso é um crime muito grave. Pra sorte do cara, no meio do caminho, ele vê oficiais aos beijos dentro de um rio. O cara é malandrão, pega a roupa de um deles, que era de patente alta, pega o cavalo e vaza.

O cara viaja a Europa como mensageiro durante um tempo, até ser desmacarado por um oficial prussiano, que como preço pela deserção o faz lutar por seu exército. Barry, após alguns êxitos como soldado prussiano, é “promovido” a espião. Sua missão era investigar as atividades ilícitas do Chevalier de Balibari (Patrick Magee), só que ele fica impressionado com a vida do cara e conta a ele todo o plano. Depois de fugirem, eles passam a passar a perna em vários outros nobres em mesas de jogo, e é ai que ele conhece o aleijado Sir Charles Lyndon (Frank Middlemass) e sua lindíssima esposa, Lady Lyndon (Marisa Berenson).

 Cachimbo da Paz

Barry se apaixona pela grana da moça e dá a ela o que o marido aleijado não podia dar, e segundo aquele velho ditado, amor de pica fica. Os dois têm alguns encontros, até que Sir Lyndon praticamente morre (Morre mesmo) de desgosto. Os dois se casam, e têm um filho, que é o amor de Barry. Ao mesmo tempo, ele tem que ser um pai para o filho da Lady, Lord Bully, mas na verdade mesmo o cara tava era pouco se fudendo pra ele. É aquela coisa, os dois ficam no quebra pau até um dos dois sair de casa. E isso acontece quando Bully está mais velho, e não suporta ver que a fortuna de sua família virou dívida pela má administração de Barry, e que nem mesmo ser fiel à sua mãe Barry era. O segundo ato todo é a decadência que a vida do cara entra, como conseqüência de suas próprias ações e escolhas.

O filme, como dito anteriormente (Baseado no romance de William Makepeace Thackeray), é o mais premiado de Kubrick, devido à sua perfeição técnica. Falar da fotografia, que abrange espaços amplos, paisagens de uma Europa belíssima e de um detalismo completamente fora do normal (Que faz esse filme ser o mais próximo a uma pintura, se fossemos fazer uma comparação), é chover no molhado. O figurino é certamente o mais bem feito na história do cinema e a direção de Kubrick dispensa comentários.

 Lyndon reunidos

Apesar de bem longo (3 horas), é um filme que deve ser apreciado a cada nova tomada, devido ao detalismo já citado, e com um bom roteiro. Algo que fez com Barry Lyndon não fosse mais falado foram os filmes que o Kubrick havia feito anteriormente: Dr. Fantástico, Laranja Mecânica e 2001: Uma Odisséia no Espaço, clássicos absolutos, mas isso não serve de desculpa para qualquer crítico subestimá-lo. Afinal, Kubrick é Kubrick, não é, Uiara?

Barry Lyndon

Barry Lyndon (184 minutos – Drama)
Lançamento: Reino Unido, 1975
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, baseado em livro de William Makepeace Thackeray
Elenco: Ryan O’Neal, Marisa Berenson, Hardy Kröger, Steven Berkoff, Gay Hamilton

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