Chega a nova DC
Vou dar uma pausa nos artigos referentes as mortes nos quadrinhos para apresentar as minhas opiniões sobre o Novo Universo DC, que teve início nesta última quarta-feira (31). A partir daqui podem surgir alguns spoillers, então pare por aqui.
Enfim, quarta-feira costuma ser o dia dos lançamentos de quadrinhos nas lojas especializadas nos Estados Unidos. E o dia 31 de agosto entrou para a história da nona arte, pois, pela primeira vez em mais de 70 anos, a DC Comics lançou apenas 2 revistas, uma foi Flashpoint #05, que marcou o fim do Universo DC que conhecemos, e a outra foi Liga da Justiça #01 apresentando o novíssimo universo DC.
Li ambas as revistas e, de certa, as revistas estavam conectadas, pelo menos por uma personagem misteriosa que apareceu nas duas, explicitamente em Flashpoint e discretamente em Liga da Justiça.
De um modo geral foi algo interessante. O final de Flashpoint, apesar de parecer “acelerado” foi muito bom. Já a primeira edição de Liga da Justiça foi um tanto quanto mediana, mas deixou um ar de quero mais.
A última edição de Flashpoint se mostrou uma ponte para o Novo Universo DC. Ela nos mostrou que alteração na linha temporal que criou o mundo de Flashpoint não surgiu devido a um plano maléfico de algum vilão, mas sim da tentativa de Barry Allen, o Flash, salvar sua mãe da morte, provocada pelo vilão Zoom, como foi apresentando anteriormente na minissérie Flash: Renascimento e na mensal do herói escarlate, antes do reboot.
Nesta última edição do “Universo Tradicional”, vemos Flash tentando recuperar a linha temporal e, no momento em que faz isso, temos uma interessante surpresa, pois uma personagem misteriosa aparece e diz que a história heróica que anteriormente seguia por três linhas temporais diferentes agora deveriam se tornar uma única e assim surge o novo Universo DC.
As três linhas temporais, no caso, seriam uma metáfora para as três linhas editoriais da DC nos últimos anos: DC, Wildstorm e Vertigo. Claro que isso já vinha sendo feito nos últimos meses, com a re-introdução do Monstro do Pântano e Jonh Constantine (Hellblazer) no final de O Dia Mais Claro, porém, agora é oficial, misturando elementos de ambas as linhas editorias.
A edição final de Flashpoint mostrou também cenas emocionantes, como a conversa de Barry com sua mãe, e, principalmente, quando Bruce recebe a carta de seu pai.
Por sua vez, a Liga da Justiça trouxe a nova faceta deste novíssimo Universo DC, mas a revista meio que deixa a desejar. A história é boa e se começa há cinco anos no passado, já que a proposta deste reboot é “encurtar” a cronologia.
Esta “nova era” tem tudo para dar certo, apesar de pela primeira edição da Liga nos dar a impressão de uma revisitada a Image dos anos 90, devido ao estilo blockbuster, ou seja, menos história e mais porrada; e a presença de Jim Lee também reforça essa impressão.
Outra parte interessante da revista também é a presença discreta, quase um “cata-piolho”, da misteriosa personagem que surgiu em Flashpoint e ressaltou a importância de reunir as três linhas temporais numa única.
De modo geral, esse novo Universo DC tem tudo para ser interessante, resta agora ver as restantes 52 revistas desta nova linha editorial para ver se os leitores irão gostar destas novas revistas que ao menos de início parecem que vão ser um sucesso.
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