Círculo de Fogo (Pacific Rim)

Cinema quinta-feira, 08 de agosto de 2013

 Círculo de Fogo‘ começa quando legiões de criaturas monstruosas, conhecidas como Kaiju, começaram a surgir do mar, iniciou-se uma guerra que custaria milhões de vidas e consumiria os recursos da humanidade por anos a fio. Para combater os gigantes Kaiju, um tipo especial de arma foi criado: robôs gigantes, chamados de Jaegers, controlados simultaneamente por dois pilotos que têm suas mentes trancadas em uma ponte neural. Mas mesmo os Jaegers se mostram quase que indefesos em relação aos implacáveis Kaiju. À beira da derrota, as forças que defendem a humanidade não têm escolha senão recorrer a dois improváveis heróis – um esquecido ex-piloto (Charlie Hunnam) e uma inexperiente aprendiz (Rinko Kikuchi) – que se juntam para comandar um lendário, mas aparentemente obsoleto, Jaeger do passado. Juntos, eles representam a última esperança da humanidade contra o apocalipse.

Cês curtem robôs gigantes, não curtem? Eu sei que curtem. Todo mundo curte.

As gatas também.

E eu nem vou começar a mostrar as semelhanças entre Círculo de Fogo e Megas XLR, porque senão vai ficar feio pro Guillermo del Toro. Mas qualquer dia eu explico pra vocês o quão superior esse desenho é. Dublado. Mas voltemos ao filme.

Tudo começa num futuro não muito distante [Na verdade, nem um pouco distante, já que ainda nessa década seria reportado o primeiro ataque], quando monstros gigantes alienígenas vindos do espaço das profundezas from hell do Pacífico atacam… Algum lugar. Foda-se onde é, não é relevante pra história, no fim vai todo mundo pra Honk Kong. Por algum motivo esdrúxulo, galera bota o nome dos safados de Kaiju, porque monstro gigante é especialidade dos japoneses. Pra combater essas atrocidades, as nações banhadas pelo oceano Pacífico, que nem é mais tão pacífico assim [Badum tss], resolvem que o jeito mais fácil é construindo robôs do tamanho de prédios e combater fogo com fogo. E, por um motivo mais imbecil ainda, os robôs são batizados de Jaegers, ou seja, caçador em alemão. Porque diabos o nome é em alemão se a Alemanha não é banhada pelo Pacífico, muito menos atacada pelos bichos, eu não faço ideia.

 Enquanto isso, no Atlântico, a Marinha do Brasil joga biriba.

A história foca em Raleigh Becket, que pilotava o Jaeger dos americanos, o Gipsy Danger junto com seu irmão. E quando eu digo junto, é junto memo. Porque, segundo a lenga lenga do filme, um cérebro humano não aguenta a quantidade de informação ou seja lá o que que fode a porra toda, mas dois cérebros humanos operando em RAID 0 linear dá de boa, não dá sobrecarga nem queima nada. O problema é que tudo fica dividido, memórias, sentimentos, a porra toda. E Raleigh pilotava o Gipsy com seu irmão muito bem, se achava o gostoso e tudo mais, até o dia em que a merda aconteceu. Sim, eu vou meter o louco no spoiler aqui, não gostou pula o resto do parágrafo. Onde eu estava? Ah, sim. O irmão de Raleigh morreu, ainda conectado ao Gipsy, o que quer dizer que ele sentiu tudo que seu irmão sentia ao morrer. Desgraça pouca é bobagem, hein? Mas como ele é foda, ainda matou o Kaiju sozinho e voltou pra costa, antes do cérebro pifar devido ao “tremendo esforço”. Coloca qualquer jogador de videogame ae pra ver se ele não resolve a parada sozinho, e ainda se diverte no processo.

 Mais fácil que pilotar helicóptero no GTA.

Mas ao mesmo tempo que a lenga lenga das relações humanas pode atrapalhar, se você quer ver porrada entre seres gigantescos, ela é necessária pro desenvolvimento do filme, como por exemplo a história da Mako Mori, que de início parecia ser só um peso morto, mas não é bem assim. Mesmo que essa enrolação termine como sempre: O herói americano vence a batalha final graças ao sacrifício dos companheiros. Ou da burrice deles, não sei. Sei que o desgraçado do Gipsy Danger tem uma porra de uma espada gigante, que tá mais pra uma motosserra. Então eu me pergunto PORQUE DIABOS ELA NÃO FOI USADA ANTES? Puta que me pariu.

 Fora a participação do Ron Perlman que foi sensacional. Fiquem depois dos créditos que vale a pena.

Eu sei que cês já tão de saco cheio, mas o que importa é que, a despeito da falta de tempo na tela pro mecha japonês, o filme é uma baita homenagem aos crássicos filmes do Godzilla e robôs gigantes em geral. Tipo Evangelion, que não é filme mas tem robôs gigantes. E tem mais conteúdo do que os filmes de ação em geral. Então, acredito que não seja má ideia dar uma olhada nessa bagaça. A menos que você seja um alien, ai cê vai achar horrível.

Círculo de Fogo

Pacific Rim (131 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2013
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Travis Beacham e Guillermo del Toro
Elenco: Charlie Hunnam, Rinko Kikuchi, Ron Perlman, Idris Elba, Burn Gorman, Charlie Day, Robert Maillet, Clifton Collins Jr., Heather Doerksen, Herc Hansen e Jake Goodman

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