Dredd (Dredd 3D)
Em 2139, o mundo entrou em colapso total, o clima, os países, mudaram de forma tão drástica que o mundo acabou se tornando em um deserto desolado, que ficou conhecido como “A Terra Maldita”. As pessoas vivem em “Megacidades”, grupos de gangues selvagens surgem nessas cidades, o sistema judicial não consegue controlá-los, entrando em colapso. Entram em cena os conhecidos “Juízes”, que tomam o papel de juiz, júri e carrasco, o mais temido e famoso de todos conhecido como Dredd é incriminado por um assassinato que não cometeu e tenta provar sua inocência, e no meio disso tudo, descobre que por trás de sua prisão injusta, há um plano diabólico que está agindo.
Se você tá esperando uma porcaria feito aquela adaptação medonha com o Stallone, eu tenho boas notícias pra você. Já que, ao contrário da versão de 1995, esse filme é realmente pesado, tendo recebido inclusive classificação R nos EUA [Restricted, ou seja, menor de 17 só acompanhado de um responsável], e 18 anos, aqui no Brasil. Mas não é por ter cenas de sexo mesmo rolando peitinho, é pela violência mesmo. E, no caso do Dredd, violência é o mínimo que se espera de um filme. Toma essa, Stallone!
Afinal, o que se esperaria de um agente da lei que tem o poder de manter a ordem [Policial], julgar o que tá acontecendo [Juiz], definir a pena [Júri] e executá-la [Carrasco]? Violência gratuita. Gratuita? Ou uma violência compatível com a agressão recebida? Por mais que a lei de Mega City One seja dura, ela é a lei. Não a desrespeite, e você não terá problemas. E você não quer ter problemas, ainda mais se o problema se chamar Dredd.
O enredo do filme é bastante simples: Uma gangue tá tocando o terror num conjunto residencial outrora esquecido pela lei. Até que Dredd e Anderson, a novata que ele tá treinando vão pra lá investigar um homicídio triplo, e descobrem que a parada é mais séria. Pronto, agora você tem uma desculpa pra sair dando tiro em capanga a torto e a direito. Claro que o nível de detalhamento do roteiro é um pouco mais profundo que isso, mas tira toda a diversão eu te explicar o porque dos dois estarem sozinhos no prédio, sem reforço.
E é aqui que a estrela de Dredd brilha. Ele não é um robô, ele não é infalível, mas ele tem experiência pra caralho e tecnologia a seu favor. Além da clássica sorte do protagonista, mas isso só parece forçado na cena das metralhadoras rotatórias. E sim, tem uma cena com metralhadoras rotatórias, no plural, e não é a cena mais legal do filme.
A vilã Ma-Ma também é bem funcional para o universo de Dredd [Se você já tá ambientado com a realidade dos quadrinhos, mais ainda]. Ela não tem motivações estúpidas como dominar o mundo, ela só quer continuar tocando seu negócio de venda de drogas sem mais juízes farejando por ali.
Resumindo, o filme é bão porque não tem tempo pra melodrama ou conflitos internos. O filme tem o nome de Dredd porque mostra o juizão fazendo o que sabe fazer de melhor: Ser a lei. E tente não ficar cantarolando I Am The Law do Anthrax enquanto assiste o filme, se for capaz.
Dredd
Dredd 3D (95 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, Índia, Reino Unido, 2012
Direção: Pete Travis
Roteiro: Carlos Ezquerra, Alex Garland e John Wagner
Elenco: Karl Urban, Lena Headey, Domhnall Gleeson, Olivia Thirlby, Deobia Oparei, Langley Kirkwood, Jason Cope, Kevon Kane, Rakie Ayola
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