Fábulas não são coisas de criança

HQs segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quem nunca ouviu falar na história de Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, Cinderela, Bela Adormecida e Branca de Neve quando criança? As fábulas e contos de fadas sempre exerceram um fascínio sobre os jovens infantes, seja pela graça, seja pela magia, seja pela aventura, mas por mais perigo que os personagens principais passassem todos viviam no fim “Felizes para sempre.” Nos últimos anos temos visto na mídia diversas releituras das fábulas, seja no cinema com Shrek ou com a série Deu a louca na…, onde o humor se torna predominante sobre o encanto e a magia na história, agradando – ao menos na maioria das vezes – todas as idades.

Nos quadrinhos, porém, as história não se adequaram bem ao estilo infantil, sendo sua releitura mais voltada para os adultos. Como é o caso de Fables (Fábulas) lançada em 2002 pelo selo Vertigo da DC Comics.

Criada por Bill Willingham, Fábulas conta a história dos personagens dos contos de fada vivendo entre os humanos na cidade de Nova York, exilados de seu mundo (Paralelo a terra), exílio esse imposto após a invasão do “Adversário”.

 Fábulas de boa índole? vai sonhando

Em Nova York, as fábulas organizaram uma espécie de governo na qual o líder supremo é o Rei Cole, mas quem manda de verdade na bagaça é a Branca de Neve. No primeiro arco dessa série temos a investigação do brutal assassinato de Rosa Vermelha, a irmã da Branca de Neve.

E ao longo da série vemos que as Fábulas na vida real não são nem de perto flor que se cheire, pois a perfeição passa longe. O sucesso da série é tanto nos EUA alguns spin-offs foram criados para série.

E querendo acompanhar o embalo das Fábulas da Vertigo, a Editora Zenescope lançou Grimm Fairy Tales (Contos de Fadas dos Grimm), onde as histórias dos fabulistas alemães são recontadas com um visual mais adulto e com a moral da história bem mais macabra.

 Isso sim é que é chapeuzinho vermelho

A série deu bons frutos, tanto que teve alguns spin-offs com personagens não criados pelos Grimms como Alice, criada por Lewis Carroll. Alice inclusive participou de quatro mini-séries: De volta ao País das Maravilhas, Além do País das Maravilhas, Fuga do País das Maravilhas e Contos do País das Maravilhas.

Mas nenhum personagem dos contos de fadas sofreu tantas mudanças quanto Pinóquio na grafic novel lançada pela SLG Publishing no ano passado. Na história, escrita por Van Jensen e desenhada por Dustin Higgins, o tom sombrio em que conhecemos boneco de madeira que quer se tornar um menino de verdade é bem diferente.

Nessa versão, além de não se ter um final feliz para Pinóquio, temos um caminho totalmente diferente, já que o criador de Pinóquio, o carpinteiro Gepeto, é morto por vampiros. É, isso ai, Vampiros!!! Mortos-vivos chupadores de sangue!!! Cruéis tal qual reza a lenda e não essa palhaçada que vemos em Crepúsculo.

 Caçador de Vampiros em alto estilo

Mas, voltando ao assunto, com Gepeto morto, Pinóquio jura vingança e abraça a profissão de Van Hellsing, Buffy e Blade, passando a caçar as criaturas da noite com uma grande vantagem, já que ele tem em seu corpo uma boa quantidade de estacas naturais.

E ao contrário das outras séries que dão uma repaginada nos contos de fadas, a graphic novel Pinóquio: Caçador de Vampiros além do terror e temática mais adulta, ainda é recheada com um humor prá lá de negro.

E você, o que acha dessas releituras?

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