Gigantes de Aço (Real Steel)

Cinema segunda-feira, 24 de outubro de 2011

 Em um futuro próximo, Charlie Kenton é um lutador de boxe frustrado após o esporte se tornar uma modalidade de alta-tecnologia, sendo comandado por robôs altamente desenvolvidos. Ele abandona a profissão e começa a viver da venda de restos de robôs para o ferro velho. Quando sua vida parece ter encerrado, ele se reúne com seu filho para construir e treinar uma nova geração de robôs.

Eu não tinha visto muita coisa a respeito desse filme, admito. Só fui ter alguma “interação” quando escrevi as estreias da semana passada, ai eu fiquei com vontade de ver essa josta [Já que a Disney, que distribui esse e outros filmes, não me chama mais pra ver as paradas]. Dado o meu desemprego, fui no cinema assistir sexta a tarde mesmo, que é mais barato. E rapaz, eu não me arrependi.

Aposto que muita gente vai me xingar mentalmente [E alguns nos comentários], mas Gigantes de Aço [Má que tradução infeliz pra Real Steel] é como se fosse um Rocky. Com robôs. Porra, tudo com robôs fica melhor. Menos sexo, sexo com robôs não deve ser muito divertido não.

Mas divago, porque essa sinopse ae tá meio errada [Sempre tá, parece até que quem escreve elas não vê o filme do qual tá falando]: O Wolverine Hugh Jackman é Charlie Kenton, um ex-boxeador que parou de lutar porque os humanos foram trocados por robôs nos ringues, já que os robôs não tem limites – para o bem e para o mal.

 Eles não se cansam. E não dá problema se a cabeça for arrancada no tapa.

Só que não foi só ele quem parou de lutar por isso. O boxe humano basicamente se extinguiu, sendo substituido pelo boxe robótico. Ele, como bom malandro, continuou no negócio. Só que não vendendo restos de robô pra ferro-velho. Ele na verdade comprava robôs velhos pra fazer exibições pelo país e tal. Só que como ele só compra velharia, não costuma durar o suficiente pra mais do que uma apresentação [Sem contar a falta de noção pra negócios]. Eis que ele descobre que uma ex, mãe de seu filho, morreu. E a guarda vai à julgamento. É ai que começa o rolo.

 “Belas pernas, que horas abrem?”

Pra abrir mão da guarda do moleque pra tia dele [Que é casada com um cara muito rico, mas ela gosta é da pá do pedreiro], ele negocia com o tal marido, que quer fazer uma viagem à sós durante o verão, período esse que Charlie terá de cuidar de seu filho, Max. E tem toda aquela lenga lenga de criar uma ligação durante esse período, blá blá blá. Todo mundo já sabia. O bacana é que, numa situação que era só uma busca de peças velhas num depósito se torna uma situação de vida ou morte, e Max acaba arrumando um robô “novo”.

 Novo só na história, porque o bicho é véio pra caraio.

Como não tinha nada a perder, Charlie acaba usando o robô que Max achou pra ganhar uma grana. Só que como o robô é um desgraçado de um sparrying, ele foi feito pra apanhar. Apanhar pra caralho e continuar funcionando. O desgraçado apanha mais que carne de segunda, e mesmo assim não para de funcionar. Chegam a insinuar algo como o robô tendo força de vontade ou coisa do gênero, mas não caíram nesse conto da carochinha [Não muito]. Mas o que importa é: A luta final é quase uma versão robótica de Rocky contra Clubber Lang [Mr. T é foda!], até me deu vontade de fazer boxe. Não que eu já não quisesse, mas eu realmente me empolguei de ver duas latas de sardinha se estraçalhando. E o final não é tão piegas quanto poderia, o que só deixou tudo melhor. Mesmo que já tenha uma continuação programada pra 2014 engatilhada. Mas se for foda igual, porque não?

Gigantes de Aço

Real Steel (127 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, India, 2011
Direção: Shawn Levy
Roteiro: John Gatins, Dan Gilroy e Jeremy Leven
Elenco: Hugh Jackman, Kevin Durand, Evangeline Lilly, Hope Davis, Dakota Goyo, Kevin Durand e Anthony Mackie

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