Kick-Ass – Quebrando Tudo (Kick-Ass)

Cinema quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dave Lizewski é um rapaz comum e que ninguém percebe sua presença. Fã de histórias em quadrinhos, ele tem pouquíssimos amigos e vive sozinho com o pai. Até o dia em que decide se tornar um super-herói (Um vigilante), mesmo sabendo que não possui nenhum treinamento e nem poderes, apenas uma alta resistência a dor. Adaptação da série de quadrinhos da Marvel criada por Mark Millar e ilustrada por John Romita Jr.

Aqui é a resenha do Kick-ass? Espero que sim. Bom, eu sou o João Pedro, A.K.A. Jão (Olá, Jão… piada meio velha e ruim, mas é indispensável. Na verdade, não é, mas eu quero.), e eu fui seqüestrado e torturado pelo Pizurk pra fazer essa resenha!

Tá certo, ele me ofereceu dinheiro pra fazer isso. Na verdade foi um Chokito mordido. Bom, na verdade, fiz isso porque é filme de graça (E NÃO ME ARREPENDO!).

Voltando ao assunto, Kick-Ass – Quebrando Tudo: Como sempre, na versão em português o titulo fica broxante, já que Kick-Ass já é um bom titulo. Mas somos brasileiros, já acostumados com esse tipo de merda coisa. Pra começar, o filme mostra o que aconteceria com um idiota qualquer que quisesse virar um super herói. Esse cara poderia ser desde um retardado cara que vestiu uma cueca por cima da calça, e pulou do segundo andar do prédio/casa (Sempre alguém tem uma história de um amiguinho/vizinho que fez isso) ou aquela pessoa mais sã, que só pensou no assunto mesmo, como o meu caso, que fingia que era um super-herói e socava brincava de lutinha com os amiguinhos, afinal todo mundo adora super-heróis, seja o Batman, o emo Homem-Aranha e por ai vai.

 “Tem certeza que voce não quer aumentar a nota de Kick-Ass pra 8 não?”

Kick-Ass é um filme é muito bom: Tem sangue, tem super-heróis, tem acrobacia e a boa e velha pancadaria (É como um sundae de tiros, sangue e porrada. Parece ótimo não?). Só faltou mulher pelada. Se bem que tem algumas cenas reveladoras da Katie, interpretada por Lyndsy Fonseca (Que eu comia, fácil tem 23 aninhos).

A história em si é bem feita, é um tema que todo mundo já pensou algum dia, enquanto tava lendo revista no banheiro, e o desenrolar prende a atenção. Só é problema pra quem leu os quadrinhos, que não devem ser comparados com a história do filme, já que nesse caso, o escritor fez o final do filme bem antes do final nos quadrinhos, (Mas hein?!) fazendo o filme e a HQ como duas histórias distintas.

Os personagens são incríveis, são personagens comuns, fáceis de se achar no nosso cotidiano, mas com um toque de loucura. O personagem Kick-Ass (Aaron Johnson) que é a moçoila o mocinho, conseguiu passar bem a idéia do original dos quadrinhos, já que era pra ser um garoto meio gay sem talento nenhum. E o personagem das telas ficou menos loira, esse é um daqueles personagem que ninguém dá nada no começo, mas que consegue trazer surpresas no final (Ops, sem spoiler aqui).

 “Dupla dinamica é o caralho!”

Temos agora a minha favorita: Mindy (Chloë), que realmente rouba boa parte da atenção como Hit Girl, uma menina de 10 anos que putaqueopariu sabe o que faz, e que ela faz é atirar, bater e fatiar (Meus verbos favoritos). A menina, no caso, é um cruzamento de Wesley, d’O Procurado, com a Violet, de Ultraviolet (Beatrix Kiddo, do Kill Bill, com o Rambo também serve), e acompanhada do som de Joan Jett And The Blackhearts, é feita pra dar medo em bandido mesmo. A atriz Chloë Grace Moretz, que a interpreta, incorpora muito bem o papel. Essa menina realmente treinou para fazer esse personagem, e pelo jeito a atriz tem potencial pra crescer no ramo, talvez até como uma alternativa pra Dakota Fanning, que já perdeu sua carinha de criança (16 anos pessoal, só mais dois anos… só mais dois anos).

Já Nicolas Cage, que interpreta o Paizão, ficou meio que uma copia barata do Batman, porque Cage modelou seu maneirismo pra falar no Batman original do Adam West. Inventa a sua própria voz, cacete. De acordo com o diretor Matthew Vaughn, Cage começou a improvisar quando testou a fantasia pela primeira vez. O diretor ficou feliz por Cage continuar a performance durante o a gravação do filme, citando irritação com a voz cavernosa que Christian Bale usou no O Cavaleiro das Trevas. Assim, toda vez que Cage faz a voz, sai como algo pausado, parecendo que o Paizão tem asma e tem aquele capacete ridículo dele, também parecendo com a mascara do homem-morcego. Faltou um pouco de músculo, mas ultimamente nenhum dos atores ta conseguindo fazer isso direito (Vide Superman: O Retorno). O importante é que Cage conseguindo passar bem o jeito que é o Paizão: Louco, violento e um pai amável (Divertido não?).

 “Filho, depois desse filme, o esquema vai ser pedofilia com as fotos da Hit Girl”

Os vilões também fazem por merecer. Frank D’Amico, interpretado por Mark Strong, mostra toda a maldade esperada em um mafioso. Eu esperava mais do Red Mist, que no filme ficou BEEEEM mais infantil do que ele era na HQ.

Comparações do filme com o gibi são esperadas, mas como eu disse antes, não compare os dois. Pense como se fosse O Procurado: As duas versões são diferentes (Filme e HQ) e é melhor assim, já que são duas possibilidades para o mesmo assunto, sendo o filme uma versão otimista e o quadrinho a pessimista, valendo a pena ver os dois. O filme tem ótimas cenas de luta e ação, que são muito bem coreografadas. E enquanto o filme tem aquela pitada de humor que filmes de heróis precisam (Como as frase de efeito), o gibi tem uma história mais sanguinolenta e densa, que mostraria mais a realidade, se é que isso pode ser dito.

Kick-Ass – Quebrando Tudo

Kick-Ass (117 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, Reino Unido, 2010
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Jane Goldman e Matthew Vaughn, baseados em HQ de Mark Millar e John Romita Jr.
Elenco: Chloe Grace Moretz, Nicolas Cage, Christopher Mintz-Plasse, Aaron Johnson, Lyndsy Fonseca, Clark Duke, Omari Hardwick

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