O Hobbit: A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug)
Bilbo, os anões e Gandalf continuam sua jornada depois de serem salvos pelas águias nas Montanhas Sombrias e se encontram com Beorn, um troca-pele, que pode se transformar em um urso enorme. Depois disto eles continuam até a Floresta das Trevas, onde Gandalf os abandona para tratar de “assuntos pessoais” (na verdade ele e Radagast vão atrás da resposta sobre o Necromante, e acabam achando mais do que esperado). Os anões e o hobbit seguem sozinhos por dentro da floresta escura e assustadora até que são surpreendidos pelas Aranhas Gigantes, mas Bilbo com a ajuda de seu anel os salva, mas acabam sendo capturados pelos elfos da floresta. Eles precisam roubar Smaug, um dragão que há muito tempo saqueou o reino dos anões do avô de Thorin e que desde então dorme sobre o vasto tesouro.
Olha, eu ACHO que, se você não sabe do que esse filme tá falando, ele não seja o mais recomendado pra sua pessoa. Não que eu queira mandar na sua vida, longe de mim. É só que você vai passar mais raiva do que alguém que sabe do que se trata.
Pra começar, vamos ao final: PUTA QUE PARIU, TÁ DE ZOA COM A MINHA CARA, PJ [Eu chamo o Peter Jackson assim, devido à intimidade adquirida após ele foder com a minha paciência ao final desse filme]. Se você não é virgem, provavelmente já experimentou a delícia de sensação que é uma foda interrompida bem no meio, seja lá pelo motivo que for. A porra do motivo não é importante. O importante é que antes da hora H, a foda cessou de existir. Essa é a sensação que eu tive depois que a cena final terminou. Caralho, PJ, eu quero ver o pau comer, a morte e a destruição que o Smaug vai causar num filme que tem o nome dele no título. NÃO NO PRÓXIMO, SEU FILHO DA PUTA!
Ah, vai pra puta que pariu você também, Thorin Escudo de Carvalho. Maldito mimado que quer resolver só o seu e fode o grupo inteiro por conta disso. Não é porque cê é o rei que a aventura gira em torno de você. E eu provavelmente deveria separar um filme baseado em um livro de um RPG baseado em um universo que contém esse livro. Mas eu não consigo, porque é um RPG tão descarado que dá até raiva. Bando de novato do caralho, vão aprender a fazer ficha e a jogar.
Mas voltando ao que me incomodou no filme. É tudo muito bonito, é tudo muito legal, é a continuação daquela belezinha do ano passado, mas ao contrário dela, não souberam se conter. A parada é sobre o hobbit, o título é sobre o hobbit e o dragão, mas nãããããããããão, temos que mostrar o Legolas [Elfo viadinho que todo mundo lambe as bolas] passando a faca nos orcs [Tudo low level, pra morrer fácil assim]. Somos OBRIGADOS a mostrar o Gandalf indo presenciar o nascimento do mal, porque ele é o NPC do mestre e tem que explicar a história que dará origem à trilodia Senhor dos Anéis. Porém, eu me pergunto: Qual a necessidade disso?
Dava pra resumir tudo em dois filmes, quiçá num só? Dava, e deveria ter sido feito. Quer fazer prequência, vai fazer outro filme, lazarento. Mas não me fecha o livro do mestre no meio da batalha fodelona e fala “Vejo vocês ano que vem”, porque eu tou acostumado a esperar uma semana pra jogar, e se fica um mês já é coisa o bastante pra endoidar o caboclo.
Mas nem tudo é ódio e ranger de dentes. Pra variar, a parte técnica tá sagaz: Figurino, fotografia, efeitos especiais e todas essas porcarias que vocês se importam tão lá, e representam. Mas a história vai e volta em até três tramas paralelas ao mesmo tempo, e isso pode confundir o pobre mortal que assiste o filme. Não é o meu caso, eu como semideus que sou, entendi tudo perfeitamente. Sendo que duas delas são perfeitamente dispensáveis. Exceto pros fanzocas dos elfos.
Que provavelmente não conhecem a sensação de foda interrompida.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
The Hobbit: The Desolation of Smaug (161 minutos – Aventura)
Lançamento: EUA, Nova Zelândia, 2013
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson e Guillermo del Toro, baseados no livro de J.R.R. Tolkien
Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Bill Nighy, James Nesbitt, Adam Brown, Richard Armitage, Aidan Turner, Rob Kazinsky, Graham McTavish, Elijah Wood, Andy Serkis , Christopher Lee, Ian Holm, Orlando Bloom, John Callen, Stephen Hunter, Peter Hambleton, Cate Blanchett, Hugo Weaving, Andy Serkis, Doug Jones, Saoirse Ronan e Billy Connolly
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