Os melhores jogos multiplayer para PS3 – Parte I

Games terça-feira, 05 de outubro de 2010
 “Se a fita não pegar, assopra!”

Lembro-me com nostalgia da época em que videogame não era descartável. Quando eu tinha por volta de 8 anos, um tio me deu um Master System. As “fitas” com os jogos não eram muitas, não havia pirataria, também não havia memory card ou qualquer forma de salvar o jogos. Tudo era muito diferente. Enfim, o tempo passou, a pirataria chegou, os jogos evoluíram, a China virou potência e tudo mudou. Os jogos (agora em mídias como CD ou DVD) passaram a ser comprados a rodo, e depois de “zerados” eram deixados de lado. Usei a forma verbal no pretérito imperfeito porque essa realidade mudou.

Falo dos modos multiplayer online inaugurados pelos jogos de PC e especialmente desenvolvidos pelo Xbox 360 e pelo PlayStation 3. O paradigma de “jogar, zerar e deixar de lado” foi abandonado, e substituído pelo “jogar, zerar e partir para o vício do modo multiplayer”. A qualidade e grandeza dos jogos (nos sentidos qualitativo e quantitativo) e seus variados modos acabam fazendo valer a pena fazer um investimento alto nos jogos originais. As produtoras ainda lucram com os add-ons (com novos estágios, personagens, cenários, modos etc.) que são vendidos.

Minha experiência pessoal é com a Playstation Network (PSN) do PS3. A rede é estável, democrática, gratuita e rápida. Qualquer conexão de 1Mb já é mais do que suficiente para ligar o PS3 na rede (via cabo ou wireless). Acessórios como o headset wireless tornam a experiência mais realista e dinâmica. A configuração do console é fácil e auto-explicativa. Enfim, é diversão garantida xingando os gringos, fazendo clãs, subindo de level, ganhando novos acessórios, desenvolvendo estágios interativos etc.

Chega de blá-blá-blá e vamos aos jogos com melhores modos multiplayer (cuidado que o vício é inevitável), na minha opinião:

Uncharted 2: Among Thieves

O jogo dispensa apresentações. Gráfico e jogabilidade excepcionais, num enredo envolvente que mais parece um filme. O jogo consegue superar o seu antecessor Uncharted: Drake’s Fortune, que já era excelente. A experiência é agradável e chega ao final sem o jogador sentir. O resultado de tanta qualidade foram várias premiações de melhor jogo em 2009.

O modo multiplayer tem diversos “sub-modos”. Além do clássico Deathmatch (ganha a equipe que matar mais), também faz muito sucesso o Treasure Hunt, onde os dois times têm como objetivo capturar um tesouro e depositá-lo num baú situado na base dos inimigos. Outros modos interessantes são os co-op, nos quais os jogadores são todos aliados e têm que derrotar “o computador”, inimigos com desenvolvida inteligência artificial que se tornam mais numerosos e desafiantes a cada rodada.

Dão um tempero especial os eventos temáticos que, além divertir, dobram a pontuação, facilitando a mudança de level. Funciona assim: no Natal, por exemplo, os personagens ganham “gorros de Papai Noel ou de duendes”, no feriado de Ação de Graças ficam obesos, pois comeram muito peru. E além desses fricotes, como já dito, a pontuação é dobrada. Também há a venda de pacotes de add-ons com personagens e estágios diferentes. A crítica é o preço desses pacotes que fica um pouco salgado para os mortais brasileiros, escravos do Real.

Em tempo, a distribuidora do jogo fez uma jogada de marketing sensacional no pré-lançamento: foi disponibilizada uma versão demo do jogo que só tinha o modo multiplayer. Resultado: antes de ser lançado, o jogo já tinha virado febre, e quando chegou às lojas as vendas foram fabulosas.

Na próxima semana a lista continua. Aceito sugestões.

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