Planeta dos Macacos: A Origem (Rise of the Planet of the Apes)
A arrogância do Homem deflagra uma cadeia de acontecimentos que leva os símios a ter um outro tipo de inteligência e a desafiar nosso posto de espécie dominante no planeta. Caesar, o primeiro símio inteligente, é traído pelos humanos e se revolta passando a liderar a incrível corrida de sua espécie rumo à liberdade e ao inevitável confronto com o Homem.
Devo dizer que esperava um filme médio. Um filme daqueles que você assiste na sessão de quarta-feira, porque é mais barato. E me enganei redondamente, amigos. Planeta dos Macacos: A Origem é o tipo de filme que, num mundo ideal, lota todas as salas no fim de semana, devido à enorme demanda por produtos de qualidade. Mas infelizmente nós sabemos que não funciona assim no mundo real. O filme pode até ser procurado, mas não acredito que alguém vá ter problemas pra assisti-lo. O que, de certo modo, também é bom, porque os apreciadores de bons filmes [Conceito muito subjetivo] conseguirão assistir tal obra prima sem grandes problemas.
Pelo nome, já dá pra esperar uma continuação, ou no caso, uma explicação de um filme anterior. Bom, se você acredita que um pequeno punhado de símios vai conseguir derrotar a raça humana e eliminar a nossa civilização [Sendo que eles seriam mais inteligentes, faria mais sentido eles sobrepujarem a nossa raça e ficar com a civilização e tal], então esse filme é a explicação exata dos eventos anteriores ao Planeta dos Macacos. Tanto é que no filme é citado um astronauta que estaria em missão quando os eventos começaram. Não sei se com o mesmo nome do protagonista do clássico, mas ai cês já querem catação de piolho demais. O que importa é: Não há necessidade de explicação, o filme funciona muito bem como um fim em si mesmo.
O filme começa com o doutô Will Rodman, um cientista [Sempre eles] que está pesquisando a cura do Alzheimer. É aquela coisa autruísta, sem ganhos pessoais e o caralho a quatro [Mentira, é pra curar o pai dele, o Charles Rodman], e os testes estão na fase dos animais. Chimpanzés, mais especificamente. E os testes eram promissores, já que Olhos Brilhantes se recuperava bem. O problema foi que ela surtou e saiu pela fábrica destruindo tudo, bem no dia da apresentação do Will sobre o soro que resolvido o problema dela. Ai já viu, cancelaram a bagaça.
A questão é que Olhos Brilhantes na verdade só estava defendendo sua cria, que viria a ser chamada de Caesar. Tendo vivido num ambiente inundado de remédio pra Alzheimer, Caesar acabou não só não tendo o problema [Mesmo porque, era só um filhote, dã], como desenvolveu uma atividade cerebral acima da média. Humana. Will tratava-o como um filho, mesmo que fosse um filho peludo. Ninguém ae discriminou o Tony Ramos por isso, não é mesmo.
A questão é que, conforme as habilidades de Caesar vão se desenvolvendo, também se desenvolve uma curiosidade sobre o mundo e uma raiva latente, causada pelo preconceito com sua diferença e pela repressão recebida, seguida de abandono. Conforme o filme avança, você logo nota que algo foi perdido: Confiança. E não é tão fácil recuperá-la. Se é que é possível. É mais do que um filme sobre macacos superdotados que eliminam a civilização. É sobre estar com os seus.
Planeta dos Macacos: A Origem
Rise of the Planet of the Apes (105 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2011
Direção: Rupert Wyatt
Roteiro: Rick Jaffa e Amanda Silver, baseados no roteiro original de Pierre Boulle
Elenco: James Franco, Freida Pinto, Andy Serkis, Brian Cox, Tom Felton, David Hewlett, John Lithgow
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