Resenha – Harry Potter e a Ordem da Fênix

Cinema segunda-feira, 07 de janeiro de 2008

Eu acho que sou masoquista. Talvez um daqueles hardcore. Ainda não chego ao nível de assistir os filmes da Xuxa pra resenhar, mas eu me meto em ver os filmes do Potter no cinema e como fã sempre me decepcionar. Não que não sejam bons filmes… Ta, não são. Só pra começar, como adaptações eles são péssimos e, como filmes originais que tentam ser, são piores ainda.

O pôster
O pôster da manguaça.
Precisa dessa pose toda?

Vamos ao enredo: Potter até agora já encontrou uma pedra da vida eterna, conheceu uma câmara de tortura dentro de Hogwarts e ainda conheceu seu foragido padrinho nos três primeiros filmes. No quarto, além de enfrentar a tesoura assassina dos produtores, ainda se encontrou cara a cara com a tia Valdete (Ok, Voldemort, eu chamo ele como quiser) que ressurgiu feia e poderosa. Falando sério, ele não aprendeu com o Michael que plástica no nariz não se faz??? Então ele volta ao seu quinto ano em Hogwarts apenas para ser desafiado pela cara-de-sapo Dolores Umbridge, professora paga-pau do Ministério da Magia, que é mais PNC (Vocês entenderam, vai) que aquele seu professor de matemática. Acreditem, a velha é o demo. Além de ser a melhor atriz do filme, claro.

A megera
Ela é pior do que aquele seu
professor de matemática.

A primeira grande crítica sobre a película (Porque dizer filme o tempo todo cansa) é que ele desvirtua TODO o livro. Imaginem você ir ao cinema para ver uma adaptação de um livro que fala de um casamento e não ter NADA disso na tela? NADA!!! Incrível como Newell conseguiu sumir com todo o drama que o Potter passa no livro e utilizar cinco minutos para mostrar Filch, o sádico zelador, sofrendo para entrar em uma sala que, teoricamente, não existe. Se vocês são fãs ou ao menos leram o quinto livro, aviso: Não esperem encontrar a obra de Rowling quando verem o DVD.

Armada de Dumbledore
Esse elenco todo é
praticamente o cenário

Potter & friends

A segunda grande crítica é a mesma que fazemos desde a primeira vez que fomos ver a Pedra Filosofal: Se é pra adaptar, que adapte bem. Vejam como fizerem Del Toro com Hellboy ou Jackson com Senhor dos Anéis! Não inventem! E o pior é que o ameba do diretor vai voltar para o próximo, o mais sombrio dos livros (O último não é sombrio. É só que a Rowling viu o Albergue antes de escrever). Nessas horas eu penso que Xuxa seria mais agradável de comentar.

O beijo
Finalmente Potter desencana

O que REALMENTE esperar do filme? Bom, pra começar, finalmente alguém entendeu que o Rupert Grint, que faz Rony Weasley, não foi contratado para ser SEMPRE o alívio cômico. Ele tem algumas das melhores cenas do filme, quando age sério e faz ótimos comentários. Já a irmã do ruivo passa pela pior coisa que pode lhe acontecer quando você vai pra frente das câmeras. Lhe apagarem TUDO que você poderia fazer de bom. Ginny Weasley (Ou Gina, seu purista de araque) tinha algumas passagens perfeitas, inclusive uma super-importante para Harry se desenvolver durante a história. Sabe o que restou disso? Duas falas durante as duas horas de filme. Quais? Reducto e Reducto. Se ela virar a próxima Lindsay Lohan, não culpem a Disney.

Bellatix Lestrange
A macumba das Trevas

Só pra constar, meio tarde: Se você NÃO gosta de Harry Potter… Ei! O que está fazendo aqui então? SOME!!! E não assista o filme. E se você gosta, mas não lê os livros, sinto muito. O filme deveria vir acompanhado de um glossário. Deve ter gente boiando até hoje sobre quem são os Marotos. Ao fazer uma adaptação de Harry Potter eles não conseguem agradar nenhum dos opostos. Nem quem lê os livros e gosta, nem quem só quer ver o filme e não entende porcaria nenhuma do que acontece.

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