Valente (Brave)
Merida é uma habilidosa e impetuosa arqueira, filha do rei Fergus (voz de Billy Connolly) e da rainha Elinor (voz de Emma Thompson). Determinada a trilhar seu próprio caminho, ela desafia um antigo costume considerado sagrado pelos ruidosos senhores da terra: o imponente lorde MacGuffin (voz de Kevin McKidd), o carrancudo lorde Macintosh (voz de Craig Ferguson) e o perverso lorde Dingwall (voz de Robbie Coltrane). Involuntariamente, os atos de Merida desencadeiam o caos e a fúria no reino e, quando ela se volta para uma velha feiticeira (voz de Julie Walters), em busca de ajuda, Merida tem um desejo mal-aventurado concedido. Os perigos resultantes a forçam a descobrir o significado da verdadeira valentia para poder desfazer o brutal curso dos acontecimentos antes que seja tarde demais.
Eu sei, eu sei. Todos nós esperamos, ano após ano, que a Pixar faça obras da magnitude de Toy Story, Wall-E ou Up. Mas cês tem que ver que não dá. Ninguém consegue 100% de aproveitamento, cara. Mas sossega a piriquita ae que o filme é bacanão. Se bem que eu tenho uma queda por ruivas, mesmo que nesse caso seja só simpatia.
Valente é basicamente aquela velha batalha de gerações: Merida quer tomar suas próprias decisões [Que incluem andar de cavalo e atirar flechas o dia todo], enquanto que sua mãe, Elinor, acha que sabe o que é melhor pra ela, já que é mais velha, viveu mais e toda aquela baboseira que todo mundo já ouviu dos pais [Ou vai ouvir, sei lá a sua idade, jovem]. Mas como toda boa adolescente, Merida resolve fazer do seu jeito, que envolve tentar mudar sua mãe. E é ai que a merda se dá.
Elinor quer que sua filha se case com um dos herdeiros dos clãs vizinhos para manter a paz. E, obviamente, Merida é contra. Como era de se esperar num filme ambientado na era medieval, ela recorre à meios mágicos pra resolver seu problema. Só que a mágica não é confiável, e o tiro sai pela culatra [PQP, como é chato escrever sem spoilers]. Ai, cabe a ruivinha resolver o problema com sua mãe, antes que seu pai Fergus se meta e foda a biela. E quando eu digo foder a biela, tá mais pra uma biela que entorta e arrebenda o bloco, pistão, cabeçote, comando de válvula e o diabo a quatro.
Aliás, como reforço cômico, os três pirralhos irmãos de Merida são foda. Fazem um trabalho em equipe melhor que os funcionários do Bacon, e nunca são pegos nas estripulias. Confesso que eles foram a melhor surpresa, já que nem falar eles falam, mas conseguem roubar a cena sempre que um mínimo de foco é dado pra eles. E mesmo eles não existindo, dá pra dizer: Que carisma, minha gente, que carisma. Isso sim é que é roubar a cena.
Mas é aquela coisa: É um filme com o padrão Disney de final feliz. Ou seja, não espere grandes reviravoltas no enredo, é tudo bem amarradinho e tal.
E não se esqueça: Não entre muito tarde na projeção, senão cê perde o curta La Luna, que é genial. Mostra um molequinho sendo ensinado por seu pai e seu avô a fazer o trabalho da família. O problema é que os velhos ficam brigando pra impor o método que eles acham melhor, e não entram num acordo. Mas o moleque é maroto e resolve a parada.
Valente
Brave (100 minutos – Animação)
Lançamento: EUA, 2012
Direção: Mark Andrews, Brenda Chapman e Steve Purcell
Roteiro: Mark Andrews, Steve Purcell, Brenda Chapman e Irene Mecchi
Elenco: Kelly Macdonald, Emma Thompson, Kevin McKidd, Julie Walters, Billy Connolly
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