Resenha – O Preço da Coragem

Cinema segunda-feira, 05 de novembro de 2007 – 1 comentário

Atenção!! Devido ao tema sério e espinhoso do filme meu senso politicamento correto evitou gracinhas desnecessárias no texto abaixo.

Angelina Jolie dá um tempo nos papéis mais comerciais e mergulha na personagem real Mariane Pearl, escritora do livro no qual o filme foi adaptado. Uma transformação física e psicológica que mostra o quão talentosa é Angelina, ainda mais trabalhando com o eficiente diretor Michael Winterbottom cada vez mais documentarista dos bastidores das guerras atuais. Depois de O Caminho para Guantânamo, e agora, em O PREÇO DA CORAGEM (título genérico que nada significa no filme, assim como os similares O Preço do Resgate e O Custo da Coragem), Winterbottom, relata os eventos paralelos que ocorrem ao redor do mundo em função da guerra entre os EUA (e a Europa) contra os terroristas orientais.

Linda de qualquer maneira

Tendo tudo para ser um dramalhão televisivo, o roteiro de Orloff e a direção de Winterbottom, miram o tom documental e a narrativa seca (por vezes fria em demasia) que retrata os acontecimentos após o seqüestro de Daniel Pearl, repórter de Wall Street Journal, raptado quando investigava um controverso líder no Paquistão. Com um elenco desconhecido que facilita a identificação como pessoas reais, O PREÇO DA CORAGEM foge, claramente, do relato melodramático (o único porém, é quando Mariane sofre sozinha com as noticias finais sobre o caso). Legítimo “cinema-verdade” que aposta no choque que os eventos podem causar para quem está aleatório ao que ocorre no mundo atualmente.

Filmes Conselheiros

Primeira Fila sexta-feira, 02 de novembro de 2007 – 2 comentários

Quando você achava que sua família e seus amigos já metiam o pitaco suficiente em sua vida, os produtores e diretores resolveram que obras de “auto-ajuda” poderiam muito bem render filmes que ganhassem tanto dinheiro quanto no mercado editorial, portanto, agora os filmes, também, são conselheiros ou psicólogos ou psiquiatras ou seu pai ou sua namorada (para achar que manda em você).

Estes filmes se inserem, talvez, em um novo gênero, o de filmes de auto-ajuda. É, agora temos um novo gênero para filmes. Prepare-se, essa moda já está pegando. E os primeiros são sempre fenômenos de vendas. Quem não gosta de ler, pode agora assistir um filme e se auto-ajudar (?). O primeiro neste gênero talvez tenha sido Quem Somos Nós?, documentário que relaciona conceitos da física quântica com acontecimentos do nosso dia-a-dia, o que o filme não relata é que estes conceitos são utilizados pelos físicos, normalmente, para o “mundo subatômico”.

Em seguida, fazendo tanto sucesso quanto Quem Somos Nós?, foi O Segredo, este baseado no que chamam de “Lei da Atração”, prega, através de depoimentos de especialistas (não me perguntem quem são eles!), que semelhante atrai semelhante. Pensar coisas ruins atrai coisas ruins. Pensar coisas boas atrai coisas boas. Resumindo, é a mesma lógica do pensamento positivo, só que agora com outro nome. A fórmula é antiga: dar nova roupagem para algo já velho, batido. Utilizar um nome novo para falar do que não é segredo nenhum. E, na carona de O Segredo, chegaram em dvd á pouco tempo os documentários O Segredo por trás de O Segredo (muito original este nome inclusive), O Segredo da Felicidade (deve ser mulher, carros, dinheiro e mais alguma coisinha) e Somos todos Um (este meu pai sempre fala quando pede pra mim colaborar com alguma coisa em casa).

Fenômeno Mundial: interessante ou Zzzzzzz?

Nem só de documentários vive este subgênero, o filme Poder Além da Vida (o melhor destes que estou citando aqui na coluna), é baseado no livro O Caminho do Guerreiro Pacífico, tem no elenco Nick Nolte e Amy Smart e conta a história de um ginasta que após um acidente tem que lhe dar com uma nova perspectiva através do contato com Sócrates, um estranho frentista que surge em sua vida. Mesmo utilizando frases de efeito sobre encontrar o destino e o poder do espírito humano, Poder Além da Vida é um filme muito interessante de ser assistido.

vale uma espiada

A Profecia Celestina e Conversando com Deus têm uma falha grave como filme, são produções de orçamento baixo com qualidade duvidosa de roteiro, elenco e efeitos. O primeiro é uma aventura esotérica que versa, principalmente, sobre o poder da energia que cada ser humano possui, no entanto, como filme falha ao inserir aventura e críticas sociais rasa como um pires. Em Conversando com Deus, recém lançado em dvd, temos a história de Neale Donald Walsch, um cara que após um acidente perde emprego, casa e se vê morando na rua até que começa a escrever cartas direcionadas para Deus pedindo ajuda. Não posso questionar o conteúdo dos filmes e documentários pois os mesmos dependem da crença de cada um, mas, como produções cinematográficas são fracos.

O que todos eles têm em comum é a mensagem típica dos livros de auto-ajuda. Basicamente, pregam o otimismo e a esperança, evitando o pessimismo frente á situações da vida cotidiana, o que é uma mensagem óbvia, no entanto, quando contado, seja em livro ou filme, por um estranho ganha contornos de novidade e verdade universal, basta acreditar.

MTV se nega a tocar 50 Cent

Música quinta-feira, 01 de novembro de 2007 – 5 comentários

Bom, a MTV, todo mundo sabe, toca de tudo. Ís vezes, você tem a sorte de ver o seu clipe preferido passando, mas na maioria do tempo, é só aquelas mesmas músicas de sempre. Ela também toca de tudo, sem nenhum preconceito, seja pelo conteúdo do clipe, ou qualquer outro motivo .
MAS, deve ter acontecido algo que deixou a diretoria muito brava, e eles decidiram que não irão passar o mais novo clipe de 50 Cent.
O clipe, com o sugestivo nome de “I Still Kill”, foi decidido que não será exibido na grade de programação da emissora. O motivo que fez com que o clipe fosse negado a ser exibido, é um mistério, ainda não fui atrás dele pra conferir, e nem vou.
Ao descobrir que a emissora não iria passar a música só por causa do seu título, ele soltou um comunicado, que dizia mais ou menos o seguinte:“se bandas com nomes que remetam a matança podem continuar sendo transmitidas, por que só o clipe dele foi banido?” e alterou o nome da faixa para “I Still Will”. grandes diferenças.
Seria uma boa que a MTV brasil tome a mesma decisão, seria meio difícil pra ela, que só é focada nesse público, mas seria a melhor escolha, na minha opinião, e deveriam dar mais espaço para aquele programa que passa as madrugadas, o Lab, focado em clipes mais undergrounds, e que públicos diferentes podem ter maior aceitação.

Jerry Seinfeld não é um VENDIDO

Televisão quinta-feira, 01 de novembro de 2007 – 1 comentário

“O bom de ser eu é que eles não podem me comprar” – Frase do MESTRE Jerry Seinfeld em resposta ás perguntas sobre o fato de executivos estarem DE OLHO num possível especial sobre a série Seinfeld. Sim, soou arrogante, ou só… ácido. Mas é a real, vou contar o que tá acontecendo.

Empresários de Hollywood estão feito urubus em cima do cara pra uma reunião do elenco principal de Seinfeld pra um especial, que obviamente seria um sucesso logo de cara e o importante aconteceria: Dinheiro. Dinheiro PRA CARÍI!

O MESTRE disse que não há por quê de eles se reunirem de novo pra continuarem com o seriado, e um motivo óbvio é o fato de que o cara está mais interessado nas novas áreas que ele está explorando, como o cinema, com Bee Movie, que surgiu após uma conversa jogada fora com Steven Spilberg.

Bom, é uma notícia boa e ruim ao mesmo tempo. Ruim por não temos mais o VERDADEIRO quarteto fantástico de volta (Jerry, Kramer, George e Elaine), e boa por o cara estar explorando áreas novas e se dando bem. Eu concordo, acho que não se deve mais TOCAR no seriado. E seria DO CARÍI ver o cara num filme live-action, diz aí.

Tropa de Elite cada vez mais próximo de virar série

Televisão quinta-feira, 01 de novembro de 2007 – 6 comentários

José Padilha deve estar dando saltos de alegria após uma proposta de uma emissora estrangeira que se ofereceu pra tocar pra frente o projeto Tropa de Elite como minissérie. Além dos gringos, as emissoras Globo, Record, Rede TV! e SBT também estão brigando pra ver quem fica com a bagaça, mas é ponto pros gringos: Os caras deram total liberdade pro cara, enquanto algumas das emissoras brasileiras (Desconfiam da Globo?) querem que o cara ande na linha.

Entre as novidades, Padilha quer chamar cineastas e publicitários para ajudar com a minissérie, tendo em vista que seria cansativo tocar tudo sozinho, segundo ele. O cara também promete uma história nova, ele não vai fazer uma adaptação das telonas pra sua tv de plasma, playboy. Se os gringos vencerem esta “guerra”, a minissérie só passará pela tv aberta depois de pronta, o jeito é apelar pra tv a cabo e torcer pra que a série saia logo.

Acho que eles deviam “continuar” o filme, ou então fazer um “antes”, mostrando o Capitão Nascimento entrando pro Bope, e tal. Enfim, vamos deixar na mão do cara, ele fez um PUTA trabalho e nós não somos NINGUÉM pra dar palpites.

Harry Potter e a magia dos jogos ruins.

Nerd-O-Matic quinta-feira, 01 de novembro de 2007 – 27 comentários

Ah, as franquias. O que seria do mundo dos games sem elas?

-O que é uma franquia?

Orra, Tanguinha, mas você é mesmo um belo pedaço de asno, hein? “Franquia” é quando um desenvolvedor lança um jogo, e você sabe que vão sair mais trocentos iguais depois. “Fifa” é uma franquia, assim como “The Sims”, “Resident Evil” e “Street Fighter”. A franquia chega pra ficar, e nunca mais desaparece da sua vida.

Claro, os jogos que eu falei aí em cima chegam e ficam porque são bons, porque atendem á demanda de um certo público qualificado. A gente sempre quer dar uma sacada no novo Grand Theft Auto ou no Guitar Hero, por mais que critique o seu lançamento ou pense que não vai estar á altura do jogo anterior. A curiosidade é maior, e é prazeroso acompanhar o desenvolvimento e amadurecimento de uma franquia, quando ela é recheada de jogos interessantes e inovadores.

Mas alguém me explica qualé a das franquias RUINS? Por que demonhos do satanás elas continuam assombrando a nós, pobres jogadores, que precisamos ficar driblando esses jogos desgraçados como se fossem prostitutas sifilíticas?

Nossa, é tão parecido com o filme que eu não tenho nem porque jogar.

E é lógico que eu estou falando da franquia Harry Potter. Os jogos do bruxo que gosta de balançar a varinha são algumas das coisas mais nefastas que já passaram pelos meus consoles. A Eletronic Arts é realmente uma empresa de culhão e pendor mercenário impressionantes, já que não pára de lançar essas crias do belzebu, em todos os formatos e plataformas disponíveis, espalhando a semente do mal de forma indiscriminada a cada novo filme do bruxo que chega aos cinemas.

Quero deixar bem claro que eu não joguei todos os jogos de Harry Potter, e que mesmo assim vou falar deles.

-Ai, mas você devia conhecer os jogos TODOS antes de querer falar alguma coisa sobre eles.

Não, Tanguinha. Você está muito errado. Jogos são uma forma de entretenimento, e você deve SE AFASTAR dos jogos ruins, sem precisar perder tempo jogando cada um deles. Você não precisa gastar tempo com um jogo ruim. O que você precisa é saber reconhecer um deles de longe, para poder evitá-los mais facilmente. Aí você gasta seu tempo jogando alguma coisa BOA.

Confesso que os livros de Harry Potter não me agradam. Mas as razões para eu desgostar deles não interessam, pois são tão válidas ou razoáveis quanto as razões de quem gosta. Reconheço que os livros têm qualidade para um certo nicho de leitores. Isso também acontece com os filmes de Harry Potter que, embora sejam formulaicos, pelo menos são bem filmados e roteirizados. Eles são produtos de qualidade, servidos para aqueles que gostam de Harry Potter.

Corra Réri, Corra.

Porém, mesmo que você seja um fã dos livros e filmes, é preciso entender que os JOGOS Harry Potter são um caso á parte. Eles não são feitos com qualidade e não respeitam os fãs da série; são apenas caça-níqueis, que se aproveitam do hype pra vender mais um produto com a estampa do bruxo-mirim. É como se você quisesse ser macho, por exemplo, e alguém estampasse a figura do Capitão Nascimento em uma caixa de absorventes: não adianta usar o absorvente do Capitão Nascimento, porque isso não vai te fazer mais homem, entende?

Ok, não entende.

Tudo bem, não acredite em mim. Acredite no www.metacritic.com, que faz a média das notas que um jogo recebe nas críticas dos sites especializados. Vamos ver as notas médias dos jogos da série:

Harry Potter and the Chamber of Secrets (2002) Nota média: 71
Harry Potter and the Sorcerer’s Stone (2003) Nota média: 56
Harry Potter: Quidditch World Cup (2003) Nota media: 68
Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (2004) Nota média: 70
Harry Potter and the Goblet of Fire (2005) Nota média: 68
Harry Potter and the Order of the Phoenix (2007) Nota média: 61

E notem que essas são só as notas dos jogos do Playstation 2. Os mesmos jogos existem para outras plataformas, com resultados ainda piores.

Mas que maravilha, hein? Quer dizer que o melhor jogo foi o primeiro, com uma nota média apenas passável de 71, e que depois as coisas nunca melhoraram, apesar dos anos que a EA teve para tornar o jogo uma experiência mais gratificante e alinhada com a qualidade dos outros produtos Harry Potter.

Como pode?

Isso acontece porque a EA sabe que a parada vai vender. Vai vender por causa da força e qualidade dos livros e filmes. Essa qualidade se empresta automaticamente aos jogos, e assim eles continuam a desovar suas criações malditas em formas de jogos franqueados.

-Mas eu gosto dos jogos do Réri Póte, lol xD.

Não Tanguinha, você não gosta. Você gosta do universo de Harry Potter, e se esforça para gostar também do jogo. Os personagens que você adora estão lá, sacudindo as varinhas e jogando Quidditch, e você tenta acreditar que é tão legal como nos filmes, mas não é. É só uma cópia mal-feita, um filme com menos definição, cuja história você já conhece, e que você controla com um joystick.

Se você é um fã da série, faça um favor a todos nós: ignore os jogos de Harry Potter. Releia o livro, reveja o filme, apóie outros produtos bons, mas ignore os jogos. Enquanto alguém comprar, eles vão continuar fazendo.

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