Cês devem saber que o Kiss é uma banda que deixou de fazer música (se é que um dia já fez) pra entrar para o mundo das vendas, transformando a banda em marca, tipo a… Xuxa. Vi no ANTI MOFO que os caras lançaram uma escova de dentes chamada Tooth Tunes, que toca Rock and Roll All Nite enquanto você escova os dentes. Na descrição do produto consta que “você vai ouvir a música de DENTRO da sua cabeça”, o que é algo incrivelmente perturbador, ainda se tratando de Kiss.
Lily Allen, famosa por hits como “Smile”, “LDN”, entre outros, fará um ensaio para o catálogo de langeries da marca “Agent Provocateur”.
O ensaio, que terá 6 fotos dela, será para o lançamento da nova linha de Primavera da marca. andei dando uma olhada no site , e só digo que, se as fotos forem metade do que tem as que tem no site, já tá de bom tamanho.
Lily Allen, a um tempo atrás, que dizia que estava gorda, parece que teve um belo levante de estima. aos 22 anos, seu cd de estréia “Alright, Still” já vendeu mais de 600.000 cópias.
Com as novas programações do canal Sony, Warner e mais algumas estréias em outros canais nesta semana, faço aqui um resumo do que ando acompanhando e que irá estrear por estes dias. Para saber mais sobre todos as séries que estão estreiando veja aqui, aqui e aqui.
Cold Case – 5ª temporada: (segunda-feira ás 21hs. na Warner).
Lilly Rush manteve seu sólido público na TV americana e estréia seu quinto ano investigando um caso de 1994, em que três crianças foram espancadas até a morte. A trilha sonora do episódio é um show á parte com oito músicas do Nirvana. Drama criminal que acompanho ocasionalmente, vale sempre pela trilha sonora do ano em que ocorreu os crimes que os agentes voltam a investigar.
Californication – nova série: (terça-feira ás 22hs. na Warner).
Uma das melhores estréias deste mês, a série é uma comédia com drama da tevê á cabo americana, com alto conteúdo sexual e adulto. David Duchovny (Mulder de “Arquivo X”) volta á televisão nesta polêmica série. O ator é Hank Moddy, um escritor frustrado cuja vida se complica com seus atos inconvenientes enquanto encara as dificuldades de criar uma filha de 13 anos e tenta reconquistar a ex-mulher. Boa notícia: a série já tem segunda temporada garantida!
Ugly Betty – nova série: (quarta-feira ás 20hs. no Sony).
Podem até achar que é série de tanga por se passar nos bastidores de uma revista de moda, mas as gargalhadas são inevitáveis e o desfile de mulheres gostosas impressiona, participam desta primeira temporada a morenaça Salma Hayek (Bandidas e Frida) e a loiraça Rebecca Romjin (a mistica de X-Men). A trama é a versão americana da novela mexicana Betty – A Feia que foi exibida por aqui.
Chuck – nova série: (quarta-feira ás 20hs. na Warner).
Do mesmo criador de “The O.C.”, Josh Schwartz, a série mostra quando um nerd da computação, Chuck, é exposto sem querer a milhões de imagens e acaba absorvendo as informações do departamento de defesa dos Estados Unidos, escondidas por trás dessas imagens. Apesar do argumento absurdo, vale a pena conferir pelo personagens nerds divertidos e as referências pop.
Supernatural – 3ª temporada: (quarta-feira ás 21hs na Warner).
A título de curiosidade sempre gostei de séries bizarras, não esqueçam que fui iniciado neste vício (de assistir séries) com Arquivo X, e atualmente, o que mais se aproxima dele é Supernatural (dadas as devidas proporções). A série em seu terceira temporada apresenta um arco bastante promissor: a morte iminente de Dean e a abertura do portal do inferno. Além disso, duas novas personagens surgem em alguns episódios, até o quinto episódio que assisti somente um deles foi banal os demais estavam muito bons.
Moonlight – nova série: (quarta-feira ás 22hs. na Warner).
Fechando a quarta-feira de ação na Warner estréia uma nova série de vampiros, diferente do universo de Buffy e Angel, em Moonlight, a trama acompanha um detetive vampiro envolvido com casos humanos e sobrenaturais, a série é mais pé no chão que as anteriores e, por enquanto, tem me agradado pela diferenciada mitologia ao redor do conceito dos vampiros.
Como a maioria das estréias são sitcom não tenho como sugerir por assistir somente algumas (The New Adventures of Old Christine e How I Met Your Mother) e não são as que estão no ar atualmente.
Das séries que acompanho religiosamente, a maioria deve estrear somente no ano que vem por aqui (como CSI, Grey’s Anatomy além dos retornos de 24 Horas e Lost), não esquecendo que House – 4ª temporada, está imperdível, e estréia dia 22 de novembro no Universal Channel.
Mark Wahlberg (Uma Saída de Mestre) e Michael Penãoa (Crash – No limite), a primeira prova de que o filme vale a pena. Sem grandes estrelas, Atirador foi um dos MELHORES filmes de 2007, na minha ignorada opinião. Se você gosta de ação, cola aí, cê vai curtir o filme.
– CARÍI!
Bob Lee Swagger (Mark Wahlberg) era um atirador de elite dos Marines até ser apunhalado pelas costas pelos caras, quase sendo morto em uma operação. O cara largou de vez o trampo e foi morar no meio do nada, em umas montanhas, com um… cachorro. O coronel Isaac Johnson (Danny Glover) encontra o cara e pede ajuda: O Presidente dos EUA corre perigo, ele vai ser morto por um atirador de elite a 1,6 km de distância. Isso é possível? óbvio que é, mas Swagger não é fácil, então fez um doce do carái até aceitar ajudar os caras.
Na cena do futuro crime, Swagger examina a área para prever como o atirador de elite vai atacar, quando é surpreendido pela equipe de Johnson e é mais uma vez traído: Agora o suspeito da tentativa de assassinar o Presidente dos EUA é ele. Em uma fuga SENSACIONAL, o cara dribla todo mundo mesmo após ter levado dois tiros e ainda rende um policial bobão do FBI. É aqui que Jason Bourne fica no chinelo.
Sempre há uma gordinha como última escolha.
Falando em Jason Bourne, o chato é ver muitos filmes desse gênero extremamente parecidos. Tá, não é uma comparação totalmente correta, mas você VAI comparar um filme com o outro. Mas como eu já disse, Jason Bourne agora é FICHINHA, esquece. Sim, eu curto pra cacete os filmes do Bourne, não reclama.
Sarah Fenn (Kate Mara) é a ex-namorada de seu parceiro de equipe morto na primeira traição, e também é a única pessoa no mundo inteiro que poderia levar o papo do cara a sério agora. Além de salvar a vida do cara, a mina ainda o ajuda e acaba sendo sequestrada futuramente, o que seria bem óbvio, convenhamos. O agente bobão do FBI, Nick Memphis (Michael Penãoa), está cada vez mais com o pé na rua após cometer tal falha, então decide dar o melhor de si pra saber qual é a de Swagger, e é quando os dois se cruzam e acabam trabalhando lado a lado. O filme começa a ficar EXTREMAMENTE empolgante; explosões, tiro pra todo lado e ação, definitivamente, não faltam.
Tente ADIVINHAR porque o Senador e o Coronel estão com essas caras de bunda.
Não há muito o que falar sobre um filme tão foda, até porque eu poderia estragar a melhor parte. Sério, tira a bunda daí e corre atrás do filme, você vai querer comprar uma Remington e vai passar a tarde matando seus vizinhos da laje da sua casa. O Aurélio devia atualizar a palavra “Empolgante” para “Atirador”. E o filme merece continuações.
Trailer SENSACIONAL, véi. Sensacional. O filme estréia por aqui no dia 25 de Janeiro de 2008!
Benjamin Franklin Gates (Nicolas Cage), o caçador de tesouros, vai mais fundo (heh) dessa vez: Agora ele está atrás da verdade por trás do assassinato de Abraham Lincoln, John Wilkes Booth, através das 18 páginas que faltam no diário do ex-presidente dos EUA. Para achá-las, é claro, ele vai ter que encontrar as famosas pistas, e dar de cara com o vilão da história: Jeb Wilkinson (Ed Harris).
Leia mais sobre A Lenda do Tesouro Perdido 2 clicando aqui.
Direto do álbum Echoes, Silence, Patience and Grace, Long Road to Ruin é um som fraquinho na minha opinião, mas o clipe salva. Enfim, vê aí e não reclama.
Depois de vários anos sem gravar, Silvester Stallone parece estar empolgado agora. Revivendo clássicos como “Rocky” e “Rambo”, um deles, lançado a alguns meses, e o outro, ainda em produção, a maior característica em comum que eles tem é que foram dirigidos e estrelados pelo próprio Stallone. Agora, mais um filme dirigido por ele está em vias de ser regravado.
“Desejo de Matar”, originalmente estrelado por Charles Bronson (morto em 2003), será o próximo dessa lista que parece não ter fim. Os filmes contam a história de um arquiteto que resolve se tornar um vingador depois que sua mulher e filha são mortas por uma gangue de criminosos,que continua sua vingança por 5 filmes. enfim, como Bronson não se levantará de seu túmulo pra participar do filme, o próprio Stallone encarnará o papel de Paul Kersey.
O roteiro do filme, que se for feito como o original será um grande motivo de piada, será re-escrito com alguns novos fatos (eu entendi isso como colocar mais mortes) pelos mesmos roteiristas de “O Exterminador do Futuro 3” e “Mulher-Gato”, Michael Ferris e John Brancato.
Bom, se o filme chegar perto dos pés do filme original, pra mim está ótimo. e ele tem que fazer a cena do saco de moedas, aquilo até hoje é insuperável. Os planos de começar a gravação do filme estão planejados para começar em março de 2008.
Um dos filmes mais esperados do ano que vem, The Dark Knight continua dando prosseguimento a suas filmagens, dessa vez em Hong Kong. Porém um imprevisto impediu que uma cena fosse rodada essa semana.
O jornal local South China Morning relatou que no roteiro constava uma cena onde Batman treinando pra Olímpiada de Pequim na prova dos Saltos Ornamentais saltaria de um avião e realizaria um pulo-bomba no porto de Hong Kong. Só que depois de colher algumas amostras da água, os produtores alegaram que ela poderia conter uma ameaça sanitária e decidiram reescrever a cena e cortar direto pra imagem de um edifício. Ainda segundo a reportagem, foram encontradas virus, bacilos, bactérias e outras agradáveis supresas microscópicas como salmonella e tuberculose na amostra recolhida.
Esses produtores são um bando de tangas. Aposto que o Bátima tem uma vacina pra qualquer doença no bat cinto de utilidades dele.
E lá vem mais uma adaptação bombástica de super heróis. Bombástica porque é uma bomba, não porque tem grandes proporções.
Durante a coletiva de lançamento do seu mais recente filme (Southland Tales), Dwayne Johnson, o The Rock declarou que depois de uma pequena indecisão sobre viver o herói ou o vilão do filme, ele optou pela opção mais fácil: não tomar parte nisso e pedir que seus fãs escolhessem o papel por ele. A voz do povo decidiu que o grandão deveria interpretar o vilão Adão Negro e ator ainda acrescentou que o roteiro já estava sendo alterado tendo em mente explorar os pontos fortes do próprio.
Bom, vamos lá:
– Essa produção tem cara de ser tão furreca, mas TÃO furreca, que até caras que sabem atuar tão bem quanto um cone se dão ao luxo de escolher o que querem fazer. Alô DC, quero ser o Billy Batson, ok?
– Além disso o roteiro vai ser alterado pra explorar seus pontos fortes? Ok, já entendi. Menos atuação e mais porrada. Deve ser por isso que os caras estão fazendo greve.
Tá certo que Shazam nunca foi um personagem de primeiro time, mas a história é até bacana e dá pra explorar uma série de conflitos que renderiam um bom filme. O cara tem até um vilão de respeito (coisa que o Flash e a Mulher Maravlha não tem, por exemplo).
Enfim, marque com um x BEM GRANDE pra não assistir essa bomba.
Pois é. Vou falar sobre blues aqui, mais uma vez. Agora que eu comecei essa bagaça, nada vai me impedir de prosseguir ad infinitum. Da última vez, falamos de Stevie Ray Vaughan, um dos grandes gênios desse gênero musical que empolga pra carái. Dessa vez, falaremos sobre outra lenda viva do blues. O cara é visto como um dos grandes nomes do estilo, sendo imensamente respeitado até por gente que começou antes dele. Ele é… não, porra, ainda não é o Buddy Guy! Eu tô falando de Eric Clapton.
Não se engane pela aparência do cidadão: esse inglês de 62 anos com cara de cidadão pacato e esses óculos de bom moço que ce tá vendo aí ainda detona tudo com uma guitarra na mão. Nascido em 30 de março (como o NegoMedonho, aqui do aoe) de 1945, Clapton teve uma carreira invejável, fazendo sucesso com bandas como os Yardbirds, Cream, Blind Faith e Derek and the Dominos, e também na carreira solo. O cara toca até hoje, criando festivais como o Crossroads, onde vários guitarristas bons pra cacete se juntam pra tocar. Uma maravilha, devo ressaltar.
Clapton nasceu quando sua mãe, Patricia Molly Clapton, tinha 16 anos, e criaram o cidadão achando que sua avó era sua mãe e que sua mãe era sua irmã mais velha. Pois é, mais embolado que novela mexicana. Claro que a coisa não durou tanto tempo assim. Aos nove anos o cara descobriu a enrolação toda. E, é lógico, isso mexeu com a cabeça do sujeito. A partir daí, ele se tornou um garoto solitário e tímido, mas ce vê que nem isso impediu o cara de destruir tudo. Com treze anos, o sujeito ganhou um violão e uma marimba de aniversário, mas quase desistiu de aprender a tocar os dois, achando os instrumentos muito difíceis. Claro, a influência e o gosto pelo blues foram maiores. Ainda bem. O cara então entrou em sua primeira banda com dezessete anos, a British R&B, que se tornou The Roosters. Ficou lá de janeiro a agosto de 1963. Isso por um lado parece ruim, mas por outro, foi uma maravilha – afinal, em outubro desse mesmo ano, Clapton se juntou aos Yardbirds.
A banda, cujo nome é uma gíria pra prisioneiro, foi inegavelmente uma das maiores adições ao rock e aos anos 60. Foram eles quem trouxeram inovações como o uso de distorção (como fuzz box) na guitarra, por exemplo. Clapton já caceteava tudo na guitarra, na época, e era um fã irremediável do blues puro. E foi isso que o levou a sair dessa maravilha de banda. Enquanto o som dos caras mudava do blues pro pop rock psicodélico experimental, Eric Clapton ficava cada vez mais insatisfeito. Até que, em 1965, o cara disse “Ces traíram o movimento blues, véios!” e se mandou. Ou alguma coisa parecida. Claro que ele não deixou os caras na mão: indicou um guitarrista conhecido dele que tocava um som bacana pra tocar em seu lugar. Um tal de Jimmy Page, já ouviram falar? Pois é, e aí o Page indicou um certo Jeff Beck, mas sobre esses dois eu falo em outra matéria. Claro que eu não ia deixar vocês sem o gostinho dos primeiros passos de Clapton na escalada para o sucesso. Eis The Yardbirds com Eric Clapton na guitarra:
Oh, Louise! Why don’t you hurry home?
Em abril de 65, ele se juntou a John Mayall & the Bluesbreakers. O álbum Blues Breakers with Eric Clapton, um dos álbuns mais influentes de blues-rock da história, começou a transformar Eric Clapton numa figura lendária. A piração era tanta que nego pichava “Clapton is God” pelas ruas de Londres quando o álbum foi lançado. Foi no mesmo álbum, aliás, que a primeira música com Clapton no vocal, Ramblin’ On My Mind. Música, aliás, que você confere aí em baixo.
I got raaaaaaaaamblin’! I got raaaambling on my miiiind!
Em julho de 1966, apenas um ano após entrar nos Bluesbreakers, Clapton cascou fora e formou o Cream. A banda ficou conhecida por suas performances ao vivo. A improvisação mandava na bagaça toda, e, como todo mundo sabe, ou pelo menos DEVERIA saber, Eric Clapton improvisa bem pra caráio. Os caras também tinham bastante do rock psicodélico sessentista, lembrando um pouco gente como Jimi Hendrix, The Animals e Creedence Clearwater Revival. Canções como Crossroads (que nasceu da Cross Road Blues de Robert Johnson) e Sunshine of your Love são até hoje conhecidas pelos amantes do blues e do rock sessentista (e por jogadores de Guitar Hero, no caso da Crossroads). Clapton ainda se sentia tímido demais pra tomar o microfone pra si, mas mesmo assim cresceu como vocalista, cantando em algumas músicas, como a já citada Crossroads, Strange Brew e Badge. A banda lançou quatro álbuns (Fresh Cream, Disraeli Gears, Wheels of Fire e Goodbye) antes de se separar, em 1969. Como todo mundo aqui provavelmente já ouviu Crossroads até de trás pra frente, o vídeo que eu deixo dessa vez é o de Sunshine of your Love.
Depois do Cream, Clapton participou do rápido Blind Faith. Não que as músicas fossem rápidas: a BANDA é que foi. Duraram só um álbum, mas mesmo assim fizeram sucesso pra cacete. Mesmo assim, eu vou pular o Blind Faith e falar logo de Derek and the Dominos, se não essa porra não acaba hoje. E, claro, não dá pra falar de Derek and the Dominos sem falar de Delaney, Bonnie & Friends, visto que todos os músicos da primeira banda eram ex-membros da segunda, incluindo Duane Allman, da Allman Brothers Band, que, teoricamente foi um artista convidado pro primeiro disco dos caras. Na prática, por outro lado, dá pra dizer que ele foi integrante da banda, já que ele esteve em todos os álbuns. O grande problema com a banda de Delaney é que o cara e a Bonnie, que, aliás, eram marido e mulher, brigavam toda hora. Depois de um tempo, ninguém aguentou mais aquela putaria, é claro. Nego saiu e fundou a banda que já foi citada duas vezes aqui nesse parágrafo. O álbum deles, Layla and Other Assorted Love Songs, foi lançado em 1970, e é considerado hoje um dos pontos altos da carreira de Clapton, além de um dos maiores álbuns de rock’n’roll de todos os tempos. Uma maravilha, não? A música-título do álbum você confere aí em baixo, mas não com Derek and the Dominos, já que eu achei ela tocada num dueto do Clapton com Mark Knopfler. Se você quer ouvir a original, vá procurar, vagabundo.
Laaaaaaaaaylaaaaaa, you got me on my kneeeeees…
É claro que nem tudo foi bonito e certinho pra Clapton. Enquanto a carreira dele decolava e ele se tornava praticamente uma divindade da guitarra, sua vida pessoal ficava cada vez mais caótica. Seu vício em heroína só começou a ser tratado em 1971, e isso foi o início de uma pausa em sua carreira. Além das drogas, o guitarrista também foi personagem principal de um episódio sobre racismo em 1976, quando, visivelmente chapado, Clapton reclamou do crescimento da imigração na inglaterra, dizendo para o público não deixar o país virar uma “colônia negra”. Foram esses comentários (além de certas ações de David Bowie, também) que deram origem ao “Rock Against Racism” no reino unido. Clapton depois se desculpou, dizendo que na época andava com raiva porque um árabe tinha metido a mão na “poupança” de sua mulher. Compreensível, mesmo porque muita gente faz pior num caso desses. Além disso, seria até estranho que alguém que toca um estilo musical criado por negros desde o começo da carreira fosse racista, ainda mais sendo fã de B.B. King, Buddy Guy e mais uma porrada de negões. Enfim, passados o período da polêmica, o problema com o alcoolismo e as drogas, Eric Clapton começou a se reerguer. No final dos anos 70, o cara criou até um centro de reabilitação, o Crossroads Centre.
Nos anos 80 ele tocou duetos com Jeff Beck, além de participar de uma turnê de Roger Waters, trabalhar na trilha sonora de Máquina Mortífera e mais uma porrada de coisa. O cara tinha voltado de vez. Claro que os anos 80 também teve seus dias ruins: Clapton teve um caso com Yvonne Kelly, estando ainda casado com Pattie Boyd. Os dois acabaram tendo uma filha, Ruth, nascida em 85, mas Clapton só anunciou publicamente que tinha uma filha em 1991. Clapton também teve um caso com a modelo italiana Lory Del Santo, que deu á luz o seu filho Conor, em agosto de 86. Eric Clapton e Pattie Boyd se divorciaram em 1989. Mais tragédia atormentou sua vida no começo dos anos 90, com duas mortes: Stevie Ray Vaughan faleceu em 1990 enquanto estava em uma turnê com Eric Clapton, e, em 1991, seu filho Conor caiu da janela do 53º andar de um apartamento em New York. O sentimento pela partida dos dois acabou se tornando música: Six Strings Down, na voz de Jimmie Vaughan, e Tears in Heaven, na voz de Clapton. A segunda, que é a que nos interessa mais nesta matéria, foi parte da trilha sonora do filme Rush, e ganhou três Grammys. Clapton parou de tocar a música em 2004, dizendo que não sente mais a perda como sentia antigamente, e que, por isso, tocar a música não é mais a mesma coisa.
Além de tudo o que já foi dito aqui, Clapton já tocou com J.J. Cale, B.B. King, Frank Zappa, George Harrison, Carlos Santana, Bob Marley, Buddy Guy, Mark Knopfler, Hubert Sumlin e por aí vai. Eric Clapton toca até hoje, e provavelmente vai ser um dos grandes nomes da música ainda por muito, muito tempo.
Terminando tudo em grande estilo, um clássico de J.J. Cale tocado por Clapton (mais uma vez junto com Mark Knopfler): Cocaine.
She don’t liiiiiiie, she don’t liiiiiiiiiie, she don’t liiiiiiiie… cocaine!