Vocês devem estar cansados dessa punheta em cima de heróis e zumbis por aqui. Vocês devem até estar pensando “puta, por isso que não gosto de HQ. é só gente mal-comida com cueca por cima da calça e umas recriações horríveis de Madrugada dos Mortos em quadrinhos. que saco!” Mas eu sou bondoso. E por ser bondoso resolvi presenteá-los com a Verdadeira Nona Arte. A maravilhosa encruzilhada entre literatura e simples desenhos. E eu não poderia estar falando de outra coisa além do novo lançamento da Conrad: Fun Home – Uma Tragicomédia em Família.
Fun Home é um quadrinho diferente. Não há ninguém com super-poderes. Não há irrealidades. Nada de fantasias e ficções. A obra foi escrita pela jornalista americana Alison Bechdel com um objetivo bem simples: contar a história de sua infância e sua relação com seu pai. Sim, uma biografia, uma memoir em quadrinhos, narrada ao ritmo do pensamento.
A capa da Criança.
Não há uma ordem cronológica para as diferentes cenas que compõem Fun Home. A narrativa desenrola-se através de pequenos casos contados e recontados á medida que novas informações são adicionadas ao relacionamento pai-filha.
Bruce, o pai da narradora, é um professor de literatura/dono da única agência funerária da cidade viciado em decoração de interiores, passando todo o seu tempo vago mergulhado na remodelização da casa, recuperação dos móveis e recriação do antigo estilo Vitoriano do imóvel. Possui um Gênio singular que parece lançar sua relação com os filhos no Céu e no Inferno, além de tornar o casamento com a mãe de Alison, atriz e dona de casa, uma guerra de gritos. É também o astro central da narrativa, que parece servir como resposta á seguinte pergunta: “Quem era meu Pai? Ele está Morto agora. Ok, eu acho que ele se jogou na frente daquele caminhão, mas a verdade é que ele está Morto agora. Quem era meu pai? Quem Era essa pessoa? E será que eu realmente era tão Diferente dele quanto pensava?”
Ao longo da narrativa, vários pontos ficam claros: não é só o amor á literatura e as tendências homossexuais que unem as duas personagens (sim, mesmo casado, descobrimos que Bruce era conhecido na cidade por xavecar e comer garotinhos malhadinhos. E Alison descobre ser lésbica ao entrar na faculdade).
Publicado no Brasil pela Editora Conrad no final de 2007 e escrito com estilo próprio, Fun Home (uma brincadeira com “Funeral Home”) trabalha intensamente com citações literárias e paralelos com escritores famosos, passando por Fitzgerald, Proust e Virginia Woolf. Além da literatura ter estado sempre presente na vida da autora, em suas própria concepção seus pais e sua vida pareciam mais reais quando considerados em termos “ficcionais”, “literários”. A obra tem tudo para se tornar um divisor de águas na publicação nacional de quadrinhos e vem com força para mostrar, de uma vez por todas, que Isso também é Literatura. E das Melhores.
Matanza é uma das bandas mais sensacionais do Brasil da atualidade. Eu diria que a banda entrou no lugar de Raimundos, é claro, inovando no som e nas letras. Não é uma comparação, só estou indicando o nível de criatividade ao misturar dois estilos (Raimundos: Hardcore + Forró – Matanza: Hardcore + Country) e lançar insultos como se não houvesse amanhã. Vamos á crítica, enfim.
Em A Arte do Insulto, os caras mostram que a energia, os insultos e a pancadaria, enfim, a sonzeira tradicional da banda, tá LONGE de acabar. Já começa como todo álbum bom do Matanza: quebrando tudo. E é só a primeira faixa. Clube dos Canalhas é um hino, um dos melhores sons de 2007. A letra é das melhores e, como não podia deixar de ser, o som também é. Ritmo desafiador, digno de macho. Pra quem não sabe, Matanza é música pra MACHO. Farra pra tudo é um bom remédio / Só um idiota completo morre de tédio – o pior é que, nesses dias, eu sou um completo idiota. Mas não dá pra se sentir entediado ouvindo Matanza. Enfim, sonzeira. O Chamado do Bar é incrivelmente empolgante e, obviamente, a letra respeita o título. Literalmente, o som te CHAMA pra um bar. Porra, você tá ouvindo Matanza. Você DEVIA estar em um bar. Ou em um puteiro.
Sabendo que Eu Posso Morrer mantém o ritmo digno de fazer seus ossos PULAREM de dentro de você, afinal, não dá pra ficar parado com esse Countrycore rolando solto. Pegue mais umas garrafas que tá só no começo. Quem Perde Sai marca a puta criatividade dos caras com as letras, sempre contando alguma história envolvendo bares, jogatina, mulheres e muita bebida. Obviamente, a história da vez é sobre jogatinas, puta letra viciante. Sem dar tempo pra você respirar, Meio Psicopata chega com mais pedrada e mais uma história. Dessa vez tem até um psiquiatra no rolo, sensacional.
Eu Não Gosto de Ninguém, definitivamente, é um som que faz parte da trilha sonora da minha vida. Não só por ser mais uma sonzeira sensacional e EMPOLGANTE, mas é claro que a letra diz muito sobre e para mim. Eu não gosto de ninguém, véi. Principalmente de vocês. Espero que vocês entendam bem. O Caminho da Escada e da Corda tem um começo mais pesado e menos veloz, com trechos de suspense nos versos. Dessa vez o cara foi condenado á FORCA. Dá um frio na espinha ouvir a história, e a sonzeira de fundo ajuda. É notável que os caras evoluíram musicalmente, e até mesmo nas letras. Até então, o melhor álbum da banda. Ressaca sem Fim chega QUEBRANDO TUDO, te chamando pra porrada. Puta sonzeira daquelas que insistem em me fazer repetir isso: EMPOLGANTE. O som mais nervoso do álbum, ótimo para um bate cabeça mortal. Os caras deram um toque leve de Thrash Metal na bagaça.
Tempo Ruim é mais uma prova da evolução musical dos caras. Porra, puta som EMOCIONANTE. Você nem vai precisar colocar no repeat pra decorar a letra e acompanha-la com convicção. Sonzeira sensacional que, acreditem, foge um pouco do estilo dos caras. Quem Leva a Sério o Quê? é outra sonzeira com a letra viciante e nervosa. Mais uma chance pra você se matar em um bate cabeça. Whisky para um Condenado traz de volta o velho Countrycore tradicional dos caras, mais cru e dançante. Mais uma história, dessa vez o puto só tem meia hora de vida. Então, Estamos Todos Bêbados encerra o álbum com um puta Country de… bêbado. Os caras simplesmente encarnaram o “propósito” do som e parecem estar totalmente bêbados. Nós estamos todos bêbados / Bêbados de cair / E todos que não estiverem bêbados / Dêem o fora daqui. Sensacional. O melhor álbum da banda. Um dos melhores álbuns de 2007. Boa ressaca.
A Arte do Insulto – Matanza
1. A Arte do Insulto
2. Clube dos Canalhas
3. O Chamado do Bar
4. Sabendo que Eu Posso Morrer
5. Quem Perde Sai
6. Meio Psicopata
7. Eu Não Gosto de Ninguém
8. O Caminho da Escada e da Corda
9. Ressaca sem Fim
10. Tempo Ruim
11. Quem Leva a Sério o Quê?
12. Whisky para um Condenado
13. Estamos Todos Bêbados
Mais uma resenha que demorou. Com Shia LaBeouf (Paranóia), Megan Fox (Confissões de uma Adolescente em Crise – GAAAH!), Josh Duhamel (Turistas), Anthony Anderson (Rede de Corrupção) e Jon Voight (A Lenda do Tesouro Perdido), o filme foi levemente injustiçado, eu diria. Mas esse povo não entende NADA de filmes.
INDIE!
Em uma base militar do Qatar, do nada surge algo anormal: Um helicóptero que se transforma em um robô ENORME e começa a detonar geral. Pra quem manja de Transformers, uma palavra basta: Decepticons, uma raça de robôs do planeta Cybertron, que viviam em batalhas contra os Autobots, outra raça robótica de lá. Com o tempo, o planeta foi destruído e os robôs se espalharam pela galáxia. Megatron (voz de Hugo Weaving), o líder dos Decepticons, corre atrás de um cubo chamado Allspark, e adivinhe onde ele está? Sim, é claro, está na Terra. E o puto o encontra. Porém, fica congelado no Írtico e, futuramente, é encontrado por cientistas. Agora Megatron é usado em pesquisas ultra secretas, há quilômetros abaixo do solo.
Mas isso não é nada.
Sam Witwicky (Shia LaBeouf) faz de tudo pra juntar dinheiro e obter boas notas na escola, para assim seu pai ajudá-lo a comprar um carro. Conseguindo a façanha, os dois vão atrás de um carro… barato. O que sobra? Um velho Chevy Camaro 77 barulhento, puro prejuízo.
Ou nem tanto.
O carro começa a ter problemas no mínimo duvidosos, mas Sam nem desconfia do que seja. Um certo humor forçado é incluído ali, trazendo então a parte levemente infantil do filme, afinal, se trata da adaptação de um desenho para o cinema. Ninguém se tocou disso, aparentemente. Deixem as crianças se divertirem também, porra. De repente, o carro de Sam é roubado (é o que ele pensa), no meio da noite, e o cara corre atrás com sua bicicleta. Chegando a um terreno aparentemente abandonado, o cara fica pasmo ao ver seu carro se transformando em um robô enorme, e mais ainda quando o vê em ação contra um Decepticon. Robôs GIGANTES saindo na porrada, cara, isso é sensacional.
Bumblebee (voz de Mark Ryan) é seu nome, um robô no mínimo descolado. Ele conta um pouco da situação para Sam e, em uma oportunidade, sai daquela aparência horrível de Camaro e se transforma em um puta carrão que estava passando por ali, um… Camaro 2009. Enfim, seus amigos Autobots estão chegando e querem, de uma vez por todas, impedir que os Decepticons encontrem Allspark. Enquanto isso, o Secretário de Defesa John Keller (Jon Voight) tenta descobrir o que está acontecendo, já que após o ataque daquela coisa estranha na base militar dos EUA em Qatar, muita coisa estranha está acontecendo nos computadores do mundo. São os Decepitcons tentando buscar por informações ultra-secretas para assim encontrarem seu líder. Coisa pra cacete acontece quando os Autobots, liderados por Optimus Prime (voz de Peter Cullen), chegam na Terra.
Ah, e antes que vocês perguntem pra que DIABOS serve o tal cubo, eu explico: Ele é de Cybertron, e pode fazer com que qualquer aparelho eletrônico seja transformado em um robô com inteligência própria, como os robôs de Cybertron.
A voz de Peter Cullen ficou marcante em Prime.
Algo que eu acho que deixou a desejar no filme foi a falta de trabalho em equipe com os Autobots. Quando eles chegaram, o filme ficou corrido e os robôs que acompanhavam Prime viraram figurantes, tanto que eles nem aparecem em algumas partes de pancadaria e você fica se perguntando se eles morreram. Aliás, se você gosta de barulho, o filme é a sua cara: Totalmente ensurdecedor. Pra que trilha sonora ou diálogos? Explosões, tiros, pancadaria, enfim, uma barulheira infernal promove um final de pura adrenalina. Filme empolgante, mais um daqueles em que você desliga o cérebro e deixa rolar. E vai ter continuação, temo que vão só piorar as coisas.
O albergue parte 2 começa exatamente onde o primeiro filme parou, mostrando Paxton (Jay Hernandez) já nos hospital se recuperando dos ferimentos sofridos no primeiro filme. Quando ele recebe a visita de um detetive italiano, que o interroga para saber o que ele tem a ver com um cadáver encontrado no banheiro da estação de Praga, Paxton então explica para os policiais tudo o que vimos em O albergue, quando Paxton diz que todos os participantes da organização tinham a tatuagem de um cachorro no antebraço, o detetive levanta a manga da sua camisa e mostra que tem exatamente a mesma tatuagem, e então estripa o rapaz na própria cama do hospital.
Mas calma era apenas um pesadelo de Paxton, que parece estar traumatizado com o ocorrido (eu também estaria). Ele escondido na casa da avô de sua namorada Stephanie (Jordan Ladd) com medo de que der ser descoberto pela organização Elite Hunting.
Seria Paxton o Zezé di Camargo americano ?
Depois de alguns acontecimentos caótico envolvendo Paxton, somos apresentados a três lindas americanas que estudam na Itália, As mocinhas são a rica e independente Beth (Lauren German,) atirada loirinha Whitney (Bijou Phillips) e a feiosa, CDF e virgem Lorna (Heather Matarazzo) Na aula em questão, elas conhecem uma nova modelo, a bela Axelle (Vera Jordanova), que se emociona com o desenho que Beth faz dela.
Beth e Whitney combinam em sair de férias do curso para passar uma temporada em praga, Beth acaba convidando Lorna para ir junto, no trem elas encontram sem querer querendo Axelle, que logo as convidam para ir para a cidade eslovaca de Bratislava, onde fica localizado um albergue.
hum… totosas
Tudo continua igual no “hostel” após a passagem de Paxton, Josh e Oli por lá: o local ainda está repleto de gostosas, a TV local continua passando PULP FICTION dublado em eslovaco e o rapaz da recepção é o mesmo, com sua aparente cara de inocência. Ele entrega as chaves ás garotas e pede que deixem seus passaportes no balcão. Tão logo o trio vai até seus quartos, o rapaz desce ao porão do albergue, escaneia as fotos dos passaportes e joga na internet, iniciando o leilão virtual para as três novas vítimas, ai o filme começa a se diferenciar do primeiro Hostel, com brilhante idéia de Eli Roth, de mostrar o outro lado da moeda mostrando talvez na melhor cena do filme todo, como as vitimas são “leiloadas”, o que leva um ser humano a torturar e matar por puro prazer outro ser humano, a preparação pre-tortura, mostrando como é a escolha das armas, e roupas do “torturador”, mostrando também que um membro da Elite Hunting, NUNCA pode “quebrar o contrato”.
Banho de sábado
Mas nem tudo é alegria, Albergue parte 2 tem seu pontos negativos, ele ainda continua fraco no quesito violência (tirando a cena do banho de sangue), nada que se compare a um Jogos mortais, e também as constantes cenas de nudez feminina foram tiradas, no lugar foi colocado cenas de nudez masculina ¬¬Ã¢â‚¬â„¢ (tio Roth ai não né féo, ai tu perde todo meu respeito que tinha conseguido ganhar com o primeiro Albergue, e com o trailer do filme que não existe THANKSGIVING). O albergue parte 2 é um filme inferior a seu antecessor, mas com um final surpreendente, é um filme bem legal para se assistir numa noite em que você não tem nada melhor para fazer, tem lá seus pontos positivos, como eu expliquei ali em cima, e por isso merece ser conferido.
Recentemente, o Rafael escreveu por aqui sobre o filme Teeth, passando todas as informações que você precisa, incluindo trailer. Mas eu passo a sinopse por aqui, de novo:
TEETH conta a história da estudante Dawn (Jess Weixler), que se esforça para suprimir sua sexualidade sendo uma participante ativa de um grupo de castidade local. Sua missão se torna mais difícil quando seu problemático meio-irmão Brad’s (John Hensley) adota uma conduta altamente provocativa em casa. Uma estranha para seu próprio corpo, Dawn descobre que ela possui uma vagina dentada que se torna um objeto de violência. Enquanto ela luta para compreender sua exclusividade anatômica, Dawn vivencia as armadilhas e o poder de ser um exemplo vivo do mito da Vagina Dentata.
Sensacional. Veja agora os quatro vídeos que eu prometi, basta saber um pouco de inglês:
Taí Brad contando o que acha que aconteceu com seu… dedo.
Oi, eu queria ver a Dawn…
Brad saindo na mão com um velho.
Did It Turn You On?
Até agora, nada demais, mas já deu pra sacar que o filme vai ser doentio, independente dos vídeos. Agora é só esperar por mais vídeos, ou melhor, pelo filme. Ainda não há uma data definida para o lançamento no Brasil, se é que será lançado por aqui.
Velvet Revolver é uma das bandas mais empolgantes da atualidade. Slash realmente encontrou um caminho melhor que o Guns, ao meu ver. Enfim, vamos á critica.
Let It Roll já abre o álbum com empolgação. Som dançante e no melhor estilo Velvet Revolver. ótima faixa de abertura, dá pra se esperar um álbum sensacional com ela. She Mine traz um toque leve (eu disse LEVE) de Grunge, mas isso é bem óbvio: A voz de Scott Weiland, ex-Stone Temple Pilots, é mais Grunge que você, com essa bermuda de flanela. Enfim, aquele Metal Alternativo sensacional que esses caras faziam nos anos 90. Get Out The Door continua com o ritmo dançante, sem deixar o peso de lado. Enfim, os caras são bons no que fazem. Refrão viciante, coloque a música no repeat.
She Builds Quick Machines, um dos melhores sons de 2007. Sensacional. Mais um refrão viciante, mais um som dançante. Os caras deixam a empolgação do som transbordar no refrão, não dá pra definir ao certo a… “sensação”. Som respeitável, aumente o volume até estourar seus tímpanos (e você se jogar da janela após o solo). Slash é um tremendo filho da puta, véi. The Last Fight, som lento e, sinceramente, sensacional. Pra variar, refrão viciante. Cara, que tipo de banda faz um som lento AGRADÍVEL hoje em dia? Todo mundo caga no pau, menos esses putos. Ou eles não sabem o que é clichê ou eles acham que o clichê não é uma coisa legal. Pills, Demons & Etc. é daqueles sons que fazem você bater o pé no chão, acompanhando a bateria, sem perceber. Cantar a letra sem perceber, até. Não ouça ela em lugares públicos, você canta muito mal.
American Man chega te lembrando que a empolgação do álbum AINDA não acabou, e que se você estiver parado você é um tremendo TANGA. E o som nem é tão animado, tem um leve toque de… suspense. No refrão que a coisa esquenta. (heh) E no solo, então? Mary Mary tem um começo INDIE, véi, CORRA. Volte, o som é dos melhores. Acredite, o Velvet Revolver não sabe fazer cagadas indies, só a introdução é assim pra… assustar. O resto do som traz um ritmo mais animado e, é claro, levemente pesado. Quando você se dar conta, estará GRITANDO o refrão. Just Sixteen já chega atropelando, cacete, como esses caras são BONS, véi. Não tem como não citar a palavra EMPOLGANTE por aqui, os caras simplesmente entram nos ouvidos como adrenalina. Mais um refrão viciante e putamente dançante, quebre seu pescoço de tanto balançar sua maldita cabeça cheia de espinhas e com falta de um cérebro.
Em Can’t Get It Out Of My Head eles experimentam o clichê de uma forma boa, até. Som lento, mas sem deixar o ritmo dançante de lado. Violão nos versos e refrão levemente melancólico, mas com guitarras. O clichê acaba quando Slash entra em cena com mais um solo sensacional, pra variar. For A Brother começa com um ritmo… desafiador. E continua assim, trazendo um refrão com um ritmo… de que você perdeu. Grite mais um refrão, se você ainda estiver escutando alguma coisa. Ou se seu som ainda não estiver queimado. Péra, eu disse ritmo desafiador? Spay chega te chamando pra porrada, na cara dura. Aqui a influência Grunge é bem mais clara, gritos e peso deixam isso bem claro. Já não resta muito de você, taí um bom som pra se ouvir enquanto você morre, batendo a própria cabeça contra a parede.
Gravedancer, puta baladinha bacana encerra um dos melhores álbuns de 2007. Cuidado se você não curte baladinhas, essa é do tipo que gruda. Aliás, não se iluda; esse som não encerra o álbum. Há a faixa Don’t Drop That Dime, uma “hidden track”, ou “faixa escondida”. Ela toca logo após a baladinha, e é um puta Country sensacional. Bem cru, no MELHOR estilo Country. Taí algo que devia ter ido pra coluna Country do Overdose Faroeste do ano passado, mas agora já foi. Bem que eles podiam lançar um álbum Country, é certo que ficaria SENSACIONAL. Mas não mais que esse álbum.
Libertad – Velvet Revolver
1. Let It Roll
2. She Mine
3. Get Out The Door
4. She Builds Quick Machines
5. The Last Fight
6. Pills, Demons & Etc.
7. American Man
8. Mary Mary
9. Just Sixteen
10. Can’t Get It Out Of My Head
11. For A Brother
12. Spay
13. Gravedancer
14. Don’t Drop That Dime (Hidden Track)
Por aqui você já viu o Asshole Mario e o Asshole Mario 2, hacks feitos com o jogo Super Mario World. Extremamente difíceis.
Agora, um cara recriou usando a Doom engine uma fase do game Super Mario Bros., um clááááássico. Em 3D. Dá uma olhada:
Sério, se eu for parar pra publicar tudo que fazem com o Mario por aqui, devo levar o ano inteiro. Mas enfim, ficou bem… tosco. Então, merece nossa atenção.
Uma pena essa resenha ter demorado tanto. Enfim, o elenco você já conhece: Matt Damon (Os Infiltrados), Julia Stiles (A Profecia), David Strathairn (Um Crime de mestre) e Joan Allen (A Outra Face). A história, desde o primeiro filme: Jason Bourne (Matt Damon) perde a memória em uma de suas missões e se vê completamente perdido. Quando começa a correr atrás de sua identidade, percebe que tem algo incomum ali: Assassinos profissionais estão atrás dele. Afinal, quem diabos ele é?
ÇAI! :amd:
Então, no terceiro e último filme da saga (uma… trilogia?), o cara já tá puto por terem matado sua gordinha e também sua paciência. Como se fosse o último dia de vida do cara, ele corre atrás de mais contatos e de mais lembranças que, aos poucos, vão sendo vomitadas de sua mente. Agora o cara tem lembranças mais profundas, indicando uma sala onde possivelmente tudo começou. Se lembra de alguns rostos, procura por nomes… e, é claro, enfrenta mais assassinos.
O cara ainda “faz amizade” com um jornalista, Simon Ross (Paddy Considine), que tem uma fonte que poderá ser extremamente útil para Bourne. É claro que a CIA já fica sabendo dos movimentos do cara, então começa a correr atrás dos dois. Com a ajuda da agente Pamela Landy (Joan Allen), o agente Noah Vosen (David Strathairn) consegue algumas informações sobre Simon, e até chega a pensar que a fonte do cara é o próprio Jason Bourne. Noah deixa o poder subir á cabeça e se joga na missão, sem dó, e acaba matando Simon. Bourne consegue pegar umas anotações do cara e sai de cena pra analisar a bagaça. Mais nomes, mais busca.
QUAL É SUA FONTE, FDP?
Bourne acaba se encontrando novamente com Nicky Parsons (Julia Stiles), uma colega de equipe. Não vou explicar tudo aqui, vá ver os dois primeiros filmes. Enfim, a garota acaba ajudando o cara, e os dois ficam em uma situação desconcertante em certo trecho do filme. Com mais assassinos na cola do cara, posso afirmar que esse é o filme mais frenético de todos, a adrenalina corre solta e dá vontade de se jogar pela janela de tanta correria. Bourne finalmente encara um cara á sua altura quando o assunto é sair na mão, deixando aqueles marabalismos desnecessários de filmes de kung fu no chinelo.
Dá pra acreditar que até ela entrou na treta? É claro que ela apanhou.
Pamela começa a ficar desconfiada de Noah, que quer acabar com Bourne custe o que custar. É claro que Bourne corre atrás de Pamela, fazendo o clássico telefonema enquanto a observa em um edifício ali por perto, terminando então o telefonema com um “vá descansar, você parece cansada” – o que deixa Pamela louca. Bourne arma uma das melhores ciladas da história e deixa todo mundo puto, é quando as máscaras vão caindo e… chega, né?
Com mais correria, mais atos sensacionais que só o Bourne faz pra fugir de alguma merda, mais pancadaria e um suspense do cacete pra dar uma variada, o filme fecha com chave de ouro uma das melhores trilogias de todos os tempos. Não é fácil você achar uma série respeitável como a de Jason Bourne, muito menos um personagem como ele. Pra variar, não facilitaram pro cara, mas o puto é invencível. Eu não sei por que você demorou MAIS do que eu pra ver este filme, então, não perca mais tempo e veja logo os três, em seguida. Realmente, um dos melhores filmes de 2007. Senão o melhor.
1977, auge do punk rock. A onda é fazer barulheira simples e direta, e dizer que faz isso como protesto contra o rock clássico e cheio de firulas. E é no meio do fogo cruzado entre as superproduções dos anos 70 e a barulheira do punk raivoso que o escocês Mark Knopfler se levanta, junto a seu irmão David, o baixista John Illsley e o baterista Pick Withers, pra mostrar que música ainda é música. Nascia o Dire Straits, uma das bandas mais únicas que já passou por esse mundo. Quer dizer, os caras aparecem do nada numa época em que o que vale é fazer shows gigantescos e fazer barulho pra cacete, e resolvem tocar um som mais suave. Reparem que “suave” não quer dizer que seja som de fresco. Mesmo porque tem muita coisa de fresco que é barulhenta pra cacete, e… bom, deixa isso pra outra hora. O fato é que o Dire Straits não demorou nada pra ser um sucesso absoluto, conseguindo levar discos de platina com seu primeiro álbum, homônimo á banda, gravado em 1978. Claro que não dava pra esperar nada muito diferente de uma banda que logo no primeiro álbum lança um hit lendário como Sultans of Swing. Eu sei que vocês todos sabem do que eu tô falando, mas é claro que vocês querem ver a bagaça. Pois bem. Sultans of Swing pra vocês:
You feel alright when you hear that music ring!
O som dos caras, rock’n’roll com uma pegada bastante country, é o tipo de coisa que faz sucesso em qualquer canto, seja tocado num bar imundo de beira de estrada, numa roda de violão com os amigos ou num show enorme diante de milhares de fãs. E o som da guitarra de Mark Knopfler é quase tão inconfundível quanto a cara de pastel que ele faz ao tocar, que faz com que pareça que tocar guitarra é a coisa mais fácil do mundo e que você é um mané por não conseguir tocar direito. Quer dizer, não pode ser complicado tocar guitarra se o cara toca a guitarra principal, canta e ainda consegue partir numa viagem astral, pelo que a cara dele indica, né? Enfim, eu falava do estilo inconfundível do Knopfler. Você sente como se tudo o que o cara toca tivesse assinado, até. O tipo de frase que ele usa na guitarra, com aquela pegada meio country, meio blues, meio rock, é realmente fácil de identificar. Mesma coisa pro cara cantando. É aquele negócio de você ouvir uma música e, mesmo sem conhecer, dizer “isso é coisa do Dire Straits, cara”. De qualquer jeito, chega de enrolação, voltemos á história da banda.
Os caras lançaram ótimos discos como o Communiqué, em 1979, Making Movies (que lançou os clássicos Tunnel of Love e Romeo and Juliet), em 1980 e Love Over Gold, de 1982. Mas foi Brothers in Arms, que saiu em 1985, o álbum que pirou a bagaça toda. Não só por ser um ótimo álbum (na minha opinião, o melhor deles) ou por ter sido o álbum mais vendido naquele ano em toda a inglaterra, mas também por ter sido um dos primeiros álbuns lançados em CD, e por lançar o primeiro clipe exibido na MTV inglesa, Money for Nothing, e também por ter provavelmente lançado o primeiro single em CD. Dizem que na época mais gente tinha o CD de Brothers in Arms do que CD players. E o motivo pra isso você vê aí em baixo. O video é de So Far Away, a primeira música do álbum:
See, you’ve been in the sun, and I’ve been in the rain, and you so far awaaay from me!
A banda, que mudou algumas vezes de formação (Knopfler e Illsley foram os únicos membros da formação inicial até o fim da banda) durante sua existência, foi dissolvida sem estardalhaço em 1995, quando Mark resolveu parar de fazer tours em larga escala pra trabalhar em tempo integral na carreira solo e em trilhas sonoras de filmes (como Local Hero e Wag the Dog). O cara até hoje lança álbuns solo, e ainda não decepcionou ninguém. Guy Fletcher, baterista do Dire Straits por um longo tempo, participou de grande parte dos projetos solo de Knopfler.
É claro que eu sugiro que vocês ouçam o máximo de músicas que puderem dos caras, afinal, eles foram simplesmente geniais. E, claro, eu ainda sou muito generoso com vocês, a ponto de procurar quatro vídeos ótimos pra que vocês apreciem essa banda, que, na minha humilde e piratesca opinião, é simplesmente imperdível.
O clipe de Brothers In Arms. Não podia faltar aqui:
We were fools to make war on our brotheeers in aaaaaarms…
On Every Street, do álbum de mesmo nome:
And it’s yoooour face I’m looking for… on every street.
O clipe de Tunnel of Love. Repara na mulher que veste uma SACOLA PLÍSTICA como blusa e no cara girando deitado no discão:
Come on and take a low ride with me, girl… on the tunnel of love!
Pra terminar, Walk of Life:
…aaaand he do the walk! He do the walk of liiiiife!
Esse momento de intervalo nas séries e a dúvida do retorno da greve dos roteiristas serviu para me lembrar de diversas séries que eu gostaria que não tivessem acabado, deixando saudades, mesmo sabendo que a queda da qualidade da série é inevitável pelo desgate do tempo.
Falando em nostalgia a primeira que me vem a mente a comédia com toques dramáticos Anos Incríveis (The Wonder Years), exibida por aqui no canal Multishow e na Rede Cultura, que contava a infância e adolescência de Kevin Arnold junto á sua família e seus amigos (Paul e, sua eterna namoradinha, Winnie). Foram seis temporadas de muitos assuntos relacionados ao universo jovem (amores, escola, amizade e família) tendo como pano de fundo as transformações na sociedade americana no final dos anos 60 e no início dos anos 70, como a Guerra do Vietnã, por exemplo. Para quem não lembra, Kevin, ja adulto, somente narrando em off, relatava seus sentimentos e impressões sobre as coisas que o rodeavam. Particularmente para mim, na época no qual assistia a série eu tinha a mesma idade do personagem de Kevin, sendo assim pintava um lance de identificação frente aos acontecimentos e situações que Kevin enfrentava. E lá se foram duas décadas desde a estréia desta inesquecível série.
Quase na mesma época eu começava a acompanhar uma série de suspense com toques de ficção sobre uma dupla de agentes, ela descrente de qualquer possibilidade de eventos sobrenaturais enquanto ele, queria encontrar a verdade e acreditava que a verdade estava lá fora. A série, obviamente, é Arquivo X, série aclamada pela crítica e público, exibida por aqui pelo canal Fox e pela rede Record, foram nove temporadas cheias de eventos sobrenaturais, demonstrações de fé, conspirações governamentais e alienígenas. O grande trunfo da produção eram os episódios duplos e triplos envolvendo as questões pertinentes á mitologia da série (a eterna procura de Mulder por respostas á abdução de sua irmã) intercalados com episódios “o caso policial bizarro da semana”, os roteiros sempre privilegiaram a inteligência dos diálogos e os personagens fortes, graças ao criador da série, Chris Carter (que não vingou mais nenhum projeto depois de Arquivo X e Millennium).
Pôster que ficava na parede do escritório do agente Fox Mulder
O sucesso da série foi tanto, mesmo sendo um pouco ofuscado após a saída do ator David Duchovny, coração da série, na sétima temporada, ressurgindo somente para fechar o arco final da série na nona e última temporada, que este ano será lançado o segundo filme com a dupla de agentes, espero com ansiedade pois, depois de Arquivo X, nenhuma série com temática similar conseguiu arrebatar os fãs originais, talvez com muita boa vontade, mais pelo clima sombrio do que pela temática, Supernatural seja a série mais parecida atualmente com Arquivo X, apesar de claramente dirigida ao público jovem.
Outras duas série que também foram adiante do tempo onde eram excelentes, tornando-se, somente boas por, principalmente, reciclarem suas próprias histórias, literalmente, as tramas não evoluíam de maneira satisfátoria foram: ALIAS e Ally McBeal. Atualmente, nenhuma série de ação consegue chegar aos pés da excelência de roteiros e cenas de luta da primeira e segunda temporada de ALIAS, a agente recrutada Sydney Bristow, se viu envolvida nos mais diversos problemas referentes ao mundo da espionagem e, ainda, tinha que enfrentar problemas familiares como descobrir que sua suposta falecida mãe estava viva, e seria sua inimiga, seu noivo assassinado, seu chefe lhe enganando, seu pai lhe omitindo informações, tudo era uma loucura. Criada por J.J. Abrams, de Lost, ALIAS tinha como protagonista Jennifer Garner, hoje voltada para a carreira nos cinemas, e contou com inúmeras participações de atores conhecidos como Ethan Hawke, Isabella Rossellini, Sônia Braga até mesmo do diretor, Quentin Tarantino, fã confesso da série.
Um dos inúmeros disfarces de Sidney Bristow
Já Ally McBeal, criação de David E. Kelly, roteirista e produtor de diversas séries como Boston Legal e O Desafio, é uma versão do que hoje representa Grey’s Anatomy, um grupo de pessoas que dividem um espaço profissional (no caso, um escritório de advogados) envolvidos com os casos dos clientes e os problemas e amores entre eles. Uma das primeiras comédias dramáticas com uma hora de duração, Ally McBeal tinha o diferencial para o curioso efeito da mostrar o que a protagonista pensava, como por exemplo, cabeça dela vermelha de raiva ou seu corpo diminuindo de tamanho por vergonha. Era uma série muito bem escrita e interpretada, com um bônus para o lado musical (recheado de excelentes músicas) embaixo do prédio onde se localizava o escritório, existia um piano bar onde todos se reuniam, tanto que a cantora Vonda Sheppard entrou para o elenco principal de série devido a suas participações, outros cantores que participaram foram, Sting, Mariah Carey, Tina Turner, Bon Jovi e a figura Barry White.