Foi-se o tempo em que o mundo das animações era feito pra crianças e nós podíamos largar os pimpolhos assistindo leões caindo de desfiladeiros, jacarés comendo a mão de piratas ou a arte de se envenenar jovens inocentes com uma maçã. Os tempos mudaram meus caros! (Afinal, vocês tem de concordar comigo que comida feita por ratos não é exatamente o tipo de exemplo que nós queremos dar aos nossos filhos).
Dizer que Ratatouille se resume a um pequeno roedor fritando um bife soaria leviano. Nosso pequeno herói é um rato diferenciado. Nascido com a habilidade de sentir e diferenciar os diversos sabores que a vida tem a oferecer, ao invés de comer restos de comida e depois sair por aí fazendo xixi nas calçadas e transmitindo leptospirose, Remy se torna um grande apreciador da belle cuisine de Paris.
Isso seria realmente ótimo. Se ele não fosse um rato.
– Essa é a última vez que eu explico! Miojo não é comida!
Paralelamente a isso, o jovem Liguini (humano, é bom frisar) acaba de ser admitido na cozinha do famoso restaurante Gusteau’s, apesar de não saber cozinhar uma salsicha e a despeito do fato de não conseguir dar 3 passos sem derrubar alguma coisa. Agora é o momento onde você me pergunta porque colocariam um idiota desses no filme.
– Porque colocaram um idiota desses no filme?
Por Deus! Ratos não cozinham! Esse é o pretexto, todas as tramas se desenvolvem a partir desse mote e foi por isso que eu enrolei vocês por 3 parágrafos!
O grande problema das animações hoje em dia é querer atingir todos os públicos. Muitas tentam e poucas conseguem. No intuito de agradar a criançada com bichinhos (por mais que sejam ratos, ainda assim, são “bichinhos”) e piadas e ainda passar algum tipo de moral pros pais, amantes de animações ou desocupados em geral que venham a assistir o filme, Ratatouille embola o meio de campo e não diverte (Liguini e Remy são extremamente irritantes) nem acrescenta nada de novo ao discurso da tolerância e do seja você mesmo.
Mesmo que você seja um rato cozinheiro.
Indicações de Ratatouille
Globo de Ouro:
Melhor Animação* Oscar:
Melhor canção
Melhor som
Melhor edição de som
Melhor animação
Melhor roteiro original
* Categorias em que o filme já foi premiado
Ratatouille
Ratatouille (110 minutos – Animação/Comédia) Lançamento: EUA, 2007 Direção: Brad Bird Roteiro: Brad Bird Elenco: Patton Oswalt (Remy), Ian Holm (Skinner), Lou Romano (Linguini), Peter O’Toole (Anton Ego), Brad Garrett (Gusteau) e Janeane Garofalo (Colette)
A Marvel anunciou uma nova série contínua para o Homem de Ferro. A revista irá se chamar “Invencible Iron Man”, assim como se chamava a atual “Director of SHIELD”. O roteiro será de Matt Fraction (Immortal Iron Fist, Punisher War Journal) com arte de Salvador Larroca (Amazing Spider-Man). O lançamento está previsto para Maio, obviamente uma jogada de marketing, pois irá estreiar junto com o longa-metragem.
A série vai começar com a aparição do filho de um antigo inimigo, que dedicou sua fortuna e intelecto para destruir Stark e o Homem de Ferro. Entra Ezekiel Stane, filho de Obadiah Stane, o Iron Monger!
Cara, esqueça tudo o que você sabe sobre música. Esqueça tudo o que eu falo sobre música. Ou seja, INDIE não existe. Confesso que senti uma certa alegria ao dizer essa última frase, mas logo fiquei deprimido: Indie existe sim. Enfim, esqueça tudo isso. Vamos falar de Rock.
O Rock é um estilo musical que tira qualquer um do sério. Qualquer um. Basta escolher as bandas certas, e, acredite, elas são muitas. Porém, você deve esquecer o que foi feito de meados dos anos 90 pra cá, basicamente. Concentre-se nos clássicos. Ouça música. Se for pra não ouvir os sons que eu vou passar, dê o fora. Frango.
AC/DC
For Those About To Rock (We Salute You)
Começando bem, benzendo a coluna com o hino do Rock. Para aqueles que são do Rock, nós saudamos vocês. Talvez você possa ser uma tanguinha fresca que diz “AIN, OLHA ESSA VOZ QI TOUSCA!”, e eu o mandaria direto para a puta que a pariu. A voz casa perfeitamente com o som, e Rock é isso: É empolgação. Você sabe que está ouvindo Rock quando você não se importa com a voz do vocalista. Aliás, melhor: Você sabe que o Rock está em VOCÊ.
Whole Lotta Rosie
Um bocado de Rosie. Exatamente: O som é uma “homenagem” a uma GORDINHA. Sensacional. Dançante. EMPOLGANTE. O AC/DC é conhecido por ter uma carreira com músicas idênticas, porém únicas. Os caras tiveram a manha de fazer, durante anos, o mesmo estilo, mudando pouca coisa em cada música; o suficiente pra cada uma ser uma viagem diferente. A melhor banda de todos os tempos, sem dúvida alguma.
Deep Purple
Burn
Só clássico por aqui, cara. Deep Purple é uma banda e tanto, você devia ouvir mais. Esse som é uma obra prima, convenhamos. Não gosto muito dessa versão, prefiro a gravada em estúdio. De qualquer forma, esse som, enfim, essa banda proporciona uma viagem sonora das melhores.
Black Sabbath
Paranoid
Esse som fez parte da trilha sonora da minha vida, uma vez. Devia fazer da sua, também. Eu considero a época do Black Sabbath com Ozzy a melhor, mas isso vai de cada um; não é isso que vamos discutir aqui. A idéia é provar á vocês que vocês deviam ouvir mais Rock. Então, ouçam. Viagem.
Querem algo mais contemporâneo?
Faith no More
Digging the Grave
Esse nem é o melhor som da banda, mas é mais contemporâneo. É essa a idéia. O som é meio Foo Fighters, aliás, outra boa dica pra você. Mas não é pra ouvir sempre, se é que você me entende. Não considero esses sons como ROCK, mas como “bacanas”. Rock é algo muito forte. MUITO forte. Não é pra qualquer um.
Mais uma que você deve conhecer:
Nirvana
Lithium
Pode pegar a discografia da banda numa boa e ouvir quanto quiser. É uma boa para… iniciantes. Afinal, há muito mais além de Nirvana, que é uma banda que agrada adolescentes, em sua maioria. Em sua maioria. A banda ainda me agrada, mas não deve ser tão louvada como ela é.
Kyuss
Green Machine
Stoner Rock eu sempre recomendei e sempre vou recomendar com todas as forças. E esse som é meu favorito. É simplesmente sensacional. Rock, cara. Você está em outro mundo, em um mundo completamente empolgante e diferente de qualquer coisa que você já tenha visto. É o mundo que você deveria frequentar todos os dias. É o mundo que deveria ser a sua casa.
Dead Kennedys
California Uber Alles
É o mundo onde você goza sem fazer sujeira. É o mundo onde você pega um cd do Dead Kennedys com uma mão, coloca a outra no peito e acompanha as preces de Jello Biafra. É um mundo sem pecado.
Voivod
The Getaway
É o mundo que tem apenas uma regra: Aumentar o som no máximo, porque seus tímpanos estão aí para sangrar ouvindo Voivod, por exemplo. Um mundo em que os vizinhos ficam felizes por você estar escutando música alta. Um mundo onde você pára as pessoas na rua, chama-as para um bate cabeça e elas te trazem cerveja. O mundo em que deus tem uma corrente presa ao bolso de suas calças jeans, e está entre nós. Cantando. Tocando guitarra.
Thin Lizzy
Whiskey in the Jar
O mundo que vê o racismo como algo inexistente, o mundo que tem Thin Lizzy como um de seus deuses. Deuses esses que não fazem questão de religiões. Neste mundo, só há uma crença: Ela se chama empolgação. Ela está no seu peito, ela explode quando o Rock começa. E quem disse que, nesse mundo, o Rock acaba? Você vive uma explosão contínua.
Motörhead
Ace Of Spades
Nunca esteve nesse mundo? Ficou afim? Você devia ouvir mais Rock.
Jack Black é um cara respeitável, pelo menos por ter feito Escola de Rock, um dos filmes mais sensacionais de todos os tempos. Agora o cara está trabalhando em uma animação: Kung Fu Panda, da Dreamworks. Veja o trailer:
Um Panda deveras preguiçoso, Po (voz de Jack Black), descobre que ele é… O Escolhido, segundo uma profecia. Ele deverá salvar o Vale da Paz. Então, uma verdadeira equipe de mestres de Kung Fu irão treinar o urso, transformando-o em um grande lutador, o bastante para seguir seu destino. E isso não vai ser fácil.
Com direção de John Stevenson e Mark Osborne e roteiro de Dan Harmon e Rob Schrab, o filme traz no elenco de dublagem, além de Jack Black, Angelina Jolie, Dustin Hoffman, Jackie Chan, Lucy Liu e Ian McShane. Na sequência, veja o teaser trailer e o trailer internacional da animação:
O filme estréia no Brasil no dia 4 de Julho, deste ano.
Scott Weiland se internou voluntariamente em uma clínica de reabilitação nesses dias, o que causou uma série de cancelamento de shows de sua banda, Velvet Revolver. Porém, os caras do Stone Temple Pilots, banda que teve seu fim no início de década e tinha Weiland como vocalista, confirmaram uma reunião: Será entre os dias 17 e 18 de maio no festival Rock on the Range (Ohio, EUA). Pela primeira vez em sete anos, a banda voltará a tocar.
Porém, o Velvet Revolver cancelou todos os seus shows da turnê Australiana, que teria início nesta Sexta, por conta do internamento de Weiland. Será que vai dar louca no cara e ele vai abandonar a banda mais sensacional da atualidade pra voltar ás origens? Não me perdôo pelo fato de ter perdido o show desta banda quando ela veio ao Brasil, no ano passado, com o Aerosmith. Veja abaixo um vídeo gravado por um fã, por lá, no Morumbi:
Depois de tanta polêmica, finalmente confirmaram a continuação para Transformers. O tempo passou e cá estamos hoje, dia em que Michael Bay disse ter terminado o script da sequência.
Todos os personagens já estão definidos. Eu sempre faço meus próprios roteiros, assim eu tenho algo pra dar aos escritores. É como um molde. Nós temos um óTIMO esboço, então eu trabalhei em cima disso.
Shia LaBeouf será Sam Witwicky novamente, já foi confirmado. Particularmente, eu achei a adaptação do CARÍI. Mas não faço idéia de como será a continuação. É certo aguardar por um filme… comercial?
Transformers 2 já tem estréia prevista: 26 de Junho de 2009.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Eu já cheguei a comentar algo sobre essa grande maravilha aqui, mas Crash ainda não ganhou Sua devida atenção.
Lembram-se daquela matéria sobre Ficção Científica Cyberpunk? Apologia a drogas e tecnologias doentias? Pois bem, nosso amigo Ballard é um dos grandes escritores dessa galera.
Não só isso, é considerado por muitos como o Maior Escritor Vivo da Inglaterra. Seu último livro por exemplo, Terroristas do Milênio, conta sobre uma bizarra e violenta Revolução da Classe Média Inglesa. Extremamente irônico e, ao mesmo tempo, faz todo o sentido.
Mas enfim: Crash! Um romance de perversões sexuais e violência acima do Limite de Velocidade. A história de James Ballard (personagem homônimo ao autor do livro), narrando seu envolvimento com um estranho grupo de aficcionados sexuais a Acidentes de Carros.
Sim, Acidentes de Carros & Sexo na mesma frase.
A impressão do relevo dos controles na pele; o símbolo da fabricante no centro do peito; a conjunção dos ângulos retorcidos das colunas do pára-brisa, refletidos pela ainda acesa luz do painel, com a posição dos cortes e contusões…Prazer Indescritível.
Hmmm….tesão!
Girando em torno de Vaughan, ex-cientista do trânsito e profeta do Caos Tecnológico, Crash Com Certeza não é de leitura fácil. A idéia da Violência amoral, o pan-sexualismo entre os personagens e a criação de novas Possibilidades Eróticas é, na maioria das vezes, Chocante e Revoltante. Isso se você tiver pulado nossa maravilhosa lista, é claro.
Se você chegou até aqui seguindo a ordem direitinho, já vai estar preparado…
A descrição das cenas é incrível. A mistura dos fluídos corporais do sexo com os reflexos das latarias; os detalhes das posições das putas no banco traseiro dos carros, de modo a imitar a forma como os corpos foram encontrados no último acidente observado por Vaughan e Ballard; a fixação de nosso narrador pelas cicatrizes, coletes ortopédicos e “novas superfícies sexuais” de Gabrielle, a deficiente física que utiliza seus aparelhos como Perversões Eróticas; tudo isso de forma a, quase subliminarmente, tecer um quadro Psicopatológico de Nossa Era da Velocidade.
“”After having … been constantly bombarded by road-safety propaganda, it was almost a relief to find myself in a real accident.”
Escrito em 1973 (publicado novamente em 2007 no Brasil), ganhando inclusive uma adaptação em filme, em 1996, pelo incrível Cronenberg, Crash choca. E não apenas o choque pelo choque, simples descarga elétrica no cérebro. Ele choca pela quebra de padrões, pela abertura de possibilidades, pela Perversidade e, principalmente, porque por diversas vezes você acaba pensando “Ok, isso é simplesmente Louco…mas…Faz Sentido. Realmente Soa Erótico!” Quero dizer, já pararam pra pensar em como realmente uma batida de frente, dois desconhecidos que nunca haviam se visto antes entrando repentinamente e violentamente em comunhão entre eles e entre seus carros…parece um ato sexual?
Crash
Título original Crash Ano de Edição: 2007 Autor: Ballard, J.G. Número de Páginas: 240 Editora:Companhia das Letras
Pode parar de estourar seu PS2 jogando o fodástico Twisted Metal Black. Aliás, esqueça que um dia jogou isso TENTANDO fechar o jogo. Agora você vai conhecer Twisted Metal: Head On, adaptação para o home do jogo lançado para PSP. Sabe o melhor? Ele tem EXTRAS. É como aquele DVD que você compra que diz Edição Especial e você goza só de ver a penca de Easter Eggs. Head On lembra muito mais o Twisted Metal de antes, insano, colorido e que a dificuldade era de sobreviver, não de matar. É lindo de ver e jogar. E claro, atirar adoidado.
Fala sério! Vai dizer que não estava com saudade DISTO?
A grande novidade é que… Apesar de tudo, eles não mudaram NADA a série. O Multiplayer é divertido, o friendly fire ainda existe (Para os leigos: Você PODE explodir seu parceiro), a história é ótima e a jogabilidade melhorou, comparada ao Black. Os movimentos são mais fluídos. Claro que há desvantagens, como por exemplo a dificuldade de se usar o turbo, agora limitado para pequenas doses (Parece até que o carro tosse… Mas você vai ser tanga se ficar reclamando disso), a velocidade absurda que pode e vai fazer você cair de lugares altos e a humilhação de morrer várias vezes para o chefe final (Acredite: Isso VAI acontecer). Nada que estrague esse jogo, claro.
Você vai encontrar velhos conhecidos nesse jogo
Ele é perfeito? Aí já é pedir demais. Um dos problemas dele é ser tanta coisa junta que perde um pouco da graça. Você não sabe bem como começar ou o que fazer primeiro. Minha dica, pequeno gafanhoto. É que vá pelos Bonus Materials de início. Lá é possível fazer um Tour usando Sweet Tooth pelo que seria a primeira fase do jogo Twisted Metal Black 2, em que você andaria a pé. Infelizmente o jogo nunca foi completado, então isso é parte do que você vai ver dele. Durante a Tour será possível inclusive conhecer vários dados da criação de Twisted Metal, inclusive carros rejeitados que poderiam estar no jogo (Aquele carrinho de golfe DEVERIA estar no jogo).
Depois veja os finais perdidos de Twisted Metal 1, gravados em vídeo. Péssima qualidade e problemas de áudio comuns, mas serve de base para entender certos personagens. Aí você dá só uma olhada na entrevista com o staff do jogo, mas, a não ser que você saiba mesmo inglês, não vale a pena. Hora de ir pro jogo de verdade. Como dito antes, Black 2 nunca foi terminado e o motivo é descoberto quando se inicia Twisted Metal Lost. O jogo é curto, apenas umas poucas fases, cheias dos inimigos do primeiro Black, com um design mais interessante e sem final real. Vendo o que poderia ter sido feito, lamenta-se muito que não tenha sido completado.
Sorria, Querida! E morra feliz!!!
Por fim, o jogo Head On mesmo. Não dá pra se perceber como adaptação. A trilha sonora é ótima e os gráficos são bons, considerando que TM nunca foi exatamente ótimo nesse quesito. É um jogo para se terminar sozinho e ver todos os finais e então fechar em dupla e rir. Há bastante coisa destravável. E o melhor de tudo: Você lembrará de como era bom ligar o PS1 e rir enquanto fazia seus inimigos (E amigos também) voarem pelos ares com um Power Missile.
Twisted Metal: Head On – Extra Twisted Edition
Plataformas: Playstation 2 Lançamento: 2008 Distribuído por: SCEA Desenvolvido por: Eat Sleep Play Gênero: Combate de Carros
Cloverfield pode ser uma experiência… diferente para alguns. Foi assim pra mim. Se você já assistiu A Bruxa de Blair, já está acostumado com o que está por vir: Cloverfield é rodado inteiramente em uma câmera em primeira pessoa, ou seja: um personagem filma o filme. É como se fosse real, manja? Como se aquilo realmente tivesse acontecido e filmado por um cara qualquer. Pra mim, este é um puta ponto alto no filme. E é só o começo.
É aquela história que você já sabe: Um monstro gigante invade Nova York. Destrói Nova York. Os minutos iniciais do filme são um tédio só; um pessoal está planejando uma festa de despedida para Rob Hawkins (Michael Stahl-David), que estava indo para o Japão. Hud (T.J. Miller) fica encarregado de gravar depoimentos das pessoas presentes e, quando as explosões começam, o cara não solta a câmera. E talvez este tenha sido o início perfeito para o filme: Quando você se vê de saco cheio, o filme muda de repente e você se vê DENTRO do filme.
Após sairem do apartamento, uma das cenas mais marcantes do filme: A cabeça da Estátua da Liberdade é jogada na rua, do lado onde os personagens estavam. Olha a imagem aí do lado. á partir daí começa uma correria pela sobrevivência e para saber o que DIABOS está acontecendo. Explosões, gritos, sangue… e até… bom, não vou continuar. Seria um MEGA spoiler contar o que tem de mais além do que todo mundo já sabe. Aliás, nem era pra vocês saberem sobre o monstro.
Câmera em primeira pessoa
Cara, a coisa fica extremamente envolvente e realista quando você vê que um dos personagens do filme está filmando aquilo tudo. É óbvio que a câmera fica com o cara mais chato da festa, e por muitas vezes ele só quer filmar sua amada… e isso não deixa de ser DO CARÍI. Realismo em um filme com um monstro gigante, véi. E AI de quem falar “mimimi, a bateria não acabava nunca?”, isso sim é deprimente. Enfim, como eu disse acima, este é o ponto alto do filme. Você se sente naquela zona, ás vezes é desesperador.
Personagens
Fizeram o dever de casa. Nenhum ator conhecido, e taí outro ponto alto do filme. Você não levaria a sério o Brad Pitt correndo de medo de um monstro sem procurar uma forma de roubar a banha do monstrengo pra fabricar sabonetes (Clube da Luta), por exemplo. Enfim, você não conhece NINGUÉM, e a coisa fica ainda mais real. Enfim, definitivamente, os caras fizeram papéis humanos.
Enredo
Sobrevivência. Humor negro. Um pouco de romance. Enfim, realismo. E um monstro enorme. Pra um desinformado qualquer, seria quase que obrigatório soltar a pergunta no fim do filme: “Isso aconteceu mesmo?”. Talvez eu esteja exagerando, mas eu achei tudo perfeito. O que você via? Uns TRECHOS do monstro, militares tentando o explodir, uma luta pela sobrevivência. Só faltou zumbis nesse filme, cara.
O Monstro
Não sei se poderia ficar mais assustador, até porque ele não aparece “completo”, basicamente. Mas ele faz um estrago respeitável, e parece ser invencível. Aliás, eu acho que… ok, isso também seria spoiler. Mas eu posso continuar: Eu acho que você devia ver o filme.
Correria frenética.
No geral, o filme agradou. Não concorre ao “melhor do ano”, mas tem um PINGO de inovação. E, olha só, quem sabe, QUEM SABE, poderá ter uma continuação. Será que mais alguém filmou alguma coisa?
Cloverfield – Monstro
Cloverfield (85 minutos – Ação / Ficção científica) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Matt Reeves Roteiro: Drew Goddard Elenco: Michael Stahl-David, T.J. Miller, Jessica Lucas, Lizzy Caplan, Mike Vogel, Odette Yustman
Com o sucesso na virada deste século de séries como Lost, Grey’s Anatomy e Desperate Housewives, os produtores e criadores de séries viram que o espectador estava ansiando por um formato de séries mais, como poderia dizer, novelesca. No caso, com continuidade, a série prende o espectador não deixando-o perder nenhum episódio (apesar de testar a paciência e requerer atenção ao que acontece na série), senão o espectador perde parte do enredo que ocorreu no episódio anterior. Estava criado o famoso bordão do início de qualquer episódio “Previously on…”.
No entanto, desde a temporada passada, séries como The Nine, Six Degrees (criada por J.J. Abrams de Lost) e Vanished, entre outras, que possuíam formato novelinha, em função da baixa audiência foram canceladas e os mistérios e tramas que foram pouco mostrados nos episódios exibidos ficaram no ar com o cancelamento da série. Ainda em Vanished, tentaram dar um fim ao caso do sequestro da esposa de um senador, mas tudo em vão, ficou pior que se tivesse ficado em aberto. Outro caso, já clássico, foi de Reunion, série que a cada episódio mostrava um ano de um grupo de amigos desde a escola até os dias atuais, sendo que haveria um assassino entre eles. Como a série foi cancelada, o mistério em torno da identidade do assassino ficou no ar, criando um evento no mínimo bizarro. O SBT, canal que exibiu na tevê aberta Reunion, como uma minissérie, exibida todos os dias, criou no último episódio uma narração em off que reveleva o assassino (como o criador da série teria revelado), coisa que nem o canal que exibia a série nos EUA fez.
Com estes acontecimentos, acendeu-se um sinal amarelo nos canais americanos: optar por um formato novelinha, mesmo correndo o risco de ver a série ser cancelada e ficar em aberto para quem a acompanha; ou preferir o formato de tramas isoladas que, além de facilitarem o acompanhamento dos espectadores, são muito mais facéis de serem vendidas e comercializadas no resto do mundo?
As séries com tramas isoladas hoje meio que se restrigem: As séries dramáticas policiais (CSI, Cold Case e Criminal Minds), ou jurídicas (Lei & Ordem e Shark), e as sitcoms (Two and A Half Man, The Office e How I Met your Mother. Mesmo assim, quase todas necessitam de um mínimo de fidelidade para acompanhar os eventos e personagens da série, que vão evoluindo conforme as temporadas. CSI é um exemplo de série tipicamente com formato de casos da semana; se modificou e começou a optar por tramas contínuas, como na temporada passada (a sétima); o assassino das miniaturas se revelou somente no último episódio, sendo que suas aparições ocorreram durante toda a temporada. No caso das sitcoms, mesmo possuindo temas ou situações que são exploradas num único episódio, os personagens passam por situações e os roteiros abordam elas ao longo da temporada, portanto, precisa ser acompanhada com certa religiosidade.
Com a greve dos roteiristas, nesta temporada não poderemos tirar alguma conclusão imediatamente, já que a maioria das séries não foi cancelada devido a falta de opções para substituir o que estava no ar. Porém, em pouco tempo deveremos ter uma certa idéia do tipo de formato que mais agrada o espectador em geral.