Entra mês sai mês, me desespero com as atitudes de algumas distribuidoras (Europa Filmes, Warner e Sony, principalmente), que verdadeiramente ESCONDEM seus lançamentos no mínimo interessantes para exibirem filmes toscos e grotescos como o recente exemplo Os Espartalhões, enquanto filmes como Valente (drama policial com Jodie Foster, da Warner) ou á Prova de Morte (ação de Tarantino, filme co-irmão de Planeta do Terror, da Europa Filmes), acabam sendo lançados diretamente em dvd (Valente) ou “sabe-se lá quando!”, isto é, com um atraso inacreditável (á Prova de Morte).
Claro que a questão não é tão simples; alguns filmes na verdade não possuem distribuição acertada no Brasil. A compra de filmes estrangeiros por distribuidoras independentes (Europa, Imagem, PlayArte) se dá um feiras paralelas á grandes festivais de cinema, como Cannes, por exemplo. No entanto, no caso de filmes com distribuidora acertada, o mínimo que posso pensar é em estratégia equivocada, para não dizer burra.
Imaginem para os fãs de Donnie Darko (no qual eu me incluo), recente candidato a cult, saber que seu diretor, Richard Kelly, dirigiu e roteirizou um novo filme, Southland Tales, com uma trama tão absurda e complexa quanto á de seu filme anterior. Pois bem! Isto aconteceu ano passado nos Eua, depois de alguns adiamentos (parece que o estúdio viu que o filme era complicado demais para um público abrangente ou mesmo muito ruim). No entanto, a distribuidora brasileira, no caso, a própria americana Universal, achou melhor não perder seu rico tempo; muito menos seu rico dinheiro distribuindo os filmes nos cinemas. Seu lançamento será diretamente em dvd para maio (dia 14).
Para quem se interessou, a trama de Southland Tales – Fim do Universo é a seguinte: “Los Angeles, 2008. Durante comemoração do Dia da Independência, o prenúncio de um desatre social, econômico e ambiental cruza as vidas de três pessoas: um astro de filmes de ação com amnésia, uma atriz pornô prestes a estrelar seu próprio reality show e um policial que pode desvendar uma grande conspiração”. Se você achou isto pouco, dê uma lida no elenco E-C-L-É-T-I-C-O, para não dizer outra coisa: Sarah Michelle Gellar (a Buffy da série televisiva), Dwayne “The Rock” Jonhson (nem preciso comentar), Sean William Scott (o Stifler de American Pie), Justin Timberlake (cantor), Mandy Moore (cantora… e atriz), Cheri Oteri (comediante televisiva) e Miranda Richardson (execelente atriz veterana de filmes como A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça). Que mistura, hein?
Outro exemplo de filme que não se sabe por onde anda nem se possui distribuidora nacional é Half Nelson. Você dificilmente deve saber de que filme estou falando, mas o drama ganhou mídia graças á indicação de Ryan Gosling (visto recentemente em Um Crime de Mestre, um dos melhores atores de sua geração) ao Oscar no ano passado. Passado o burburinho do Oscar e seus indicados, se passou um ano e nada do filme. Lamento porque o filme, independente e de pequeno porte, conta uma história bastante interessante e bem defendida pela dupla de protagonistas. Na trama, um professor de História (Gosling) viciado em crack e uma aluna estabelecem uma inusitada amizade depois que esta o surpreende se drogando em um vestiário do colégio. Um fime simples mas bastante eficiente, uma pena que não tenha sido descoberto ou lançado por alguma distribuidora.
protagonistas de Half Nelson
Falando em filmes sumidos ou escondidos, este mais parece um caso de polícia: por onde anda a grande produção nacional Chatô, o Rei do Brasil? Que, na verdade, parece não ser um filme mas sim uma grande e espichada novela. De 1995 quando a produtora do ator e diretor do filme, Guilherme Fontes (visto em diversas novelas globais), conseguiu captar recursos PÚBLICOS para a realização do filme e até hoje (2008), o filme ainda não foi concluído.
Mês passado, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu a análise do processo instaurado pela Ancine (Agência Nacional de Cinema) apontando “irregularidade” nas contas. Assim, os produtores do filme vão ter de devolver os recursos públicos tomados para a realização do longa, que nunca estreou. A devolução terá de ser feita pelo ator Guilherme Fontes e sua mãe Yolanda Machado Medina Coeli, sócios da Firma Guilherme Fontes Filme Ltda. A CGU informa que os dois devem aos cofres públicos R$ 36.579.987,99 (valor atualizado até 28 de fevereiro de 2006). Bem feito! Bem feito! Bem feito!
Que a HQ Wanted virou filme você viu aqui. Viu um trailer também. Agora é hora de ver o NOVO trailer, véi:
Empolgante pra CARÍI, convenhamos. E um filme com Morgan Freeman dificilmente é ruim. O elenco é certo: James McAvoy como Wesley, Morgan Freeman como Sloan, Terence Stamp como Pekwar, Thomas Kretschmann como Cross, Common como The Gunsmith, Angelina Jolie como Fox, Kristen Hager como Cathy, Marc Warren como The Repairman, David O’Hara como Mr. X, Konstantin Khabensky como The Exterminator, Dato Bakhtadze como The Butcher, Chris Pratt como Barry, Lorna Scott como Janice.
Wesley Gibson é um fracassado. Porém, o cara descobre ser herdeiro de um dos assassinos mais fodões do planeta que, curiosamente, foi assassinado misteriosamente. Após esta revelação, o cara ainda recebe uma proposta: 50 milhões de dólares se ele se tornar tão bom quando o pai, após seis meses de treinamento com outros… vilões.
A direção fica por conta de Timur Bekmambetov (do louco Guardiões da Noite), e a estréia será no dia 27 de Junho.
Lembra de ter ouvido o single aqui? Pois é, agora você verá o CLIPE:
Esse som está no álbum Accelerate, que sai no dia 31 de Março. REM é uma banda deveras legal, creio que teremos um álbum a altura dos outros. Só esperando.
Já comentamos por aqui que as bandas Helloween, Gamma Ray e New York Dolls tocarão no Abril Pro Rock, certo? Agora, além de confirmar a programação completa, vou dar o único motivo pra você ir correndo pra Recife, se é que você já não esteja aí: BAD BRAINS!
Quem DIABOS é esse cara? Bom, ignorem-o. O som é Sailin’ On, um dos mais sensacionais da banda. Mas o mais bacana é o visual dos caras:
O que você pensa quando vê esses caras na rua? “Po, vai rolar um reggae logo ali? Vou seguir esses caras, bróder!” – Aí cê MORRE num bate-cabeça no show. Hardcore Punk de primeira. É claro, com algumas passagens de Ska.
Bom, o fato é que Helloween e Gamma Ray não estão mais na lista da programação do Abril Pro Rock. O que houve? Não faço idéia. Mas creio que a data de seus shows, dia 27 de Abril, continue de pé.
Sexta-Feira (11/04)
Banda selecionada pelo site Link Musical
The Sinks (RN)
Project 666 (PE)
Mukeka di Rato (ES)
Zumbis do Espaço (SP)
The New York Dolls (EUA)
Vamoz (PE)
Bad Brains (EUA)
Sábado (12/4)
Banda selecionada pelo site Link Musical
Erro de Transmissão (PE)
Sweet Fanny Adams (PE)
Barbiekill (RN)
Autoramas (RJ)
Violins (GO)
Céu (SP)
Vítor Araújo (PE)
Wander Wildner (RS)
Rockassetes (SE)
Júpiter Maçã (RS)
Superguidis (RS)
The Datsuns (Nova Zelândia)
Pata de Elefante (RS)
Lobão (RJ)
Lembram que em 2004 a banda The Doors of 21th Century, formada pelo tecladista Ray Manzarek e o guitarrista Robby Krieger (ambos ex-The Doors) e trazendo Ian Astbury (vocalista do The Cult) nos vocais, veio ao Brasil trazendo na bagagem os grandes clássicos do The Doors? Bom, eu refresco a memória de vocês:
Isso não foi no Brasil mas tá valendo o som é Break on Trough. E os caras, com novo nome, Riders On The Storm, farão uma nova apresentação por aqui: Será dia 10 deste mês, no Tom Brasil (São Paulo). Ingressos? Entre R$ 120 e R$ 200. Dia 12 os caras passam por Porto Alegre, no Pepsi on Stage, e os ingressos variam de R$ 90 a R$ 180.
Bret Scollin, ex-The Fuel, toma a conta dos vocais desta vez. A batera fica por conta de Ty Dennis e o baixo com Phil Chen. Bóra?
Os acontecimentos do game se passam entre a morte da família de Kratos e o 1º jogo para playstation 2, mostrando Kratos indo para as terras onde mortais jamais se atreveram a ir. Com o mundo em eterna escuridão e os deuses sem poderes, Kratos encara as mais temidas criaturas da mitologia grega até se deparar com uma escolha extremamente difícil: garantir sua redenção pessoal ou salvar o mundo antigo da destruição certa.
O game foi lançado para PSP no dia 4 deste mês. Se você já jogou, conte sua experiência para nós.
Beethoven’s C***, mais um som do álbum Elect the Dead. Serj Tankian prometeu um vídeo para cada som, e você pode conferir os outros aqui. Tá chegando no fim e, na minha opinião, nenhum bate o de Empty Walls.
Ontem mesmo eu disse por aqui que os caras do Presidents of United States of America estavam pra lançar um álbum novo, intitulado These Are The Good Times People, no dia 11 de Março. Agora eles disponibilizaram o clipe do som Mixed Up S.O.B. que, obviamente, faz parte deste álbum:
Som fraco, mas aparentemente o mais bacana do novo álbum.
Sem brincadeira. Eu, mesmo averso a destruição de qualquer livro tive que fazer isso algumas vezes. Antes de tudo vamos a uma pequena explicação. Destruir um livro é pra mim como se eu estivesse matando uma pessoa. Da mesma maneira que não consigo odiar as pessoas de primeira vista, não consigo odiar um livro assim, só de passar os olhos pra ele.
Mas mesmo sendo alguém que protege os próprios volumes de uma maneira quase psicótica, algo que entrarei em detalhes mais em breve, eu tive que cometer alguns assassinatos em minha longa vida de leitor, que no meu conceito, foram mais do que justos.
O primeiro que me lembro se chama As Pilhas Fracas do Tempo que vou admitir: Me fez ter uma grande decepção. Sabe aquele livro que você lê do inicio ao fim, sabe que ele terá aquele desfecho e quando finalmente chega lá, além de ser pela metade, acaba de maneira confusa e sem sentido? Esse é um desses livros. E foi dele que veio a idéia de queimar os livros que não gosto MESMO. Só pra dar uma de filho da puta, no final desse livro ele está em frente a um balde de lixo, com uma caixa de fósforos nas mãos prestes a queimar tudo o que escreveu. Prestes, porque o livro acaba antes dele consumar esse ato.
Foi legal jogar ele aberto no meio de um churrasco, aquela gordura toda caindo em cima dele, e tornando as chamas de diferentes cores. Pensei que naquele momento sairia um demônio do livro e iria se alimentar de minha alma com a farofa do churrasco, mas isso não aconteceu.
Isso foi a mais ou menos uns 8 anos. Até hoje me cobram a multa desse livro, mas por sorte saí do colégio antes de encherem o saco demais sobre isso. Mas vamos continuar a história.
Depois de algum tempo não queimei mais nada, um grande momento só lendo livros que valiam o tempo que eu “desperdiçava” com eles, salvo algumas excessões que não entrarei em detalhes por aqui hoje. Mas é claro, eu não estaria contando isso pra vocês se isso não tivesse acontecido de novo, certo? Essa é mais recente, tem umas 2 semanas, eu acho.
Bom, desta vez, o livro é algo mais… clássico. Ele se chama, ou melhor, se chamava Os Ratos de um autor chamado Dyonelio Machado que nunca ouvi falar, e que só comprei porque estava a fim de ler algo brasileiro. Só pra constar, eu li Memórias de um Sargento de Milícias e A Luneta Mágicae gostei muito desses livros, então no mesmo espírito, resolvi arriscar outro autor.
Não vou me ater a história dele, até porque ela não é importante, mas o que senti ao ler ele sim é o que interessa desse ponto em diante.puta livrinho chato. Nas primeiras 15 páginas, quis dar uma chance a ele, lendo e relendo cada parte que eu não entendia. Depois, comecei a entender o estilo do cara e não precisei mais reler. Da página 30 em diante, começou a me dar uma agonia, de que tudo o que estava escrito ali era totalmente dispensável, que nada dali fazia sentido e principalmente, que tudo era apenas um devaneio da mente do personagem principal, um devaneio bem chato por sinal. Nesse momento, estou o enviando pra Tijucas do Sul, onde tem um fogão a lenha, onde poderei dar uma utilidade melhor pra esse livro: lenha. Só espero que a comida que ele ajude a assar não seja possuída ou fique estragada, afinal, nunca se sabe…
Bom tudo isso que contei hoje pra vocês é só pra definir uma coisa: se você vai sofrer durante a leitura, acabe com o problema antes que ele acabe com você. Eu sobrevivi a vários desses problemas literários que me causaram grandes danos cerebrais, mas já sou lesado por natureza, então nem deu muita diferença. É só um aviso pra todos vocês que querem se arriscar com porcarias e não estão preparados. Mas caso queiram arriscar, manda um e-mail pra compartilhar suas loucuras, que as minhas já estão me trancando no canto ali, ó.
TEXTO Bom, todo mundo já tá cansado de dramas que envolvem estupros e coisas do tipo. Desaparecidos (Trade) é daqueles que falam sobre… tráfico sexual. Todos os anos, mais de 800.000 pessoas são transportadas pelas fronteiras internacionais contra suas vontades para serem escravizadas pela epidemia global do tráfico sexual.
Adriana (Paulina Gaitan) é raptada por traficantes sexuais após seu aniversário de 13 anos, levando seu irmão Jorge (Cesar Ramos), de 17 anos, a loucura: O cara sai desesperado atrás de sua irmã. Um resgate a qualquer preço. Veronica (Alicja Bachleda) foi outra jovem, um pouco mais velha, raptada por esses caras – e que acaba virando amiga de Adriana. Por outro lado, Jorge está sozinho. Afinal, é nessas horas que você descobre quem é seu amigo de verdade. Ou, melhor: É nessas horas que você descobre que não tem amigos. Após uma conversa com um entendido do mundo do crime, Jorge começa a investigar um local e acha sua irmã. Sem querer fazer besteira, ele rouba o carro de seus “amigos” e começa a seguir o caminhão.
Futuramente, o cara conhece Ray (Kevin Kline), um policial do Texas que, curiosamente, também perdeu alguém de sua família para o tráfico sexual. Os dois viram aliados nessa corrida contra o tempo: Eles precisam encontrar Adriana antes que ela vá para o leilão virtual e seja comprada por algum pedófilo, desaparecendo do mapa.
O que mais chama a atenção no filme foram os personagens. Desconhecidos e HUMANOS, sabe? É o que eu sempre costumo dizer: Não dá pra ter dó ou levar a sério o Brad Pitt correndo, desesperado, atrás de sua irmã, sequestrada por traficantes do sexo. Os atores fizeram um papel sensacional no filme. Sensacional. Não deixaram o realismo escapar; eu diria que, assim como Tropa de Elite, Desaparecidos (Trade) é um tapa na cara. Não é uma comparação, são dois filmes diferentes. O último só peca por contar com cenas clichês, deixando então o realismo de lado e voltando a ser um drama. Uma pena.
Enredo
A história em si é bem envolvente. Não há buracos; porém, há uma certa “enrolação” em alguns pontos. Exagero de suspense, essas coisas. Mas nada que estrague o filme, pelo contrário: Você sempre dá de cara com cenas e atos inesperados. Além de um humor negro e ácido de qualidade.
Efeitos visuais / sonoros
Como não estamos falando de um filme de super-heróis, não há nada demais neste aqui. Mas o que tem tá impecável. A trilha combina com o filme, aquele ambiente mexicano. Visualmente, não há muito o que se falar. Maquiagens entram aqui? Se sim, eu também não tenho o que falar sobre elas. QUEM liga pra maquiagens?
Personagens
Agora sim. Acertaram perfeitamente na escolha do elenco, NINGUÉM falhou ali. Como eu disse acima, os personagens são HUMANOS. Destaque para Cesar Ramos, que passou um realismo realmente comovente e Kevin Kline, outro que vai te “deprimir”. Juntos, os dois passam por brigas, piadas e dramas sensacionais. Atores muito bem aproveitados. Eu diria que Alicja Bachleda (aliás, eu não diria, tendo em vista que eu não consigo pronunciar este nome) fez um papel relativamente fraco, se enquadrando no modelo de suspense adolescente – o que é uma pena. Porém, ela foi bem explorada. Literalmente, se você prestar atenção no filme. (heh)
Sabe quando você vai ver um filme sem expectativas de ver um filme realmente bom e, no fim do filme, sai com a língua queimada? Desaparecidos (Trade) é um filme acima das expectativas, daqueles que mostram a realidade sem apelar muito para o clichê – mas não deixa de apelar. É um drama, mas não chega perto de Babel, por exemplo. O único drama neste filme citado é ter que vê-lo até o fim, na boa. Desaparecidos (Trade) prende sua atenção, o filme é realmente envolvente. Com um fim espetacular DUAS VEZES (sim, quando você pensa que o filme acabou…), posso fechar a resenha com uma frase: Se minha crítica não convenceu, não se deixe enganar e vá ver o maldito filme. Você não vai se arrepender. Se você tiver estômago fraco, aí sim.
Desaparecidos
Trade (119 – Drama) Lançamento: EUA/Alemanha, 2007 Direção: Marco Kreuzpaintner Roteiro: Jose Rivera Elenco: Kevin Kline, Cesar Ramos, Alicja Bachleda, Paulina Gaitan, Linda Emond, Zack Ward, Kate Del Castillo, Tim Reid, Pasha D. Lycnikoff