Vocês três que acompanham essa coluna desde que ela passou a ser escrita por mim já devem ter percebido que eu tenho esse problema de levar os games á sério demais ás vezes. Ok, eu sou um hardcore gamer e jogo mais do que devia. Acho que esse tipo de comportamento é esperado de pessoas como eu.
Mas então, vocês putos aí que também se consideram hardcore, já viram esse jogo chamado Passage?
Isso nem pode ser chamado de “jogo”, acho. Olha o tamanho desses pixels cara. Tu olha e fica pensando “que merda é essa, voltamos aos anos 80?”. Eu fiquei procurando qual era o comando pra aumentar a resolução, eu não conseguia acreditar que tinha instalado do jeito certo e que tava pronto pra “jogar”.
Por que o “jogar”, entre parênteses? Porque a parada não é bem um jogo, já falei. Então você não “joga”, você “participa”. É uma experiência disfarçada de jogo. É difícil explicar, baixa aí a parada, tem só uns 500k, e o jogo todo vai do começo ao fim em 5 minutos, mais ou menos. É mais rápido jogar do que ler o resto dessa coluna, então, se for pra escolher entre um dos dois, escolha o jogo.
Joga lá e depois volta aqui. Eu espero.
Sério, porra. Joga ANTES de ler o resto.
Jogou? Então? Não é uma PUTA experiência bizarra? Tu não começa achando meio esquisito e daí vai entrando numas cadeias de pensamento que não combinam muito com o que você espera sentir num jogo? Pra mim foi o seguinte:
Eu comecei a parada e fui apertando uns botões padrão no teclado: shift, espaço, enter, pra ver quais eram as ações disponíveis. Vocês sabem, eu nunca leio tutorial de jogo, mas tiro alguns minutos pra testar os comandos já dentro do jogo. O bonequinho não fazia nada, a não ser andar na tela. WTF? E ainda por cima uma tela que nem é tela, porra. Só essa faixinha ridícula no meio da tela preta. Vamos andar então, que já vi que é jogo de ficar andando. Deve ser um tipo de Pitfall sem pulos. Nostalgia Atari imediata dos jogos com pouquíssimas opções de ação. Já fiquei de má vontade com o jogo.
Primeiro eu comecei a ir pra direita, sem pensar muito. Passei reto pela mulherzinha, porque só tinha visto uma parte dela (tu não viu a mulherzinha? Perdeu. Joga de novo), mas resolvi voltar e encostei nela. Surgiu um coração entre os dois e eu pensei “Yeesss, mulher!, Agora só falta achar a cerveja, o chicote e a cama” A mina colou em mim e não dava pra fazer mais nada com ela, então continuei andando pra direita. Como assim, ela vai na minha frente? “Mulher, já pra trás do seu marido!” Isso me incomodou um pouco, mas tudo bem. O jogo é assim, pra ir despertando sentimentos mesmo através do minimalismo dos pixels e tal. Mas me surpreendi em perceber que meu machismo se expressa até com um punhado de pontinhos coloridos numa tela. Os jogos são mesmo um espelho do jogador.
Aí continuei andando, vendo o cenário tosco ir mudando e passando rápido demais. Também percebi que no lado direito da tela era como se o cenário estivesse todo esmagado lá, esperando pra entrar no campo visual. Achei um puta efeito pra um jogo horrível desses. Mas não parecia ajudar em nada pra descobrir o que fazer no jogo. Só tornava evidente que eu tinha que seguir sempre pra direita. Fui indo, meio de saco cheio, mas sabendo que o jogo terminava logo.
Depois de andar pra caralho resolvi variar o caminho, mas não dava pra fazer muita coisa. Como eu tava com a mulher, eu não conseguia passar entre alguns obstáculos. Damn Woman! Mulheres: sempre me impedindo de fazer o que eu quero e de ir onde eu preciso ir. É ou não é a metáfora perfeita da vida a dois? Tu arranja uma mulher e ela acaba com a sua liberdade. Orra, tinha um baú de tesouro que eu vi uma hora, e que eu não conseguia chegar nele por causa da mulher. Mulheres empobrecem você. Sumidouros universais de dinheiro. Conformei-me de que não poderia fazer nada de muito útil e fui só seguindo pra direita pela parte de cima do cenário. Era o caminho mais fácil.
Eu via os pixels dos bonecos dando umas piscadinhas, mas achei que era só porque o jogo é tosco. Perdi um puta tempo andando pra direita, e pra cima e pra baixo em zig-zag, procurando uma porta, uma passagem (o jogo se chama “Passage” porra), mas só achava obstáculos. Quando comecei a andar só pra direita e o cenário me entediava, percebi que os bonecos estavam ficando com os cabelos brancos. Caralho! Como assim? O único outro jogo onde o efeito de envelhecimento do personagem me causou angústia até hoje foi em Fable. E nem incomodava tanto, já que seu personagem envelhecia mas não morria em Fable.
Orra. Eu vou morrer. ORRA, meu bonequinho vai morrer porra! Tentei voltar pra esquerda, pra fazer o tempo voltar. Não dava, óbvio. Desde quando dá pra fazer o tempo voltar? Só em Need for Speed e Prince of Persia mesmo. Mas eles são só jogos. Cara, eu vou morrer. A mina vai morrer. Ela tá velha e nem teve sexo nesse jogo. ó o machismo aí de novo. Surpreendente que eu tenha pensado uma merda dessas ao me tocar de que os dois iam morrer.
Sério, fiquei parado um tempão olhando os pequenos putos. Normalmente seu personagem morre num jogo porque você enfia ele num buraco, toma 280 tiros, é comido por uma hidra, sei lá. Não morre sozinho por envelhecimento. Mas eu já sabia que não dava pra fazer nada pra impedir o avanço do tempo. E o pior: mesmo parados os putos continuavam envelhecendo. Oh, merda. Rápido, vamos andar o máximo que der.
Corre, corre, corre pra direita. Corre o caralho, os bonequinhos tão velhos e não andam mais naquele ritmo do começo do jogo. Bosta de jogo realista, pare de me angustiar. Eu não quero um jogo que me lembre de como a vida é uma marcha interminável pra morte, com a gente se degenerando no caminho.
CORRE mano, cês vão morrer! Aí, do nada, a mina vira uma lápide. Foi pra fita a mulherzinha. E você fica vivo. O jogo é tão FDP que faz os personagens morrerem em tempos diferentes, só pra você experimentar ainda mais a inutilidade da sua vida. Fica abandonado no final. E nem dá pra voltar e pegar aqueles baús cheio de drogas ilícitas e dinheiro que ficaram pra trás. Caput. Você gastou sua vida E a vida da sua mina fazendo porra nenhuma, a não ser seguir o caminho mais fácil pra direita. Vidinha bunda que você levou hein?
Andei mais um pouco pra direita, muito, muito devagar. Notei que aquele efeito de cenário esmagado não tava mais na parte da frente, tinha ficado todo pra trás. ó a sua vida lá atrás. Dá pra ver a lápide da mina ficando pra trás. Não tem mais nada pra frente. RIP pra você também motherfucker. Homem-lápide. The End. Teh Horror.
Que joguinho desgraçado cara.
Mas ok, tirando a parte da depressão, é ou não é uma puta experiência provocada por um punhado de pixels mal-ajambrados? Eu fico puto cara. Eu fico puto, porque eu fico imaginando o tipo de experiências que poderiam ser criadas nos consoles atuais, se os desenvolvedores fossem um pouco mais criativos. Olha o potencial que essas caixinhas têm pra fazer a gente refletir sobre a vida. E a gente fica só matando nazista em Medal of Honor. Que merda. Isso é um jogo que vale a pena, um troço em que você gasta seu tempo, pensa numas coisas que estavam lá no fundo da mente e depois ele acaba servindo como uma memória, uma figura, um relicário de que você tem que pelo menos aproveitar melhor sua vida, nessa marcha para o cemitério. Sempre pra direita. Caminho fácil ou difícil? Aliás, notaram que tem uma pontuação em cima?
Enfim, jogaram? Sentiram alguma coisa diferente? Não sentiram porra nenhuma?
Início de mês, como normalmente, acontece são poucos os lançamentos para esta período. Vamos a eles:
Planeta Terror: Concebido pelos diretores Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, o projeto Grindhouse é uma homenagem aos antigos cinemas de bairro norte-americanos que tinham em sua programação filmes B de terror. Nasceram daí os longas metragens Planeta Terror, de Rodriguez e á Prova de Morte, de Tarantino. Em seu capítulo, Rodriguez reverencia George Romero, mas com uma aura genuinamente trash, que deixa o filme entre o divertido e assustador, obviamente não podendo ser levado a sério. O diretor brinca com nomes de personagens, situações absurdas, diálogos afiados e muito, muito sangue e órgãos se desfazendo. Um acidente em uma base militar despeja no ar uma substância biológica que se espalha entre as pessoas causando a transformação delas em zumbis. Avançando rapidamente, os zumbis chegam á cidade e invadem o posto de saúde local, onde trabalham o Dr. William Block (Josh Brolin, parecendo um personagem de quadrinhos) e sua mulher, a misteriosa anestesista Dakota (Marley Shelton), que passam por uma situação conjugal tensa. Enquanto isso, uma dançarina de boate, Cherry Darling (Rose McGowan) encontra um amor do passado, El Wray (Freddie Rodriguez) e de repente os dois têm que começar uma corrida frenética para fugir dos zumbis após um outro acidente, que deixa Cherry sem uma perna rumo ao hospital. Mais tarde, o casal tenta conseguir ajuda de JT (Jeff Fahey), dono da churrascaria local que clama para si o titulo de Melhor Casa de Churrasco do Texas. Entre os personagens, Naveen Andrews (Sayid, de Lost) está na pele de um soldado que foge da base e o Tom Savini (reeditando a parceria de Um Drink no Inferno) faz o policial Tolo. á próposito quando a Europa Filmes pretende estrear Í Prova de Morte nos cinemas? A última data era agora em março, mas já foi adiada indefinidamente.
Primo Basílio: Para quem gosta de novelas da Globo, o diretor Daniel Filho recria a trama do dramaturgo português Eça de Queiróz, já adaptada numa minissérie global nos anos 80, aqui a ação é transferida de Lisboa para São Paulo, em 1958. É quando a jovem Luísa (Débora Falabella) está casada com o engenheiro Jorge (Reynaldo Gianecchini), ausente do lar por estar envolvido na construção de Brasília. O reencontro de Luísa e seu primo Basílio (Fábio Assunção) coloca o casamento da jovem sonhadora em risco, já que ela se envolve num caso extraconjugal. Juliana (Glória Pires), sua invejosa governanta, descobre o romance proibido e faz de tudo para infernizar a vida de Luísa, ameaçando revelar seu segredo.
O Passado: Filmado em Buenos Aires (Argentina), São Paulo (Brasil) e na Costa Polônio (Uruguai), O Passado é a volta do diretor Hector Babenco (de Carandiru) ao romance intimista e psicológico, baseado no romance El Pasado, do escritor argentino Alan Pauls. Na trama, depois de 12 anos juntos, um casal (Gael Garcia Bernal, de Babel, e Analia Couceyro) decide se separar. Ele segue em frente com sua vida, mas ela passa a perseguir o ex-parceiro e sua nova amante.
Ecos do Além 2: Inédito nos cinemas esta sequência do filme estrelado por Kevin Bacon em 1999, que conta uma história com traços sobrenaturais. Um soldado (Rob Lowe, atualmente, fazedno mais sucesso na telinha em séries como West Wing e Brothers & Sisters) acaba de voltar do Iraque e está com a mente cheia de imagens da guerra. Porém, é em casa que ele começa a ser atormentado por estranhas visões que tiram a sua reconquistada tranqüilidade – são os espíritos dos inocentes mortos durante o fogo cruzado que o estão o apavorando em busca de vingança. É quando ele encontra a ajuda de um estranho com poderes psíquicos. Assim, ele descobre uma maneira de se livrar dos fantasmas, porém, o preço a pagar pode ser alto demais.
Eu acho que o clipe ficou meio “eu sou um vj da MTV e dirigi o clipe”. Não é uma crítica negativa, só não gosto desse estilo. E, pra quem não sabe, VJ em si não é um apresentador; é o cara que faz aquelas vinhetas loucas e tudo mais.
Elect the Dead é a faixa que encerra o álbum que leva seu nome, Elect the Dead.
Enfim, a banda irá lançar um álbum novo, intitulado These Are The Good Times People, no dia 11 de Março. A tracklist é a seguinte:
1. Mixed Up S.O.B.
2. Ladybug
3. Sharpen Up Those Fangs
4. More Bad Times
5. French Girl
6. Truckstop Butterfly
7. Ghosts Are Everywhere
8. Loose Balloon
9. Flame Is Love
10. So lo So Hi
11. Poor Turtle
12. Rot in the Sun
13. Warhead
14. Deleter
Você pode ouvir trechos dos sons aqui. E dá pra perceber que teremos um álbum… fraco.
Nunca foi tão bom dar uma notícia dessas: O filme Dragon Ball Z iria estrear em Agosto deste ano, mas foi adiado para o dia 3 de Abril de 2009. Era bem óbvio que o filme não ficaria pronto a tempo, e isso intrigava a nós, fãs da série.
Agora podemos aguardar por um filme melhor, quem sabe. Certeza, vai. Botem fé no filme, putos.
Quem já está no elenco: Justin Chatwin (Goku), James Marsters (Piccolo), Chow Yun-Fat (Mestre Kame), Jamie Chung (Chi Chi), Eriko Tamura (Mai), Joon Park (Yamcha) e Emmy Rossum (Bulma). James Wong (O Confronto) é o diretor do filme, que já está sendo rodado no México.
É, em quase TODAS as semanas eu cito a palavra “Stoner Rock”. Acho que passou da hora de dedicar uma coluna inteira para este termo, então. Pra começar: O que é Stoner Rock?
Pegue uma banda dos anos 70, de Hard Rock. Insira um toque psicodélico. Riffs graves, pesados, porém lentos. Não consegue imaginar isso? Misture Black Sabbath com The Stooges, por exemplo. Tire as partes ruins (que são poucas). Acrescente mais empolgação. Você terá isso:
Kyuss, a maior referência Stoner da galáxia. Green Machine, o som mais SENSACIONAL da galáxia. Esse som empolga em uma proporção infinita, cara. Se imagina na rua, no meio de uma multidão, ouvindo esse som no último volume do seu maldito mp3 player. Música mexe com o humor de todo mundo, isso é comprovado. Mas esse som faz até meu batimento cardíaco aumentar; um dia eu vou ter uma parada cardíaca no meio da rua por causa deste som.
Isso é Stoner, cara. É empolgação. É ter um som favorito que te leva a LOUCURA, por mais que você já seja um fugitivo do hospício. Noob.
Thumb, da mesma banda sensacional, é outro som que empolga pra cacete. Ao vivo nem tanto. Enfim, ambos os sons são do álbum Blues For The Red Sun. Tenha-o em mãos o mais rápido possível. Aproveite também pra conhecer as bandas que “saíram” do Kyuss após seu fim:
Mondo Generator, do baixista Nick Olivieri. Mondo Generator é o nome de um som psicodélico do Kyuss que se encontra no álbum citado acima. Esse som aí é o So High, que é uma baladinha bem Queens of the Stone Age. Por falar nessa banda…
Regular John é o som. Josh Homme (ex-gitarrista do Kyuss) formou esta banda logo após o fim do Kyuss. Esse som tá no álbum Queens of the Stone Age, outro altamente recomendável. Outra banda que havia sido criada por Josh Homme é a Desert Sessions:
Crawl Home é o som. PJ Harvey compartilha o vocal com Josh Homme neste som.
Hermano, My Boy. John Garcia, ex-vocalista do Kyuss. O cara criou várias bandas após sua saída do Kyuss, como…
Slo Burn, com Positiva. Talvez a que mais se pareça com Kyuss. Mas chega de falar o que restou do Kyuss. Vamos falar da influência do Stoner em bandas de estilos… diferentes.
Corrosion of Conformity, Albatross. Sentiu um toque de Faith no More no som? Mas não tem nada a ver com o que eu vou falar, só citei por citar. Enfim, o CoC sempre foi uma banda de Crossover, até começar a fazer um Stoner sensacional em seus últimos álbuns. O som aí em cima é a prova de que eu estou certo. Tenha em mãos o álbum Deliverance; esse som está nele também.
Down, Temptations Wings. Phil Anselmo (ex-vocal do Pantera – Thrash Metal), Pepper Keenan (guitarrista do Corrosion of Conformity – Crossover), Kirk Windstein (guitarrista do Crowbar – Doom Metal) Todd Strange (baixista do Crowbar), e Jimmy Bower (baterista do Eyehategod – Doom Metal). Todos reunídos nesta banda sensacional. Stoner com uma pitada de Metal pesado, coisa fina. O álbum Nola é o que você deve ter em mãos.
Você já deve ter sacado o ritmo e a distorção da guitarra, né? Muitas bandas, até mesmo hoje em dia, estão usando o Stoner em seus sons. Já era tempo. Bandas ruins estão fazendo músicas boas com essa evolução, olha só. Mas enfim, voltando ao Stoner…
Fu Manchu, Evil Eye – Um dos sons mais espetaculares que você já teve o prazer de ouvir por aqui, convenhamos. Vocês deviam me agradecer mais. Peguem o álbum The Action Is Go, então.
Vou ser ousado e terminar essa coluna sensacional com Atomic Clock, do Monster Magnet. Ílbum? Powertrip. Vocês já têm o bastante para saberem o que DIABOS é Stoner Rock. Agora podem ter bom gosto musical, até. Garimpem por mais bandas, putos. O Stoner Rock é o estilo musical mais empolgante da galáxia.
Pra que texto se eu tenho música boa? Vale frisar que o Stoner Rock também é conhecido como Desert Rock. Algumas bandas do estilo surgiram ali em Palm Desert, se você quer saber a origem do nome.
Feed Us, mais um som do álbum Elect the Dead, o sensacional. O clipe é bem perturbador. E, a pergunta que não quer calar: Porra, É ELE o cara sem a barba?
Cara, se você não conhece King Diamond provavelmente seu gosto musical é ruim ou Só incompleto. O cara é um dos metaleiros mais conhecidos por sua “extensão vocal”. Pelo menos nas décadas anteriores; o cara é um puta vocalista dentro de seu gênero. Não faço a mínima idéia de qual é. Enfim, ele começou na banda Black Rose e logo depois formou a banda Mercyful Fate, a única que eu conheço o bastante pra criticar o vocal do cara: Agudo e com uma certa… “violência”. Pra mim o auge do cara foi no Probot, óbvio. Bom, isso é um resumo bem sugado do cara. Confira abaixo o clipe de Give Me Your Soul, da carreira solo de Diamond. E mesmo que seu gosto musical seja ruim, vale a pena ver: Não dá pra não rir.
Em virtude do recente término da greve de roteiristas, os produtores e executivos da televisão americana estão antecipando o retorno de algumas séries para terminarem a temporada decentemente e, o que não retornar, está sendo renovado com bastante antecedência. Normalmente, estas notícias ocorrem somente em maio.
Já sobre os cancelamentos, pouco se sabe com certeza. No entanto, na semana passada, as jornalistas americanas Kristin do Santos e Jennifer Goodwin comentaram sobre algumas séries com destino quase certo: CANCELAMENTO!
Antes saiba as séries que já foram limadas da programação americana pela baixa audiência nesta temporada: Bionic Woman (que estréia agora em março no Brasil pelo A&E), Journeyman, Cane (Warner), Big Shots (que a Warner irá exibir em breve), Life is Wild (também irá ser exibido na Warner) e Girlfriends (Sony). Os outros possíveis cancelamentos são:
Moonlight
Exibida por aqui pela Warner, a série tem enfrentado na verdade não um problema de audiência, já que é exibida na sexta-feira, dia clássico de audiências menores, mas sim de bastidores. Recentemente, houve uma segunda baixa entre os produtores: o cara que idealiza a série, em Moonlight, para a retomada de série pós-greve o responsável será Joel Silver. No entanto, a renovação para uma segunda temporada é incerta.
Friday Night Lights
Exibida pela Sony, já em sua segunda temporada, queridinha da crítica mas que não engata em audiência de jeito nenhum, o drama/teen/esportivo, diga-se de passagem muito bom, não deve ser renovada para uma terceira temporada. Uma saída procurada pelos produtores é dividir a produção com um canal da tevê a cabo para diminuir os custos totais do show. Este exemplo foi realizado recentemente com Law & Order Criminal Intent; a série foi exibida no canal a cabo USA e também da rede aberta NBC. Aos fãs dos panthers, cruzem os dedos!
Women’s Murder Club
Estréia em março na Fox, a série é veiculada na sexta-feira, assim como Moonlight, e não tem um retorno como o esperado pela emissora ABC. Também é sexta-feira á noite, não sei o que os executivos esperam. No entanto, parece que se no retorno agora em abril a série tiver uma audiência boa, a emissora pensará em renová-la. Sinceramente, acho a série mais um drama criminal sem nenhum grande destaque, a única diferença das demais é o aspecto feminino da série. No entanto, sou fã da atriz Jill Hennessy, morena gatíssima protagonista da série.
Aliens in America
Ainda inédito no Brasil, este sitcom sobre um garoto muçulmano estudando nos EUA faz dupla com o sitcom Everybody Hates Chris, mas não estourou como imaginado. É exibido pelo canal CW ainda tem uma audiência muito baixa, como quase todos os programas deste canal, dificultando a renovação da série.
Carpoolers
Exibida pelo Sony, este sitcom é fraquinho e tem um elenco bem abaixo do esperado. Nos EUA tem uma audiência pífia, com certeza deve ser cancelado.
How I Met Your Mother
Por favor, não me assustem colocar aqui HIMYM, como é conhecida pelos fãs; é um disparate. A CBS, canal com maior audiência nos EUA, deve estar ficando louca de cancelar uma série tão inteligente quanto esta, com um humor espirituoso e idas e vindas no tempo. HIMYM é exibida por aqui na Fox Life (alguém tem?) e nos EUA faz parte do bloco de sitcoms da CBS na segunda á noite, onde o grande campeão de audiência é Two and A Half Men. Se for cancelada seria para dar espaço a uma nova sitcom, que poderia arrecadar maior audiência ao canal.
Men in Trees
Exibido pela Warner, que pelo jeito vai ficar sem série alguma com estes cancelamento, a série é exibida na fatídica sexta á noite – observem como este dia é cruel com as séries. Do canal ABC, a série vem patinando na audiência, já mudou até de horário; e para piorar tem muitas críticas negativas.
October Road
Fez um pequeno sucesso quando exibido no mid season americano em 2007, ainda inédito por aqui. A série substituiu o mega sucesso desta temporada, Dancing with Stars, um dos poucos shows que não perdeu audiência nesta temporada. Desde então vem patinando feio na audiência, na média 5 milhões em plena segunda á noite, dia normal de audiência.
Jericho
Exibido pelo AXN, Jericho é na verdade um sobrevivente: exibido nas quartas na temporada passada pelo canal CBS, foi cancelado devido a audiência fraca, conforme o canal; mas, devido a uma movimentação dos fãs (que enviaram amendoins para o canal, referência a uma frase dita no episódio que fechou a primeira temporada), o canal deu uma nova chance a série. Com 7 episódios exibidos no mid season, que iniciou em fevereiro, e mesmo tendo poucas séries com episódios inéditos, Jericho perdeu ainda mais sua já fraca audiência. Agora, exibido ás terças, deve ser o fim da série.
Shark
Exibido pela Fox, na verdade o programa tem uma audiência satisfatória para a CBS num domingo á noite, mas de grande destaque na mídia quando estrou a primeira temporada. Viu seus números diminuírem nesta segunda, efeito que ocorreu em quase todas as séries nesta temporada. Para agravar ainda mais o caso, a co-estrela da série, junto ao fantástico James Woods, a loira Jeri Ryan está gravida de cinco meses e terá que se afastar do show. Assim, não se sabe o que o canal fará com a série, por enquanto.
The Sarah Connor Chronicles
Ainda inédita por aqui, acredito no sucesso da série, dando devido tempo para isso, mas os números em audiência não dizem o mesmo que eu. Quando estreou num episódio exibido no domingo, conseguiu um recorde no horário para o canal Fox, desde então viu sua audiência caindo cada vez mais. Era prevista para fazer dupla na segundas do canal Fox com a série 24 Horas. Como 24 Horas não estreou, acabou fazendo companhia com Prison Break e, mesmo tendo uma audiência maior que este, corre o risco de ser cancelada devido a seu alto custo (efeitos especiais e muitas cenas de ação). Torço pelo contrário.
The Unit
Exibida pela Fox, que não sei onde enfiou a série depois da primeira temporada, nos EUA já está na terceira. Série típica para americano ver, mostra soldados em missões super secretas pelo mundo e suas esposas lidando com o dia-a-dia sem os maridos. Depois de um episódio que se passa no Brasil, e verdadeiramente filmado por aqui, com direito á protagonista e tudo (o ex-presidente de 24 Horas, Dennis Haysbert), que era um verdadeiro samba do crioulo doido, assim como ocorreu com o episódio de CSI Miami passado aqui, desisti da série. Podem cancelar!