Segundo Slash, o Velvet Revolver NÃO vai acabar

Música quarta-feira, 26 de março de 2008 – 2 comentários

Já é NOTÍVEL que Scott Weiland vai levar um pé na bunda.

Após o chilique do cara no meio de um show da banda, o guitarrista Slash disse, em uma entrevista para a rádio BBC, que o Velvet Revolver NÃO vai acabar. Scott Weiland disse em seu chilique que essa seria a última turnê da banda, e é por isso que o início desta notícia foi com aquela frase. É CERTO que vai dar merda.

Não que eles tenham confirmado oficialmente isso, é apenas uma previsão de fã. Francamente, Scott Weiland é o principal membro da banda – e não é só pelo fato de ele ser o vocalista, vocês sabem. Não temos culpa se o carma do Slash é tocar em bandas com vocalistas chiliquentos. Se for pra trocar de vocalista, que tal fazerem desta realmente a última turnê da banda?

Em breve Scott Weiland se reunirá com sua antiga banda, Stone Temple Pilots, para uma turnê e, possivelmente, para a gravação de um álbum. Slash gravará um álbum solo com participações especiais. Pra que esperança?

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Spin-off

Sit.Com terça-feira, 25 de março de 2008 – 2 comentários

A expressão pode ser estranha, mas quem conhece o universo dos seriados já ouviu ou leu sobre as séries spin-off. Simplesmente são séries que derivam de outras atráves da presença de algum personagem em comum ou do universo/fórmula, sendo ele o mesmo da “série-mãe”. Claro que esta prática vem da preguiça (e questões financeiras) dos produtores e diretores dos canais americanos em tentar – nem sempre com sucesso – “tirar uma casquinha” de uma série que já é sucesso ou algum personagem que se destaque o bastante para gerar uma série somente sua.

O exemplo mais conhecido (e de sucesso) atualmente, é a franquia C.S.I., criada pelo produtor Jerry Bruckheimer, um dos mais poderosos do cinema, responsável por filmes como Bad Boys, Piratas do Caribe, A Rocha, etc. No mundo televisivo, Jerry Bruckheimer, responsável também por séries como Cold Case e Without a Trace, produz a série de maior audiência da tevê americana atual, o C.S.I. Como série de fórmula – investigação de mortes a cada episódio -, resolveu ampliar este conceito modificando somente os ambientes, assim nascia C.S.I. Miami e C.S.I. New York (atualmente, todas exibidas pelo canal AXN, e as duas primeiras na Record).

Ainda reina soberana na audiência americana

Na mesma linha de CSI, o produtor Dick Wolf criou a maior franquia da história de tevê americana, a série Lei e Ordem (já em sua 17ª temporada); a série jurídica que mostra investigações e, em seguida, os julgamentos, rendeu diversas outras séries, duas ainda no ar: L&O – Unidade de Vítimas Especiais, a melhor delas pelos melhores personagens e os difíceis temas envolvendo crimes sexuais; L&O – Criminal Intent, mais séria e sóbria, dedica mais parte do programa para ilustrar o lado dos criminosos no crime, porém, também apresenta um excelente personagem, detetive Robert Goren, vivido obsessivamente por Vicent D’Onofrio.

Nesta última temporada, somente uma série spin-off estreou, Private Practice, derivada do sucesso Grey’s Anatomy. Aqui em comum, a personagem Dra. Addison (a belíssima Kate Walsh), porém, a série se comparada com a novelinha Grey’s Anatomy fica devendo. Os personagens, em sua maioria médicos, interagem numa clínica meio estranha e tudo envolve paixões e sexo, parecem recém-saídos do colégio, mas os casos clínicos funcionam em alguns episódios. A série deve retornar somente em setembro para sua segunda temporada, espero que melhor equilibrada entre comédia e drama. Antes disso, a Dra. Addison volta a participar de um episódio de Grey’s na retomada pós-greve em abril ou maio.

No ar estão ainda as seguintes séries spin-off: NCIS, derivada de Jag, somente se trocou a aeronáutica pela marinha americana. Exibida antigamente no Universal Channel, esta série alcançou neste seu quinto ano um feito e tanto: uma audiência perto da casa dos 20 milhões (sem justificativas maiores, até porque a série é muito similar a franquia CSI), ficando, normalmente, entre as dez séries mais vistas pelo público americano (aqui está perdida sexta á noite do canal AXN); Boston Legal aka Justiça sem Limites (na Fox), derivada de O Desafio, em comum, o figuraça Alan Shore (papel sob medida para James Spader), mas quem rouba mesmo as cenas é William Shatner (sim, o capitão Kirk, hilário como Denny Crane, advogado sem noção). Ainda no ar, Ashes to Ashes, derivada de série inglesa Life on Mars, exibida recentemente na HBO e Stargate Atlantis, derivada Stargate SG-1, série sci-fi da tevê a cabo americana.

Estrondoso sucesso atual

Se alguns de vocês possuir memória deve lembrar que os spin-off não são moda de hoje, algumas temporadas atrás houve The Lone Gummen, derivado de Arquivo X com os Cavaleiros Solitários, personagens geniais, mas que não funcionaram sozinhos. O canal americano Fox, também, não facilitou com o rápido cancelamento da série. Outros fracassos foram Time of your Life derivado de Party of Five, com a personagem de Jennifer Love Hewitt, atualmente em Ghost Whisperer, largando o namorado e indo viver na cidade grande; e a maior de todas decepções, Joey derivada de… vocês sabem. Matt LeBlanc prova que o sucesso de Friends devia, principalmente, á química dos personagens e a roteiros inteligentes, dois fatores que com certeza faltaram em Joey.

Desta leva mais antiga talvez a exceção tenha sido Angel, derivada do universo fantástico de Buffy, a caça-vampiros. Angel – o personagem – depois da segunda temporada de Buffy, deixa a caça-vampiros e Sunnydale e parte para Los Angeles, trabalhando como investigador particular. Segue com ele os personagens Cordelia e Wesley, que também participaram de Buffy. A série, apesar de nunca estourar em audiência, teve cinco temporadas.

Keanu Reeves não quer saber de Constantine 2

Cinema terça-feira, 25 de março de 2008 – 2 comentários

Keanu Reeves, o eterno Neo, atualmente Tom Ludlow em Os Reis da Rua (Street Kings) – que estréia no dia 11 de Abril -, não está mais “interessado” na continuação do filme Constantine, longa baseado na HQ Hellblazer. E não pára por aí: O cara disse que não quer saber mais de seus personagens anteriores. Ou seja, não teremos mais ele como Neo em uma SONHADA continuação de Matrix. Nem mesmo Ted Logan, de… Bill & Ted.

Francis Lawrence, o diretor do filme, diz que para o filme Constantine 2 realmente acontecer, seria necessário um roteiro bom. Coerente? Pois é, mas o problema é que ele não encontra o tal roteiro decente. Então, é mais um filme indo para a geladeira.

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Novidades no elenco do 11.º Sexta-Feira 13

Cinema terça-feira, 25 de março de 2008 – 0 comentários

Eu já disse que mais um filme vinha por aí. Agora é hora de saber sobre o elenco.

Mas não é muito: Jared Padalecki, Sam Winchester da série Supernatural, será o investigador das mortes em Cristal Lake. Se você se lembra da notícia citada acima, sabe que o filme será um prelúdio á série, contando a história que VOCÊ conhece.

O filme deverá ser rodado nos próximos meses. O roteiro fica por conta de Damian Shannon e Mark Swift, do tosco Freddy vs. Jason, e a direção fica por conta de Marcus Nispel, do nem tão sensacional assim remake de O Massacre da Serra-Elétrica. Estréia? Na Sexta-Feira 13 de Fevereiro de 2009. E aí, será que teremos mais um filme, ahn, repetitivo – que não deixa de ser sensacional – como os primeiros, estranho como o primeiro citado neste parágrafo ou um fracasso como Jason X?

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Saiba mais sobre Maquinaria Rock Fest, que trará Biohazard, Misfits e Suicidal Tendencies

Música terça-feira, 25 de março de 2008 – 2 comentários

Primeiro, dá uma olhada na lista de bandas:

Biohazard
Child of Flames
Embrioma
Korzus
Matanza
Misfits
Motorocker
Muscaria
Ratos de Porão
Sayowa
Sepultura
Suicidal Tendencies
Sun Turns Black
Threat
Tristania

Sim, eu também nunca ouvi falar de umas. Mas, porra, olha o que vem por aí:

Biohazard, Urban Discipline.

Misfits, American Psycho. Medo desses caras, véi.

Suicidal Tendencies, You Can’t Bring Me Down. Sonzeira do carái.

O Maquinaria Rock Fest rolará nos dias 17 e 18 de Maio. Onde? No Espaço das Américas, em São Paulo (SP). Preços? Olha, os antecipados para estudantes sai por R$ 80 no primeiro lote e por R$ 100 no segundo; no dia do evento você terá que desembolsar R$ 120 pilas. Os três preços devem acompanhar 1 Kg de alimento.

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Bad Brains – confira as datas dos shows

Música terça-feira, 25 de março de 2008 – 0 comentários

Dispensa apresentações.

Attitude. Punk, Hardcore, empolgação e REGGAE numa banda só? Opa, é aqui mesmo.

Pay to Cum. Pela PRIMEIRA vez no Brasil, uma das bandas mais empolgantes da cena Hardcore da galáxia se apresentará no Brasil. Serão apenas três apresentações, então é melhor você correr.

São Paulo

09/04 – Easy

Recife

11/04 – Abril Pro Rock

Rio de Janeiro

12/04 – Circo Voador

Pedrada, rapaz. Querem mais? Que tal vocês pedirem ao Piratão uma matéria sobre a banda? ORRÔ!

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Antes de Partir (The Bucket List)

Cinema segunda-feira, 24 de março de 2008 – 2 comentários

Não sei como vocês encaram uma sessão de cinema, mas ao se observar a sinopse de ANTES DE PARTIR, a primeira impressão é de deja vu. Com certeza você já viu este filme antes, o roteiro une dois subgêneros bastante conhecidos do público: road movie e o filme sobre amizade entre estranhos; logo, o roteiro do filme é – nada mais, nada menos – mais do que o óbvio do que se podia esperar.

No entanto, para mim, as observações acima em nada atrapalharam as risadas e a emoção que os dois protagonistas, Jack Nicholson e Morgan Freeman, passam para quem os assiste. O roteiro deve ter construído os personagens em cima das características (ou fama) de cada intérprete; Nicholson é um multimilionário bon vivant casado diversas vezes e, ao descobrir sua doença, se descobre também sozinho. Já Freeman é o cara família que abriu mão de seus sonhos para viver uma vida simples ao lado da mulher e dos filhos. Ambos são diagnosticados com meses de vida devido a um câncer e, ao dividirem o quarto do hospital, após um primeiro tratamento de quimioterapia, resolvem cumprir uma série de desejos e fantasias listados numa lista, como saltar de paraquedas; conhecer as pirâmides; o Taj Mahal; fazer uma tatuagem; etc. Seqüências estas que claramente são criadas através de efeitos digitais, soando falso e desnecessárias.

Mais clichê impossível, mas ver estes dois grandes atores em cena quase á totalidade do filme é um deleite. Claro que o filme não é tão fantasioso, procurando dar uma subtrama realista para cada personagem: enquanto Freeman enfrenta a resistência da mulher que gostaria de ficar ao seu lado nestes últimos meses, Nicholson possui uma pendência com uma filha que não vê, nem fala há anos. A direção de Rob Reiner já foi mais eficiente, como em Conta Comigo (outro filme sobre amizade que também tinha um aspecto road movie), mas, pelo menos, se tem a impressão de que os atores estão á vontade num roteiro que acaba sendo formulaico.

No final, cada personagem ensina uma lição para o outro, em meio a risadas e discussões. Para o espectador fica a sensação de um bom passatempo e aquela inevitável pergunta: no seu caso, o que você colocaria numa lista de coisas a fazer antes de morrer?

Antes de Partir

The Bucket List (97 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Justin Zackham
Elenco: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Rob Morrow, Beverly Todd, Alfonso Freeman

Inflikted (Cavalera Conspiracy)

Música segunda-feira, 24 de março de 2008 – 6 comentários

Cavalera Conspiracy era a minha aposta do ano. É simplesmente sensacional ver os irmãos Cavalera voltando a tocar juntos; e é impossível imaginar que algo ruim está por vir. Até que me deparo com um álbum acima das expectativas.

Faixa-a-faixa

O álbum começa extremamente nervoso: Inflikted é o primeiro som e, acredite, vai ser difícil você sair vivo dessa. Você sente um PUTA toque “Sepultura” nesse som, é incrível. Peso, velocidade e, é claro, Max Cavalera estourando a garganta. Uma viagem sonora, definitivamente. Solo impecável. PEDRAAAAAAAADA! Quase um revival do Sepultura. Um revival contemporâneo. Sanctuary mantém o ritmo, mantém a nostalgia acesa. Cara, Igor e Max são o casal perfeito do Metal. Não tem pra ninguém. E o som não é só pedrada: há um trecho calmo, marcando o suspense de o que está por vir. Uma pedrada MAIOR AINDA vem; Thrash Metal de primeira. Terrorize é um som nervoso, respeita MESMO o nome. Posso ser ousado ao dizer que esse som lembra MUITO, MUITO de PRA CARÍI, o início de carreira do Metallica. Imagina a pedrada. O vocal “latido” de “Fight Fire With Fire”. É uma loucura.

Estamos só na terceira faixa e você já está completamente satisfeito. O álbum poderia terminar aqui. Mas não, Black Ark chega detonando. Detonando. Um som que dá medo e empolga ao mesmo tempo. Um trabalho SENSACIONAL. Repare como é difícil transmitir o que eu sinto ao ouvir este som. Ultra-Violent é outro som que respeita seu nome. Ousadia mais uma vez: A experiência de ouvir o álbum até agora é pensar em uma fusão de Sepultura, Metallica (no início) e Pantera. Isso, pra mim, é um PUTA elogio; e, como eu já tive overdose dessas bandas, posso dizer com veemência que essas semelhanças são claras. Hex é uma pedrada veloz, daquelas que causaria mortes em um bate-cabeça. Até em um som relativamente mais cru os caras fizeram um trabalho sensacional. Absolutamente respeitável.

The Doom Of All Fires é mais um Thrash EMPOLGANTE, mas aguarde por um som sem a gritaria tradicional. Slayer. Cara, como esse som me lembra Slayer. SOQUE sua cabeça contra a parede ouvindo essa PEDRADA. Bloodbrawl é um daqueles sons que, provavelmente, você vai acabar decorando a letra logo. Ritmo alucinante. Um solo que traz de volta o Metal mais clássico; Cavalera Conspiracy marca a revolução do Metal com este álbum. Não tem pra ninguém.

Nevertrust, mais uma trilha pra um bate-cabeça mortal. Mais um som que nos leva aos tempos primórdios do Thrash Metal. São 2 minutos e 22 segundos de uma sonzeira que vai te TIRAR desse mundo; literalmente se você estiver em um bate cabeça. Hearts Of Darkness mantém o ritmo sensacional mantido no álbum inteiro: Peso; som cru e, ao mesmo tempo, bem trabalhado; e nostalgia. Esqueça as bandas que eu citei acima: Relembre-se dos bons e velhos tempos do Metal Pesado. São os pioneiros do Metal trabalhando juntos novamente. Must Kill encerra então esta obra prima em grande estilo, mais uma vez relembrando os velhos tempos de Sepultura. Mas não é Sepultura. Não é um misto de Pantera, Metallica, Sepultura e Slayer. É uma banda nova. É uma banda revolucionária. Cavalera Conspiracy encerra o álbum te obrigando a pressionar o botão REPEAT do seu som e ARRANCAR o botão POWER.

Crítica geral

Ao ouvir o álbum Inflikted, é quase obrigatório perceber a semelhança do som com algumas das bandas de Thrash Metal que fizeram a história do mesmo. Mas no fim você percebe que não é uma “comparação”; é pura nostalgia. Os sons são únicos, porém, mesmo contemporâneos, marcam perfeitamente como era o Metal Pesado daquela época. Cavalera Conspiracy, definitivamente, é uma banda que não só veste a camisa – faz valer á pena.

Iggor e Max Cavalera são grandes veteranos da área, é impossível falar mal do trabalho dos caras. Não pela importância dos caras, mas pelo fato de eles terem feito o dever de casa e nos proporcionar essa viagem espetacular regada a peso e velocidade. Empolgação não falta no trabalho de ESTRÉIA dos caras, e dá pra sentir que muita coisa boa está por vir.

Há tempos eu não ouço um álbum tão bom neste gênero. E foi completamente inesperado receber essa pedrada respeitável na cara. Ílbum completamente acima das expectativas, sem dúvida alguma. Agora você tem mais um motivo para ter bom gosto musical. Tanga.

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Inflikted – Cavalera Conspiracy

Lançamento: 2008
Gênero musical: Thrash Metal
Faixas:
1. Inflikted
2. Sanctuary
3. Terrorize
4. Black Ark
5. Ultra-Violent
6. Hex
7. The Doom Of All Fires
8. Bloodbrawl
9. Nevertrust
10. Hearts Of Darkness
11. Must Kill

Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men)

Cinema segunda-feira, 24 de março de 2008 – 0 comentários

Apesar de gostar da filmografia dos irmãos Coen, nunca “morri de amores” por seus filmes. Considero Fargo ainda sua melhor obra, até porque o que mais admiro no cinema dos cineastas/roteiristas é o humor negro espontâneo quase sempre presente nos seus filmes ou em, pelo menos, alguns de seus personagens.

Mesmo não sendo meu favorito são inegáveis as qualidades de ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ – grande vencedor do Oscar 2008. Com uma trama a princípio simples, um homem comum (Josh Brolin, inegavelmente num bom momento) encontra no meio do deserto uma mala com muito dinheiro e passa a ser perseguido por um frio assassino e, no encalço dos dois, um xerife já cansado da vida.

Mais simples impossível, mas a trama que se passa nos anos 80 retrata o clima árido e seco do Texas assim como de seus personagens. Sem contar com trilha sonora alguma, sobram momentos de tensão e muito sangue, como na cena do confronto dos personagens no hotel, em contraste com o silêncio das paisagens desérticas (mérito de Roger Deakins, diretor de fotografia) ou mesmo os diálogos introspectivos do xerife Tom Bell (Tommy Lee Jones, em papel ideal).

No entanto, a criação do psicopata assassino Anton Chigurgh pelo ator Javier Bardem é, para mim, o grande trunfo do filme. A personificação fria e calculista, os olhares demoníacos e o tanque de ar comprimido como arma são desde já ícones do cinema moderno; poucas vezes o cinema criou um personagem tão marcante. Mérito, também, do roteiro dos Coen.

Impecável a criação de Bardem

Claro que, privando os espectadores de verem o confronto final dos personagens e sendo o final do filme interrompido abruptamente sem clímax algum, ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ possa desagradar á maioria; no entanto, quem já apreciava o filme somente dará falta do universo rico e de personagens tão interessantes e instigantes.

Curiosidade: além de dividir com O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford, o gênero e o diretor de fotografia, Roger Deakins (indicado por ambos os filmes ao Oscar 2008), há a presença do ator Garret Dillahunt em ambos os filmes, aqui como ajudante de Tommy Lee Jones e em Jesse James como comparsa do bandido. Além disso, Dillahunt foi figurinha fácil na telinha americana nesta temporada, estando presente em diversos episódios de séries como Damages, Life e, atualmente, em The Sarah Connor Chronicles.

Onde os Fracos Não Têm Vez

No Country for Old Men (122 minutos – Drama/Faroeste)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Joel e Ethan Coen
Roteiro: Joel e Ethan Coen
Elenco: Josh Brolin, Javier Bardem, Tommy Lee Jones, Woody Harrelson, Kelly MacDonald, Garret Dillahunt

Destaques da Semana em DVD – 17 á 21/03

Cinema segunda-feira, 24 de março de 2008 – 0 comentários

Dexter – 1ª Temporada: Considero o pack de dvd de séries uma ótima opção para quem não possui tevê á cabo ou, se possui, não precisa ter paciência de esperar a cada semana o desenrolar da trama. Dito isto, Dexter é uma das mais ousadas séries de suspense policial dos últimos anos – já em produção para a terceira temporada. Nela, o personagem central (Dexter) é um assassino em série que trabalha para a policia ajudando, justamente, na investigação de outros assassinatos em série. Pensando como um deles, Dexter age com maior facilidade para entender a motivação e investigar quem está por trás de crimes terríveis e cruéis. Ele, por seu lado, satisfaz a sua necessidade de matar descontando nesses criminosos que escapam da justiça – seus desejos assassinos. Sem dúvida uma des melhores séries do momento, com um personagem extremamente rico e bem caracterizado, imperdível. A série já foi matéria no AOE, clique aqui.

Leões e Cordeiros: Dirigido pelo ator Robert Redford (presente no filme), Leões e Cordeiros abre o tema sobre a guerra do Iraque; suas motivações, conseqüências e manobras políticas. Uma pena que, para quem tem um conhecimento mais geral sobre os fatos, o filme soa meio que “notícia velha”, faltou um aprofundamento das questões. Na trama, Arian (Derek Luke) e Ernest (Michael Penãoa) são dois alunos universitários inspirados por seu professor cheio de ideais, Dr. Malley (Robert Redford). Desejando fazer algo de importante em suas vidas, resolvem se alistar no Exército e entrar na linha de fogo no Afeganistão. O filme acompanha as histórias pessoais desses dois personagens, que representam dois lados opostos da sociedade norte-americana. Além disso, em Washington D.C., o senador Jasper Irving (Tom Cruise) – carismático candidato á presidência dos EUA – está prestes a contar uma história bombástica á jornalista Janine Roth (Meryl Streep), a qual pode determinar para sempre os destinos de Arian e Ernest. Crítica no AOE.

No Vale das Sombras: Do roteirista do momento, Paul Haggis (vencedor do Oscar por Crash – No Limite), No Vale das Sombras rendeu uma indicação de melhor ator para Tommy Lee Jones (num papel sob medida para seu talento). Na trama, depois de retornar da Guerra do Iraque, um soldado desaparece e é considerado foragido do exército. Seu pai, um ex-policial militar, e sua mãe recebem um telefonema com as notícias. Agora, o pai parte em busca do filho com ajuda da detetive Emily Sanders (Charlize Theron, de Monster). Conforme as investigações avançam, o que parecia um caso de pessoa desaparecida acaba se tornando um possível caso de assassinato. Isso faz com que Sanders e o pai da vítima enfrentem o alto escalão do exército. Quando a verdade sobre o trabalho de seu filho vem á tona, o pai precisa reavaliar as suas crenças e os objetivos de uma guerra que não parece necessária. No elenco estão Tommy Lee Jones (de Três Enterros) e Susan Sarandon (de Os Últimos Passos de um Homem). Haggis acerta ao diminuir o tom dramático e manipulador apresentado em Crash; a trama soa mais natural e o recado do filme verdadeiro.

Santos e Demônios: Filme que passou rapidamente nos cinemas, mas que chama atenção pelo qualificado elenco. Nomes como Robert Downey Jr., Shia Labeuf, Dianne Wiest, Rosario Dawnson e Chazz Palminteri. A trama, cuja produção executiva é assinada pelo cantor Sting, mostra o crescimento do jovem Dito (Robert Downey Jr. e Shia LaBeouf na adolescência) em Nova York. Enquanto seus amigos acabam mortos, drogados ou presos, ele cresce achando que foi salvo por santos nos quais só ele acredita.

Hairspray – Em Busca da Fama: Este filme, indicado a três Globos de Ouro, é baseado em um filme de 1988, do cineasta John Waters. Com um elenco que tem John Travolta (de A Senha: Sworfish), Queen Latifah (de Chicago) e Christopher Walken (de Mulheres Perfeitas), entre outros, conta uma história divertida que mistura musica e um pouco de drama. A trama se passa nos anos 60 e retrata o sonho de todo adolescente: aparecer no programa de dança mais popular dos Estados Unidos, o The Corny Collins Show. É quando entra em cena uma garota cheinha e que tem como grande paixão em sua vida a dança. Mesmo fora dos padrões de beleza, ela consegue impressionar os jurados e ganha espaço na atração, acabando com a hegemonia de uma outra garota. Mas a competição se torna mesmo pessoal quando as duas começam a brigar pelo amor de um mesmo garoto. Crítica no AOE.

O Preço da Coragem: Filme do diretor Michael Winterbottom (de 9 Canções e Caminho para Guantanamo), baseado na história real e trágica da busca de uma esposa por seu marido – um jornalista que desapareceu e foi assassinado ao cobrir a guerra no Oriente Médio. A produção conta com uma grande atuação de Angelina Jolie como a esposa grávida do jornalista. Em 23 de janeiro de 2003, o jornalista, do Wall Street Journal, da Inglaterra, está escrevendo uma matéria sobre um homem-bomba. Algumas informações o levam até Karashi, onde um homem lhe prometeu uma boa fonte para a matéria. Dali ele jamais retorna, o que faz com que sua esposa desafie perigos e tome a decisão de escrever um livro para que seu filho fique sabendo como era o pai que nunca vai conhecer. Crítica no AOE.

Antes só do que Mal Casado: Eddie Cantrow (Ben Stiller) é um solteirão convicto, que jamais teve coragem de ter um relacionamento sério e duradouro. Isto muda quando ele conhece Lila (Malin Akerman), uma mulher sexy e aparentamente fabulosa. Pressionado por seu pai (Jerry Stiller) e Mac (Rob Corddry), seu melhor amigo, Eddie decide se casar com ela, mesmo conhecendo-a há apenas seis semanas. Porém, quando eles rumam para a lua-de-mel no México, Lila demonstra ser uma pessoa bem diferente da que Eddie conheceu, tornando-se uma mulher insuportável. Irritado com a transformação de sua esposa, Eddie conhece Miranda (Michelle Monaghan), uma jovem por quem se apaixona. Agora ele precisa encontrar um meio de manter Lila afastada, para que possa conquistar Miranda. Comédia dos irmãos Farrelly (de Quem Vai Ficar com Mary?), não tão engraçada, mas tem seus momentos. Pelo menos há a beleza da atriz Michelle Monaghan.

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