Depois de ver o pôster Russo do filme, é a vez de ver as primeiras fotos. Estrelando… SCRAT!
O filme estréia no dia 1º de Julho com a tecnologia 3-D (sim, você vai ser obrigado a usar um óculos ridículo para ver o filme) e com o brasileiro Carlos Saldanha na direção.
Desde Mutant Academy do ps1, tenho sonhado com um jogo estilo rpg de ação estrelado pelos mutantes mais famosos dos quadrinhos. Em 2004, meu sonho se realizou com X-Men Legends do ps2. Um ano depois, enquanto eu ainda limpava minha cueca das ejaculções provocadas pelo, saiu a continuação. Trazendo ainda mais coisas que seu antecessor e aprimorando outras, Rise of Apocalypse entrou na minha lista de jogos prediletos.
A trama do jogo mistura elementos de Uncanny X-Men e X-Men somados aos personagens de Ultimate X-Men. Quem não conhece as revistas pode ignorar esse fato. Tudo começa quando Apocalypse, o primeiro dos mutantes, sequestra Polaris e Quicksilver (o filho de Magneto), sob o pretexto de usá-los como fonte de energia para alimentar uma máquina que o deixará invencível. Os X-Men são então forçados a fazer uma aliança que seria impossível em qualquer outra circustância. Os pupilos de Xavier se unem á Irmandade de Mutantes, liderada pelo genocida EriK Magnus Lehnsherr, mais conhecido por Magneto.
Antes de qualquer coisa, eles invadem uma base militar e libertam o Professor Xavier, que se encontrava preso. Em seguida eles partem até Genosha, uma nação mutante liderada por Magnus, que no momento se encontrava dominada pelas forças de Apocalypse. Começa então a batalha, e o destino do mundo depende da vitória dos X-Men.
Só o fato de se poder jogar com Magneto e Deadpool no mesmo time faz este jogo valer a pena, mas como tenho que falar dele como um todo, aqui vai. Logo de começo, vemos uma animação arrasadora onde a aliança mostra aos militares porque os mutantes são o “Homo Superior”. Depois dela, Xavier é resgatado por Nightcrawler e o jogo começa. Esta primeira missão consiste em escapar da base militar, e serve apenas como um “practice” para os jogadores iniciais se familiarizarem com os comandos. Eu citaria os botões aqui, mas como são muitos falarei apenas das funções. Antes de qualquer coisa, saiba que o jogo é dividido em 5 atos. Ao final de cada ato, você enfrentará um cavaleiro de Apocalypse (peste, fome, guerra e morte), e no ato 5 o próprio Apocalypse.
Durante o jogo, você comandará uma equipe de quatro mutantes, sendo que só é possível controlar um por vez (a não ser que esteja jogando multiplayer). O resto será controlado pela AI, que pode e deve ser configurada. A equipe inicial é formada por Magneto, Cyclops, Storm e Wolverine. Assim que você chegar em Genosha você poderá trocar os personagens e montar a equipe que quiser. Os personagens selecionáveis são: Cyclops, Wolverine, Storm, Nightcrawler, Rogue, Gambit, Bishop, Iceman, Sunfire, Jean Grey, Colossus, Scarlet Witch, Toad, Juggernaut e Magneto. Temos também Professor X, Deadpool e Iron Man como personagens “secretos”. Se estiver jogando a versão para pc, ainda pode-se usar Sabretooth e Pyro (praticamente a mesma coisa de Wolverine e Sunfire). No psp eles colocaram Cable e Dark Phoenix, mas nunca joguei psp.
Leigos devem pensar logo de cara “orra meolw, mto façil, vou escolher wolverine, colossus, juggernaut e sabretooth, so os porradero rsrsrs sussa”. Este jogo é um RPG, o que significa que estratégia é recomendável. Como eu amo vocês e não quero vê-los se fodendo no jogo, digo logo que é preciso ter pelo menos um manipulador á distância/teleportador e um criador de pontes/voador. Em outras palavras, Magneto chuta bundas, pois dessas funções ele só não possui teleporte. Selecionados os personagens, você pode partir em busca de missões. Quando quiser trocar novamente a equipe, é só procurar por um X-Traction point, que também serve para salvar o jogo e se locomover entre pontos marcados no mapa. Dependendo da sua formação, bônus de atributo serão obtidos. Ex: Storm, Iceman, Sunfire, Magneto = Forces of Nature, bônus de energia para todos.
Minha atual equipe
Os personagens são customizáveis, desde o unforme usado até os atributos. Isso mesmo, você que irá montar seu personagem, limitado ao bom senso, claro. Cada vez que seu personagem passar de level, será recompensado com 4 pontos de atributo e 1 de poder, para ser distribuido como bem entender, sendo o atributo máximo 250 e o level máximo 99. São quatro os atributos:
-Body
Quanto maior for este atributo, maior será o seu hp e a quantidade de hp recuperado com itens de cura. Imprescindível para qualquer personagem corpo a corpo.
-Focus
Mesma coisa acima, só que para energia. Energia é gasta em troca do uso de poderes e define o dano de ataques não-físicos, o que faz do Focus um atributo importante.
-Strike
É sua capacidade de causar danos físicos.
-Speed
Define sua esquiva/defesa e sua taxa de acerto. Isso para ataques físicos, claro.
O ponto de poder é para ser gasto com… Poderes. Cada personagem tem uma boa quantidade deles, que variam entre passivos (não necessitam energia) e ativos (necessitam energia), sendo que os ativos por sua vez são divididos entre ataque e suporte. Para se conseguir alguns poderes, é preciso ter outros como pré-requisito. “Opa, vou detonar geral aqui, sair voando enquanto atiro raios pelos olhos”. Não, você não vai fazer isso. E não só porque ninguém tem essa combinação de poderes, mas também porque cada personagem só pode usar um por vez. O uso de poderes funciona a partir de um sistema parecido com o de sua equipe. É possível selecionar até três poderes e um especial para serem postos numa grade de atalho, cada uma correspondendo a um botão. Essa grade pode ser alterada tão facilmente quanto você troca de personagem.
Além dos poderes, temos como ações básicas os famosos “soco forte/soco fraco”, pulo (que caso pressionado duas vezes ativa o voô ou teleporte) e arremesso de personagens, aliados ou não. Usando Colossus, arremesse Wolverine para reproduzir o famoso “Fastball Special”. Oh, já ia esquecendo. Alguns personagens e inimigos podem causar efeitos especiais com certos ataques. Iceman causa freeze, Cyclops e Gambit são capazes de causar radiation, assim como boa parte dos inimigos.
Explicadas as funções básicas, vamos as adicionais. Variando os ataques de soco, dá para se criar combos com finalizações diferentes. São elas: Pop-up (atira o inimigo no ar), Stun (preciso falar?), Trip (rasteira) e Knockback (empurra para longe). Mas não são só socos que formam combos, poderes também fazem isso. “Como, Nip?”. Basta que dois personagens acertem um inimigo ao mesmo tempo com seus poderes. É necessário um bom timing para fazer isso com a AI, mas jogando multiplayer é mamata. Com isso se obtem bônus de exp.
Fora matando inimigos para passar de level, existem outras maneiras de se conseguir pontos de atributos, poder e até mesmo exp. Em cada ato, estão escondidas Tech Station, cada uma com uma cor diferente (representando um atributo). Só é possível usar elas UMA vez, por isso escolha bem o personagem. Para conseguir pontos de poder (E atributo) sem upar loucamente, basta completar as simulações da sala de perigo, que pode ser acessada nas bases principais. Para se conseguir novas simulações, é preciso encontrar os discos espalhados pelos 5 atos. Exp pode ser obtida acertando as questões das trivias, sendo uma série de perguntas por ato. Ajuda muito, acredite.
Seus personagens estão sendo surrados? Seria uma boa idéia equipar uns equipamentos. “E onde acho essas merdas?”. Matando inimigos ou abrindo Weapons Cache. São 3 tipos de equipamento, luvas, cintos e armaduras. A cor varia de acordo com a raridade, assim como os atributos do equipamento. Itens verdes são os mais raros é bem possível que você termine o jogo sem nenhum deles. Eu zerei 4 vezes até que conseguisse achar um (o fantástico Hammer of Nimrod, que cavalou Deadpool). Outra forma de obtê-los é comprando-os na loja de Forge. Para isso você deve gastar Tech Bits dropados por inimigos.
Hammer of Nimrod detona
O jogo possui alguns itens extras, como os Homing Beacons (colete todos para abrir Iron Man), Comic Books e Sketch Books. No ps2, é possível jogar até 4 jogadores humanos, dependendo apenas de quantos controles você tem. No pc isso é possível se conectando online. Em ambas as plataformas, temos também o famoso Deathmatch, onde cada um escolhe um personagem para chutar a bunda do outro e um Deathmatch cooperativo, onde você define o número de inimigos e o tempo limite para eliminar todos eles.
Falando em inimigos, X-Men Legends II é como todo jogo de rpg. Se você trabalhou seus personagens, o jogo é fácil. Se foi vagabundo, contente-se com a derrota. Mas sério mesmo, acho que o único chefe que ameaçou minha vida de alguma forma foi Sugar Man. Sim, um cara chamado Sugar Man. Os puzzles são simples, e atalhos podem ser criados no mapa se você destruir algumas paredes.
O gráfico é em Cell-Shadding (é isso?), como nos Budokais e Narutimates. Ficou bem legal, pois dá aquele aspecto de “jogar os quadrinhos”. A trilha sonora pode ser enjoativa.
Rise of Apocalypse é um excelente jogo de RPG e deve ser jogado mesmo que você não seja leitor dos quadrinhos. No final, é provável que você no mínimo passe a se interessar pelas histórias dos filhos do átomo. E acho que isso é tudo. EXCELSIOR.
X-Men Legends II: Rise of Apocalypse
Plataformas: PS2, PC, PSP, GC, Xbox e NGE Plataforma Avaliada: PC Lançamento: 2005 Distribuído por: EA Desenvolvido por: Raven Gênero: RPG/Ação
O Eric me mostrou nesses dias um site onde você pega um pôster de um filme conhecido e muda seu texto. Quer que eu desenhe?
Taí, pôster do filme Os Caça-Fantasmas (Ghostbusters) em uma versão… estranha. Entendeu o espírito? Então corre pro Hollywood poster generator e zoe o pôster de Matrix, Blade Runner, Jurassic Park, Marte Ataca entre outros. Cola aí nos comentários o que você fizer, rapaz.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Roteiro de Mark millar
Arte de Greg Land
Namor não é um personagem com muito destaque nos quadrinhos, mas acho que todo mundo deve conhecer o cara. Nascido do relacionamento entre um humano e uma fêmmea de Atlântida, Namor é um “mutante” dotado de grande força e resistência, assim como a capacidade de vôo. Ele é o príncipe (na prática, rei) do povo de Atlântida, e na maioria das vezes aparece usando apenas uma… sunga. Namor sempre foi rival amoroso de Reed, e passa a vida tentando roubar Sue Storm para si.
Apesar de adorar ver ele fazendo dupla com o Dr. Doom, sempre fui meio indiferente quanto ao personagem. Millar e Land mudaram isso. Numa expedição com a mãe de Sue e Johnny, o Quarteto encontra a tumba de Namor, escondida no oceano. O príncipe logo desperta, e um combate se inicia. Com dificuldade, o Quarteto consegue “neutralizá-lo” e o leva até o edifício Baxter. Minha primeira reação ao ver Namor foi “wtf, ele parece com o McMahon!” (Julian McMahon, o Dr. Troy de Nip/Tuck e o Doom do filme do Quarteto). Isso já despertou minha simpatia.
Namor dialoga com Reed (após mostrar que não existe nada capaz de segurá-lo por muito tempo), e sai num “encontro” com Sue, completamente viagiado por câmeras. Enciumado, Reed resmunga enquanto analisa as inscrições da tumba com a mãe de Sue. E é aí que ele descobre um fato que muda tudo: Namor não é um príncipe, e sim um prisioneiro de Atlântida. A tumba era sua prisão. E ao ser rejeitado por Sue, Namor revela sua verdadeira personalidade.
O Namor 616 é forte, mas a versão Ultimate é virtualmente invencível. De todas as versões Ultimates, essa é a que eu mais gostei. É sempre interessante ver os heróis travando batalhas que não podem vencer, ainda mais quando o vilão é tão simpático. Eu queria muito spoilear o final do arco, onde o nível de “coolness” de Namor sobe de 10 para infinito, mas isso não seria legal com vocês.
E o Top 9 acaba com este arco fantástico. Vejo vocês na próxima.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Roteiro de Brian K.Vaughan
Arte de Brandon Peterson
Brian K.Vaughan eleva a já ótima Ultimate X-Men para um nível de qualidade absurdo. Um homem chamado de “Senhor Sinistro” está assassinando mutantes, por ordem de um ser chamado Apocalypse. Cabe aos X-Men encontrá-lo e neutraliza-lo, mas não existem pistas de sua localização, e indicações de que ele possui algum tipo de poder telepático, usado para paralisar suas vítimas.
Mas a equipe mutante está passando por seus próprios problemas. Fera está morto, e isto abalou seriamente Tempestade. Ciclope e o Homem de Gelo passam por um desentendimento. E aqui começa a ser explorado o homosexualismo do integrante russo, Colossus. Mas a pergunta que não quer calar é: Será Apocalypse uma ameaça real ou fruto da mente perturbada de Sinistro?
Este arco foge do padrão de ação, e se foca no suspense psicológico. O que eu mais gostei neste arco, e o que acaba de ser destroçado por Robert Kirkman, é o fato de que não tem como saber se Apocalypse é real o não, o que em minha opinião transformava Sinistro num personagem deveras assustador.
De todas as reestruturações feitas na transição dos X-Men para o Ultiverso, esta foi claramente a mais elaborada, e a melhor representação da excelente fase de Vaughan a revista (a melhor, e isso não se discute).
O nome já diz tudo. Rage Against the Machine é pura fúria. O melhor do punk, do funk, do heavy metal e do hip hop misturados, como um molotov na cara da política. O vocal raivoso de Zack de la Rocha junto aos efeitos sensacionais da guitarra de Tom Morello, o baixo marcante de Tim Commerford e a bateria furiosa de Brad Wilk funcionam muito bem com as letras revolucionárias e políticas da banda. É a prova irrefutável de que a revolução raivosa pode ser bem mais do que aqueles “odeie o sistema” vazios que se ouve em tudo o que é buraco por aí. É a fúria sonora mirando no coração da política do controle de massas. Uma bota na cara dos porcos no poder. E um som do caralho! Come wit it now, motherfuckers!
Bulls on Parade, do segundo disco dos caras, Evil Empire
Vou lhes contar como tudo começou. Em meados de 1991, lá estava Morello, pouco depois de sair de sua banda, Lock Up, ouvindo um chicano louco pirar tudo no rap freestyle. Depois de dar uma olhada nas letras do cara, Morello pensou “maluco! é ISSO que eu tava procurando!”, e chamou o cidadão pra formar uma banda. Esse era Zack de la Rocha, que havia começado com o freestyle depois que sua antiga banda de hardcore punk, Inside Out, terminou.
Zack passou por uma vida complicada, se irritando primeiro com seu pai, Roberto, um fanático religioso que sofreu um colapso nervoso, levando seu fanatismo ao extremo. O cara resolveu que devia destruir toda a arte que tinha feito, e quando o filho o visitava, o fazia ficar de jejum, sentado, com portas e janelas fechadas pelo fim de semana todo, destruindo quadros. Piração total pra cabeça de qualquer um, mas se mudar com sua mãe para Irvine não ajudou em muito. Lá, no meio de um monte de brancos racistas, Zack sentiu na pele o preconceito. E foi cantando que o cara conseguiu expulsar toda a sua raiva. E, convenhamos, o cara sabe encaminhar sua raiva melhor do que muitos dos furiosos mais ilustres que já se viu, como G.G. Allin, por exemplo.
Pra completar a coisa toda, Zack convenceu Tim Commerford, seu amigo de infância, a tocar baixo, enquanto Morello trouxe Brad Wilk, que tinha tentado ser baterista da Lock Up, sem sucesso. A combinação dos caras deu tão bem que a banda só teve uma formação. E eles conseguiram chamar a atenção das gravadoras bem rápido. Foi com a Epic Records que os caras assinaram contrato, e, pra felicidade de muita gente hoje em dia, os caras da gravadora não podaram em absolutamente nada a banda. Com liberdade total pra chutar o balde, os caras mandaram ver e fizeram esse som do caralho que todo mundo conhece hoje. E desde o começo os caras já caíram matando com as letras revolucionárias, como você confere no clássico Killing in the Name, do primeiro álbum dos malucos:
No segundo disco, Evil Empire, a Fúria aumentou ainda mais, bem como as peculiaridades do som do Rage. Morello mudou completamente seu estilo na guitarra, passando dos tappings e palhetadas rápidas pros efeitos completamente bizarrões conhecidos no RatM. Scratches lembrando o trabalho de DJs e sons mais do que completamente distorcidos sempre marcaram os solos do RatM, e fizeram de tom Morello um guitarrista realmente único. O som dos caras continuou assim, empolgante e misturado pra cacete, no terceiro álbum da banda, The Battle of Los Angeles.
“Me queimo mesmo, maluco! Tô puto!”
A polêmica, sempre presente em toda a história da banda, certamente continuou. Por exemplo, a apresentação de duas músicas da banda no Saturday Night Live, em abril de 1996, foi reduzida a uma, graças á “homenagem” ao candidato Republicano á presidência, Steve Forbes, que foi o anfitrião do show naquela noite: Bandeiras americanas penduradas de cabeça pra baixo nos amplificadores do Rage. Em 97, a banda abriu os shows da turnê do U2, e todo o lucro dos caras foi mandado pra organizações como a Women Alive e o EZLN. Várias vezes a polícia quis, sem sucesso, cancelar os shows da turnê do RatM com o Wu-Tang Clan. Rally ‘round the family, pocket full of shells. Mas eu creio que seja bom dar um destaque á gravação do clipe de Sleep Now in the Fire, dirigida por Michael Moore e feita na frente da Bolsa de Valores de Nova York, que fez com que as portas da Bolsa fossem fechadas no meio da tarde. Moore sofreu uma ameaça de prisão e o RatM foi retirado do local por seguranças. Agora, presta atenção nos funcionários da bolsa pirando no som dos caras:
A banda se separou em 2000, pouco antes do lançamento de Renegades, um álbum de covers da banda, com músicas de gente como Bob Dylan, Minor Threat, Rolling Stones e Cypress Hill. A separação aconteceu porque o RatM não vinha conseguindo trabalhar em grupo, segundo Zack. Em suas próprias palavras: “Sinto que é necessário abandonar os Rage pois não estamos a conseguir tomar decisões em conjunto. “Já não funcionamos como um grupo e eu acredito que esta situação está a destruir os nossos ideais políticos e artísticos. Estou muito orgulhoso do nosso trabalho, quer como activistas quer como músicos, e também grato a cada pessoa que expressou solidariedade e partilhou esta incrível experiência conosco”. E assim os caras se separaram, sem ressentimentos, nem brigas espalhafatosas. Os covers dos caras realmente ficaram empolgantes. Claro que você vai conferir não só um, mas DOIS exemplos logo abaixo:
Renegades of Funk, de Afrika Bambaataa & the Soulsonic Force
How I Could Just Kill a Man, do Cypress Hill.
Você provavelmente já sabe que todos da banda, exceto Zack, formaram o Audioslave, com Chris Cornell, saído do Soundgarden, no vocal. A banda ficou boa, até. Cochise é muito bacana, mas Rage é Rage. Do outro lado, Zack passou a trabalhar em projetos solo por algum tempo, mas eu realmente não saberia falar muito sobre isso pra vocês.
No fim das contas, você pensa “puxa vida, esse pirata imundo só me recomenda coisa que eu já não posso mais ver”. Terrível engano, caro leitor. A banda se reuniu em 2007, no festival Coachella, pouco antes de Cornell largar o Audioslave. Claro que os fãs já começaram a ficar espertos, aguardando uma possível volta do RatM. Segundo os músicos da banda, a reunião aconteceu porque o som do Rage aparentemente foi feito para o momento. Os caras ficaram muito putos com o governo de George W. Bush, aparentemente. E com a Fúria de volta, talvez não seja esperar demais que os caras resolvam voltar de vez a tocar.
Ah, claro!Dizem os boatos que o RatM vai fazer turnê pela américa do sul ainda esse ano, e, possivelmente, virá para o Brasil. O que seria muito do caralho, eu devo dizer.
Por fim, acho qu o melhor modo de me despedir dessa vez é com mais um vídeo. Dessa vez, vocês ficam com o clipe genial de Testify, também dirigido por Michael Moore. A sacada dos caras foi simplesmente do caralho! Now testify!
Agora, o que realmente me deixa puto é saber que vocês deixam uma maravilha dessa passar batida e ainda tentam me dizer que veados como esse é que são parte do “cenário alternativo hardcore de protesto do roquenrôu”. Tá bom. Vocês são punks, e eu sou o Barba Negra. Frangos.
AOE Recomenda. R-e-c-o-m-e-n-d-a-ç-õ-e-s mano. Então, tô aqui pra recomendar que vocês dêem risada pra caralho. Olha isso cara:
Puta merda não é de chorar? Não é de ROLAR de rir? (“rolar”, sacou a minha perspicácia?) O dog pula do veículo em movimento e fica parecendo com uma VACA rolando o barranco cara. Olha as quatro patas esticadas dele, parece aqueles cachorros de enfeite de jardim, isso é hilário porra. Note o outro dog que tava correndo e que só olha pro animal rolando, sai de lado e pensa tipo “nossa, mas isso não é um cachorro, isso é uma anta”. Não que ele mesmo seja muito inteligente, já que tá correndo atrás de um veículo em movimento e tals. Animais são estúpidos e não conhecem as leis básicas da física. Esse vídeo só seria melhor se o dog que sai rolando fosse um chow-chow. Quem tem um chow-chow, inclusive, deveria empurrá-lo sempre de um carro ou trem em movimento; o bicho deve rolar que é uma beleza.
Então, eu recomendei que vocês dessem risadas, e espero que vocês tenham cumprido o objetivo com esse gif modesto que coloquei pra vocês. Agora, pra completar, eu recomendo que vocês percam tempo pra cacete. Toma aí pra vocês:
Desktop Tower Defense
Clica aqui pra ir para a página do jogo
“O que é isso?” vocês se perguntam. Bom, é um joguinho desses de jogar no navegador mesmo. Esse joguinhos são ótimos, não precisam de instalação, auto-explicativos, sem burocracia e altamente viciantes. A parte do viciante pode ser ruim, caso você tenha alguma outra obrigação pra fazer no momento, mas daí também você que se foda né? Se você tivesse alguma coisa importante pra fazer não tava aqui lendo o site mais quente da galáxia.
Nesse caso específico aí de cima temos o Desktop Tower Defense, que já é oficialmente considerado um dos precursores de uma ONDA de jogos do tipo “tower defense”. O lance é viciante porque você fica brincando de matar coisas com armas diferentes. Porra, eu já falei isso essa semana na minha coluna, e a lógica é exatamente a mesma aqui: tu fica brincando de general. Só que ao invés de ficar montando exército você monta é uma estrutura de MATAR os exércitos que querem passar por você. Aí tem lá as torrezinhas com propriedades diferentes, desde mandar tiros normais até jogar tinta no cenário, pra deixar os atacantes mais lerdos. E as torrezinhas todas têm upgrades disponíveis, então você vai criando o sistema de torres e especializando ele da maneira que achar melhor. É uma merda, cê começa e não larga mais. Vou dar uma dica pra vocês noobs: não comecem colocando as torres no centro.
Se você gostou do estilo desse jogo, tenho outro aqui que vai acabar com o seu tempo disponível:
Uma das reclamações da safra deste Oscar, segundo alguns críticos, seriam os finais em aberto dos filmes, onde não há notadamente um clímax, prática usual, mas sim um simples “fechar cortinas” sem chamar muito a atenção. Assim ocorre com o vencedor do Oscar de melhor filme Onde os Fracos Não Têm Vez. Ou mesmo um final amargo sem dar possibilidade de redenção ou mesmo um sentimento de felicidade para os personagens retratados no filme.
Para mim, que trabalhei em videolocadora, sinto que as pessoas necessitam de um final “redodinho”, de preferência bem feliz, como um conto de fadas. Poucas pessoas acham que um filme possa ser encarado como “assim é a vida”, podendo terminar de forma ruim. Num ponto as pessoas têm razão (e os produtores hollywoodianos sabem disso): finais surpresas marcam um filme, para o bem, mesmo que o filme não seja aquela maravilha e, obivamente, finais felizes também.
Os finais surpresas, uma verdadeira febre nestes últimos dez anos, são reconhecidamente um “salva filmes”. Se o filme não está lá grandes coisas, conta com uma trama de suspense ou mistério, é só encaixar uma revelação final ou reviravolta na trama que pronto, o filme vai conseguir seu espaço na memória coletiva das pessoas. Acredito que a grande referência desta década seja o final de O Sexto Sentido, excelente drama com suspense, que como um conto de fantasmas, surpreende simplesmente por dificilmente observarmos o que estamos assistindo; somos pegos de surpresa (positivamente). Outro exemplo poderia ser a caminhada final de Kevin Spacey em Os Suspeitos (só quem assistiu o filme sabe do que eu estou falando), ótimo suspense de Bryan Singer. Mas levante a mão quem nunca teve o prazer de contar o final de um filme de propósito para estragar a surpresa de uma outra pessoa?
Sinceramente, finais felizes me enjoam, são boring, acho-os previsíveis e dependem única e exclusivamente do meu humor. A trama e os personagens têm que ser muito divertidos, interessantes ou terem um tempero especial para me agradar. Para não dizerem que sou xarope de carteirinha posso citar a recente comédia romântica Ligeiramente Grávidos como um filme com final feliz (e previsível), mas nem por isto deixa de ser um filme com personagens engraçados e situações cômicas.
Porém, nada me agrada mais do que um evento único e inesperado para fechar um filme, e isto não significa que precisa ser um dramalhão como o lacriminoso (e antigo) Tarde Demais para Esquecer, na cena em que Cary Grant descobre que Deborah Kerr está paralítica; pode ser um filme de ação, Thelma & Louise, com as atrizes se jogando no Grand Canyon; um épico, O Poderoso Chefão III, na cena em que Sofia Coppola (que deixou de ser atriz depois deste filme e, hoje, é uma excelente diretora) é morta nas escadarias do Teatro é deslumbrante; ou mesmo um filme de terror, O Bêbe de Rosemary, na aterradora cena em que Rosemary embala o berço do bebê-diabo.
Mesmo citando estes exemplos, quero deixar bem claro que o the end do filme não necessita ser um evento extraordinário para o mesmo virar um ícone; acho que o filme tem que seguir uma linha de raciocínio que nasce lá na introdução do mesmo. Não adianta chutar o pau da barraca na cena final achando que o filme vai prestar se não há uma coerência na trama (e olhe que isto acontece bastante, finais reviravoltas são os campeões de furos na lógica da trama para tentar ludibriar o público).
Primeiramente, gostaria de agradecer á distribuidora Warner pelo excelente cronograma de lançamentos, pois seus dois filmes previstos para 20 de março foram lançados semana passada. Valeu pela organização!
Valente: Lançamento da Warner, inédito nos cinemas, chama atenção por se tratar de um filme policial – o que pode-se considerar comercial. Com direção de Neil Jordan (deslocado) e um elenco com nomes como Jodie Foster e Naveen Andrews (o Sayid, de Lost). Na trama, Erica (Jodie Foster, de O Quarto do Pânico) é uma popular apresentadora de rádio de New York que viu seu noivo morrer; e ela mesma quase virou vítima fatal de um inesperado ataque também. Agora, ela descobre dentro de si uma pessoa que lhe é totalmente desconhecida, alguém que vaga pela cidade á noite armada e em busca de vingança, em conflito com si mesma. O filme também conta no elenco com Terrence Howard (ator já indicado ao Oscar por Ritmo de um Sonho) como um policial determinado que a persegue.
O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford: Não deixe nem a longa duração nem o nome muito comprido assustá-lo; O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford é um dos grandes filmes do ano. Protagonizado por Brad Pitt (de Sr e Sra Smith) e Casey Affleck (de Um Beijo A Mais), respectivamente nas peles de Jesse James e de Robert Ford, a trama se caracteriza por apresentar momentos de tensão, aproximando o faroeste de um suspense psicológico. Robert Ford é um fracassado aspirante a pistoleiro que tem como grande ídolo o temido Jesse James, um bandido que ganhou fama por toda a América. Ford quer entrar para o bando de James, que está ficando cada vez mais isolado e temperamental depois de anos na marginalidade. Quando o novato finalmente consegue, um jogo psicológico começa entre os dois e ainda entre James e os outros homens de seu bando. Esse jogo é construído aos poucos pelo diretor Andrew Dominik que, em seu segundo trabalho, já mostra talento estético e narrativo suficientes para chamar a atenção. As cenas são pintadas aos poucos e o diretor explora a psicologia de seus personagens a fundo, criando cenas em que o conflito silencioso entre eles diz mais do que muitos tiros. Assim, o que se vê é um filme complexo que ultrapassa apenas um gênero, capaz de prender qualquer tipo de espectador que gosta de uma trama contada com muito talento e, acima de tudo, com beleza e sensibilidade até mesmo para uma história de assassinato.
Sobrevivente: Dirigido pelo alemão Werner Herzog, cineasta mais associado á filmes documentários, como o excelente Homem-Urso. Na trama do filme, um piloto alemão cai no Laos durante a Guerra do Vietnã, sendo preso e torturado. Ele passa a planejar um meio de fugir, juntamente com outros prisioneiros. Reparem na transformação física de Christian Bale (novamente, quem viu O Operário sabe do que estou falando) e na participação competente do comediante Steve Zahn num papel dramático.
Chumbo Grosso: Finalmente chegou em dvd esta excelente comédia, dirigida pelo cineasta Edgar Wright e com os atores Simon Pegg e Nick Frost. Depois da divertida sátira inglesa dos filmes de zumbis Todo Mundo Quase Morto, decidiram se unir novamente para atacar uma outra frente do cinema: as produções policiais. Aqui é contada a história de um policial que é considerado o melhor de Londres, tanto que seu sucesso causa inveja em seus companheiros de trabalho e até em seus superiores. Com isso, eles acabam dando um jeito de tirá-lo de jogo e o colocam em uma afastada cidade no Sudeste, onde praticamente não existe crime. Ali ele conhece seu novo parceiro, um aficionado por filmes de ação que vê, com a chegada do policial da cidade grande, uma chance de finalmente participar de todas as cenas que sempre imaginou, com direito a muitos tiroteios e perseguições de carros. A surpresa é geral para os dois lados, quando eles começam a perceber que a cidade não é assim tão calma como sempre pareceu.
Novo Mundo: Passou rapidamente pelos cinemas esta produção de Martin Scorsese. Na trama, o diretor (Emanuele Crialese, o mesmo de Respiro) faz uma bela homenagem ás raízes do povo italiano ao narrar a história de uma família que sai da Sicília e segue em busca de uma vida mais digna na América, no final do século XIX. Eles enxergam na América uma terra cheia de oportunidades, mas se deparam com as diferenças culturais, além de muitos outros desafios.
Viagem A Darjeeling: Os personagens dos filmes de Wes Anderson parecem habitar um planeta paralelo ou pertencerem todos á uma mesma, e estranha, família. Foi assim em os Excêntricos Tenenbauns e o tema familiar volta a aparecer em seu novo filme, em que, mais uma vez, comédia e um tipo sutil de drama convivem bem. No centro da trama estão três irmãos que, após a morte do pai, partem para a Índia em busca da sua mãe. Eles querem tirar satisfação com ela sobre o porquê de ela não aparecer para o enterro. Nesse caminho, os três acabam fazendo uma viagem de trem, salvam a vida de crianças de uma aldeia (onde também enterram uma delas que não se salvou) caem em um templo católico e reconhecem suas diferenças.
Escocês Voador: Inédito nos cinemas esta produção da Fox Filmes, conta a emocionante história real de um homem (Johnny Lee Miller, atualmente, na série Eli Stone) que, apesar de todas as dificuldades, conseguiu superar limites e se tornar uma lenda do ciclismo mundial. Com origem modesta e um distúrbio bipolar, um homem criativo monta uma veloz bicicleta feita com sobras de metal e peças de uma máquina de lavar roupa. Ele parte para uma competição contra os melhores do mundo e acaba quebrando o recorde mundial no esporte. Mais tarde, esse recorde seria batido de maneira controversa.
Ela e os Caras: Inédito nos cinemas com a ídola teen dos americanos Amanda Bynes, pelo menos até aparecer sem calcinha em algum evento. Na trama, uma caloura da faculdade é banida pelas amigas ciumentas da fraternidade onde mora e precisa encontrar um novo local para ficar. Assim, ela acaba se juntando a um grupo de nerds. Com o tempo, ela começa a ficar inconformada com a maneira como seus novos amigos são tratados pelas estudantes mais populares. Decidida a mudar isso, organiza a sua gangue para começar uma campanha que pretende mudar esse sistema. Para isso, ela contará com a ajuda de um conquistador. Tudo para transformar os rejeitados em verdadeiros vencedores.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Roteiro de Warren Ellis
Arte de Stuart Immonen
Doctor Doom. Um dos maiores vilões da história “recriado” por Warren Ellis. Resultado? Terceiro colocado. Com seu corpo se transformando numa armadura ambulante, Victor se refugia em Copenhague, onde inicia uma vingança contra Reed Richards. Com tecnologia capaz de controlar mentes, Doom toma conta de uma micronação (se não sabe o que é, procure no Google) e cria um exército de robôs assassinos em forma de insetos para infiltrar no edifício Baxter. O Quarteto consegue sobreviver ao ataque, e se dirige para a Dinamarca visando derrotar Doom. Mas tudo iso já havia sido antecipado por Doom, que aguardava o conflito com Reed.
Ellis reconstrói o passado do gênio do mal, e mostra sua perturbadora criação. Eu prefiro não comparar o Ultimate Doom com o Doom 616, pois eu gosto muito de ambos, e porque fora o passado e origem, eles compartilham muita coisa em comum. Já em termos estéticos, eu prefiro o Ultimate. Não que haja muita diferença, mas o Ultimate têm uma “armadura” sutilmente mais bonita.
Este arco possui diálogos bem escritos, e é sempre interessante ver como o Doom lida com os poderes e trabalho em equipe do Quarteto. Gosto especialmente do combate argumentativo e físico entre Reed e Doom, os dois personagens mais inteligentes – e ambiciosos – da editora. Perfeito para fãs e novos leitores.