JÍ ERA TEMPO (Já era mesmo, faz um tempinho que o trailer foi divulgado)! Repare na cena filmada em uma favela do Rio de Janeiro. Enfim, até então o que foi divulgado deste filme foi ligeiramente… broxante. Até agora. ATÉ AGORA! Só eu empolguei com esse trailer?
É aquilo que eu disse: Os vídeos de Homem de Ferro deixaram a gente com a impressão de que o filme seria histórialess. Já estava até enchendo o saco. Então, comece a fazer apostas para o filme O Incrível Hulk, que estréia no dia 13 de junho deste ano.
Finalmente algo… diferente. No início do vídeo é Speed e Rex, seu irmão mais velho – futuramente morto em uma corrida. Após isso, uma corrida com Speed já adulto e chutando bundas. Já dá pra imaginar como será o filme.
E… na boa, eu até esperava bastante do filme. Mas, sei lá, depois de um tempo eu parei pra pensar: Isso tá parecendo um “Velozes e Furiosos nerd”. Podem tacar pedras, mas é só a minha impressão. Espero SINCERAMENTE que eu esteja errado.
O trailer E sua qualidade são sensacionais. Como eu já havia dito, Batman – O Cavaleiro das Trevas está PAU-A-PAU com Homem de Ferro. Expectativa MUITO alta.
Batman consolida sua luta contra o crime e, com a ajuda do Tenente Jim Gordon e do promotor Harvey Dent, acaba com diversas organizações criminosas de Gotham City. A parceria se mostra eficaz, mas eles logo se deparam com um reino de caos que aterroriza a cidade, gerado pelo genial criminoso conhecido como O Coringa.
Como dito aqui, há uma cena após os créditos no filme Homem de Ferro. Se você viu o filme no cinema mas perdeu essa parte, você tem duas escolhas:
1 – Ver o filme no cinema DE NOVO.
2 – Correr atrás do vídeo.
E como nós somos os filhos da puta mais gente boa da galáxia, TOMAÍ o vídeo:
Primeiro, o divulgado no MovieWeb, com legenda PORÉM qualidade ruim:
Agora, um melhorzinho, divulgado pelo povo do 100Grana:
Os caras também aproveitaram pra simplificar a legenda:
Stark: Jarvis?
Jarvis: Bem-vindo á sua casa, senhor.
Fury: “Eu sou o Homem de Ferro”. Você acha que é o único super-herói do mundo? Sr. Stark, o senhor agora faz parte de um Universo maior, só que ainda não sabe.
Stark: Quem é você?
Fury: Eu sou Nick Fury, diretor da SHIELD. Vim aqui falar sobre a “Iniciativa Vingadores”
Samuel L. Jackson está na pele de Nick Fury, sensacional. E aí? Mensagem subliminar ou DEFINITIVA?
É bem provável que vocês todos já saibam sobre o Festival de Filmes Curtíssimos, que aconteceu aqui em Brasília na última sexta, dia 2. Depois de todos os curtas, chegou a hora da muito esperada estréia de A Capital dos Mortos, que não é um curta e estava fora da competição do festival. Completamente do caralho, o filme. Mas antes de começar a resenha, nada mais justo do que apresentar um dos curtas (provavelmente o melhor, na minha opinião):
Puuuuxa!
Tem um quê de Comichão e Coçadinha, não? Hã, certo, voltemos ao assunto. Ah, claro. Eu vou usar de spoilers sem dó nem piedade, caso me dê vontade. Assim sendo, se você é uma bichona que se incomoda com esse tipo de coisa, azar o seu.
A profecia de Dom Bosco abre o filme, já preparando o espectador para o desespero que está por vir. As palavras do padre, além de falar sobre a criação de Brasília, alertam sobre o fim dos tempos. Três gerações, contadas a partir do dia de sua morte, seriam o tempo para a chegada do apocalipse. Logo após o terrível aviso, somos transportados para um dia aparentemente comum de nossa querida capital federal. Na cena, duas garotas: uma mostrando á outra a cidade. E é justamente no meio do passeio romântico que tudo começa: Uma das moças é atacada por um morto-vivo enquanto tira fotos de si mesma – uma cena genial, aliás. É aí que entra também a DEVICE, dando um ar ainda mais gore pras cenas de sanguinolência com seu Black Metal na trilha sonora. Ah, claro. Eu cheguei a mencionar o beijo lésbico antes do ataque? Acho que citar esse tipo de coisa acaba fazendo mais gente ver o filme.
Logo depois, somos apresentados aos heróis da história. Cristofer (Yan Klier) é o primeiro do grupo a confrontar os mortos-vivos ao atropelar um deles. Depois de tentar buscar sua namorada e vê-la ser devorada pelos mortos, ele vai ao encontro de Lucas (Gustavo Serrate), que, assim como Cris, é fã de zumbis; André (Pablo Peixoto), o chato do grupo; e Pâmela (Laura Moreira), irmã de Lucas. O grupo é completo pouco depois, com a heróica aparição do misterioso Tio (Jean Carlo), responsável por equipar o grupo com armas e munição. Dentro do carro e sempre em movimento, o grupo tenta então bolar um plano para sobreviver á catástrofe zumbi, usando clássicos do gênero como base para as estratégias (como a própria idéia de se manter em movimento, que é sustentada pelo clipe de Thriller, onde a mocinha corre pra dentro de uma casa, ao invés de fugir pra qualquer outro lado, e acaba tomando no toba).
Os heróis
Além de elementos de terror, o filme traz excelentes cenas de humor, muitas delas satirizando os próprios clichês de filmes de zumbi. A melhor delas, na minha opinião, é a que ironiza a clássica cena do zumbi saindo da tumba. O humor do filme é bem variado, indo desde a sátira ao humor ácido, como o funcionário do necrotério tentando tirar o atraso com uma cadáver jeitosinha e sendo devorado pela mesma. Mais um ponto interessante é que o filme não ignora toda a cultura zumbi que existe no mundo hoje em dia. Os personagens tem uma noção do que está acontecendo e já pararam pra pensar no que fariam num caso desses.
Os personagens são bem carismáticos – e isso inclui o sujeito do pescoço quebrado cujo nome eu não consigo lembrar agora – e o enredo bem bolado. A própria falta de verba para realizar algo maior no filme não o impediu de ser ótimo. A criatividade do diretor e dos produtores da Capital foram suficientes pra transformar cenas do cotidiano de brasília na imagem perfeita de um apocalipse zumbi. E contar com a aparição de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, ajuda ainda mais.
Talvez os moradores do DF acabem se identificando mais que o resto do Brasil com algumas das piadas e frases tipicamente brasilienses (“Uma porra dessa nunca ia acontecer aqui em Brasília. Aqui só tem churrasco!”), e isso acaba dando um toque bem candango á obra. Outro ponto comum aos filmes brasileiros é o estilo da narração, com pausas onde o personagem principal diz o que pensa a respeito de uma determinada situação ou personagem.
Mas eu não vou mentir pra vocês, meus caros leitores. O grande responsável pelo sucesso absoluto de A Capital dos Mortos é um certo zumbi cabeludo extremamente charmoso que aparece em só duas cenas. Dizem que o brilhante ator, que agora é o novo detentor do recorde mundial de orgasmos femininos simultâneos causados pela aparição de um morto-vivo numa exibição de cinema, escreve pra um certo site aí e faz tiras sobre piratas. E também entrevistou o diretor do filme, Tiago Belotti.
Meu conselho é que vocês vejam o filme. Comprem o DVD, porque vale á pena pra caralho. Vocês precisam ver esse filme! Ces vão todos morrer, seus macacos!
A Capital dos Mortos
A Capital dos Mortos (90 minutos – Terror/Zumbis) Lançamento: 2008 Direção: Tiago Belotti Roteiro: Mikael Bissoni e Tiago Belotti Elenco: Yan Klier, Pablo Peixoto, Jean Carlo, Gustavo Serrate, Laura Moreira
Coisas que Perdemos pelo Caminho: A estréia americana da dinamarquesa Susanne Bier pode, num primeiro momento, lembra filmes como 21 Gramas (inclusive, por ter também no elenco Benicio Del Toro), já que trata de sentimentos como culpa e recomeço. Porém, as situações da trama são trabalhadas de maneira natural e sem grandes roupantes dramáticos, bom para a atriz Halle Berry que estava precisando urgentemente de um papel digno. Na trama, um casal vive de maneira feliz ao lado de seus dois filhos, até que o marido é assassinado ao tentar impedir um crime. Com isso, a esposa perde o chão e procura se recuperar se apegando á família e aos amigos. É quando surge um amigo de infância de seu marido, que também passa por um momento difícil, já que ele tenta se livrar do vicio em drogas. Dessa forma, ela decide convidá-lo para morar em um cômodo anexo á sua casa. Assim, aos poucos, eles começam a aprender juntos como superar seus traumas e reconquistarem o caminho para uma vida feliz.
Os Indomáveis: O versátil diretor James Mangold (de filmes como Johnny & June e Identidade) me surpreendeu pela forma como conseguiu ressuscitar o sumido gênero Western. Mesmo seguindo a cartilha do faroeste, isto é, não inovando nem acrescentando nada, Os Indomáveis é um exemplo perfeito de uma refilmagem que valeu a pena, elenco bom, trama ok, direção de arte caprichada, estão na tela todos os aspéctos que fazem um filme ser bom. Claro que para alguns isto não é suficiente, mas, é inegável que o filme funciona como entretenimento. Na trama, Dan Evans (Christian Bale) é um jovem fazendeiro que vive com sua família em um modesto rancho. Após ter sua propriedade queimada, ele sai em busca de sobrevivência e acaba oferecendo seu dinheiro para ao xerife local, que promete uma recompensa em dinheiro para escoltar wade (Russell Crowe), um perigoso líder de uma gangue, até o tribunal de Yuma, no colorado. Antes de chegar na estação o rapaz é surpreendido pelo bando do criminoso disposto a tudo para libertá-lo. Apartir daí, é iniciada uma forte batalha entre as gangues rivais. Confira a crítica.
Margot e o Casamento: Inédito nos cinemas nacionais, este é um filme independente do promissor diretor Noah Baumbach (de A Lula e a Baleia, excelente), com um elenco chamativo. Nicole Kidman – em busca de um papel digno pós-Oscar -, Jennifer Jason Leigh (sumida) e o comediante arriscando um papel mais sério, Jack Black (Escola de Rock). Na trama, uma mulher, junto com seu filho, decide visitar a irmã depois que essa anuncia que vai se casar. Após o encontro, a situação começa a desabar depois que as duas colocam na mesa suas diferenças do passado e alguns segredos de família. Dessa forma, o que poderia ser uma harmoniosa visita, torna-se algo muito maior e com conseqüências que irão afetar todos que estão presentes.
Esquina da Morte: Inédito nos cinemas, este drama de 2006 chama a atenção pelo elenco de nomes conhecidos como James Marsden (Ciclope de X-Men), Giovanni Ribisi, o veterano Dennis Hopper e Val Kilmer (outro sumido). Na trama, um sargento do exército luta contra o passado de sua família e briga para ficar afastado da máfia que sempre marcou sua história. Logo ele se vê em problemas com o exército, mas é salvo graças á visita de um agente do FBI, que na verdade está ali para lhe pedir um favor. O sargento aceita a missão e parte para a Filadélfia, onde terá de lidar novamente com seu passado e a família que está envolvida na máfia. Assim, ele vai cruzar com os novos chefões da região em seu caminho. Sua luta para não se tornar um igual entre a família vai levá-lo a enfrentar o maior desafio de sua vida.
Com a estréia de Homem de Ferro (crítica aqui), chegamos num ponto onde o cinema de ação, ou os famosos blockbusters do verão americano, são em sua maioria adaptações de HQs. Somente nos próximos meses, além de Homem de Ferro, tomarão conta das salas de cinemas (de verdade, vira um verdadeiro monopólio): Batman – O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan; O Incrível Hulk, de Louis Leterrier; O Procurado, de Timur Bekmambetov; Hellboy 2 – O Exército Dourado, de Guillermo del Toro; e em dezembro (previsão de lançamento), Justiceiro – War Zone, de Lexi Alexander.
Somente como exemplo, o personagem Justiceiro ganhará sua terceira versão para os cinemas. Num longíquo 1989, os quadrinhos foram levados á telona com o branquelo Dolph Ludgren, ainda astro de filmes de ação na época, no papel principal. Depois dele Thomas Jane, já em 2004, assumiu o papel do vingador numa produção pouco comentada e muito criticada. Agora, em sua terceira versão, o papel de Frank Castle ficou nas mãos do desconhecido Ray Stevenson. Portanto, mesmo que o filme seja um fracasso os produtores não estão abrindo mão de reinventarem ou continuarem a saga dos heróis (ou anti-heróis) dos quadrinhos. Claro que há retorno financeiro, senão os projetos já estariam engavetados há muito tempo.
Há, pelo menos, uma dúzia de projetos sendo tocados neste momento, em que haja como trama a adaptação de HQ, com data já garantida para 2009 teremos:
The Spirit, previsão para 16 de janeiro, clássico de Will Eisner, dirigido pelo também criador Frank Miller. A trama está centrada em um homem que finge ter morrido e luta contra o crime na assombrosa Central City. O elenco da produção é composto por Samuel L. Jackson, no papel do vilão Octopus, Eva Mendes (Motoqueiro Fantasma) como Sand Saref, Scarlett Johanson (Ponto Final – Match Point) como Silken Floss, Gabriel Match no papel-título do herói The Spirit, entre outros. O visual parece ser o mesmo de Sin City.
Watchmen, previsão para 06 de março, o épico de Alan Moore está sendo recriado por Zack Snyder (o mesmo de 300). Para quem não conehce a trama, “Watchmen” é situado em uma América alternativa de 1985, na qual super-heróis fantasiados são parte da estrutura comum da sociedade, e o “Relógio do Juízo Final” – que marca a tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética – é permanentemente acertado em cinco minutos para a meia-noite. Quando um de seus antigos colegas é assassinado, o abatido, mas não menos determinado, vigilante mascarado Rorschach decide investigar um plano para matar e desacreditar todos os super-heróis do passado e do presente. á medida em que ele se reconecta com sua antiga legião de combate ao crime – um grupo desorganizado de super-heróis aposentados, dentre os quais somente um possui verdadeiros poderes – Rorschach vislumbra uma ampla e perturbadora conspiração que está ligada ao passado deles e a catastróficas conseqüências para o futuro. Na foto abaixo Jeffrey Dean Morgan (conhecido por suas participações em Supernatural e Grey’s Anatomy – sim, o Denny Duquette) aparece caracterizado como o personagem Comediante.
X-Men Origins: Wolverine, previsão para 01 de maio de 2009, sob a direção do estrangeiro Gavin Hood (O Suspeito e Infância Roubada). Pelo título já se sabe que o filme tratará da origem de Wolverine (melhor personagem de trilogia cinematográfica X-Men). A trama promete também diversas participações de mutantes conhecidos dos fãs e novos ainda inéditos na telona. Hugh Jackman volta como Logan/Wolverine, além dele, nomes como Liev Schreiber e Danny Huston estão confirmados no filme.
Em produção, mas sem previsão de estréia:
Babarella: clássico cult dos anos 60, com a belissíma – e sexy – na época, Jane Fonda, ganhará uma refilmagem nas mãos do mexicano Robert Rodriguez (responsável por Sin City);
Capitão América:, aqui vão ter que suar para tirar o ar canastrão e, extremamente, patriota do personagem. A direção ficará a cargo de Nick Cassavettes, uma escolha, no mínimo, inusitada, já que o diretor é conhecido por seus dramas e romances, como Diário de uma Paixão;
Luke Cage:, que ganhará as luzes no cinemas pelas mãos do diretor John Singleton, o mesmo de Shaft;
Punho de Ferro (Iron Fist): sob direção de Steve Carr, para quem não conhece o personagem (como eu): Danny Rand foi treinado em artes marciais ainda criança no místico reino de Kun Lun. Lá, ele aprendeu a concentrar energia espiritual em seu punho, tornando-o tão forte quanto ferro. Agora, ele utiliza suas habilidades e sua força sobrenatural no combate ao crime;
Thor: sob direção de Matthew Vaughn (quase diretor de X-Men 3), mais conhecido pelo policial inglês que revelou Daniel “007” Craig, Nem Tudo é o que Parece. A princípio, a trama deverá ser esta: o franzino doutor Donald Blake encontra uma bengala que se revela o magnífico martelo do deus do trovão. Ele se torna, então, Thor, e passa a combater diversos vilões. Ainda sem elenco definido;
Surfista Prateado: a única coisa interessante no segundo Quarteto Fantático, ganha filme solo com a direção de Alex Proyas, o mesmo diretor de outra adaptação dos quadrinhos, O Corvo;
No departamento dos rumores, produções que ainda não foram confirmadas, há Superman: Man of Steel e Homem-Aranha 4, além de inúmeras continuações das produções que fizerem sucesso comercial – ou não – citadas acima.
Se vocês já deram uma olhada na página da equipe, estão cientes de que eu sou o novo colunista do “Nona Arte”. Minha função aqui será, obviamente, falar de quadrinhos, sejam eles comics ou mangás. Mas antes de começar a escrever sobre quadrinhos em si, eu acho que seria legal dar uma visão geral de como eles são feitos. Falarei apenas do processo de produção de comics, já que desconheço/sei muito pouco quanto aos mangás.
Mas antes de tudo, o que diferencia um comic de um mangá? Muito mais do que o lado do planeta, por assim dizendo. Diversos fatores diferenciam os comics dos mangás: Técnica de desenho, padrão de personagens, tipo de folha, público alvo, etc. Mas o único relevante para nós agora, nesse texto, é a forma de produção. Mangás geralmente são feitos por uma pessoa só. A mesma pessoa faz o roteiro, os desenhos, o acabamento, uma coisa artesanal mesmo. Já os comics são feitos por uma equipe. Um faz o roteiro, o outro desenha, vem outro pra finalizar, outro colore… Claro que existem exceções onde o roteirista também desenha, como Frank Miller e Todd McFarlane por exemplo. Explicadas as diferenças, podemos começar.
PRODUZINDO COMICS
1- Roteiro
Antes de qualquer outra coisa, precisamos de um roteiro. É aí que entra o… roterista. O roteiro é tão importante para os quadrinhos quanto é para qualquer outra coisa, e escrever um de qualidade não é nada fácil. Ao escrever, o roteirista tem que dar descrições detalhadas do que está acontecendo. O cenário, qual é o personagem que está falando, quem está batendo em quem e como isso está acontecendo, e por aí vai, para que o desenhista possa fazer seu trabalho. Como exemplo, aqui está um pedaço do roteiro de Ed Brubaker, na edição número 100 do Demolidor:
Prestem atenção nos detalhes descritivos
Alguns roteiristas têm experiência fora dos quadrinhos também, o que muitas vezes é bom. Mas nem sempre. Exemplos de roteiristas que atuaram em outros “veículos” são Joss Whedon, criador de Buffy, Angel e Firefly/Serenity, e J. Michael Straczynski, criador de Babylon 5. Com a primeira etapa concluída, o roteiro é enviado para o desenhista fazer sua parte.
Vá sem medo – Warren Ellis, Ed Brubaker, Matt Fraction, Geoff Johns, Mark Millar, Grant Morrison, Alan Moore, Frank Miller, Garth Ennis, J. Michael Straczynski, Brian K. Vaughan e Jason Aaron.
Fique longe – Jeph Loeb, talvez o roteirista mais previsível de todos (todo roteiro seu começa com um assassinato “misterioso”), e o homem que está arruinando os Ultimates e o Hulk.
2- Arte
A alma dos quadrinhos. Afinal, o que são histórias em quadrinhos sem desenhos? O trabalho do desenhista requer mais que boas técnicas e talento, requer também imaginação. Com o roteiro em mãos, o desenhista deve imaginar as cenas e desenhá-las, para depois mandar os desenhos prontos para a editora, tudo dentro do prazo estipulado (cerca de um mês). É comum ter um artista responsável apenas pela capa, e outro pelo interior da revista. Renato Guedes (sim, ele é brasileiro), o atual responsável pela arte do interior da revista do Superman, afirmou trabalhar praticamente o dia inteiro, desenhando uma página por dia. Depois ele manda os desenhos de São Paulo, onde mora, para a DC, nos EUA.
Rascunho de Demolidor 100
Vá sem medo – Alex Ross, Mike Choi, Bryan Hitch, Steve McNiven, Gary Frank, Mike Deodato, John Romita Jr, Jim Lee, John Cassaday, Steve Epting, Marc Silvestri e Marko Djurdjevic.
Fique longe – Rob Liefeld, Howard Chaykin e Humberto Ramos, os anti-anatomia.
Mas espere, esta etapa não está concluída ainda! A arte ainda precisa ser finalizada. É aí que entra o arte finalista, o cara responsável pelos “retoques”. Parece besteira, mas o desenho fica consideravelmente melhor após ser finalizado. Não fiz uma lista de recomendações de arte finalistas pois o resultado varia de acordo com o desenhista. É uma questão de compatibilidade, sabe?
A mesma página, finalizada
3- Cores
Com algumas poucas exceções, com Walking Dead como melhor exemplo delas, cores são cruciais para os quadrinhos. Ao dar uma melhor visualização do cenário e dos personagens, as cores dão um toque de vida aos desenhos. Os coloristas usam como instrumentos de trabalho pincéis e variados tons de tintas, assim como um pintor (o que é o que eles são, basicamente). Ao contrário do que se pensa, o colorimento não é todo feito em programas de computador. Sim, alguns efeitos de luz são feitos assim, mas não o serviço todo.
Continua sendo a mesma página, agora colorida
Vá sem medo – Ah, sei lá. Eu gosto de Laura Martins, ela tá fazendo um bom trabalho em Thor.
Fique longe – Não consigo pensar em ninguém.
4- Letras
Roteiro e arte prontos, chegou a hora de incluir as falas, narração e afins. E é isso que o letrista faz, em poucas e resumidas palavras. Acho que não preciso falar mais nada dessa etapa, creio eu ser algo bem fácil de entender.
5- Edição
Que venham os editores. Responsáveis pela supervisão de TODO o processo de produção, eles passam o dia nas editoras, checando roteiros, desenhos e conversando com a equipe. “Se o cara leva os roteiros para ler em casa, então ele não é editor”, diz Joe Quesada, editor-chefe da Marvel e defensor da socialização. Mas qual é exatamente o trabalho de um editor? Bom, primeiramente, cada editor é designado para revistas específicas. Um cuida de Captain America e Daredevil, outro dos títulos dos Avengers, e por aí vai. Durante o processo de produção de roteiros, eles conversam com os roteiristas, para mudar algo que não ficou legal ou dar um parecer. A mesma coisa é feita quanto aos desenhos internos e das capas. Com tantas responsabilidades, os editores acabam tomando decisões não muito inteligentes, como Joe Quesada fez com o Aranha em One More Day e, dizem os boatos, fará com o Capitão América durante a Secret Invasion (tenha medo).
6- Revisão, Produção, Publicação e Distribuição
Com a edição original pronta, a revista passa por inúmeras revisões antes de ser reproduzida em massa e publicada. Não faço idéia de quais sejam as máquinas usadas, mas acho que isso não é muito relevante para a coluna (ou é?). E com isso, as revistas são distribuídas pelas bancas do país, sendo compradas pelos fiéis leitores logo em seguida.
Com as revistas em mãos, chega a hora de devorá-las, e por isso o texto acaba aqui. Espero ter esclarecido algo para o pessoal que realmente se interessa. Sei que pequei em algumas partes, mas não sou da indústria, então já viu né. Até a próxima, fãs de quadrinhos.
Homem de Ferro(Iron Man)
Com Robert Downey Jr., Terrence Howard, Gwyneth Paltrow, Jeff Bridges e Samuel L. Jackson
Com efeitos visuais FODAS, uma bela dose de humor e uma história até onde podemos perceber convicente, a adaptação dos quadrinhos da Marvel, conta a história do industrial bélico e bilionário Tony “Pinga” Stark (Robert Downey Pinga) que depois de um grave acidente enquanto testava um de seus armamentos percebe o mal que está fazendo e decide criar uma roupa de lata pra reparar essas cagadas. Aí ele vira o Homem de Ferro e sai chutando bundas por aí. Não perdam!!!
PS: Fiquem até depois dos créditos. Vale a pena.
O Sonho de Cassandra(Cassandra’s Dream)
Com Ewan McGregor, Colin Farrell, Tom Wilkinson e Hayley Atwell.
No mais recente filme de Woody Allen, McGregor e Farrell são dois irmãos pé-rapados que se envolvem com uma jovem recém chegada a Inglaterra e como sempre acontece acabam se apaixonando pela moçoila. Como os dois não tem onde cair mortos, na cabeça doente do roteirista eles são forçados a entrar para o mundo do crime (pegar num cabo de enxada ou ser estivador no porto de Londres é para os fracos, não é mesmo?) e conseqüentemente acabam se tornando rivais.
Maratona de Amor(Run, Fatboy, Run)
Com Simon Pegg, Thandie Newton e Hank Azaria
Simon Pegg (que você deve conhecer de Todo Mundo Quase Morto) é um cara com excesso de peso que larga sua noiva (Thandie Newton) no altar. Anos depois, ele cai na real e percebe que sempre a amou. Para reconquistar sua antiga paixão, o gorducho precisa terminar a maratona de Nova York, provando que o lindo e rico novo namorado da moça (Hank Azaria, mais conhecido como o dublador do Moe no desenho dos Simpsons) é o homem errado para ela. Se esse roteiro faz sentido pra vocês, vocês são doentes. Vocês e o Ross Geller que é o diretor desse filme que deve ser uma enorme e retumbante bomba.