Você tem bom gosto musical?

New Emo quarta-feira, 05 de novembro de 2008 – 45 comentários

Dando uma pausa nessa de falar sobre vocalistas, vamos falar de… você. (heh)

Como definir o bom gosto musical, afinal? Vocês têm a resposta na ponta da língua: É questão de gosto! Bobagem. Tudo começa na pergunta: Você é eclético?

Não lembro se foi a Ana que falou sobre isso, mas eu reforço: Ser eclético é ter mau gosto. Primeiro que você NEM GOSTO tem. Segundo que, se você for parar pra pensar, você não vê *emoção* na música. Sim, vejo pedras voando em minha direção, mas afirmo que isso é relativo – tão relativo quanto a emoção que você sente. Se você é o eclético que não liga pra música, cê não sente emoção mesmo. Agora, se você é daquele que, em seu top 10 de músicas favoritas, RBD, Legião Urbana e Metallica, por exemplo, fazem parte da lista, você sente alguma coisa sim. Só não sabe o que.

Terceiro que todo eclético gosta de Beatles.

Na real, eu não entendo os ecléticos. Estou num nível muito particular no quesito música, sou daqueles que se espanta quando vê que alguma pessoa não liga pra música. Entendo quem não liga pra filmes, livros, sexo anal heterossexual, essas coisas – mas quando você tá ligadão numa coisa, fica difícil. É como imaginar as pessoas vivendo sem um órgão vital. Ou sem sexo anal heterossexual. Mas, resumindo, é isso: Pra você poder dizer que tem bom gosto musical, você precisa ter um gosto. Ecléticos não têm gosto – e, ao mesmo tempo, têm mau gosto. Agora… e quando o cara só pensa ser eclético?

É naquelas: Nada na música é seguido ao pé da letra. Indie virou estilo musical na cabeça das pessoas. A mudança também ocorre nessa de “ser eclético”. É uma pena, mas todo mundo quer que a palavra “eclético” seja algo ruim, então vamos lá.

Ecléticos costumam seguir tendências, são facilmente influenciáveis. Mas tem aquele cara que bota na playlist Ultraje a Rigor, Metallica, Melvins, Johnny Cash, Wander Wildner, Amy Winehouse, Sikth… por mais que esse cara ouça uma coisa bem diferente da outra, ele tem um gosto definido. Porra, não é – ou não devia ser – gênero musical que define um gosto, mas sim o tesão que o cara sente por ouvir o que está ouvindo. Quem escuta apenas um gênero musical, em 80% dos casos, é um cabeça-dura infantil que pensa que tem um gosto definido e se fecha pro resto. E sim, essa playlist é minha. Isso é ser maduro musicalmente falando. Não ouse ficar preso.

Se você explora (eu disse EXPLORA, não DEIXA SE LEVAR) várias áreas, parabéns: Você tem bom gosto. Uma das coisas que mais me irrita numa conversa sobre música é quando a pessoa do outro lado gosta de bandas todas IGUAIS. É por isso que o mau gosto existe, é por isso que poucas (pra mim são poucas) pessoas escutam AC/DC, é por isso que tendências fazem sucesso (O RLY?), e é por isso que tanta gente gosta de Beatles. E DAÍ que Kaiser Chiefs é sua banda favorita, porra? Se eu não conhecesse uma caralhada de bandas completamente diferentes, eu ainda diria que essa banda é bacana. Experiência. É como passar a vida falando que Brahma é a melhor cerveja do mundo, sendo que você só tomou cervejas dessa linha. Aí cê vai tomar uma Serra Malte ou uma Heineken e PÁRA de tomar Brahma.

POR QUE você diz gostar de Blur sendo que, até então, você só ouvir Song Two? POR QUE você odeia tanto Pearl Jam só por que os fãs são chatões? POR QUE você detesta Motörhead, tendo em vista que você escutou 30% de Ace of Spades? A sua vida não faz o menor sentido e você se orgulha disso.

Sabe agora se você tem bom gosto ou não? Abre essa cabeça, cara. Chuta o balde, ouve uma banda NADAVÊ aí, mas pega um álbum inteiro da banda, recomendado por um fã. Ou uma coletânea. Ouve umas três vezes. Não curtiu? Corre atrás de uma semelhante. Vai em frente. Eu passei um ano ouvindo bandas indie, e GOSTAVA daquilo. No ano seguinte, ouvi punk, e também gostava. Depois foi a vez do metal, e eu já estava chutando tudo. Eu nunca gostei de Alice in Chains, só havia escutado as que tocam nas rádios. Hoje em dia essa é uma das minhas bandas favoritas. Entendeu? Ou já sabia? Se você tem a mesma linha de raciocínio, além de ter bom gosto, cê devia tomar conta da coluna que vai substituir a New Emo. É issaê, essa coluna tá com os dias contados, escolha minha. Tá afim? Cê já sabe o meu e-mail. Espero já ter algo pra semana que vem!

Casamentos

Nona Arte quarta-feira, 05 de novembro de 2008 – 4 comentários

Não é surpresa alguma falar que heróis também têm sentimentos. Mesmo sendo sentimentos forçados sobre senso de justiça, ética e moral, um outro sentimento é explorado desde que um herói é criado: o amor. Grandes poderes não vêm apenas com grandes responsabilidades, mas também várias gostosinhas com peitos duros, e isso faz seu herói entrar em conflito com a sua vida pessoal até o dia em que ele resolver casar.

Os casamentos, além de fazerem você ficar com cara de tacho, vendem bastante, dando um destaque ao herói em questão. Por isso, ao longo da história vários casamentos aconteceram, uns bem planejados, outros idiotas, mas todos com o clássico beijo.

Clark Kent e Lois Lane

Um casamento puramente comercial e totalmente esperado, o azulão subiu ao altar em 1996, quando os produtores da série As Novas Aventuras do Super-Homem quiseram casar o Super no seriado, mas isso seria impossível, já que no gibi ele ainda não era casado, então ele casou numa cerimônia com vários convidados especiais, tais como escritores, desenhistas e até mesmo um dos criadores do Super-Homem. A história de Lois e Clark já era muito antiga e também famosa, sendo que esse talvez seja o casal mais famoso dos gibis. Depois de tantas separações e voltas (seja por parte dele ou dela) eles se casaram e são felizes até hoje.

Peter Parker e Mary Jane Watson

Casal clássico dos papéis, Peter era a representação de todo leitor típico de gibi: um nerd bobão apaixonado pela vizinha gostosa. Depois de virar o amigão da vizinha, Peter foi chegando de mansinho e deu uns malhos na Mary Jane. Mesmo amando a modelo, ele sempre ficava na desculpa de transformar a garota em um alvo para os vilões, sendo que com isso ele pensou várias vezes em abandonar a vida de vigilante. Mas depois de tanta embolação os dois casaram em 1987 na edição Amazing Spider-man Annual 21, numa história bem fraquinha, com participação do Electro. Atualmente o casal já não é bem mais um casal. Graças a “grande” saga One More Day Peter abandona seu casamento em troca da vida da sua Tia.

T’Challa e Tempestade

O atual Pantera Negra, além de ser um dos personagens mais fodas de todos os quadrinhos, também é rei de uma nação e, com isso, precisava de uma Rainha. T’Challa e Tempestade já tinham uma história juntos, com revoltas e frustrações. O pedido de casamento ocorreu na revista Black Phanter, publicada em 2006, e o casamento ocorreu durante a saga Guerra Civil, sendo que no casamento os convidados já estavam divididos em lados e há pequenas discussões entre Capitão América e Homem de Ferro. Outra curiosidade é que Tempestade é considerada uma das mais belas heroínas, com isso um figurinista de verdade foi chamado para desenhar o seu vestido de casamento.

Reed Richards e Sue Storm

O casal todo chato e com história toda manjada, os membros do Quarteto Fantástico casaram na edição Fantastic Four King Size Annual 3, em 1965, contando com vários convidados famosos, entre eles Vingadores, X-men e outros nomes importantes. Na mesma edição Doutor Destino tenta se vingar do Quarteto e rola um pusta quebra pau, mas termina tudo bem e com um final bizarro onde Stan Lee e Jack Kirby (os criadores) são barrados por agentes da SHIELD na porta do casamento.

Oliver Queen e Dinah Laurel Lance

Um dos casais mais bacanas, porém, tão pouco lembrados, finalmente se casaram. Donos de uma história muito complicada com muitas separações, brigas, voltas e etc, tudo se concretizou em Green Arrow 75, quando Queen pede Dinah em casamento. A história do casamento é contada em partes. Justice League Wedding Special mostra as despedidas de solteiro do casal, The Black Canary Wedding Planner mostra Dinah escolhendo vestidos e etc, e Black Canary/Green Arrow Wedding Special é onde acontece o casamento. Depois disso a série do Arqueiro Verde passou a vir com um novo nome: Green Arrow/Black Canary.

Claro que ainda têm mais casamentos, mas só citei os legais. Hulk, Demolidor, Luke Cage e Cyclops também casaram, até teve um casal gay casando, mas isso foi em uma história na revista The Authory, em 2002. Mas enfim, se você tem algo contra esses casamentos, fale agora ou cale-se para sempre.

Novidades da Semana na Telinha

Sit.Com terça-feira, 04 de novembro de 2008 – 1 comentário

Nesta semana os canais Warner e Sony estreiam sua nova grade de séries, com muito menos séries do que o habitual. Alguns retornos e poucas estréias, a grande maioria retorna somente em 2009. Depois não sabem o porquê dos torrents e downloads!

Warner

Com mais estréias e melhores séries do que sua principal concorrente, o canal Warner retorna com novas temporadas de Cold Case (segunda às 21h), The Big bang Theory (terça às 20h), Two and a Half Men (terça às 20:30h), Smallvile (terça às 21h), Terminator: The Sarah Connor Chronicles (terça às 22h) e Gossip Girl (quarta às 21h). Imperdível o retorno da hilária 2ª temporada de TBBT. Abaixo as estréias da Warner:

**Eleventh Hour (segunda às 22h): Do mega produtor de cinema e de séries, Jerry Bruckheimer (da trilogia Piratas do Caribe e da franquia CSI, entre outros) e baseada numa série britânica (protagonizada por Patrick Stewart, o professor Xavier de X-Men), a série é centrada no Dr. Jacob Hood (Rufus Sewell, de filmes como Coração de Cavaleiro), um biofísico brilhante e conselheiro científico do governo americano. Chamado nas horas mais críticas, ele representa a última tentativa de defesa contra aqueles que usam a ciência para fins abomináveis, investigando crises científicas e acontecimentos estranhos — desde clonagem até criogenia. E para proteger Hood dos perigos está a agente especial do FBI Rachel Young (Marley Shelton, Sin City). Abordando temas científicos, falta a Eleventh Hour um melhor estudo de personagens (tudo soa muito frio). Até o 5º episódio não sabemos quem é seu protagonista (Hood), o porquê de sua escolha pelo FBI… apesar do trabalho ok de Rufus, sua parceira é muito caricatural, falta espontaneidade à personagem e à atriz.

Até aqui o que tem me feito acompanhar a série com certeza foram os temas de cada caso da semana. A série, infelizmente, só se propôs a isto por enquanto. A título de comparação, a série também estreante, Fringe, que tem temas parecidos, já é mais viciante e melhor arquitetada como um plano a longo prazo.

**Flashpoint (quinta às 22h): Talvez a melhor estréia deste mês, um pouco à frente de The Mentalist. O drama mostra a jornada emocional de um grupo de policiais de Toronto, no Canadá, que arriscam suas vidas numa força especial de emergência. Esta unidade resgata reféns, prende criminosos, desarma bombas, escala prédios e negocia com suicidas. Membros de uma equipe de alto nível, eles também são treinados para negociar, traçar o perfil dos criminosos e entrar na mente dos suspeitos para solucionar rapidamente as situações mais complicadas e salvar vidas. No elenco estão Enrico Colantoni (“Veronica Mars”), como o sargento da equipe e principal negociador, e Amy Jo Johnson (“Felicity”), como uma franco atiradora. Produzida pelo canal canadense CTV, “Flaspoint” recentemente foi exibida nos EUA pela CBS e já garantiu sua renovação.

O que é imperdível na série, que a diferencia dos demais dramas policiais, são: os personagens, todos em sua totalidade têm, em algum momento desta 1ª temporada, destaque em algum episódio; a trilha sempre bem sacada; o lado dos criminosos, o roteiro da série procura sempre, o que até pode ser um defeito no futuro, ilustrar que nem todos os criminosos ou envolvidos nos casos são pessoas ruins buscando vantagem em algo, mas pessoas desesperadas por algum motivo. Tentam retratar um lado humano pouco usual nas séries. Vale com certeza uma espiada, não percam!

**The Mentalist (quinta às 21h): Também vale uma conferida, é o maior sucesso entre as estréias desta temporada, mas também a concorrência está baixa. Mais detalhes aqui

**Privileged (quarta às 22h): Voltada mais para o público teen, portanto não acompanhei, nem pretendo fazê-lo. Na trama, Megan Smith (JoAnna Garcia, Reba) está em um péssimo dia. Seu apartamento em Nova York pegou fogo e ela acaba de ser demitida de seu emprego num tablóide. As coisas começam a melhorar quando ela tem a oportunidade de trabalhar em Palm Beach, para a magnata dos cosméticos Laurel Limoges (Anne Archer, Ghost Whisperer), como tutora das netas gêmeas adolescentes dela, Rose (Lucy Kate Hale, Bionic Woman) e Sage (Ashley Newbrough, The Best Years). Em troca de ela conseguir com que as garotas entrem para a Universidade Duke, Megan terá a oportunidade de viver entre os ricos e famosos. Mas se mudar para a Flórida também significa retornar para casa, o que inclui reencontrar sua irmã, Lily (Kristina Apgar, Terminator: The Sarah Connor Chronicles), com quem ela não fala há anos, e seu melhor amigo de infância, Charlie (Michael Cassidy, Hidden Palms, Smallville), que talvez esteja secretamente apaixonado por ela.

Para o midseason (a partir de fevereiro de 2009), o canal Warner promete, um pouco tardia, diga-se de passagem, as estréias de Fringe, Knight Rider, Randy Jackson Presents: America’s Best Dance Crew e Trust Me, e os retornos de Californication, Chuck, ER, Pushing Daisies, Supernatural, The Bachelor, The Bachelorete, The L Word, The New Adventures of Old Christine e Without a Trace.

Sony

O Sony decepciona deixando de lado suas melhores séries, além de estar uma temporada atrasada com algumas séries, como, por exemplo, Ugly Betty. Retornam nesta semana, 10 Items or Less (terça às 00h30h), Ugly Betty (quinta às 20h), The Game (sexta às 20h), Everybody Hates Chris (sexta às 20h30h) e Til Death (sexta às 21h). Pouca coisa para o principal canal de séries, que a partir deste mês também começa a exibir filmes em seu horário nobre. Abaixo as 2 estréias:

**Private Practice (segunda às 21h): Lembrete: O Sony começa a exibir a série com um ano de atraso, espero que pelo menos exibam uma temporada ligada na outra, pois a 1ª temporada teve somente 9 episódios devido à greve dos roteiristas. Para os fãs de Dra. Addison, ela está de volta, mais linda do que nunca, numa série só sua, numa nova cidade. Para os que acompanham Grey’s Anatomy, o cenário já foi apresentado. O que posso dizer é que a série é inferior a Grey’s (mas muito melhor do que naquele episódio dentro de Grey’s), principalmente pela exagerada infantilização dos personagens, já mais maduros. No entanto, alguns episódios apresentam casos clínicos interessantíssimos e bastante dramáticos.

Em linhas gerais, Private Practice irá contar a história de Addison Forbes Montgomery, uma renomada cirurgiã neonatal que larga um cargo de chefia no Seattle Grace Hospital para trabalhar em uma pequena clínica particular em Santa Monica. Ao lado de seus antigos colegas de faculdade, proprietários da clínica Oceanside Wellness Center, Addison irá reconstruir sua história longe das regalias e dos romances frustrados do Grace Hospital.

**90210 (quarta às 21h): batendo de frente com Gossip Girl no horário, a série irá alegrar alguns corações nostálgicos dos trintões que acompanhavam Barrados no Baile na Globo, pena que a série não consiga emplacar uma identidade própria, vivendo de momentos ora nostálgicos (com o retorno de personagens antigos como Kelly e Brenda), ora clichês do gênero, adolescentes clichês ambulantes (já notaram que os “adolescentes” parecem ter mais de 25 anos). Já tive meu momento nostalgia e larguei a série, é muito banal e fraca, pena não aproveitar melhor seus coadjuvantes veteranos, como a excelente atriz Jessica Walter.

A série é centrada em Annie Wilson (Shenae Grimes, Degrassi: The Next Generation) e em seu irmão, Dixon (Tristan Wilds, The Wire), e o primeiro dia deles na escola West Beverly Hills não deixa dúvidas de que eles não estão mais no Kansas. A família Wilson — incluindo o pai, Harry (Rob Estes, Melrose Place), e a mãe, Debbie (Lori Loughlin, Summerland) — se mudou para Beverly Hills para cuidar da mãe de Harry, Tabitha (Jessica Walter, Arrested Development), uma ex-estrela da tv. A escola é um grande choque cultural para Annie, uma garota doce e amigável com uma paixão pelo teatro, e Dixon, um atleta em ascensão e um jovem estudioso que foi adotado pelos Wilson. Annie e Dixon são irmãos muito próximos, e o relacionamento deles irá ajudá-los a lidar com seus novos amigos e colegas de classe, incluindo Naomi (AnnaLynne McCord, Nip/Tuck), uma bela, rica e mimada garota; Ethan (Dustin Milligan, Runaway), um atleta popular cujas habilidades rivalizam com as de Dixon; Navid (Michael Steger), um aspirante à jornalista que comanda o jornal da escola; e Silver (Jessica Stroup, Reaper), uma jovem rebelde que produz e estrela uma série de vídeos na internet. Até mesmo o corpo docente aparenta ser descolado e sofisticado na West Beverly Hills, como o divertido e inteligente professor Ryan Matthews (Ryan Eggold, Dirt) e a bela orientadora Kelly Taylor (Jennie Garth, Beverly Hills, 90210).

Para o midseason que mais parece a temporada oficial de estréias, normalmente a partir de fevereiro, cruzem os dedos, retornam 30 Rock, According to Jim, American Idol, Breaking Bad, Desperate Housewives, Eli Stone, Friday Night Lights, Ghost Whisperer, Grey’s Anatomy, Medium, Rules of Engagement, Saturday Night Live e The Best Years. Já estão também programadas as estréias de três sitcoms, Gary Unmarried, Kath & Kim e Worst Week.

Leitura na privada

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 03 de novembro de 2008 – 10 comentários

Faz um tempo que estava a fim de falar disso, mas nunca estava bêbado o suficiente para tal atitude. Agora que estou num estado etílico condizente com minha obrigação, bora puxar a descarga e jogar tudo o que eu tenho pra falar sobre isso e sem essa de deixar pra depois, até porque eu não vou me lembrar de nada quando o efeito acabar.
Estava me lembrando de uns trechos de colunas do Atillah em que ele falava sobre jogar medal of honor no banheiro, com o som dos tiros ecoando pelas paredes. Uma cena muito louca e bizarra, não que eu tenha imaginado ele cagando, é claro. Nisso, comecei a pensar em pessoas que lêem no banheiro, porque ali é um bom lugar. Confortável, macio e fresco, sua calça não fica grudando na bunda da mesma maneira que acontece quando você fica sentado muito tempo na frente do PC, até porque lá ela está no meio de suas pernas, jogada.
Ler no banheiro é uma coisa que serve pra passar o tempo e, se acabar o papel higiênico, você pode acabar usando as páginas já lidas, não que eu tenha feito isso, é claro, nunca pensaria em tal atitude, mas a sugiro a vocês. Numa emergência, nunca se sabe…
Mas, que tipo de livro pode ser lido no banheiro? Qualquer um, mas se ele for uma merda, não jogue pela privada, acontecem muitos problemas nessa hora, e ter que limpar tudo é uma coisa que você não vai fazer, eu aposto. Gêneros que eu recomendaria com certeza são os de terror, porque já que você está ali, fazendo a água pular, por que não ajudar isso tudo com algo que pode fazer com que a tarefa fique menos forçada? Quando chegar aquela parte de tensão total, já sabe onde descarregar. Livros de humor não são recomendados, nunca tente rir enquanto limpa suas tripas, você fica todo travado. Livros empoeirados são ruins, pelo motivo de que, se você espirrar enquanto está lá liberando tudo, pode acabar te dando muitos problemas, como a suas tripas saírem. É, exagerei nessa.
Pesquisando umas besteiras aí há muito tempo, cheguei a umas noticias muito bizarras sobre livros e banheiros, se é que isso é possível. Uma delas é essa. Interessante até, imagina estar lá, depois de ter se aliviado, e ver que no chão está o rolo de papel inteiro, desenrolado? Ou, como cita num dos trechos da noticia, limpar a bunda em um trecho da Bíblia? Seria profano e você iria pro inferno com certeza, mas não vou te julgar, sua alma já está perdida mesmo. Assim como a minha.
Só que pra variar, sempre tem um problema com tudo isso. Ler no banheiro pode fazer com que você tenha hemorróidas! Não é só ler, jogar também, vou juntar os dois. Isso é algo que eu li a um tempo atrás, em um daqueles livrinhos de saúde que só fala coisa inútil para pessoas saudáveis, vou até pesquisar e achar o trech… ACHEI:

Infelizmente, se permanecermos longo tempo no vaso sanitário, podemos ter hemorróidas. Mas o banheiro continua sendo a melhor sala de leitura para muitos. Porém, é bom selecionar livros com capítulos curtos.

Isso saiu no Fatos & mitos sobre sua saúde, um livro pocket de um cara chamado Fernando Lucchese, recomendo ler ele no banheiro. Pra esse caso, existem algumas alternativas. Usar um marcador na hora que for sair e continuar a ler depois é uma das melhores dicas (papel higiênico é um bom marcador, desde que esteja limpo). Catar aquele livro de crônicas, mas nada muito engraçado, porque se você rir, ah, você já sabe.
Algum tempo atrás, vadiando por livrarias, achei um livro chamado 1º Almanaque de banheiro. Com textos curtos, ele se tornava perfeito pra ler no banheiro, bom para acompanhar aquela cagadinha esperta, nada muito longo. Só não o comprei porque estava muito caro, praticamente uma facada nas tripas, algo que eu precisaria usar, caso fosse ler aquilo no banheiro. Nem cheguei a folhear, não tinha nenhum mais dentro de pacotes, o que me fez pensar que alguém já os tinha levado ao banheiro, pra testar.
E pra finalizar, um lembrete: Ler demais no banheiro pode fazer com que aquelas piadinhas sem graça sempre sejam citadas, como a “Putz, ele caiu na privada” ou “chama o encanador que quando ele sair, a água vai estar nos joelhos!”. O tempo máximo de ficar em um banheiro sem darem falta de você é 10 minutos, mais do que isso, as pessoas começam a se preocupar. Eu me preocuparia.

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