Bom dia a todos. Cumprindo com minha honrada palavra de evitar que vocês, meros mortais, fossem humilhados por nerds na estréia do escalofodético filme de Watchmen, passei horas de meu precioso tempo traduzindo, organizando e simplificando a história de Watchmen da Wikipédia em inglês (qualquer um sabe que a Wikipédia em português só serve para vagabundo que faz trabalho da escola de última hora) para que vocês não se sintam perdidos no filme. Após conhecer os personagens, chegou a hora de se aprofundar na história. continue lendo »
E finalmente Jason Statham pode começar sua carreira de melhor ator de ação dos últimos tempos. Essa poderia ser a resenha, aliás.
Frank Martin (Jason Statham) é um ex-soldado do exército norte-americano, que agora trabalha transportando cargas e vive em uma vila tranquila, na costa do Mediterrâneo. Martin segue sempre à risca o lema de nunca saber o que está transportando nem para quem é a carga, a fim de evitar problemas. Até que, após ser contratado por um americano apelidado de Wall Street (Matt Schulze), ele se envolve em uma grande problema. Após o pneu de seu carro furar Martin percebe que a carga que transporta está se mexendo. Passando por cima de suas regras, ele abre o porta-malas e descobre que lá está presa uma bela garota (Lai Kwai). Martin a solta, mas logo precisa fugir com ela de um poderoso chefão do crime asiático, Sr. Kwai (Ric Young), além de um policial (François Berléand), que investiga Martin por estar desconfiado que ele realiza o transportes de cargas ilegais.
Cavalheirismo.
Olha, o conceito “explosivo” da coisa remete mais a ação do que… uma carga explosiva. O filme não é uma espécie de Velocidade Máxima, os tradutores do nosso país que são uma merda. Então, deixando o nome do filme de lado, é bem aquilo que eu disse no início da resenha: Enfim Jason Statham começa a chutar bundas. Chega a ser um absurdo, mas é lógico, estamos falando de um filme desligue seu cérebro e divirta-se. Eu diria que Statham é o Steven Seagal E o Chuck Norris dessa geração. O cara bate DEMAIS.
A única coisa que me perturbou muito neste filme foi a maldita trilha sonora. As músicas são ruins DEMAIS, pelo que eu me lembre não há exceções. Em algumas cenas, a música não tem NADAVÊ com a cena. Em outras, elas estragam toda a sua empolgação. Triste.
Mas apesar disso, eu não boto defeito algum neste filme. Pra mim ele é perfeito pro gênero, além de superar expectativas. Sabe aquele filme empolgante que você tanto fala? Você vai esquecer ele após ver Carga Explosiva. Não estamos falando de pancadaria e explosões, estamos falando de pancadaria PRA CARALHO, explosões E situações geniais. É um filme de ação, afinal. Se você aposta em filmes do Oscar, este filme não é pra você.
Dica: Você vai precisar de fôlego. E tente não sair com o carro após o filme.
Carga Explosiva
The Transporter (92 minutos – Ação) Lançamento: EUA, 2002 Direção: Louis Leterrier, Corey Yuen Roteiro: Luc Besson, Robert M. Kamen Elenco: Jason Statham, Qi Shu, Matt Schulze, François Berléand, Mr. Kwai, Doug Rand, Didier Saint Melin
Você deve ter lido aqui a notícia sobre a saída do ator William Petersen, o famoso nerd Grisson, da série de maior sucesso dos EUA, C.S.I.. Inclusive rolou uma pesquisa afirmando que muitos fãs irão abandonar a série após sua partida. Pois bem, se preparem que ela ocorrerá nesta quinta próxima (11/12), em solo americano, quando Petersen (que deve ainda participar de episódios futuros) passará o bastão para o excelente ator Laurence Fishburne (o Mopheus da trilogia Matrix).
A grande questão que fica é como uma série se segura sem seu ator principal? Sinceramente, não sou de ficar choramingando a saída de atores ou mortes de personagens na série, simplesmente life goes on…! Claro que os roteiristas/produtores têm que se virar e suar muito para manter o interesse na trama sem deixar a peteca cair. Acho que em C.S.I., que perdeu já dois personagens em menos de um ano, os produtores estão procurando manter o interesse e reestruturando a série após suas 9 temporadas, o resultado só o tempo dirá, claro que eu não deixarei de acompanhá-la (somente se a qualidade das tramas cair muito, obviamente).
No entanto, não é a primeira vez que isto ocorre em séries televisivas, muito pelo contrário, há inúmeros casos onde a saída não ofuscou a série e o mesmo vale para oposto, iminente fracasso. O caso mais conhecido talvez seja E.R. (aka Plantão Médico), a série médica já perdeu todos os seus personagens originais em mais de 10 anos de série (inclusive, sendo a temporada atual, a 15ª, o encerramento da mesma), nomes como George Clooney (dr. Ross), Julianna Margulies (a enfermeira Carol, sumida), Anthony Edwards (o careca dr. Greene, este tendo um dos episódios de despedida mais triste que vi até hoje), Noah Wyle (dr. John Carter, o último do elenco original a sair).
Claro que numa série de procedimentos, seja ela policial ou médica, fica mais fácil entrar e sair personagens, mesmo os protagonistas, as explicações soam mais verossímeis, mesmo que desagradando os fãs. Por exemplo, recentemente, o drama criminal Criminal Minds perdeu um de seus protagonistas, o ator Mandy Patinkin, o agente Jason Gideon, por problemas particulares do ator, sendo substituído por outro ator de presença, Joe Mantegna, sem a série perder o equilíbrio e as boas tramas.
No entanto, em séries, digamos mais personalizadas fica muito difícil “engolir” a saída do personagem principal, o centro da série. Obviamente, os produtores acham que somos idiotas, e não vamos perceber que a série em si irá mudar, simplesmente, pela troca da figura principal, até porque nestas séries os personagens são os principais focos narrativos da mesma, logo a série perde o seu fio condutor. Exemplo mais conhecido, a saída do ator David Duchovny, após 7 temporadas, da série Arquivo X, onde interpretava o agente Fox Mulder fazendo dupla com Dana Scully (que na temporada seguinte fazia aparições esporádicas), o que aconteceu todo mundo sabe, com a entrada de novos personagens a série mudou o foco, perdeu densidade e gerou uma queda inevitável para a marca Arquivo X, no final Duchovny ainda voltou para os últimos episódios, mas o estrago já estava feito.
Mas aviso que ainda nesta temporada deve ocorrer esta mesma estratégia em outras séries, dois atores já anunciaram que não retornam para a próxima temporada de suas séries, onde são os protagonistas, são eles: Zach Braff (J.D.) de Scrubs, que retorna para sua 8ª temporada e depois ninguém sabe o que acontecerá com a série, acredito no seu cancelamento; e Jonathan Rhys Meyers (Rei Henrique VIII) de The Tudors, que filmará a 3ª temporada e depois tchau!, estragando os planos dos produtores que iriam estruturar a série para até 6 temporadas, outro caso onde o cancelamento é inevitável!
Dar dinheiro pra um mendigo na rua pode ser considerado para alguns uma coisa ruim, se você considerar que o cara vai usar aquela sua preciosa moedinha de DEZ centavos pra tomar uma cachaça no bar, ou vai ali comprar tóchico, pra ficar doidão. Para esses que tem essa idéia, talvez sejam os mesmo que ao receber uma ligação de uma casa de velhinhos ou pessoas em reabilitação (entenda como drogados arrependidos) vão logo dando algum troco maior que pode ser depositado na conta corrente do grupo. Até que semanas depois se descobre que aquele lugar que você estava ajudando foi desmascarado: Era um ponto de refinamento de cocaína ou algo parecido. Nunca se sabe, mas pode acontecer.
Depois de tudo isso, o que mais resta a se fazer? continue lendo »
Wall E: Com certeza um dos melhores filmes do ano, não somente como animação. Claro que estamos falando de mais uma obra-prima da Pixar (que, no ano passado, lançou outra inesquecível animação, Ratatouille). Os grandes diferenciais da Pixar são o contexto da trama e os incríveis personagens. Não há somente “gracinhas” e personagens “fofinhos”, a Pixar cria roteiros onde os sentimentos e tramas são o grande achado dos filmes, não esquecendo a riqueza da tecnologia aplicada à animação. Na trama, a humanidade abandonou o planeta Terra depois de entulhar tanto lixo nele que a vida ficou impraticável. Com isso, todos vivem em uma gigantesca nave. Porém, no planeta, ainda vive Wall-E, um simpático e solitário robozinho, que vive tentando limpar a sujeira que os seres humanos fizeram. Certo dia, uma robozinha bem moderna desembarca na Terra a procura de vida e Wall-E acaba se apaixonando por ela. Mais uma animação que muitos consideram uma obra-prima, já que conta uma história engraçada e humana, nos moldes de sucessos como Procurando Nemo, com apelo para agradar espectadores de todas as idades, além de passar uma mensagem contra o consumismo excessivo de nossa época. Confira a crítica.
Arquivo X – Eu Quero Acreditar: Não sei explicar o sentimento conflitante de ver Arquivo X anos após seu término da telinha (2002). Se a alegria de rever Mulder e Scully é inenarrável, fica um sentimento de desperdício dos personagens numa trama meia-boca. Claro que Chris Carter (sumido desde o término da série) parece se esforçar em criar um filme para um público amplo e, ao mesmo tempo, os fãs da série, mas focar somente a ação em “um caso isolado” parece, como disse antes, um desperdício (sorte de Gilliam Anderson que pelo menos teve um maior destaque, com sua personagem sendo confrontada pela sua crença religiosa, assunto recorrente na série). Na trama, o súbito desaparecimento da agente Monica Bannan (Xantha Radley) faz com que a agente Dakota Whitney (Amanda Peet) recorra à ajuda do padre Joe (Billy Connolly), um homem que abusou sexualmente de 37 coroinhas no passado e que alega ter visões. Para ajudá-la na busca, já que não conta com experiência em acontecimentos fora do comum, a agente Whitney busca o apoio de Fox Mulder (David Duchovny), que não é mais agente do FBI. O contato é feito através de Dana Scully (Gillian Anderson), que também deixou a organização e agora trabalha como médica em um hospital católico. Inicialmente relutante, Mulder decide cooperar e, aos poucos, passa a acreditar cada vez mais nas palavras do padre Joe.
Promessas de um Cara de Pau: Acredito que Kevin Costner tenha encontrado seu rumo no cinema novamente após alguns fracassos seguidos. Se apoiando em papéis mais diversificados (e, em alguns filmes, coadjuvantes) e deixando de lado o posto de galã, que não lhe pertence mais (em filmes como A outra Face da Raiva e Instinto Secreto). Aqui Kevin Costner é Bud, um pai solteiro que está mais preocupado em assistir televisão, pescar e tomar seus porres de vez em quando. Sua filha é uma jovem esperta e sonhadora que sempre está em busca de aprender algo novo e a cada dia tenta fazer com que seu pai mude o estilo em que vive. Numa dessas tentativas ela acaba colocando Bud em uma tremenda enrascada e o futuro de todo o país fica em suas nada responsáveis mãos. Agora, para sair dessa, ele terá que, depois de muitos anos, olhar a vida de uma maneira diferente e encarar a situação com menos sarcasmo. Confira a crítica.
Torturado: Inédito nos cinemas, este suspense, sem fugir do título a la Albergue e outras cópias, tem uma trama instigante e um elenco competente, com nomes como Laurence Fishbourne (futuramente em CSI) e o veterano ator australiano James Cromwell. Na trama, um homem é contratado pelo chefão do crime organizado para obter uma confissão de um contador. O chefão é um cara invisível, que ninguém sabe realmente quem é. Na verdade, o homem que deve obter a confissão do contador é um agente do FBI que está infiltrado para descobrir a identidade do bandido e impedir que ele se infiltre no FBI e acabe com os agentes. Porém, essa missão não é nada fácil, colocando em jogo a integridade moral e física de seus participantes.
Como Viajar com O Mala de seu Pai: Além do absurdo título, este filme deve ficar conhecido como o fundo do poço do comediante Martin Lawrence, que ficou bastante conhecido como parceiro de Will Smith em Os Bad-Boys e protagonista de inúmeras comédias, mas que acabou errando em diversos projetos e parece seguir o caminho de Eddie Murphy rumo ao esquecimento. Aqui o comediante precisa dividir os créditos com a novata Raven (muito conhecida do público por sua série juvenil, As Visões de Raven), sinal de que seu nome já não sustenta um filme sozinho. Na trama, ambiciosa e confiante, Melanie Porter não vê a hora de dar o seu primeiro passo rumo à independência – uma viagem somente com meninas para visitar escolas. Mas esse ritual de passagem erra o caminho quando seu pai superprotetor insiste em acompanhá-la. O sonho de Melanie se transforma em um pesadelo cheio de curvas e confusões.
John Malkovich é casado com Tilda Swinton, que tem um caso com George Clooney, que pega a Frances McDormand, que não sabe que ele é casado com Elizabeth Marvel. Nesse filme, todo mundo pega todo mundo (menos John Malkovich, que é corneado; e Brad Pitt, que gosta de tomar sucos energéticos e dançar ao som de músicas suspeitas).
O paint ainda funciona!
Mas não é essa a história do filme… Vamos começar de novo.
John Malkovich interpreta Osbourne Cox, um simpático senhor que é despedido da CIA. Ozzie resolve usar o tempo livre pra escrever um livro de memórias. Por acaso do destino, um CD com rascunhos do tal livro acaba parando numa academia de ginástica, onde Linda Litkze (Frances McDormand) e Chad Feldheimer (Brad Pitt) trabalham. Os dois desconfiam dos números e telefones e números e telefones e números [/spoiler] no CD e ali veem uma forma oportunidade de arrancar dinheiro do ex empregado da CIA. Mas é claro que eles não tem a menor noção de como fazer uma boa chantagem (noobs…) e isso, por mais clichê que seja, acaba arrancando umas boas gargalhadas.
A direção fica por conta de Ethan e Joel Coen, os mesmo de Onde os fracos não tem vez. Diz a lenda que os irmãos escreveram os dois filmes alternadamente durante o mesmo período. Particularmente, acredito que eles escreveram “Onde os fracos não tem vez” enquanto dormiam ou…sei lá, jogavam paciência e “Queime depois de ler” no resto do tempo. Enquanto o fodão do oscar desse ano não tem nenhum clímax, o novo filme é rápido e cheio de clichês momentos marcantes.
No final, você vai chegar a mesma conclusão que uns personagens do filme chegaram: que não tem como tirar uma moral dali. Dá pra pensar em toda uma crítica à sociedade consumista, em como vivemos num mundo que só liga para aparências ou em como a humanidade tem facilidade de varrer a sujeira pra debaixo do tapete, mas fazendo isso você vai acabar perdendo algumas boas piadas do filme, tipo as dancinhas e gags do Brad Pitt e a cara de “OMG” da personagem de Frances McDormand ao ver George Clooney num banquinho de praça, depois de pegar altos dragões em encontros cegos. Então acho que o melhor é desligar o cérebro e se divertir.
Queime depois de ler
Burn after reading (96 minutos – Comédia) Lançamento: EUA, UK, França Direção: Ethan e Joel Coen Roteiro: Ethan e Joel Coen Elenco: George Clooney, Frances McDormand, John Malkovich, Tilda Swinton, Elizabeth Marvel e Brad Pitt
Atrás de idéias pra escrever um texto com urgência, um amigo sugeriu escrever sobre a decadência e o ressurgimento do “Cinema Subversivo”. Meu primeiro pensamento foi: Q
MOMENTO HOUAISS
sub.ver.são s.f. 1 Revolta contra ordem estabelecida 2 Pertubação
Traduzindo pra quem tem problemas com dicionários, Cinema Subversivo é aquele que foge do padrão “American Way of Life” no cinema.
AUGE(s) E DECADÊNCIA(s)
A própria invenção do cinema foi uma coisa subversiva, então é natural que os primeiros subversivos sejam os primeiros roteiristas e diretores da sétima arte. Entre eles, destaco Luis Buñuel. Um Cão Andaluz (Un Chien Andalou, 1929) e A Idade do Ouro (L´âge d´or, 1930) são filmes que me deixaram de queixo caído quando os assisti num museu em Madri. Foi como se nunca tivesse visto um filme antes na vida, e como se todos os outros filmes fossem ridículos perto dele. Isso é subversão. Claro que parei de desenhar corações com o nome do Dalí umas horas depois, mas com certeza os filmes me pertubaram.
Depois dos anos 30 o cinema descambou pros musicais e houve a primeira decadência. Não que eu não goste de musicais, na verdade gosto muito, mas isso é só porque tenho personalidade bipolar. O que interessa é que o subversivo foi deixado de lado, em produções menores. Foi então que surgiu um diretor marcante: Stanley Kubrick. Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971)apresentou Alex, um anti-herói na medida pro Cinema Subversivo. O mundo ficou chocado com a imagem de um jovem que achava divertido espancar pessoas, falando uma língua diferente e que acaba sofrendo uma lavagem cerebral do governo pra se tornar bom.
Imagine se o Kubrick tivesse mencionado que ele só tem 15 anos
Depois que Kubrick partiu pro suspense, o Cinema Subversivo amoleceu de novo. Nos anos 90 é que veio uma boa safra do gênero, tendo seu ápice em Trainspotting (1996). A história de Renton, um escocês que escolheu não escolher, faz qualquer um querer chutar a própria televisão, largar o emprego e ir pra um bar ligar o foda-se. Três anos depois, mais uma ótima adaptação de um livro. O diretor David Fincher lançou o mais famosinho da minha lista, O Clube da Luta (Fight Club, 1999). Tyler Durden é tudo que o narrador do filme quer ser, e então ele foge da vida convencional que tinha pra ir morar no meio do nada, achando finalmente um sentido: o clube da luta (dâh!). Rá, eu sabia que você já tinha visto um filme subversivo, mesmo que nem você soubesse disso.
Você viu, mesmo que tenha se concentrado só no Brad Pitt
Atualmente, um dos maiores diretores de obras subversivas é o mexicano Alejandro González Iñárritu. Mesmo com esse nome difícil de escrever, o cara dirigiu filmes que dão voltas e mais voltas até chegar ao mesmo final que uma narrativa comum teria chegado, só que de uma forma BEM mais interessante, tipo 21 gramas (21 grams, 2003) e Babel (Babel, 2006), além de ter produzido Amores Brutos (Amores Perros, 2000). Em comum em todos eles está a fuga dos personagens do convencional.
Antes de pesquisar sobre Cinema Subversivo e depois do Q, perguntei pro meu amigo do início do texto o que diabos era aquilo, e pra minha surpresa ele usou como exemplo exatamente todos alguns dos meus filmes favoritos. Nem sabia que esses filmes tinham um rótulo, mas pelo menos eu vou ter uma resposta pronta da próxima vez que me perguntarem qual é o meu tipo de filme favorito.
Appaloosa – Uma Cidade Sem Lei (Appaloosa) Com: Bobby Jauregui, Jeremy Irons, Timothy V. Murphy, Luce Rains, Jim Tarwater, Boyd Kestner, Gabriel Marantz, Ed Harris, Viggo Mortensen, Benjamin Rosenshein
Appaloosa é uma pequena cidade que tá dominada por um fazendeiro que não liga pra lei. Por conta disso, dois pistoleiros são chamados e ficam de puliça na cidade. Até ai tudo bem, o problema é quando uma viúva gostosa chega na cidade e atrapalha todo mundo.
Faroeste? Vai com fé, véi!
Colegiais em Apuros (College) Com: Drake Bell, Andrew Caldwell, Andree Moss, Carolyn Moss, Wendy Talley e outros tantos pirralhos que ninguém conhece.
Três nerds amigos de colégio visitam o campus de uma universidade local, onde pretendem ser calouros. Só que, pra variar, os “fodões” [que sempre são uns babacas] resolve dar acesso às festas, em troca de humilhações. O que ninguém contava [Fora os espectadores] é que eles vão virar a mesa, criando um esquema pra contra-atacar, e o que parecia um fim de semana ferrado se torna o melhor das vidas desses pentelhos.
Comédia pastelão de qualidade duvidosa. Tá esperando o que pra ir assistir?
Quando Você Viu seu Pai pela Última Vez? (And When Did You Last See Your Father?) Com: Jim Broadbent, Colin Firth, Juliet Stevenson, Gina McKee, Sarah Lancashire, Elaine Cassidy, Claire Skinner, Matthew Beard, Bradley Johnson, Chris Middleton
O pai de Blake Morrison tava morrendo, e que que o filho faz? Escreve um livro que vira um filme. Vai ficar com ele e a mãe, compartilhando experiências, segredos e problemas de relacionamento pai-filho. E quando o véio morre, ele começa a se questionar.
Se você tá a fim de drama, achou o que queria.
Entre Lençóis (Entre Lençóis) Com: Reynaldo Gianecchini, Paola Oliveira
Nesse filme que aparentemente não tem mais ninguém no elenco, dois jovens se conhecem numa boate. Ela tá pra casar e ele tomou um pé na bunda saiu de uma relação duradoura. No fim, os dois vão varar a noite no motel, trepando e discutindo.
Cê corre o risco de ver o Gianecchini pelado, mas também tem chances de ver a Paola. Se fosse só pelo filme, eu não arriscaria.
Memória para Uso Diário (Memória para Uso Diário)
Documentário sem pôster sobre o grupo “Tortura Nunca Mais”, criado por ex-presos políticos da ditadura brasileira e seus familiares. Mas não é porque a ditadura acabou que a tortura acabou. O grupo continua lutando contra a Rota, o RBD e programação de domingo na TV.
Recomendado pra… você ae, masoquista enrustido.
Apesar de ter gente que não gostou do texto anterior sobre as aberturas das animações, retomo o assunto, já que faltaram algumas considerações antes de partir para outra praia.
Primor nas aberturas da Disney
Afinal, falar de aberturas de desenhos animados e não citar a Disney é a mesma coisa que falar de internet e não saber o que é o Google.
Não se sabe o porquê, mas as aberturas dos desenhos da empresa do velho Walt geralmente são bem elaboradas, às vezes sendo bem melhores que os próprios desenhos em si.
Se liga na sincronia com a música
Acredito que eles aproveitam a equipe que cria (ou criava) os números musicais nos longas-metragens, pois a qualidade e a dublagem eram impecáveis. Inclusive a brasileira.
A abertura destes desenhos não apresentava apenas os personagens, mostrava o que se esperar do desenho, com a música e a ação já preparando o espectador para o que assistir e criando uma boa expectativa.
Aliás, a dublagem brasileira era um caso à parte, sendo muitas vezes melhor que o original. Infelizmente, para nós, a qualidade vem decaindo cada vez mais.
Essa do Tico e Teco, em português era muito boa, mas a Disney daqui mandou tirar
Voltando às aberturas das animações da Disney, no caso dos antigos, era interessante o fato de seus desenhos serem com personagens clássicos (tanto personagens da TV, como os de filmes), mas em roupagens diferentes.
Como sempre, isso é assunto para outra história.
TV Quack (Quack Pack), Turma do Pateta, Tico e Teco e os Defensores da Lei, Duck Tales, Darkwing Duck e Esquadrilha Parafuso (Tale Spin) possuíam aberturas que de tão perfeitas mereciam até ir para um CD, só por conta da mistura pop/rock que compunham, além da excelente montagem das imagens.
Hoje, tanto a Disney, quanto a dublagem brasileira não vão tão bem das pernas assim. As próprias aberturas carecem de um algo mais, sendo bobas e sem-graça, passando a impressão de que falta alguma coisa e, por conseqüência, transferindo esse sentimento para o programa.
A melhor, das que passam por aí, é a de Brandy e o Senhor Bigodes e a de Kim Possible, mas não chegam nem aos pés da TV Quack, por exemplo.
Aliás, um bônus para quem nunca viu essa na Globo.
Apresentando a Warner
A Warner possuía um estilo mais “apresentação de personagens e história”, mas no mesmo estilo empolgante da Disney, só que descambando para o infantil e pastelão, sem ser chato e nem criando aquela sensação de vergonha terceirizada.
Tiny Toon é um clássico
O interessante da Warner é que antigamente ela fazia paródias com suas próprias aberturas, como ocorreu no caso de Freakazoid em relação aos Animaniacs.
Se bem que hoje em dia, ocorre isso com os Cartoon, Cartoons, mas como eles preferem ser encarados como empresas diferentes, vamos deixá-los felizes.
Tiny Toon e Pinky e Cérebro também possuíam aberturas surreais e bem divertidas, mostrando a dinâmica do desenho e preparando o espectador para boas risadas.
Abertura original de Freakazoid
Menções honrosas
Para encerrar, comentar sobre as aberturas que não eram ligadas aos grandes conglomerados, mas que também primavam pela qualidade e criativadade, como a de Doug (antes da Disney), Fantástico Mundo de Bobby e de As Aventuras de Tintim, em minha modestíssima opinião, que é o que importa, a melhor de todas.
Empolgante demais véio
Enfim, me despeço com mais uma que ninguém deve ter visto por conta da Globo.
Semana que vem estou de volta.
Mais bônus, não é abertura mas ri pracarai com isso e isso.
Continuando a série “Eu só tenho leitor Crasse A”, admirem o comentário do Cagão (que não é o Red)
Depois do comentário Crasse A, o Felipe sugeriu que nosso amigo Cagão desse um pause no jogo pra aliviar suas entranhas. Mas sabe, não é a mesma coisa. Além do mais, no caso do XBox 360, todo o tempo em que ele fica ligado (mesmo que em pause) é mais tempo que o processador fica esquentando e ameaçando torrar o aparelho todo. Aí como é que eu vou dar aquela barrigada susse se eu ficar preocupado com a hipótese de eu sair do banheiro e meu 360 estar derretido e pingando plástico no chão da sala? Nem dá.