2019 – O Ano da Extinção (Daybreakers)

Cinema sexta-feira, 12 de agosto de 2011

 Um misterioso vírus se espalha pela Terra, transformando quase toda a população em vampiros. Agora, as grandes cidades ganham vida quando o sol se põe e o sangue humano é o principal alimento da população. Enquanto os poucos humanos que ainda restaram são caçados e aprisionados numa espécie de fonte de alimento, toda a esperança está nas mãos do cientista Edward Dalton (Ethan Hawke), um vampiro que não quer se entregar à escuridão e luta para manter o lado humano que ainda existe dentro dele. Ed terá que enfrentar sua própria espécie em uma batalha mortal que irá decidir o futuro da raça humana.

Sim, eu sei que o título em português é uma merda pra variar, mas o filme é melhor do que eu esperava, com uma visão bem realista da coisa (Se é que pode-se chamar algo com vampiros de realista). E lembram daquela gostosa de Transformers 2 que na verdade é um Decepticon e tenta matar o Shia Labeouf? É, ela tá no filme.

Mas é transformada em vampiro e é morta por outros vampiros.

Enfim, o mundo está um caos, pois os seres humanos estão em falta no mercado, e o Edward (Ethan Hawke) é o responsável para criar um substituto para o sangue. Graças à falta de sangue (E o consequente racionamento do mesmo), uma subspécie está surgindo, passando de cadáveres andantes para algo como “semi-morcegos”, com a pele “derretendo”, asas, se pendurar de cabeça para baixo de tudo mais. A Bromley Marks (Bromley é o chefe do Edward, interpretado pelo Sam Neill) é a empresa responsável por manter o estoque de humano produzindo sangue (Bem ao estilo Blade Trinity mesmo), mas o estoque está acabando cada vez mais rápido (Afinal, o prazo de validade humano é de meros 70 anos, e o próprio Edward já tem 350 – o que, diga-se de passagem, é um furo de roteiro, já que o vampirismo só surgiu em 2009 e a história passa em 2019).

Os poucos humanos restantes vivem se escondendo, como a Audrey e o Elvis (Claudia Karvan e o Willem Dafoe), sendo que este último era um vampiro, mas graças à um acidente, voltou a ser humano (E não, isso não é spoiler, já que passa antes da metade do troço). Os três então vão dar um jeito de duplicar essa “cura” para que nem os humanos e nem os vampiros acabem extintos. E para os curiosos, a Isabel Lucas (De Transformers) interpreta a filha do Bromley e é ele que manda matá-la (E isso sim é spoiler).

 Nem curto. Sério.

Fui procurar o filme pela premissa da coisa: Essa ideia de quem estão no comando são os chupadores de sangue e não os humanos, e que por causa da quantidade de lixo e derrubada de florestas caça constante dos seres humanos para servir de alimento a coisa estava piorando para o lado dos imortais, definitivamente me chamaram a atenção. A primeira parte do filme (Digamos, os primeiros 30 minutos) realmente me fizeram pensar nessa coisa de equilíbrio ecológico e como seria um mundo com vampiros: Nada de cemitérios, nada de trânsito ao meio-dia (Falam isso no filme inclusive), um único alimento para todo mundo (Mesmo que em falta, pensem no quanto seria poupado com plantações, gado e tudo mais), nada de superpopulação ou altas taxas de mortalidade infantil e de quebra, nada de racismo (E nesse caso, racismo literalmente!). Outra coisa legal são os pequenos “toques” que os vampiros criaram para se adaptar ao mundo durante o dia, como carros com placas de proteção solar, túneis para pedestres e os bons e velhos ternos de mafiosos.

 Admito, não sei se mafiosos se vestem assim, mas ainda é legal!

De forma geral, sou um purista em relação à criaturas, monstros e coisas desse tipo, odeio esse monte de mudanças e viadagens que a galera tá enfiando nas pobres aberrações, mas esse filme é bem fiel à coisa original apesar de uma ou duas coisas “a mais”. Não é um grande filme e tudo mais, aliás, passa bem longe de ser terror, mas ainda sim vale à pena caso você queira ver um filme de vampiros que pareçam vampiros e não esse bando de sanguessugas de rímel de atualmente. Boas piadinhas de fundo, bestas (As armas), tiros, sangue, decepações e boas atuações fazem esse filme: Assistam para ver o Willem Dafoe fazendo o cara que NÃO é o vilão.

2019 – O Ano da Extinção

Daybreakers (98 minutos – Ação)
Lançamento: 2009
Direção: Michael e Peter Spierig
Roteiro: Michael e Peter Spierig
Elenco: Ethan Hawke, Claudia Karvan, Willem Dafoe, Sam Neill, Michael Dorman, Vince Colosimo e Isabel Lucas

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