As animações sem criatividade da década de 90
É engraçado como uma semana passa rápido.
Parece que foi ontem que estava em Guarujá sem internet, telefone, sol, comida e bebida e quase não entreguei a coluna.
De volta à civilização, continuarei com os estilos de animações que dominaram a década de 90.
Vídeo-desenho-games
São os desenhos que se inspiraram em sucessos de games famosos. Sendo, muitas vezes, uma porcaria total.
Aqui entra Sonic, Super Mario World e Mortal Kombat, ambos não muito legais e muitas vezes sem graça nenhuma.
Um pouco melhor, pelo menos nesse aspecto, foi Street Fighter, embora fosse fraquinho, se comparado ao anime, que fez muito sucesso quando passou também no SBT.
Aliás, essa série do Street Fighter poderia ser enquadrada na categoria abaixo, pois foi baseada no filme do Van Damme, mas vou levar em consideração a mídia original.
A melhor de todas, por incrível que pareça, era Carmen Sandiego, um desenho onde uma dupla de detetives, junto com um supercomputador, tinham que encontrar a tal ladra do título.
O jogo, feito para computador e sucesso nos EUA na década de 80, não era conhecido por aqui, mas o desenho fez um baita sucesso, embora também não fosse grande coisa.
O filme é legal, então vamos fazer um desenho para faturar mais?
Mesmo comentário que fiz em relação aos desenhos inspirados em games, com a diferença que os baseados em filmes foram um pouco melhorzinhos.
Aqui dá para citar Ace Ventura, Godzilla, James Bond Jr (???), O Máskara (embora tenha saído em gibi primeiro, mas estourando na telona) e, o meu predileto, De Volta para o Futuro que contava claramente a história depois dos filmes.
Havia um outro, inspirado em Esqueceram de Mim, em que um garoto com a cara de Macaulay Culkin realizava desejos batendo em um luva de beisebol, mas não lembro o nome e nem encontrei em pesquisas por aí.
Enfim, nem precisam procurar, pois era uma merda também.
Desenhos inspirados em… desenhos!
A Disney sempre teve uma mania caça-níquéis, se um longa metragem fazia sucesso, logo, pimba, lançava sua continuação diretamente para o mercado de vídeo, muitas vezes enrolando o consumidor, já que geralmente não era uma continuação, e sim, uma espécie de episódio zero, contando a origem dos personagens.
Mas, na década de 90, vendo o potencial de suas animações, a empresa do Tio Patinhas resolveu faturar bem mais em cima daquela geração que engole de tudo, lançando várias animações baseadas em seus longas, muitas vezes com os protagonistas dos desenhos sendo personagens relevantes nos longas.
Nesse balaio entra Timão e Pumba (de Rei Leão), A Pequena Sereia, Peter Pan e 101 Dálmatas.
Destes, o melhor era Timão e Pumba, que passa até hoje na TV, pois o restante era aquela velha história de repetição do próprio original, sempre com a liçãozinha Disney de moral no final.
Uma perda de tempo, praticamente.
Enfim, acho que meu mau-humor afetou a coluna, embora ache que era tudo uma porcaria mesmo.
Que se lasque, semana que vem retorno com a parte final dos desenhos da década de 90.
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