Manual de Quarentena: Como sobreviver ao Corona Vírus em casa – Centésimo vigésimo primeiro dia
Se tem uma coisa que a gente pode ficar tranquilo é que o jovem fará coisas de jovem, seja antes, durante ou depois de uma pandemia. No caso, a gente ainda tá no durante, e o jovem tá usando a máscara pra descolar bebida. Como? Ora, botando máscara na casa e se vestindo feito velho, é claro.
Dia 121
Eu juro que não faço mais ideia do que raios eu posso indicar aqui. Eu tô até vendo YouTuber de horóscopo, mano.
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DIA TEMÁTICO DE MODA DE VIOLA.
E eu começo com Tião Carreiro e Pardinho… NÃO tocando moda de viola. Pagode, como o nome indica, é um pagode de viola, mas a graça mesmo é ver esse clipe aí: O sumo da tradicionalidade e do machismo. Eu não faço ideia de qual álbum esta música é (Se é que é de algum), nem quando foi lançada, só sei que é um baita exemplo de gente fazendo merda com algo legal.
Nota do editor: Adivinha só o que eu descobri usando um conhecido buscador? Que Pagode é a vigésima primeira música do álbum de coletânea Dose Dupla (Vol 5), de 1995.
Pra contrabalancear isso, não poderia ser outro nome que não Inezita Barroso. Lampião de Gás é de 1958, de autoria de Zica Bérgami… E TAMBÉM não é moda de viola. Eu desafio absolutamente qualquer ser neste país a ouvir esse treco e não lembrar de uma cidade que morou, que visitou, de uma viagem ou qualquer coisa do tipo: Não dá pra conhecer um pouco de Brasil e não entender essa música.
Uma das tragédias de falar de música tradicional brasileira é que documentação das paradas é difícil. Eu não sei quando raios Mineirinha foi escrita, lançada e nem nada disso. Só sei que foi gravada por Leôncio e Leonel, que tá em alguns álbuns diferentes e que É MODA DE VIOLA SIM.
Nota do editor: De novo. A Voz do Sertão, 1961.
Vai dar merda? Talvez, mas justíssimo do mesmo jeito. E quem reclamar é porque tá com inveja de não ter tido a ideia.
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