Tudo começou com Branca de Neve e os Sete Anões
Nas últimas semanas, tenho falado sobre as animações em curta-metragem, basicamente sobre os desenhos que passam na telinha. Mas, para quem acha que esqueci dos longas-metragens, o dia de falar sobre eles chegou (aplausos ao fundo).
Confesso que sou um fã assumido de desenhos com quase duas horas de duração, mas, depois de extinguirem praticamente o formato tradicional (do papel, lápis e acetato), fiquei meio assim com a monopolização das produções 3D, apesar dessas produções manterem o alto nível com boas histórias e qualidade impecável.
Mas, se não fosse por aquele velho visionário, oportunista e apaixonado por crianças (e dinheiro), nada disso existiria hoje.
Começou
Não é segredo para ninguém que o primeiro longa animado foi Branca de Neve e os Sete Anões (1939), do bom e velho Walt Disney.
Mas o que ninguém comenta por aí é que essa produção contou com o envolvimento de mais de 800 artistas que, juntos, produziram mais de um milhão de desenhos, dos quais, ‘apenas’ 250 mil foram usados.
Fico imaginando o senhor Disney enchendo o saco dessa galera, reprovando um monte de desenhos e mandando refazer o trabalho, porque estava uma merda. Deve ter sido um puta estresse, embora ninguém nem saiba o que era isso na época.
Enfim, depois de três anos de tanto trabalho e 1,5 milhão de dólares torrados (valor astronômico para os dias de hoje e sem contar que o orçamento era de 150 mil) o esforço foi recompensado com a animação sendo sucesso de público e crítica. Para se ter uma idéia, em valores de hoje, o desenho arrecadou o equivalente a mais de 6 bilhões de dólares!
E tem gente que fala que o Titanic foi um fenômeno.
Particularmente, acho Branca de Neve um saco, praticamente um …E o Vento Levou em forma de desenho, pois toda vez que assisto ou durmo ou fico bem entediado.
Mas não nego que foi uma revolução no mundo da animação e também do cinema. Só não gosto e pronto.
Tem quem goste e respeito.
Como a Academia do Oscar, que deu uma estatueta especial junto com outras sete mini-estatuetas. Brincadeira que deve ser impossível de acontecer nos dias de hoje, por conta da chatice que é o mundo nesses tempos.
Como dito em colunas anteriores, na época, a Disney possuía uma concorrência brava, mas só se transformou no que é hoje, graças à Branca de Neve e seus anões de estimação. Sem essa animação, acredito que o estúdio tivesse vida curta e um destino fadado ao fracasso.
Para nossa sorte (ou não), aconteceu tudo diferente.
Semana que vem abordo o impacto que Branca de Neve trouxe para o mundo das animações, especialmente na área de longas-metragens.
Leia mais em: Branca de Neve e os Sete Anões, Walt Disney