Tô de Férias (Impy’s Island)

Cinema quinta-feira, 12 de março de 2009

Em uma pequena ilha dos mares do Sul, um grupo de animais – um pingüim, um lagarto, um pássaro e um elefante marinho – tem suas vidas idílicas interrompidas por Impy, um safado e amável bebê-dinossauro.

Sério, essa é a sinopse oficial da animação alemã Tô de Férias – ‘tradução’ de Impy’s Island (o que daria a “Ilha de Impy) – que estreia essa semana no país. Até concordo, mas num país que adotou o filhadaputamente politicamente correto, me espanta um ‘safado’ inserido na sinopse de um desenho infantil.

Tomara que apareçam mais. (heh)

Aliás, Tô de Férias estreia meio tarde, já que o desenho é de 2006, mas, como diz o clichêzão básico: Antes tarde do que nunca.

Vamos à resenha.

O filme começa na pré-história com um pernilongo do tamanho de um pardal selecionando qual o bicho que ele sugará seu café da manhã.

Podíamos fazer um omelete para o luau…

Esse início me deixou com um pé atrás, já que a cara, estilo e situação lembrou muito esse ser simpático aqui.

Como se comportar em uma sala de aula

Bem, após isso, vemos uma dinossaura de asas (?) que, preocupada com seus ovos ao ver o início do inverno, os pega e carrega para algum lugar que, imagino, seja mais adequado para eles. Só que ela não nota que um ovo – que é gigante e nem quero imaginar como saiu – ficou para trás.

Num salto impressionante da história, vemos o ovo – junto com o pernilongo pré-histórico – vagando pelo oceano em um bloco de gelo, após ser separado de uma geleira pelo clone do Titanic.

Pinguim atazanando o Gex

O ovo vai parar numa ilha – que só descobri que era dos mares do Sul, por causa da sinopse – onde um grupo de animais falantes – um pingüim, um lagarto (muuuuuuuito familiar), um pássaro esquisito, um garoto cabeçudo, uma porca faxineira e um elefante marinho – convivem com o atrapalhado Professor Tibatong, que dá aulas de gramática aos bichos.

Ao descobrir o ovo, o grupo, fascinado com a idéia do que poderia ter ali, faz um mutirão para chocá-lo. Até nascer o simpático Impy.

O dinossauro já nasce sabendo jogar futebol, então é brasileiro

Nesse momento a história dá outra reviravolta e somos apresentados ao ex-rei da Pampolônia que, apesar de não estar no mais poder, ainda se acha o tal, e resolve caçar o lendário Impy.

Não vou me alongar mais. O desenho possui algumas falhas de roteiro – daquelas que somos apresentados aos fatos, sem mais, nem menos e as coisas acontecem sem explicação ou se encerramdo nada – mas isso não importa, já que a idéia que a história apresenta é simplesmente divertir a faixa etária mais nova.

– Coisa linda da mamãe…

O que consegue.

Se você, amante de animações, for ao cinema esperando um Wall-E da vida, vai quebrar a cara, pois o desenho não chega aos pés das produções da Pixar, mas é muito melhor que um Planeta do Tesouro ou Atlantis – ambos da Disney – que são duas bombas históricas e tem a grife do Mickey.

Isso que significa carregar um fardo nas costas

Agora, se você está levando seu filho, ou aquele sobrinho pé no saco, é programa certo, com direito a pagar um McLanche Feliz na saída.

Tô de Férias é um desenho infantil, no máximo para crianças e cérebros até nove anos. E, pelo que vi, acerta em cheio a geração Backyardigans, agradando, com certeza, um público exigente, esquecido e subestimado pelos grandes estúdios.

Tô de Férias

Impy’s Island (87 minutos – Infantil)
Lançamento: Alemanha, 2006
Direção: Reinhard Klooss e Holger Tappe
Roteiro: Oliver Huzly, Reinhard Klooss, Max Kruse e Sven Severin.
Elenco: Wigald Boning, Anke Engelke, Florian Halm, Christoph Maria Herbst, Kevin Iannotta, Ulrike Johanssen.

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