Tô de Férias (Impy’s Island)
Em uma pequena ilha dos mares do Sul, um grupo de animais – um pingüim, um lagarto, um pássaro e um elefante marinho – tem suas vidas idílicas interrompidas por Impy, um safado e amável bebê-dinossauro.
Sério, essa é a sinopse oficial da animação alemã Tô de Férias – ‘tradução’ de Impy’s Island (o que daria a “Ilha de Impy) – que estreia essa semana no país. Até concordo, mas num país que adotou o filhadaputamente politicamente correto, me espanta um ‘safado’ inserido na sinopse de um desenho infantil.
Tomara que apareçam mais. (heh)
Aliás, Tô de Férias estreia meio tarde, já que o desenho é de 2006, mas, como diz o clichêzão básico: Antes tarde do que nunca.
Vamos à resenha.
O filme começa na pré-história com um pernilongo do tamanho de um pardal selecionando qual o bicho que ele sugará seu café da manhã.
Esse início me deixou com um pé atrás, já que a cara, estilo e situação lembrou muito esse ser simpático aqui.
Bem, após isso, vemos uma dinossaura de asas (?) que, preocupada com seus ovos ao ver o início do inverno, os pega e carrega para algum lugar que, imagino, seja mais adequado para eles. Só que ela não nota que um ovo – que é gigante e nem quero imaginar como saiu – ficou para trás.
Num salto impressionante da história, vemos o ovo – junto com o pernilongo pré-histórico – vagando pelo oceano em um bloco de gelo, após ser separado de uma geleira pelo clone do Titanic.
O ovo vai parar numa ilha – que só descobri que era dos mares do Sul, por causa da sinopse – onde um grupo de animais falantes – um pingüim, um lagarto (muuuuuuuito familiar), um pássaro esquisito, um garoto cabeçudo, uma porca faxineira e um elefante marinho – convivem com o atrapalhado Professor Tibatong, que dá aulas de gramática aos bichos.
Ao descobrir o ovo, o grupo, fascinado com a idéia do que poderia ter ali, faz um mutirão para chocá-lo. Até nascer o simpático Impy.
Nesse momento a história dá outra reviravolta e somos apresentados ao ex-rei da Pampolônia que, apesar de não estar no mais poder, ainda se acha o tal, e resolve caçar o lendário Impy.
Não vou me alongar mais. O desenho possui algumas falhas de roteiro – daquelas que somos apresentados aos fatos, sem mais, nem menos e as coisas acontecem sem explicação ou se encerramdo nada – mas isso não importa, já que a idéia que a história apresenta é simplesmente divertir a faixa etária mais nova.
O que consegue.
Se você, amante de animações, for ao cinema esperando um Wall-E da vida, vai quebrar a cara, pois o desenho não chega aos pés das produções da Pixar, mas é muito melhor que um Planeta do Tesouro ou Atlantis – ambos da Disney – que são duas bombas históricas e tem a grife do Mickey.
Agora, se você está levando seu filho, ou aquele sobrinho pé no saco, é programa certo, com direito a pagar um McLanche Feliz na saída.
Tô de Férias é um desenho infantil, no máximo para crianças e cérebros até nove anos. E, pelo que vi, acerta em cheio a geração Backyardigans, agradando, com certeza, um público exigente, esquecido e subestimado pelos grandes estúdios.
Tô de Férias
Impy’s Island (87 minutos – Infantil)
Lançamento: Alemanha, 2006
Direção: Reinhard Klooss e Holger Tappe
Roteiro: Oliver Huzly, Reinhard Klooss, Max Kruse e Sven Severin.
Elenco: Wigald Boning, Anke Engelke, Florian Halm, Christoph Maria Herbst, Kevin Iannotta, Ulrike Johanssen.
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