Romeu – O Vira-Lata Atrapalhado (Roadside Romeo)

Cinema quinta-feira, 11 de junho de 2009 marcosbonilha

Romeu é um cão que vive numa casa luxuosa até que seus donos mudam de cidade e o deixam com os empregados, que o enxotam para a rua.
Ameaçado pela gangue que domina a rua, Romeu consegue conquistá-los sugerindo um negócio. Porém, suas atividades vão despertar a ganância da máfia local e de suas panteras-ninja, que vão colocá-los em apuros. A única maneira de salvá-los será entregar a cachorrinha por quem Romeu se apaixonou ao chefão da gangue

Aí está, pela primeira vez temos uma animação indiana desembarcando em terra brasilis, com certeza aproveitando a onda do país de Ghandi, com novelas, filmes oscarizados e tudo mais.

Fruto da parceria entre Yash Raj Films – um dos maiores estúdios de Bollywood – e a Disney, Romeu – O Vira-Lata Atrapalhado, seria uma aposta para conhecer novas culturas, estilos e um jeito diferente de se fazer animação.

Rapaz, como me decepcionei.

Toda a cachorrada reunida

Pela primeira vez na vida, não consegui um sorriso ou risada com uma animação, pelo contrário, só sentia aquela vergonha terceirizada.

Não sei se era por conta do choque cultural e do estilo de fazer cinema indiano ou se a animação era ruim mesmo, mas assistir Romeu foi um tormento e constrangimento de 93 minutos.

A carrocinha deveria fazer sabão com os criadores desse filme

A história.

Romeu era um cachorro com tudo do bom e do melhor, até que seus donos foram embora e o deixaram com os empregados, que o enxotaram sem a menor cerimônia.

Largado na rua, começa a ser apavorado por uns vira-latas, que o deixam em paz após prometer dar um trato no visual dos bichos.

Do nada, monta um salão de beleza e começa a ganhar umas rúpias com isso, despertando a cobiça de um mafioso local, o horrível Charlie.

Caso assista, cuidado com o “Ô Laila”, grava na mente

Logo o filme muda de foco e mostra Romeu se apaixonando, também do nada, pela cadela Laila que, por coincidência, é a paixão de Charlie. Para se livrar de tomar um cacete das cadelas-panteras-ninjas de Charlie, Romeu se prontifica a ajudar o cachorrão a conquistar seu amor.

Enfim, é um samba do indiano doido. Ao contrário das produções Disney, tem cantoria e dança toda hora e sem a menor explicação.

A única coisa que vi de interessante foi os cenários de fundo, mostrando uma Índia miserável em contraste com uma nação que está se desenvolvendo rápido.

– O Sapo não lava o pé, não lava porque…

A parte técnica é interessante também, já que enquanto estão parados, os detalhes são perfeitos, mas, em movimento, principalmente nas danças, deixa muito a desejar.

Resumindo, só encare se tiver muita curiosidade em conhecer uma animação indiana, já que não é todo dia que isso aparece por aqui.

Se não, fuja.

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