Mudanças

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 22 de junho de 2009

Antes de tudo, mudanças podem ser coisas divertidas. É claro, se elas não forem feitas no meio da noite, acordando metade da vizinhança. Mas o detalhe de mudanças que eu quero frisar aqui é quando temos que juntar livros com os de outras pessoas. E é um saco carregar caixas pesadas com livros. Mas mais vantajoso do que carregar numa mochila todos, o que consigo sempre.

Bom, pra começar, juntar duas bibliotecas não é só juntar os livros que tem em cada uma delas. É deixar de chamar aquele livro de seu e o tornar parte de algo que não é algo pequeno, mas focado para outra pessoa. Aquele seu volume de Senhor dos Anéis ao lado de um Brumas de Avalon, o qual você nunca chegou a olhar direito. Uma coleção de Desventuras em Série compartilhando um espaço com Rota 66, de Caco Barcellos.

Todos esses detalhes são o que faz tudo se tornar mais perfeito. Até porque o gosto de duas pessoas que juntam os livros tem que ter algumas coisas iguais. E é aí que reside o problema principal. Aqueles momentos em que pode rolar uma briga acontecem principalmente quando existem volumes duplicados. Eu não possuo muitos livros, se eu colocar eles em caixas, deve ocupar umas 10 só. Mas mesmo assim, entre tão poucos livros, pode ser que exista um que tenha na prateleira já. E é nessas horas que fico confuso.

Entre deixar minha edição que ganhei de aniversário do Guia do Mochileiro das Galáxias junto com a capa antiga, e uma comprada ali, só porque ela queria ler, qual deve ficar? Nesse caso, acho que a resposta é óbvia. Mas e quando rola um impasse, do estilo que os dois livros iguais são importantes?

Eu tenho aqui uma edição de um livro antigo, ela não significa nada para algumas pessoas, só é um volume que tem uma certa história. É uma coleção de contos de Poe, nada antigo, nada velho, mas importante para mim, pois foi um dos poucos livros que ganhei de um parente, antes dele seguir pra outra vida. Esse mesmo livro tem uma história em sua versão duplicada. Ganhado quando era nova, foi um dos primeiros livros do estilo que foi lido por ela. Eu prefiro deixar os dois lado a lado nesse caso. Se livrar deles pode ser algo ruim para os donos. Mas o principal é que, depois que tudo está em seus lugares, a prateleira fica com uma impressão de que finalmente está completa. Maior, mais recheada e finalmente unida.

E também, é uma maneira bem vagabunda de aumentar bastante a coleção de livros de uma maneira simples, sem precisar comprar tudo o que quer.

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