Atores que deveriam se aposentar
sexta-feira, 26 de junho de 2009 O sonho de qualquer ator é fazer um filme que dê destaque na mídia. Aquele que disser que não, tá mentindo. E não necessariamente esse filme é bom, porque o que interessa mesmo é causar. Eu não sei quem exatamente decide que esse ou aquele papel/ator é que é o bom da vez, mas o que interessa é que essa entidade convence sempre. E é assim que aquele ator de um sucesso só acaba esticando seu momento de glória e procrastinando a aposentadoria. E de procrastinação eu entendo, pergunte pro nosso Editor-chefe. Aqui está uma lista com alguns dos atores que perderam totalmente a noção da hora de parar e que você, tonto que é, continua vendo por pura… inércia. Ou por respeito pelo que ele foi.
Aposentadoria por tempo de serviço: Tom Hanks
O Tom é boa gente. O Tom fez MUITOS filmes bons. O Tom é querido pela academia e pelo público. Só que o Tom não faz um filme que preste HÁ ANOS. Convenhamos, o cara tá na estrada há um bom tempo. Eu me atrevo a dizer que desde Forrest Gump (de 1994) o cara tá interpretando o mesmo papel: o senhorzinho gente boa que protege a moral e os bons costumes. Exceto pelo Matadores de Velhinhas (The Ladykillers, 2004), claro, onde ele interpreta um FALSO senhorzinho gente boa que pr…ah, cês entenderam.
Aposentadoria por vergonha à espécie humana: Tom Cruise
Outro Tom… Esse cara já foi meu ídalo, meu ícone de beleza. Até 99, quando fez Magnólia, o cara só vinha fazendo blockbusters bons. Era bonito e talentoso, receitinha perfeita. Só que algo aconteceu em 2000… Depois da parte 2 do Missão Impossível, Tom fez uma sequência de quatro filmes que variavam entre meia-boca e ridículo (Vanilla Sky, Minority Report, O Último Samurai, Colateral), até que em 2005, junto com outra produção digna de um Framboesa (Guerra dos Mundos), veio aquela famosa aparição no sofá da Oprah. Aí de ator-pereba pra ator-piada foi um pulo. Cientologia a parte, nem em filme com história boa o cara tem mais jeito.
Aposentadoria pro agente JÁ: Ben Affleck
Taí um ator que deu muita sorte, ou tem um agente muito bom. O cara não tem talento NENHUM, tem a profundidade emocional pra interpretação de uma lixa de unha, nem bonito é… e consegue aparecer em filmes bons. Eu não consigo lembrar de UMA boa atuação dele, só de filmões. O agente desse bicho é que deve fazer os testes por ele, aposto. Ou então ele pega alguém importante. Se bem que ele pegava a Jennifer Lopez, que é latina e não manda nada. Enfim, serve pra manter a esperança de que sorte é tudo que você precisa.
Aposentadoria por hora extra na mídia: Lindsay Lohan
Lindsay Lohan fez parte da minha adolescência. Afinal, nem só de Kubrick se vive aos 14 anos. Os filmes dela são bons na medida em que não se metem a fazer mais do que é proposto, o que é justíssimo. O problema está quando você menciona o nome de uma atriz praquela sua vizinha totalmente noob e ela diz “ahmn, aquela que pega uma DJ?” ao invés de citar algum FILME noob. Provavelmente não é culpa dela todo esse assédio da imprensa, mas quando isso passa diretamente pro trabalho e de teenage drama queen ela vira teenage whore só pra dizer “não me encham, eu sou grandinha e posso fazer filmes de puta”, esse, ESSE é o momento de se aposentar e ir… sei lá, fundar uma comunidade hippie lésbica no interior.
Aposentadoria por falta de imaginação: Jean-Claude Van Damme
O Van Damme faz eternas continuações de O Grande Dragão Branco. Dragão Branco vai as compras, Dragão Branco Malibu (Deserto Ardente), Dragão Branco joga Videogame (Street Fighter), Dragão Branco vai ao INFERNO. É sempre aquele cara que fala meia dúzia de palavras e depois parte pra luta. Mas eu acho válido dizer que o primeiro filme que vi no cinema foi, cof, com o Van Damme. E se eu voltei, até que o cara não devia ser TÃO ruim assim. Ok, ele era. Eu que sou brasileira e não desisto nunca.
Aposentadoria por contribuição à história: Matthew Broderick
O Matthew fez precisamente UM filme bom em toda a vida dela. Só que esse filho único foi simplesmente um dos melhores filmes ever. Se não O melhor. Curtindo a Vida Adoidado é uma obra prima e o Matthew Broderick deveria ter feito como o Malcom McDowell (o Alex do Laranja Mecânica) e se escondido em produções menores pra não estregar a lembrança que os fãs têm. Afinal, o cara já terá seu nome no coração do público eternamente. Por que não se dedicar mais a lustrar os sapatos da Sarah-Jessica Parker ou à jardinagem ou à culinária? O céu é o limite.
Aposentadoria por nome mais difícil mimimi: Renée Zellweger
Um papel fowfo na vida de uma atriz, vá lá… Dois a gente ainda engole. Mas 39 filmes de vozinha doce e pluminhas e frescurites do tipo NEM NOS FILMES DA BARBIE. A Renée passou da cota da fofurice lá pelos idos de 96. Mesmo quando ela interpreta mulheres fortes e de respeito (ou nem tanto, como a Bridget Jones, mas que tem lá sua moral) ela se desfaz daquela voz de atendente de tele-sexo pedófilo. Acho que nem homem aguenta isso. Na verdade, PRINCIPALMENTE se for homem.
Aposentadoria por (falta de) saúde: Nicolas Cage
Estou arriscando minha carreira nesse site mais uma vez, mas vamos lá. Se eu sobrevivi ao falar bem dos Beatles, por que não sobreviveria por falar mal do Nicolas Cage? Lá vamos nós: Nicolas Cage é um doente. E não me venha com “todos somos iguais, olha o preconceito, até quem tem síndrome de Down atua, mimimi”. Nicolas envergonha o nome do tio Coppola e insiste em fazer filmes de ação/suspense/q que ninguém gosta realmente, mas que fica com dó porque… sei lá. Eu não lembro de um mísero filme BOM com ele. Tem uns legalzinhos, mas bons de verdade, de dar uma nota pelo DVD, absolutamente nenhum. Segundo o IMDB, sua marca registrada é interpretar personagens excêntricos. Por que será? Mas há quem discorde, é óbvio. Isso é só minha humilde opinião.
Aposentadoria por… por… nem devia ter começado: Julia Roberts
Eu já falei da Julia aqui. Essa história de que ela é uma boa atriz é uma das mentiras mais deslavadas que Hollywood conta. Só que quando você percebe que está na Matrix o quanto ela é canastrona, você passa a notar também o quanto ela anda engraçado e a voz é irritantemente analada. Enfim… Falar mal da Julia Roberts é chover no molhado.
Pós-aposentadoria: Mickey Rourke
Eu nem lembrava mais desse homem. Não fosse pelas milhares de biografias que surgiram durante o lançamento d’ O Lutador (The Wrestler) eu provavelmente nem ligaria o nome a pessoa, já que a pessoa em questão está totalmente deformada. Mickey Rourke já foi um galã de talento invejável. Só que se tornou um daqueles casos clássicos de bebida+mulher+plásticas e resolveu pendurar as máscaras teatrais chuteiras, mesmo que por motivos não tão nobres, antes que virasse um completo vexame. Até continuou fazendos uns filmes aqui e outros acolá, timidamente. Só que Roliúde resolveu que nós não tínhamos tido o bastante de Mickey e nos tascou o homem, agora barrigudo e com uma respiração alta que dá nos nervos, goela abaixo durante o Oscar 2009. Interpretando… ele mesmo, os críticos fingiram que aquilo era uma atuação maestral e uns tontos acreditaram. O filme é bom, não se deixem enganar pela minha crítica. Mas o Mickey devia ter continuado em casa fazendo um tratamento nasal.
Não chorem se eu tiver falado mal de algum ator que você ama. E me poupem dos xingamentos. Você tem a sua opinião, eu tenho a minha. E é claro que a minha é que tá certa. Mas afinal, qual seria a graça de escrever até de madrugada, em pleno fim de semestre, depois de saber que O MICHAEL JACKSON MORREU DÊOS, sem fazer um texto genuinamente reclamão? Então vamos lá, comentem reclamando de volta.
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