Novidades do Verão Americano – 1ª parte

Sit.Com terça-feira, 07 de julho de 2009

Chega julho, é a hora de diminuir o ritmo do vício (No caso, as séries). Porém, há sempre aquelas que ficaram para trás no decorrer do ano, mas é nesta época no verão americano que os canais da televisão à cabo americana lançam suas séries estreantes (como as abaixo) e novas temporadas (The Closer e True Blood, por exemplo). Começo pelas séries estreantes que coincidentemente (?) relatam o mesmo universo: enfermagem.

nursejackieNURSE JACKIE: Com certeza, dentre as novidades desta temporada, Nurse Jackie tem tudo para ser o grande destaque. Primeiro, pelo retorno de Eddie Falco, mais conhecida como Carmela Soprano na fabulosa The Sopranos, a atriz parece ter recebido junto ao roteiro uma indicação prévia para as premiações, pois sua personagem é incrível e muito bem defendida pela atriz. Sempre no limite da ética, Jackie é uma enfermeira respeitada pela equipe (xinga um médico novato, é melhor amiga de uma médica e enfrenta a chefe do setor), que tem uma família perfeita, porém (sempre tem um porém) é viciada em analgésicos e, para isto, se passa por solteira no hospital para conseguir o remédio junto à seu amante.

Mesmo parecendo “beber na fonte” de séries médicas, principalmente House, é inegável o apelo junto ao público de Jackie, que cria sua personagem, moralmente ambígua, de maneira simpática e divertida. A série, inclusive, caminha por este caminho do humor negro ou pelo sarcasmo das situações. O elenco de apoio é muito bem representado com bons personagens, destaque para a estagiária que acompanha Jackie, Zoey, ingênua e, por isto mesmo, hilariante frente à malandragem de Jackie. A série já agradou tanto os executivos do canal Showtime (o mesmo que exibe Dexter e Weeds) que a série já foi renovada para uma segunda temporada. Esperam que a série é garantia de indicações nas próximas premiações na categoria comédia.

hawthornetntHAWTHORNE: Ainda não sei o que pensar sobre Hawthorne. A série é claramente um veículo para Jada Pinkett Smith, que não conseguiu muito (ou nenhum) sucesso na telona, porém é casada com o astro Will Smith, o que sempre garante algumas portas abertas. Penso que uma série televisiva é o veículo ideal para a atriz, simpática e eficiente na medida; nada especial como suas colegas de séries dramáticas Kyra Sedgwick ou Holly Hunter, só para citar duas; mas, claro que não compromete o resultado.

O grande problema aqui é o tom da série, um drama hospitalar retratado pela ótica de uma chefe de enfermagem, ainda mostrado de maneira muito burocrática e sem grandes atrativos. Acompanhei somente dois episódios, a abordagem que surge no episódio piloto, do eterno confronto médico vs. enfermeiro é muito verdadeiro, somente quem trabalha num hospital para saber o quão absurdo é este relacionamento (principalmente, dos médicos com os demais profissionais). Porém, a série somente apresentou alguns poucos casos e alguns personagens sem grandes inovações, principalmente para uma série da tevê à cabo. A série ainda não consegue fugir de inevitáveis comparações com outros dramas hospitalares, como ER ou Chicago Hope, faltando um diferencial para garantir a série uma sobrevida na tevê.

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