Novidades do Verão Americano – 3ª parte
Ao longo das semanas, venho comentando sobre algumas estréias desta temporada de verão na televisão americana, em sua maioria são séries da tevê a cabo. Hoje comento o retorno de três séries super comentadas e de qualidade indiscutíveis, na próxima semana termino esta série com as três últimas estréias que ando acompanhando.
THE CLOSER – 5ª temporada: Com certeza uma das três melhores séries policiais do momento (e também uma das minhas favoritas), sem sombra de dúvida. The Closer tem conseguido se destacar pelo alto nível de seus roteiros e storylines, a série conseguiu deixar pra trás a trama de adaptação da Chefe Brenda, que chega à Los Angeles precisando enfrentar e liderar sua equipe de Delitos Graves, sob olhares de desconfiança e boicote de seus subordinados, para se transformar num dos dramas policiais que melhor sabe explorar seus casos a cada semana.
Nesta temporada, a série já apresentou episódios muito bons, no entanto, a grande aquisição da série estão sendo as participações de Mary McDonnell (a presidente Roslin de Battlestar Galactica), como a capitã Raydor, representando o FID, um tipo de corregedoria policial, que surge como uma oponente à altura para Brenda, pois ambas lutam pelos seus estilos de investigação, claro que Brenda, como bem sabemos, utiliza de meios não muito apropriados, para não utilizar outro termo, principalmente em suas entrevistas de depoimentos. Um confronto de personalidades e um banho de interpretação das atrizes, carimbando ambas para às futuras indiações da temporada 2009/10.
Além disso, nesta altura da temporada, infelizmente sem previsão por aqui, afinal o canal Space recém iniciou a exibição da quarta temporada, já tivemos, possivelmente, o episódios mais hilária da série, Tapped Out (junto talvez, ao Dial M for Provenza), envolvendo um detetive fajuto/doido envolvido numa investigação bastante confusa, episódio engraçadíssimo.
TRUE BLOOD – 2ª temporada: Nada como um dia após o outro, ou melhor, episódio após episódio. Há um ano atrás, eu fui um dos que acharam o episódio piloto de True Blood muito bizarro e estranho. Passada uma temporada completa (bastante feliz e competente), e iniciando uma nova, posso afirmar que a série já encontrou seu espaço na televisão, criando uma mitologia bastante intrigante e com uma riqueza de personagens ímpar, misturando humanos, vampiros e outras criaturas que só poderiam ganhar uma dimensão real, sem cair no farsesco, por méritos de Allan Ball e sua equipe de roteiristas.
Ao contrário da temporada anterior, a trama de True Blood nesta temporada cresceu (e muito): A série, inicialmente, correu o risco de criar muitas storylines para seus personagens principais e coadjuvantes, perdendo o foco numa trama mais concisa. No entanto, os episódios têm se mostrado bastante criativos na criação destes arcos, que a cada final de episódio ganham novos sentidos, rostos e respostas para mistérios sendo revelados, sem muita enrolação.
Quanto ao elenco, Anna Paquin continua uma gracinha como Sookie, conseguindo evitar que seu romance com Bill se transforme numa mera “novelinha” (Clima que foge à proposta da série). Outro destaque continua sendo seu irmão na série, Jason Stackhouse, interpretado por Ryan Kwanten, que tem se mostrado um ator que não perde oportunidade com as storylines de seu personagem, tem dado show junto na Irmandade do Sol, que promete ser o grande evento da temporada.
ENTOURAGE – 6ª temporada: Mesmo não sendo uma sitcom clássica, a série é O grande achado para os cinéfilos de carterinha, é impossível não identificar os bastidores de Hollywood e da mídia de entretenimento, sendo criticados, satirizados e relatados de forma crua, porém, sem perder o foco no humor e na amizade do grupo de amigos de Vicent Chase.
Na temporada passada Vincent sentiu o gosto do fracasso e do possível esquecimento. No entanto, com o chamado de Martin Scorsese e o possível sucesso do filme Gatsby, Vicent vê sua maré de sorte mudar a seu favor. A série voltou neste momento, ainda foram exibidos poucos episódios portanto não consigo visualizar qual seria o arco da temporada, uma possível indicação de Vincent para o Oscar, será?
No entanto, quanto aos personagens, a série já demonstra que ocorrerá um amadurecimento de todos, a partir do momento que Vicent aprende a dirigir e tira sua carteira, isto ocorre somente em função de um papel que o ator pretende conseguir, observo que todos os persongens terão momentos solitários na temporada. E se mudando para uma mansão sozinho em busca de um amor do passado, Turtle vendo sua namorada assumir para a mídia seu namoro e Drama, bom sendo apenas o Drama, o que já garante a graça da série. Claro que o destaque cômico continua sendo Jeremy Piven e seu irretocável Ari Gold, agora, às voltas com Lloyd, seu secretário em crise de identidade profissional, e seu parceiro de empresa Andrew Klein, o personagem continua com as melhores tiradas e o tom politicamente incorreto característico da série, além do desfile de convidados especiais.
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