Temporada 2009/10 – 2ª semana
Continuando a comentar as primeiras impressões de algumas séries que estão retornando ou estreiando neste chamado Fall Season americano, dou prosseguimento, já avisando que a série estreante The Beautiful Life foi cancelada pelo canal CW após somente a exibição de dois episódios, no entanto, com audiência pífia (Algo em torno de 1,5 milhão).
FlashForward – Estreante: Se a expectativa já era alta, em função do hype da sinopse e suposta série que substituirá Lost, agora, ela se confirma: FlashForward tem tudo para ser “A” série estreante da temporada!
Posso até estar equivocado e, em meio a temporada, a série se disvirtuar numa sucessão de storylines desencontradas dignas de um dramalhão. No entanto, acredito que tanto o drama de se saber o futuro, servindo de incentivo para uns e questionamentos para outros, quanto o mistério, sobre o que foi o blackout e quem seria o homem que passou batido pelo mesmo, foram trabalhados na medida certa no piloto.
E o melhor, acredito que a trama extremamente intrigante, que (Dizem os produtores) tem um arco fechado para esta temporada, possui uma gama ímpar de opções para serem exploradas. O mesmo digo sobre o universo rico de personagens: Fazia algum tempo (Talvez desde Lost) que um elenco/personagens não me deixava tão empolgado.
Heroes – 4ª temporada: Se hoje tivesse que abandonar alguma série, esta tranquilamente seria Heroes, impressionante como a série não consegue estourar desde a primeira temporada, pode até fazer sucesso com a gurizada em termos de audiência de download, mas em audiência na televisão seus números são bastante preocupantes. Tim Kring, o criador, não consegue fazer a trama evoluir de forma coerente e adulta. Aqui faço um paralelo com outra série de fantasia para o público jovem, Supernatural. Quem acompanha a série, que possui somente 2 personagens fixos, observa que nestes cinco anos a trama avançou e os personagens evoluiram de maneira coerente, sem perder o humor, drama e o suspense. Já em Heroes não sei o que acontece, nada parece funcionar como um todo.
Abrindo a temporada, inicia o quarto volume com a chegada de T-Bag, ou melhor: Samuel e sua trupe, uma comunidade que trabalha num parque, que estão atrás de uma bússola que se encontra com Danko. Os demais personagens estão na mesma: Nathan/Sylar começa a presentar problemas; Parkman está tentando evitar seus poderes, como se fosse um vício, mas vem sendo atormentado por Sylar; Claire foi para faculdade e já tem problemas e Peter se tornou paramédico que utiliza seus poderes para tentar salvar o maior número de pessoas. E é isto, nada de mais acontece nesta premiere dupla, fica difícil criar expectativa de que algo melhore neste volume.
Fringe – 2ª temporada: Fringe foi uma das melhores séries na segunda parte da temporada passada, isto é, de março até sua finale em maio, soube criar casos interessantes e construir uma mitologia, extremamente curiosa, quando do encontro de William e agente Olivia num universo paralelo. Nesta volta da série, pouco ficamos sabendo do que houve neste encontro, no entanto, começando pelas sempre excelentes aberturas, somos apresentados aos novos soldados transmorfos, que conseguem se comunicar com o universo paralelo por uma máquina de escrever junto a um espelho (Muito bem bolado). No mais, as ótimas tiradas de Walter, uma politicagem para fechar a força tarefa (Dando mais destaque a Broyles) e o gancho final com o agente Francis, já esperado em função das notícias dos últimos meses.
Acho que a série tem um caminho bastante interessante para a temporada, principalmente no que se refere à mitologia que está criando, a lamentar o horário com forte concorrência (Grey’s Anatomy, CSI, Supernatural e The Office) que a série enfrenta, que pode prejudicar planos mais ambiciosos dos roteiristas ou até mesmo sua renovação pela Fox.
Bones – 5ª temporada: Depois da equivocada season finale passada, onde a trama se passava na mente de Booth em coma, a série reinicia exatamente com o retorno do mesmo para o trabalho e de Brennan voltando de viagem. O bacana do episódio trivial para a série (Talvez Bones seja uma das séries de procedimento mais estáveis em termos narrativos) seja a surpreendente participação da cantora Cindy Lauper, segurando muito bem o papel de vidente que indica corpos enterrados e um possível envolvimento entre Booth e Brennan. O que achei meio estranho foi utilizar Sweets para criar uma situação onde Booth se encontra apaixonado por Brennan em função de seu coma, quando sabemos que sempre houve uma tensão sexual entre os personagens. No mais está tudo no seu devido lugar na série!
The Big Bang Theory – 3ª temporada: A volta da série veio cheia da expectativa pela série ser a sitcom mais engraçada atualmente, pelo menos para mim, em termos de audiência ainda perde para Two and A Half Man, o que pode mudar nesta temporada, afinal as séries estão em horários seguidos. A indicação de Jim Parsons, Sheldon, deu um gás e bastante vitrine para a série.
Neste retorno, tivemos a volta da turma da viagem com uma grande surpresa para Leonard, que arrebatou o coração de Penny. Já Sheldon descobre que os resultados de suas pesquisas foram forjados pelos seus próprios amigos e, por vergonha, pede demissão da universidade, assim acabamos por conhecer sua mãe, uma dona-de-casa religiosa, que gera inúmeros diálogos engraçados com seu filho cientista Sheldon. Ótimo episódio para o início da temporada.
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