Tristram – Quando a música faz um jogo

Nerd-O-Matic sábado, 21 de novembro de 2009

Cês deviam prestar mais atenção nas músicas dos jogos. É importante. Ela pode fazer você descobrir jogos bons. Apreciem meu relato.

Pra começar, se você não conhece essa música, você devia se matar:

Quem nunca ouviu esse tema, não tem história gamística.

Depois de ANOS sem jogar Diablo, foi o théo quem me lembrou da excelência dessa música-tema, depois de muitas cervejas aqui em casa. Isso foi há dois meses atrás.

Aí né, hoje eu tava sem porra nenhuma pra fazer e fui lá dar uma olhada no youtube, pra ver se era muito difícil de tirar essa porra no violão. É, é difícil. Fiquei puto e decidi que não ia tentar tocar, apenas apreciar quem sabia tocar:

Putaquipariu, o cara toca sozinho uma música pra dois violões. Foda. Desenvolvi uma obsessão temporária pela melodia em questão e fui pesquisar quem tinha feito uma música tão boa pra violão. O nome do cara é Matt Uelmen e, não surpreendentemente, ele já fez outras músicas pra uns joguinhos aí, tipo, sei lá, STARCRAFT, DIABLO 2 e WORLD OF WARCRAFT.

 “tipow, eu faço umas musiquinha aí, saca?”

É, o cara é bom.

Bom, estava eu lá no meio da wikipedia e vi que entre esses “joguinhos” que citei aí em cima, o cara tinha feito também a trilha de um tal de “Torchlight”. “Fogo da tocha”? Pelo nome achei que era jogo motherfucker, e fui procurar a música do jogo, pra ver qualé:

Música boa pra cacete. Diablo na veia, hein?

Animado com a música, dei mais uma pesquisada e descobri que, além da trilha ser do Matt, o jogo era feito por uns carinhas saídos da Blizzard. Nem preciso dizer que isso despertou meus sentidos gamers, já que Blizzard sempre é sinal de qualidade.

Fui dar uma olhada no tal de Torchlight, e descobri um joguinho do caralho:

XBox 360 | Playstation 3 | Nintendo Wii

Posso resumir Torchlight em duas palavras: despretensioso e divertido. É um clone DESCARADO de Diablo, mas que, ao invés de ser um clone ruim, pega todas as qualidades do Diablo e atualiza a jogabilidade para ficar mais dinâmica e fluida.

Isso aqui não é review de Torchlight, e as qualidade e características do jogo vocês podem ver no vídeo que eu colei aí em cima. O que me deixou realmente admirado com o jogo (além dele ser muito bom) é que é um jogo de fucking 400 megas. Caralho meu, isso é muito pouco pra um jogo recém-lançado e desse naipe. Ele é leve, roda em todas as máquinas que testei, e roda BEM. Mesmo sendo pequeno e leve, é bonito e não fica devendo em nada aos jogos de quase 10 gigas que são lançado hoje em dia. Porra, eu fico extremamente confiante no futuro dos games ao ver que tem desenvolvedores desse calibre, que nadam contra a maré e conseguem produzir jogos espetaculares. Plants vs Zombies vibrations.

Esse jogo tá me dando um deja-vu extremo de Diablo. Do primeiro Diablo, que até hoje considero o melhor. Mas é como se fosse o primeiro Diablo com melhorias. Ele tem mais cores, ele tem mais efeitos, ele corta um monte de encheção de saco do Diablo, como precisar voltar pra cidade toda hora pra vender os itens (seu pet faz isso pra você) e, ao mesmo tempo, mantém o negócio viciante de ficar constantemente te mandando itens novos, xp, abilites e tech tree. A fórmula é perfeita pra viciar e fazer você jogar madrugada adentro. Daqueles jogos que você esquece de tomar banho, janta na frente do computador e segura o mijo na bexiga porque não quer parar de jogar.

Pra quem baixar e instalar o jogo, desculpem aí por acabar com a produtividade de vocês. Já que você vai jogar essa porra pra caralho, vê se dessa vez presta atenção na música, pelo menos. Assim você acha seus jogos sozinho da próxima vez.

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