Julie & Julia

Cinema quinta-feira, 26 de novembro de 2009 Pizurk

Antes de chefs como Ina, antes de Rachael, antes de Emeril, veio Julia, a mulher que mudou para sempre o modo como a América cozinha. Entretanto, em 1948, Julia Child (Meryl Streep) era apenas mais uma norte-americana vivendo na França. O trabalho do marido levou-os a Paris e, com sua disposição incansável, ela ansiava por algo com o qual se ocupar.

Cinquenta anos depois, Julie Powell (Amy Adams) está frustrada com a sua vida. Prestes a completar 30 anos, morando no Queens e trabalhando num cubículo de uma repartição pública enquanto suas amigas desfrutam de um sucesso cada vez maior, ela se agarra a um plano aparentemente insano para ter onde concentrar as suas energias. Julie decide passar exatamente um ano cozinhando todas as 524 receitas do livro de Julia Child, Mastering the Art of French Cooking (coescrito com Louise Bertholle e Simone Beck) – enquanto assina um blog sobre as suas experiências.

Esse filme é, na verdade, uma fusão de dois filmes: Um contando a saga de Julia Child de famosa porra nenhuma que não cozinha até escritora de livros de receita de sucesso. O outro contando como Julie Powell, que tinha um futuro promissor e hoje em dia tem um emprego de bosta, fez sucesso graças à um desafio: preparar as 524 receitas do livro de Julia em um ano.

Com manteiga.

Só que não foram sagas simples. Se bem que também não foram epopéias. Basicamente, o filme se equilibra mostrando a luta [Não tão incrível assim] de duas mulheres comuns que resolveram sair do comum. Julia, por exemplo, podia ter sido só mais uma dondoca, esposa de diplomata, e ninguém ia lembrar dela por nada. Mas não, ela foi lá, aprendeu a cozinhar e depois ensinou.

E tudo porque? Por que gostava de comer. Gordice…

Julie, no entando, está rodeada de amigas que tiveram sucesso na vida, enquanto ela, com 30 anos no lombo, trabalha como atendente de telefone numa fundação ou algo do tipo, não é relevante. Tentando fazer algo pra terminar, já que ela nunca finaliza algo que começou, ela se propoe a fazer as benditas receitas do livro, além de desossar um pato. E… faz um blog sobre isso.

Ela é bem ajeitada, inclusive.

A única coisa que me injuriou foi um detalhe, no final. Mas como eu não sou de contar finais, cês vão assistir e vir aqui me xingar porque o baguio é irrelevante. Mas pra mim fez toda a diferença.

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