Racionalizando Mitos II – Zumbis
Para começar, esqueça tudo aquilo que você aprendeu sobre zumbis durante toda sua vida. Horas de jogatina de Resident Evil, House of the Dead, Plants vs. Zombies, etc, etc, etc, e mais horas ainda de filmes de zumbis não lhe servirão de nada (Desculpe, mestre Romero). Por que?
Fora do mundo da ficção, onde Goku, Superman e Jesus ressuscitam dia sim, dia não, a ressurreição é um acontecimento assaz incomum. Isso estabelecido, sigamos em frente.
Primeiro, determinemos uma causa para a ressureição. Segundo a mitologia já espalhada por aí, a zumbificação é causada quando um ser vivo entra em contato com o vírus Solaris. Este, após se instalar no corpo de seu hospedeiro, vai agir de duas formas, de acordo com o “status” do infectado:
1. Se o hospedeiro estiver morto, o Solaris irá reativar suas funções vitais e cerebrais mais básicas e mantê-las no nível mais baixo possível para economizar energia e nutrientes, transformando o hospedeiro em um zumbi;
2. Se o hospedeiro estiver vivo, o Solaris irá reduzir as funções vitais e cerebrais básicas e mantê-las no nível mais baixo possível para economizar energia e nutrientes, transformando o hospedeiro em um zumbi.
Vamos começar quebrando um paradigma: zumbis não se iriam se decompor facilmente. Uma vez que, mesmo no limite entre a vida e a morte, o corpo ainda funcionaria, sua decomposição seria muito mais lenta do que aquela que acontece com cadáveres não-reanimados.
Na minha concepção, o vírus Solaris causaria nos zumbis uma espécie de oligofrenia, entre moderada e profunda, associada a um Id exacerbado. Traduzindo, isso significa que eles têm dificuldades em aprender e até mesmo falar, apesar de alguns ainda serem capazes de cumprir ordens. Eles também não possuem pudor ou se preocupam com a própria higiene. O Id exacerbado faria com que eles agissem conforme seus instintos.
A dificuldade no aprendizado da fala explicaria os gemidos aos quais estamos acostumados a ver nos filmes. No final, teríamos uma situação similar àquela do filme Fido, no qual um zumbi se torna o animal de estimação de uma família. Zumbis se tornariam nossos serviçais, porém, seriam mantidos contantemente sob vigilância estrita, pois, mesmo “domesticados”, suas ações ainda são fortemente guiadas por seus instintos.
Lembra da parte do Id exacerbado? Os instintos básicos do ser humano são: Alimentação, reprodução e ferrar com os outros. Agora, imagine-se no conforto da sua casa, assistindo Mythbusters no sofá da sala. O Pafúncio, seu zumbi-mordomo, está limpando a casa quando, de repente, aparece a Kari Byron. O Pafúncio, que age instintivamente e não molha o biscoito há um tempo, vai imediatamente começar a encoxar sua TV, derrubá-la e te dar um prejuízo considerável. E quando ele sentir fome,muito cuidado. Ele vai atacar qualquer coisa comestível ao alcance dele até se sentir satisfeito. E, sim, você e seu cachorro estão inclusos no menu, apesar de não serem prioridade.
Resumindo: Zumbis não passariam de pessoas, portadoras de problemas mentais, que se tornariam nossas escravas. Afinal, o ser humano é cruel e vagabundo, por que deixaria de aproveitar uma massa de mão de obra tão subserviente? E, além do mais… peraí, o que é aquilo ali? Comitê dos Politicamente Corretos? PEGA, PAFÚNCIO!
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