presenteando com livros

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Certo, taí algo improvável, quem é que gostaria de receber um livro de presente de aniversário? Eu mesmo, apesar de ser um nerd viciado em livros, praticamente o único de minha família, até hoje em meus 22 anos nunca recebi um livro de presente. Mas em compensação, dar livros é algo que faço sempre. Depois de errar algumas vezes, consegui descobrir maneiras de saber qual é o livro perfeito pra cada pessoa, As vezes eu erro, o que dá uns problemas, mas isso não vem ao caso. Ainda.
Livrarias tem um grande leque de opções de livros pra presentear. São normalmente aqueles livros de fotos, com frases, como o As Coisas Boas da Vida, e não conheço outro mais, apesar de ver as capas deles sempre. Curtos, com imagens bonitas e frases melosas, são uma boa escolha para dar para alguém que não lê, porque pra essas pessoas o que importa realmente são as figuras.
Mas é claro, se você quer que o livro escolhido marque um momento, esses não são a melhor escolha, afinal, eles são sem conteúdo, sem sentido, sem graça, e sem nenhuma lembrança depois de algum tempo para a pessoa que foi presenteada, o que não é a questão nesse texto.
E pra variar um pouco, estou perdendo a linha de pensamento. mas enfim, foda-se. Meu histórico de presenteados é algo muito estranho, devo ser o único que faço isso, mas todos os que eu dei um livro, se lembram de mim, seja por algo bom ou ruim. Das vezes que errei em um livro, foi algo que foi de propósito, e somente em caráter de ironia, pra sacanear mesmo a pessoa, como por exemplo, dar para uma bela garota ex-conhecida minha um livro qualquer, e errar na dedicatória, achando que todas as garotas sabem a definição de “gordinha” que temos aqui no site. Até hoje, ela vira a cara quando me vê, não importando as explicações que dei sobre o termo. Mas isso é sobre a dedicatória, não sobre o livro em si, que era bem foda, e não lembro qual era, afinal, já se passou uns 3 anos desde esse dia.
E já que falei em dedicatória, esse é um fator a ser pesado também. Frases que são colocadas em livros tem que ser bem pensadas, ou simplesmente se escreve o que se tem na cabeça no momento, o que pode render umas boas risadas. Mas com a idéia na cabeça de que aquela frase irá acompanhar aquele livro até o fim dele ajuda a imaginação a pensar em algo criativo.
Presentear com livros é difícil, mas quando você vê que acertou, não há nada melhor. Saber que a pessoa desejava aquele volume, e vê-lo na mão dela, com aqueles olhos brilhantes, a primeira abertura, e leitura da dedicatória, são momentos que não tem preço, que são gratificantes, fazem perceber que pelo menos alguma vez você acertou algo.
Saber um pouco os gostos da pessoa ajuda muito na escolha de um livro para ela. vejamos o seguinte: Pra uma pessoa que curte novelas, vive comentando sobre o último capítulo, é vidrada em revistas de fofocas publicados a 1 real nas bancas, qual seria sua escolha pra alguém assim? Tem ser algo com uma história marcante, que prenda até o final do volume, com leitura simples, e uma história relativamente longa. Eu escolheria Desventuras em Série, com uma dedicatória dizendo alguma besteira sobre tempo perdido em frente a tela e em frente a paginas inúteis, e possivelmente, eu teria acertado. É claro, esse exemplo foi fácil, mas as vezes, é melhor arriscar. Se por acaso ver o livro jogado na casa do presenteado, nada mais fácil do que roubar ele, não é?

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