Filmes bons que passam batidos 14 – Silent Hill
Já havia resenhado o filme em meu antigo blog, o agorafobia, e a resenha tá aqui. Agora é hora de dar uma renovada de leve pra série mais sensacional do AOE.
Radha Mitchell (Em Busca da Terra do Nunca), Sean Bean (A Lenda do Tesouro Perdido) e Laurie Holden (Quarteto Fantástico) fazem parte do elenco, desconhecido. Quase lei de filmes bons que passam batidos, falaí. Enfim, eu era um puta fã do primeiro jogo da série Silent Hill, do PS1, mas nada xiita – só me concentrava no jogo e em notícias pra saber se saía possíveis continuações. Que saíram, mas pra PS2, então eu fui deixado pra trás. O jogo era incrivelmente sensacional e assustador, deixava Resident Evil no chinelo, completamente. Quando fiquei sabendo que ia sair um filme baseado no jogo, pirei.
O filme já tem um começo bizarro. Você fica boa parte se perguntando se perdeu algo, mas não, tudo vai se esclarecendo aos poucos, com um ótimo suspense. Rose da Silva (Radha Mitchell) já não aguenta mais os problemas de sua filha Sharon (Jodelle Fernand), que é sonâmbula e gritava como louca algo como “ALL YOUR BASE ARE BELONG TO US”. Tá, mentira, ela gritava “SILENT HILL!” – e é assim que o filme começa. Rose então decidiu despistar o maridão, Christopher da Silva (Sean Bean), e levar a menina para a cidade de Silent Hill após fazer umas pesquisas no Google. No meio do caminho, ela encontra uma policial que não vai com a cara dela e a pára no meio da rodovia e, após avistar umas placas indicando o caminho de Silent Hill, Rose pisa no acelerador, derruba o portão que bloqueava a cidade (Sim, um PORTÃO, Silent Hill se trata de uma cidade abandonada e fechada pelas autoridades por causa de seus freqüentes incêndios subterrâneos.) e sofre um acidente após tentar desviar de uma garota que se encontrava no meio da pista. Ela desmaia.
Após acordar do acidente, Rose percebe que sua filha não estava mais no carro,e é aí que ela começa a rodar a cidade inteira atrás dela, enfrentando umas anomalias demoníacas em meio a uma “neblina de fumaça” e “neve de cinzas”, tudo isso por causa dos incêndios subterrâneos. Até mesmo a policial Cybil Bennett (Laurie Holden), que curiosamente também sofreu um acidente com sua moto, foi parar naquele cinzeiro também. No decorrer do filme ela percebe que não há muito o que fazer, então acaba ajudando Rose. Como se não bastasse todos os problemas, um bando de mulheres começam a perseguir as duas.
A história é relativamente diferente da do jogo, até porque foram usadas referências do segundo jogo também, além de usarem uma mulher. Porém, ainda consegue ser fiel ao jogo, MUITO fiel. A única bizarrice que eu achei que deixaram na mão foi no início, quando ela se depara com umas criaturas demoníacas que… não vou falar o que acontece. Pra você que jogou o jogo, dou uma dica: Não acontece como um sonho, mas não se empolgue. As cenas com o alarme da igreja avisando que o “clima” vai mudar, e muda, são as melhores. Eu quase pausei o filme pra procurar o jogo. Muita gente ficou insatisfeita, mas eu sou muito fresco com filmes de horror – Silent Hill, definitivamente, deixa o MELHOR pro final. As enfermeiras e a carnificina que eu achei que nunca mais veria em filmes de horror criados hoje em dia. Eles mostram TUDO, sem frescura alguma. Destaque pro Pyramid Head, que é do segundo jogo. [SPOILER] Ele simplesmente arrancou a pele de uma das mulheres, como se estivesse abrindo o pacote de uma bala. Dá uma olhada em um trecho do filme:
[/SPOILER]
Não gosto de filmes de suspense e acho os atuais filmes de horror incrivelmente broxantes. Silent Hill é a prova de que há suspense FODA, assim como filmes de terror SUPERIORES. Definitivamente, Silent Hill é supreendente. E passou batido. E vai ganhar continuação. E vai ser foda.