Avatar – Por que caralhos vocês queriam que o filme fosse chato?
Eu sempre gosto de falar sobre um assunto quando todo mundo já está cansado dele. Isso só mostra o quanto eu estou cagando pra vocês. Mas isso não vem ao caso, lógico.
Não farei uma resenha de Avatar, já fizeram isso por aqui. Eu só queria entender por que CARALHOS vocês, cults ou críticos de merda, queriam que Avatar fosse um filme chato. POR QUÊ?!
O que mais se ouve sobre Avatar não é “KRK GOSEI COS EFEITO ESPECIAUS MANO”. É “Não tem roteito. Se não fosse os efeitos especiais, o filme seria uma merda!”. Sabe o que é merda? Merda é exatamente essa frase. Tudo que você digere vira merda, manja? Esses caras levam merda ao pé da letra: Assistem a um filme, sentam e a coisa começa a feder – e o PIOR, eles querem que TODO MUNDO sinta o cheiro. Aí você pensa: “Eu pego um metrô lotado duas vezes POR DIA, volto pra casa cheirando a sovaco temperado E tenho hemorróidas, por que RAIOS eu ainda tenho que ouvir esses otários falando uma merda dessas? Sério, cara aí de cima, o que eu passo naturalmente no dia-a-dia já não basta? Você tinha MESMO que inventar os críticos de cinema?”
Vamos falar de música. Sabe por que rótulos são tão comentados? Porque eles separam as bandas por categorias, te dão a chance de falar “eu gosto de axé e não gosto de tecno-brega, então vou ouvir só axé”. Porém, é esperar demais que um ser humano tenha bom senso, então além de gostar e ouvir só axé, ele ainda vai querer ficar falando mal de tecno-brega, mesmo sabendo que ninguém se importa e que ele não sabe o que está falando porque nunca ouviu tecno-brega pra poder ter uma opinião sensata sobre o assunto. O que eu quero dizer com este parágrafo? PORRA NENHUMA, você leu porque ainda não sabe que merda vai falar nos comentários e está esperando que EU fale alguma merda pra você despertar a GAZELA que existe dentro de você.
Ninguém gosta só de filmes de ação, aventura, comédia ou documentários. Quem gosta de filmes, não liga para gêneros, assiste qualquer coisa que conte com uma sinopse interessante, um diretor fodão, um ator que chuta bundas ou com elogios de pessoas chatas que “entendem de cinema”. Não há uma guerra de rótulos, não há uma brecha onde alguém possa ser estúpido pra discutir. Mas aí inventaram os prêmios. E o pior: Inventaram os blockbusters, “filmes para a massa” segundo os intelectuais do cinema, aqueles caras que nas férias do meio do ano, época dos blockbusters, escondem-se debaixo da cama abraçados a fitas VHS de filmes que “NINGUÉM ENTENDE”, segundo a massa.
Eu vou contar uma coisa pra vocês – coisa essa que não é segredo, até recomendo que vocês espalhem pra todo mundo: Cinema é entretenimento. Blockbusters vieram pra divertir quem fica entediado com filmes cheios de diálogo, sem ação e com muita melação de cueca. Blockbusters não foram feitos pra quem comenta o Oscar, por exemplo. Sério, algum filme bom já ganhou o Oscar? Na minha opinião, poucos – e esses filmes ganharam aqueles prêmios figurantes, que só existem pra, sei lá, os filmes bons ganharem alguma coisa. Mas, afinal, o que é um filme bom? Pra você eu não sei, mas pra mim é algo que diverte, algo que entretém, algo que renda um assunto bacana numa mesa de bar. Se eu vejo que o filme não vai ser assim, eu nem assisto. Se eu não tenho escolha, tudo que eu tenho a dizer no final é “não era o meu tipo de filme” (A não ser que eu queira encher o saco de alguém). Se era o meu tipo de filme mesmo sendo uma merda, aí sim é hora de enfiar um arame farpado no cu de quem fez aquela porra. E se o filme não é dos meus e ainda assim eu gostei dele, beleza, não vou ficar com a impressão de que eu perdi duas horas que não vão voltar mais. Basicamente isso.
Eu gosto de blockbusters, tento assistir à maioria deles porque são filmes que me agradam. Então, quando eu digo que Avatar é do caralho, eu tenho bagos pra tanto. Quando o cara de uma rádio AM dá nota 2 pra Avatar, o tempo que ele perdeu assistindo ao filme ele poderia ter gasto com um documentário francês sobre a bomba de Hiroshima ou perguntando ao seu sobrinho de 5 anos o que ele achou de Avatar. Sério, a opinião de um moleque desdentado e catarrento sobre Avatar é mais relevante que a de um cara que chama filme de “película”.
IMPORTANTE: Enfiem o roteiro no cu. Avatar é bom justamente porque “não tem história”, só tem efeitos especiais, porrada, explosões, alienígenas e todas essas baboseiras que limpam a bunda com historinhas tocantes e complexas. É como Matrix Reloaded e Matrix Revolutions: Toda a filosofia e história da bagaça foi contada em Matrix, POR QUE DIABOS cês queriam que tivesse MAIS história nos dois filmes a seguir se era ÓBVIO que o que estava por vir era uma GUERRA? Puta que pariu, aposto que vocês gostam de Beatles. E o bacana é que quando nós, da “massa”, reclamamos de um filme chato como o 2001 – Uma Odisséia no Espaço por não acontecer simplesmente NADA nele, cês vem cheios de argumentos sobre… roteiro. Ou não, no caso desse filme, já que a única história que eu vejo nele pode ser resumida em uma palavra gringa: BORING.
Qual a primeira coisa que veio em vossa mente após ler o que eu disse acima? “AFF” ou “Você não sabe do que está falando”? Viram como é legal falar de um filme que não foi feito pra você? E não trata-se apenas de opinião, caro coleguinha, trata-se de público, de andar com a sua própria turma. Cês entram no meio da missa da igreja dos outros pra falar besteira? Se sim, ok, isso é legal. Agora, voltando ao assunto, se quiserem eu falo dos filmes do Monty Phyton também. Aquele filme do Cálice Sagrado era pra ser engraçado? O humor inglês era pra ser engraçado? Algo na Inglaterra era pra ser bom?
Agora dá licença que eu vou assistir a um filme do UWE BOLL enquanto uso um DVD do Almodóvar como cunha pra porta não bater por causa do vento. E se você não gostou desse texto, seja bem vindo! NINGUÉM gosta dos meus textos. Afinal, eu não gosto de vocês.
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