Grandes desenhos do passado – O Fantástico Mundo de Bobby
Salve gente boa!
Última semana do mês, logo, tome nostalgia na cabeça. Escolhi esse clássico da década de 90, talvez um dos últimos desenhos que tinha lição de moral no final. Mas era bem diferente daquelas encheções da década de 80. Ok, quase indo para o final já, vamos ao início.
O Fantástico Mundo de Bobby contava a história de Bobby Generic, um garotinho de uns 5 ou 6 anos que ‘viajava’ nas histórias, liberando a imaginação para encarar a chatice do mundo real e monótono dos adultos. A série contava basicamente com a participação da família de Bobby, seu pai Howard (O ator e comediante que não conheço Howie Mandel, que aparecia em carne e osso no começo e fim dos episódios), sua mãe Martha, seus irmãos Kelly e Derek, seus tios Ted e Ruth, seu cachorro Roger e, claro, a menininha ruiva Jackie.
Ao contrário de outros desenhos (Como Doug) e séries (Mundo da Lua), Bobby encarava o mundo e soltava as imaginações em paralelo com o que acontecia ou se passava com ele, não trancado no quarto escrevendo um blog diário, ou gravando as histórias em um gravador. Claro que isso dava problemas a ele de vez em quando, já que chamavam sua atenção direto por estar disperso e sonhando acordado.
Como era um desenho nascido do final da década de 80, ainda abusava dos coloridos das roupas e viagens psicodélicas. Também era interessante a interação de Bobby com os telespectadores, conversando constantemente com a gente, como se fôssemos responder alguma coisa. Em alguns episódios tinha-se a impressão que Roger interagia com os devaneios de Bobby. A imaginação de Bobby era um terreno fértil, onde muitas vezes ele sonhava com coisas que nada tinham a ver com o desenho.
Bobby era daqueles raros desenhos que agradavam todas as faixas etárias, afinal era para as crianças, mas tinha tiradas que os adultos pegavam no ato, tal qual Bob Esponja e Padrinhos Mágicos. Eram divertida as tiradas, estilo ditados ou expressões, onde ele levava ao pé da letra e imaginava a situação totalmente surreal. Os melhores episódios eram os que tinham o Tio Ted, quem não se lembra na hora de um tio fanfarrão naquele estilo?
O Fantástico Mundo de Bobby, na minha opinião, é o desenho que reflete claramente nossa infância, com nossos medos de escuro, bicho papão, insegurança em relação ao sexo oposto, o conflito com o mundo adulto e as frustrações com as coisas, hoje banais para quem é adulto, que gostávamos.
Afinal, quem não soltava a imaginação na infância, não foi uma criança feliz ou normal.
E vocês, curtiam o Mundo de Bobby, ‘viajavam’ na infância como o garotinho cabeçudo e pezudo? Ou viajam até hoje?
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