Overdose Nicolas Cage: Resenha – Coração Selvagem

Cinema terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Como vocês já devem ter reparado, cada sonho erótico do théo acaba virando um Overdose por aqui. Foi assim quando ele teve sonhos eróticos com Dave Grohl, quando assistiu Brokeback Mountain e, agora, quando ele teve um surto homossexual querendo ter a língua chupada pelo Nicolas Cage. O lado bom é que isso me deu motivo pra resenhar esse filme do cacete. O ruim é que quanto mais gente estiver resenhando por aqui, menos vai lavar o maldito convés.

A grande questão é: Como se começa uma resenha dessas? Eu me sinto quase na obrigação de fazer o começo da resenha ser tão explosivo quanto o começo do próprio filme. Porque esse é simplesmente o melhor início de filme que qualquer ser humano consciente poderia ver no mundo. Quer dizer, pra que as preliminares, véi? Nego quer ver é o sangue, a matança. E é exatamente o que David Lynch nos dá logo no início. Você ainda duvida? Pois bem, não diga que eu não te avisei:

VIOLENÇA, MALUCO! HAHAHAHAHAH!

Pois é, a coisa já começa preta pro lado de Sailor Ripley, como vocês provavelmente já notaram. O filme, dirigido por David Lynch, como eu já sugeri lá em cima, é baseado no romance de mesmo nome escrito por Barry Gifford e lançado em 1990. Não que vocês queiram saber disso, ces querem saber é de matança. Pois voltando ao que interessa, o maluco vai pra cadeia depois do incidente, e é quando ele é solto que a piração toda começ… digo, aumenta. Sailor e Lula Pace Fortune (a loira histérica da cena ali em cima, interpretada por Laura Dern) resolvem fugir da mãe psicopata e ditatorial da moça. Parece simples, não? Pois é, só parece. O fato da tal mãe, Marietta Fortune, namorar tanto um detetive particular quanto um gângster começa a embolar um pouco as coisas. Tudo isso recheado de uma porrada de referências a O Mágico de Oz e a Elvis Presley (não só na música e no jeito de Sailor. dá pra ver referências a filmes do Elvis, também). Agora já parece bizarro o suficiente? Espera então até você ver as cenas com o Bobby Peru, ou o show da banda Powermad. Do caralho as cenas. Aliás, o filme todo é do caralho.

“Bobby Peru não para pra pegar ar.”

Sailor é, na minha opinião, o melhor papel já feito por Nicolas Cage em toda a história dos filmes. O cara caiu como uma luva pro papel. Quer dizer, de vez em quando nego tem que acertar, né? Porque porra, motoqueiro fantasma, véi? Enfim, se o que você quer ver na sua tela é um road movie infestado de sanguinolência, esquisitice, sanguinolência, personagens carismáticos, sanguinolência, brutalidade e VIOLENÇA, pode pegar Coração Selvagem sem medo, cara. A fotografia do filme é do caralho, as falas são do caralho (porra, QUEM nunca quis dizer “o que vocês querem, bichonas?” pra um bando de vagabundo?), as atuações são do caralho e… porra, por que ce ainda tá lendo isso aqui, seu animal? Vá assistir o maldito filme!

Agora, se você é uma bichona de estômago fraco, não só passe longe do filme, mas também retire-se da minha frente, antes que eu lhe enfie uma bala do tamanho dum TUBARÃO no meio da cara.

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