Parece mas não é! – Parte I

Cinema terça-feira, 04 de maio de 2010

Hoje eu resolvi dar uma diversificada nos meus temas. Todos os meus rascunhos tratavam de filmes bons ou indicações de produções sobre determinado assunto. Tava de TPM achando aquilo tudo muito careta, muito monótono… Foi aí que eu tive a idéia de fazer um top 10 com os filmes mais cagados decepcionantes que já assisti em toda minha vida de cinéfila. O principal, no entanto, é que não são simplesmente filmes ruins. São aqueles malditos filmes onde você aposta todas as suas fichas, aqueles que olhando a capa bonitinha você tem certeza de que são bons. Um roteiro instigante, atores consagrados ou uma adaptação de um livro de sucesso te fazem acreditar que aquilo realmente será uma maravilha. No fim, você se sente uma ameba por ter assistido aquele lixo.

Procurando evitar que vocês, leitores do Bacon (Doutrinados e inteligentes), caiam na falcatrua das sinopses das capas, preparei esta lista-alerta e dividi em duas partes. Começaremos então com o 10° ao 6° colocados desse ranking da vergonha. Vamo lá?

10° lugar: Presságio (Knowing) – 2009

 Nem a premissa maior salva!

É ruim por que? Presságio tinha tudo pra dar certo, motivo pelo qual ficou em 10° lugar e não “melhor” colocado. O filme conta a história de um astrofísico (Nicolas Cage) que coloca as mãos num papel cheio de códigos desenhados por uma garotinha 50 anos antes. Com uma análise dos códigos ele acaba descobrindo que aquilo se trata de previsões das maiores catástrofes já ocorridas durante aquele período e mais ainda: Três delas ainda não ocorreram. Agora vem cá, com um roteiro batuta desses não daria pra errar, certo? Errado. O filme começa bem e mantém um nível ótimo até 4/5 do seu tempo, é intrigante e por vezes até assustador. A cagada-mor é o final. Que final ruim. Ruim de doer. Tanto os efeitos especiais toscos para recriar uma plantação de trigo alienígena (Ou seja lá o que for) quanto fazer uma alusão bíblica à Adão e Eva. Uó.

9° lugar: O Cemitério Maldito (Pet Sematary) – 1989

 Isso que você não viu a gosminha escorrendo do olho dela.

É ruim por que? Olha, tenho muita vontade de chorar quando penso em O Cemitério Maldito. A intenção era criar um filme tão aterrorizante quanto o maravilhoso livro de Stephen King. Passaram looonge. O Cemitério Maldito é o terror trash em sua pior aparição, dá vontade de ir correndo assistir Sexta-feira 13. O máximo que dá pra extrair é a atuação do ator-robô Miko Hughes como Gage Creed, o menino de dois anos mais possuído da história do terror. E claro, a trilha sonora dos Ramones. Esse filme consegue transformar a cena final do livro na situação mais bizarra que eu já assisti (Foto). Sabe o que é pior? Continuações. Este filme TEM CONTINUAÇÕES. Na minha situação de fã incondicional do livro, torço muito para que façam um remake de qualidade algum dia.

8° lugar: Queime Depois de Ler (Burn After Reading) – 2008

 Só eu que não vi graça?

Por que é ruim? Sei que estou comprando briga com os apaixonados pelos irmãos Coen, mas Queime Depois de Ver Ler é tão deprimente que chega a dar dó. No trailer ele se vende bem, mas bastam trinta minutos de filme pra você entender que o humor (Que humor?) negro e a sátira dos Coen não funcionam pra essa produção. Nem o elenco lotado de estrelas competentes segura a história, que aqui é o principal motivo de tanta meleca. Tudo (Eu disse tu-do) é confuso. O roteiro definitivamente deixa suas pontas soltas e não explora seus personagens como deve. Tenta ser engraçado de uma forma quase pedante, e lógico, não consegue. É típico filme tentei-ser-moderninho-e-original-uhul. Na boa? Pro inferno com a originalidade, dessa vez não rolou.

7° lugar: Eragon (Eragon) – 2006

Por que é ruim? O livro Eragon é um grande patchwork dos mil livros de fantasia que já foram escritos antes dele. Mesmo assim, o autor Christopher Paolini cumpriu o papel de escritor de forma digna. A história dos cavaleiros de dragões ficou interessante e muito empolgante, cheia de segredos que só são revelados ao longo dos demais livros da série. Eragon foi o filme de fantasia mais aguardado de 2006. Porém, o tamanho da expectativa foi proporcional ao tamanho da decepção. Adeus, história! Adeus, personagens! Adeus, bom senso! Eragon foi um furo sem tamanho. O livro e o filme caminham pra lados opostos. As cenas mais bacanas do livro sequer foram incluídas na versão do cinema. O resultado foi um filme chato, infantilizado e embaraçoso. Um clichê gigante. Se você nunca tiver lido o livro, a coisa fica ainda pior, você vai se sentir numa Sessão da Tarde da Globo assistindo a um filminho que subestima sua capacidade de imaginação.

6° lugar: O retrato de Dorian Gray (Dorian Gray) – 2009

 Bonitinho mas ordinário.

Por que é ruim? Não sei se vocês sabem, mas o livro O retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde é um clássico, tanto que essa foi a terceira adaptação da história para os cinemas. O personagem Dorian Gray chegou a fazer parte do filme A Liga Extraordinária (Que por um triz não veio parar aqui). A história fala de um jovem que após começar a conhecer as putarias libertinagens da vida, sela um pacto onde seu corpo jamais envelhece. Em seu lugar, seu retrato pintado pelo artista Basil se deteriora com o passar dos anos. O problema mais evidente aqui são os atores e (Por Deus!) as falas. Não se deixe levar pelo rostinho bonito na capa, e nem pelas mil cenas de sexo que o ator Ben Barnes faz durante o filme (Rola até beijo gay com Ben Chaplin, neto do Charles Chaplin). Não dá pra abstrair as frases clichês e a sensação contínua de que aquele personagem simplesmente não encaixa no intérprete. E isso serve para todos os personagens, você passa o tempo inteiro vendo um ator fingindo ser uma personalidade de época. Ninguém convence. Talvez o problema esteja até na caracterização. O resumo da ópera é um filme que tentou ser sexy, mas descambou pra um olhar 43 zarolho.

No próximo post: os cinco primeiros colocados, não perca! #anahickmanfeelings hahaha

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