Portal (PC)

Games terça-feira, 06 de julho de 2010

Pois bem, eu disse que ia terminar o Portal e vir aqui falar pra vocês como que é o jogo, certo? Se bem que como ele é cês já devem imaginar: Uma arma que solta as pontas de um portal, e quebra-cabeças pra você resolver. Isso tá na cara, o que você não sabe é que Portal é um jogo feminino, feito pra mulherada mesmo. Deixe-me explicar:

A protagonista é uma mulher.

Tá, grande coisa. Isso dá pra ver assim que cê tem pleno acesso aos dois portais [Azul e laranja]. Mas cê não é uma gostosona com pouca roupa, como costumam ser as mulheres nos jogos direcionados pra homens. Não. Cê é uma mulher normal, até meio desarrumada. Afinal, Chell acabou de ser acordada de um estado comatoso [Ou animação suspensa, é tudo a mesma bosta]. Ou seja, não é uma mulher idealizada, pros puñetas marmanjos ficarem babando. É uma personagem próxima a realidade feminina, e a protagonista é feita desse modo pra gerar empatia. Ela até tem traços do padrão de beleza idealizado hoje em dia [Olhos claros, lábios carnudos, cabelo liso, corpo bem definido.], mas tá só o pó, assim como a maioria das mulheres se vê: “Se eu me der um banho de loja, fico M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!”

 Afinal, todo homem gosta de ver um jogo com uma mulher dessas. CLARO!

Se bem que ela tá mesmo é com cara de quem acabou de acordar.

A antagonista é uma mulher.

Tá, não é bem uma mulher. Mas é um ser feminino. Tá, não é bem um ser, mas foda-se, é uma vilã. GLaDOS é um robô/sistema operacional/FDP que, inicialmente, te guia. Mas, conforme o jogo vai seguindo, acaba mostrando que é uma grande mentirosa [Uma porque é uma voz feminina]. Ou seja, ela se aproxima muito da tua mãe. E não, isso não era pra ser uma ofensa. Mas vai dizer que sua mãe não fez isso: Te educou, te indicou, mas também contou um monte de mentiras, e já quis te ferrar várias vezes, certo? Bom, pra nós, homens do sexo masculino, isso pode parecer absurdo, já que mãe é sagrada e talecoisa e coisa e tale. Acontece que mulher é um bicho extremamente competitivo. Tipo, eu sou competitivo, mas comparado à mulheres em geral, elas são a primeira divisão do Brasileiro, e eu sou a segunda divisão do acreano. O negócio é absurdo. Mulher se veste não pra se sentir bonita, ou pra agradar o macho, mas pra agradar/vencer outras mulheres. A GlaDOS [Que significa Genetic Lifeform and Disk Operating System, ou, em bom português, Forma de Vida Genética e Disco de Sistema Operacional: FdVGeDdSO. Que bom que não teve tradução] entra nesse esquema. Ela mente, mente mais, mente mais um pouco, tenta te matar por meio de mentira, e por ae vai, mesmo tendo guiado o início da sua jornada pelo Aperture Science Enrichment Center, que é a porra da instalação onde cê tá enfiada (Sim, enfiada, cê é uma mulher no jogo, esqueceu?). Mas depois de algumas tentativas mal-sucedidas, ela consegue te mat… Não, pera. Cê escapa de todas. Ou devia, já que essa é a ideia do jogo. Mas o que importa é que, depois de muitas tentativas de assassinato, cê tem que confrontar ela. Mas não com armas, já que cê não tem: Cê tem que usar o que ela joga contra você pra abater o bicho. Que nada mais é do que um monte de ferro pendendo do teto. Cê não imaginava que um lustre podia te causar tantos problemas, hein?

 Sem contar que os contornos lembram uma mulher amarrada no teto.

A análise subjetiva começa a ficar boa. (heh)

É um FDP FPS sem armas.

Sério, quantos jogos em primeira pessoa cê conhece que não sejam de tiro? E quantos jogos femininos cê conhece que sejam de tiro? Se você respondeu Portal pra alguma dessas duas perguntas, parabéns: Cê não conhece nada de jogos. É só lembrar do… Tem aquele lá… Aquele jogo, que tinha aquele cara… Enfim, o que interessa é que jogos em primeira pessoa [Ou First Person] costumam ser de tiro [Ou Shooters]. Ou seja, os FP costumam ser S. Portal é um FPS sem S. Um jogo sem armas. Sua única arma é o lançador de portais:

 “Queridinho da mamãe, tesudinho lindo!”

Que não mata ninguém. Sério. O tiro, por si só, sozinho, não mata porra nenhuma. Talvez se você já tiver um portal aberto, direcionado pra um imenso fogareiro, e abrir o outro embaixo do ser que cê quer matar, funcione, mas ai é você usando o ambiente. Cê só tem isso e os Weighted Companion Cube, que são cubos que te fazem companhia [Voltarei à eles mais tarde] pra fazer as coisas e se defender. Ou seja, nada de bazucas, metralhadoras, pistolas, lasers, nada. Use apenas o ambiente pra se livrar do próprio ambiente. Quer coisa mais feminina que isso? Ficar manipulando sem realmente meter a mão na massa? Só faltava mandar um homem fazer.

Você depende de objetos

É issae. Cê não joga só, mesmo jogando sem ninguém, saca? Cê tem que usar o ambiente, como eu já disse, e esse mesmo ambiente tá coalhado de coisas. A maioria é nociva, como as piscinas eletrificadas, os robôs de vigia, as bolas de energia que ficam batendo por ae [E logo se nota que é tudo coisa que remete à tecnologia]. Mas tem o seu companheiro inseparável [Ou nem tanto]: O vibrador já citado cubo companheiro.

 “Óun, que macio e fofinho!” Aproveita e vai lá na loja da Valve e compra um. Pra mim. Presente pra namorada, juro!

Ele é sua única “ajuda” [Já que, na verdade, você tem que usa-lo, manipulando-o para conquistar seus objetivos. Soa familiar?] para chegar ao final de determinado cenário. Só vai existir um na sua vida. Mas não se preocupe, cê vai achar vários iguais à ele. E vai ter que passar por cima deles e dos seus sentimentos pra conquistar seus objetivos: Se manter viva. E eles são duros, frios, e não fazem nada se você não comandar.

 Como todos os homens da sua vida. Menos aquele seu amigo gay.

Será que acabaram as metáforas? Eu podia comparar o jogo à vida, já que você tá sempre sozinha, e tem que seguir instruções de alguém que é seu superior, ou se rebelar e ir em frente sem rumo. Também podia dizer que no final você se fode, mas ai é spoiler demais. Mesmo já estando sendo desenvolvido Portal 2. O que importa é que o jogo é curto, já que os desenvolvedores queriam que as pessoas pudessem finaliza-lo em uma noite, pra ouvir a incrível música de encerramento. E vai por mim, vale a pena. Não só a música em si, mas o jogo todo. Desde que você não fique filosofando sobre como ele representa as nossas vidas.

 Mas e o jogo, cazzo?

Porra, cês não notaram que eu tou falando do jogo faz tempo? É um jogo de tiro, sem tiro, em que cê tem que resolver puzzles em movimento. Cê atravessa umas vinte fases, mais ou menos, e no final escapa do complexo. Ou não. Os efeitos sonoros e os gráficos são o que cê já tá acostumado do Half Life 2, além da jogabilidade, que é a crássica de tudo quanto é shooter: Cê anda com o teclado e mira com o mouse. E justamente por nego achar que podia ser mais longo, tem as fases bônus, que nada mais são do que as fases que cê já venceu, com metas de uso limitado de passos, portais ou tempo, no caso dos desafios, ou as versões avançadas dos mapas, em que eles foram modificados pra ficarem mais difíceis. E eu sei que cês nem vão mexer com isso, já que cês não gostam de pensar. Se gostassem, não seriam leitores do Bacon.

Portal


Plataformas: Microsoft Windows, Mac OS X, PlayStation 3, Xbox 360
Plataforma Avaliada: Microsoft Windows
Lançamento: 2007
Distribuído por: Electronic Arts (venda) Steam (online)
Desenvolvido por: Valve Corporation
Gênero: Puzzle, FPS, Ficção científica

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