Final Para Três (Rex Stout)
Sou fanático por assassinatos. Adoro roubos. Amo mistérios. Nada consegue prender mais minha atenção que uma boa história de crime e mistério. E sempre gostei principalmente daquelas história em que o raciocínio lógico (Ou nem tanto) é quem dá a luz a resolução do caso.
E dentre meus autores prediletos dentro da literatura policial, posso citar sem medo a rainha do crime, Agatha Christie, Georges Simenson e Dorothy L. Sayers. Mas essa semana, ganhei de um amigo uma edição surrada encontrada num sebo de Final Para Três, do norte-americano Rex Stout.
Essa foi a primeira vez que fiquei cara a cara com o balofo Nero Wolf, detetive de Nova York que, pela descrição, é um Garfield humano, uma vez que ele é descrito como gordo, preguiçoso, glutão, sarcástico, mau-humorado e despreza solenemente esforço físico, mulheres e, acima de tudo, trabalhar como detetive.
Isso mesmo. Ele é um sedentário que odeia resolver caso, mas como é super inteligente, consegue resolve seus casos sem sair de casa, na verdade, sem praticamente nem se levantar de sua cadeira. Além disso, ele é fanático por orquídeas e nada no mundo consegue tirá Wolf de dentro de sua estufa quando está com suas plantas.
Nesse livro que me foi presenteado, conheci o gorducho encarando três misteriosos casos de homicídio. Em todos os casos ele se senta a mesa tomando cerveja e comendo alguns sanduíches, e com a lei do menor, esforço resolve todos os casos.
As duas primeiras histórias, O Revólver Voador e Morte no Parque, nem preocupam o detetive e também não apresentam para o leitor muitas dificuldades para resolver os crimes. Mas a coisa muda de figura na última história, Disfarce Para Matar.
Enquanto nas duas primeiras Wolf apenas senta, ouve e apresenta seu ponto de vista, ou conta com seu auxiliar Archie Goodwin para fazer o “trabalho pesado”, enquanto ele confortavelmente fica em casa elaborando hipóteses até chegar uma conclusão agradável, na última Wolf se sente revoltado, uma vez que a cena do crime é sua própria casa.
Tal ousadia deixa o balofo detetive indignado, pois não é admissível para ele que algum criminoso possa ter sido tão demente para matar alguém bem diante de seu nariz. E é nessa história que temos o bom e velho “jogo” com o leitor, ao melhor estilo de Conan Doyle, com Sherlock Holmes ou Agatha Christie, com seu Hercule Poirot.
Enfim, para uma primeira leitura desse autor eu posso considerar satisfatório garantindo sem dúvida alguma uma boa e divertida leitura. E só para complementar, Nero Wolf já apareceu nas telonas em duas ocasiões: Em 1936 e 1937. E nas telinhas em duas séries, a primeira de 1981 (Com 14 episódios) e outra em 2001 (Com 29 episódios.)
Final Para Três
Curtais for Three
Ano de Edição: 1980
Autor: Rex Stout
Número de Páginas: 163
Editora: Clube do Livro
Leia mais em: Agatha Christie, Conan Doyle, Dorothy L. Sayers, Georges Simenson, Hercule Poirot, Matérias - Literatura, Nero Wolf, Rex Stout, Sherlock Holmes