Minha história com video-games e porque o PS 2 é o fodão do mundo gamer
Nova geração é o caralho, PlayStation 2 ruleia essa porra.
Você soprava o cartucho? Você limpava o CD (Veja bem, CÊDÊ) na camiseta? Você tinha que ficar perto da TV por causa do fio do controle? Você se perguntou “que porra é essa?!” quando viu um botão analógico pela primeira vez? Então, meu caro, você sabe o que é ter raça na hora de usar um video-game.
Logo quando eu era criança, fui agraciado com um Master System (Se era o 2 ou o 3 é uma pergunta fora de questão). Na época eu tinha uns 6 ou 7 jogos, sendo que eu só jogava 2 deles: Um do Mickey e um do Spider-Man. Os outros ou não funcionavam (Nem soprando) ou eu não conseguia jogar. No jogo do Mickey, você escolhia um brinquedo, escolhia o embrulho de presente e missão cumprida, você venceu! Já o jogo do Cabeça de Teia era no estilo dos jogos de GBA de “hoje” em dia: Aquele 2D de sempre. Diga-se de passagem, eu só jogava o do Mickey, porque eu sempre morria no do Spider-Man.
Eu jogava pouco, afinal, eu era criança, o esquema naquela época era correr, cair e ralar o joelho e não ficar em casa, deitado no sofá, vendo o VMB. Então, um tempo depois, o Master System quebrou. Somente vários anos depois ganhei meu segundo console que nem era um console, era um portátil: O Game Boy Advance. Quem saca de games vai ver o ROMBO que minha vida como gamer teve. Tá certo que nem o Master System nem o GBA vieram para minhas mãos logo após seus respectivos lançamentos (Aliás, quando ganhei o GBA, o GBA SP já havia sido lançado), mas entre eles tem quantos anos? Uns 15?
Com o GBA foram tempos nostálgicos: Passei horas jogando aquele “pequeno” video-game. Zerei Monstros S/A e Medabots com a alegria de quem compra o primeiro carro. Interessantemente (Ou não), nunca tive nenhum jogo do Mário… Aliás, todos os video-games da Nintendo deviam vir com um jogo do Mário. E como um bom jogador, eu soprava também os cartuchos do GBA (Cartucho adaptador de cartão de memória não existia naquela época).
Mas nesse meio tempo entre o Master System e o GBA, veio o PlayStation. O PlayStation 1: O video-game que eu considero ser o rei dos vídeo-games até os dias de hoje. Mas ele não era meu: Era de um amigo. E é claro que após passar noites e mais noites jogando Dino Crisis, Fighting Force 2 e Crash Bandicoot, a vontade de ter um PS 1 era gigantesca. Vontade a qual eu nunca sanei, já que o PS 1 veio e foi embora e surgiu o video-game mais foda do mundo: O PlayStation 2 (O PS 1 é o rei, mas o PS 2 é o primeiro-ministro, entendem?). Mas eu não tive um PS 2. Não, foi só após o lançamento do PlayStation 2 Slim que finalmente coloquei as mãos no meu segundo console.
Meu cargo como soprador de cartucho havia acabado com a venda do meu GBA, mas eu tinha um PlayStation 2. Um PlayStation 2 Slim com GTA San Andreas. Só quem teve (Ou tem) um PlayStation 2 sabe realmente o que é um video-game. Não tem essa de HD, Blu-Ray, controle sem fio, 1080 DPI, controle sensível a movimentos, câmera de reconhecimento de movimentos, perfil, jogo on-line com banda larga e tudo mais que essa nova geração tem.
Jogar e ter um PlayStation 2 significa honrar todos os sopros em cartucho e todos as limpadas de CD da sua vida. Jogar e ter um PlayStation 2 significa que você é macho o suficiente pra deletar seus saves antigos pra colocar novos no lugar. Jogar e ter um PlayStation 2 significa que você sabe o que GameShark significa. Jogar e ter um PlayStation 2 significa que você tem que tomar cuidado pra não puxar o fio do controle e derrubar o console (O meu caiu assim, mas a culpa foi da minha prima… Nunca mais levei meu PS 2 lá… Aliás, meu cooler quebrou junto com o video-game). Jogar e ter um PlayStation 2 significa que você honra todos os jogos que você já jogou.
Então caros leitores, se você tinha que soprar cartucho, se você cuidava da sua tela de cristal líquido (Ninguém falava “LCD”) e se você já zerou todos os Crash Bandicoot, juntem-se a mim, para falar para todo mundo que tem PlayStation 3, Nintendo Wii e Xbox 360 pararem de viadagem e jogarem video-games de verdade, video-games que não dão 3RL, que tem jogos por 10 reais e que precisam de setas e analógicos para serem jogados. Juntem-se a mim para dizer que memória interna de cu é rola e que video-game bom roda até em tela de calculadora.
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