Parando pra pensar na música

New Emo quarta-feira, 12 de março de 2008

Que música muda o humor de todo mundo qualquer um sabe. Desde que nasceu. Porém, para algumas pessoas (como o vosso tão amado théo), a música vai além dos nervos, assim digamos. A música se torna um estilo de vida, mas não estamos falando de vestir uma bermuda de flanela e sair por aí cantando Nirvana – não, não estamos falando de estilo musical, moda ou algo do tipo. Digo, EU não estou falando disso; vocês não estão falando nada. Provavelmente, vocês estão ouvindo música.

O que seria um estilo de vida á partir de uma música? É complexo, talvez eu não saiba explicar. Então, vamos citar uns exemplos que chegam perto disso.

Quando uma pessoa é deprimida por natureza, como o vosso querido membro do site mais quente da galáxia Santhyago, ela acaba ouvindo músicas mais deprimentes ainda no auge de sua deprimência. Isso é clássico: Você está depressivo e vai ouvir algo… depressivo. Perdi minha namorada. Vou ouvir Mr Brightside do The Killers! Ou então, você está alegre – mas este exemplo dificilmente acontece: Perdi o cabaço! Vou ouvir Sexo do Ultraje a Rigor! Aí você me perg…

– COOOOOOOOMO ASSIM DIFICILMENTE ACONTECE????

Caramba, o Tanguinha cresceu. Enfim, as pessoas procuram se identificar com as músicas, e os casos mais óbvios são dor de cotovelo ou apaixonite. Eu digo que dificilmente alguém ouve uma música “alegre” quando se está alegre porque eu sou deprimido, mesmo. Então, brincadeiras á parte: É por isso que essas músicas iguais fazem tanto sucesso por aqui. Zezé di Camargo & Luciano e afins. Dor de cotovelo E apaixonite; só podia dar certo. Afinal, geralmente, uma coisa acompanha a outra. E eu acho besteira seguir esses dois padrões, principalmente o depressivo. Se a música tem o dom de mudar o seu humor, pra quê se afundar mais ainda? Vira homem e vai ouvir uma música decente, véi.

Eu não sou tão deprimido quanto pareço, e acho que o fato de eu gostar de Metal diz algo sobre o meu… temperamento, por exemplo. Eu vivo com mau humor, e o irônico disso é que basta colocar uma PEDRADA que meu humor muda. Ao contrário das pessoas que escutam My Chemical Romance para ficarem MAIS deprimidos ou Lenny Kravitz para ficarem MAIS apaixonados, eu não escuto Metal pra ficar MAIS revoltado ou MAIS ateu. Eu ouço Metal porque é bom pra carái. É empolgante. Meu cérebro traduz toda aquela revolta para pura empolgação. Não vou mentir: Religiosos me param na rua pra falarem como o Slayer é uma banda do Capeta, mas… e daí? Primeiro que, na maior parte das vezes, o vocalista pra mim é mais um instrumento – tanto que eu já gostei de muita merda, inclusive bandas Emo. Eu não ligo pra letra. Segundo que os caras só estão ganhando o dinheiro deles. Eles não se levam a sério, só adolescentes revoltadinhos acham que há uma filosofia ali. Não, véi. Aquilo é música. E música é pra se ESCUTAR.

Então, são dois caminhos: Entender a filosofia de uma música ou simplismente usá-la ao seu favor. Eu apóio a segunda escolha, e acho que muita gente caminha pelos dois lados. Recaídas, essas coisas. Frangos. Bom, na equipe do AOE já ficou bem claro que o Piratão e eu somos completamente apaixonados pela música, tanto que ambos já tocamos em uma banda. Eu aposentei minha guitarra porque, definitivamente, eu estava envergonhando os deuses do Rock. Acho que quando você está em uma banda, definitivamente, você está mais perto da música. Você não só faz a maldita acontecer; você a vive. E isso é do carái.

Mas chega de enrolação: E você, como se comporta ao ouvir suas bandas de cabeceira?

Por diversas vezes eu já visitei outros mundos ouvindo For Those About to Rock (We Salute You) do AC/DC, por exemplo. Aliás, já deixei bem claro aqui como o Rock é IMPORTANTE pra mim. Sou daqueles que leva o Rock tão a sério quanto um relacionamento ou uma amizade – e olha que essas três características são raríssimas, então eu sou um bom partido. Eu me considero um fanático, não me considero um Rockeiro. O que é ser um Rockeiro? Nhé. Não que eu odeie rótulos, pelo contrário: Rótulos são bons para separar sensações diferentes. Como seria um mundo sem rótulos onde as pessoas escutam Dead Kennedys e Metallica, duas bandas de… Rock? Eu vejo os rótulos como “Essa é a loira, essa é a morena, essa é a ruiva de óculos e essa é a gordinha… morena.”, ou algo do tipo. Mas chega de falar de mim.

Resumindo, é isso: Algumas pessoas vão a igreja, outras vão na academia. Eu faço parte do grupo que ouve música. É a minha religião, eu simplesmente não POSSO ficar sem música; e não é pra aliviar o tédio ou pra me distrair – é pra poder ter certeza ao falar “estou vivo”. Bom, mais uma vez eu me usei como exemplo em uma coluna, mas é pra, talvez, abrir uma pequena discussão ou ver se alguém tem alguma experiência bacana pra contar. Espero que tenham. Então, fechando com o clássico citado acima. Te encontro em outro mundo, puto.

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