Eu deveria ter jogado antes – Call of Duty: Modern Warfare 2
Então, cês devem saber que eu curto jogar FPS. Até porque, é ótimo imaginar que os negos que eu tô fazendo comer bala são vocês, os estagiários e o nosso editor-chefe-feladaputa Pizurk. Mas não confundam; tudo bem, eu curto FPS, mas eu não jogo qualquer merda. Medal of Honor, por exemplo, logo depois do Rising Sun, mandei pro inferno. Aliás, é uma maldição dos jogos desse gênero: Os produtores colocam, em sua grande maioria, conflitos batidos, como a Segunda Guerra e o Vietnã. Tá, clássicos são clássicos, mas cadê a criatividade nisso tudo? Call of Duty, no seu lançamento, tinha um diferencial: Você não jogava na pele de um soldado o tempo inteiro, muito menos pelos americanos. Afinal, você começava como um russo, defendendo Stalingrado. Criativo, mas nem tanto.
Só que, pra minha felicidade, eu comprei Modern Warfare 2. E, rapaz, que jogo do caralho.
Eu pago pau pra qualquer desenvolvedor que arrisque uma ideia nonsense. E provavelmente o primeiro MW também foi assim, mas, hei, sou igual ao théo: Eu não CAGO dinheiro pra comprar um computador decente pra rodar jogos desse tipo. Mas depois de uns purgantes e ovos de ouro – que não têm nada a ver com a história – eu consegui uma máquina capaz de me fazer aproveitar essa nova leva de jogos que inunda o mercado. Voltando pra parte do nonsense, a história é bacana. Não é algo criativo do nível que tenha saído da cabeça do Kojima, por exemplo, mas é bem bolada.
O jogo deixa bem claro que esse período de “paz” que nós (Principalmente das nações ocidentais) estamos vivendo é uma puta mentira. Não há nenhum conflito declarado, mas acontece todo o tipo de merda. Você só não fica sabendo porque a) Nunca jogou MW 2) Ninguém quer que você saiba. Por mais clichê que seja, você começa no Afeganistão, metendo tiro pra todos os lados. Depois disso você é recrutado pra uma força tática especial, aquelas que com duas pessoas conseguem destruir uma base gigante. Em uma missão – onde você tá na pele de um agente disfarçado na Rússia – você é traído e morto. Só que antes de você ser morto, basta dizer que você teve que matar um monte de civis, e isso sempre dá merda.
Depois de uma missão nas favelas do Rio de Janeiro, onde todo mundo tá atrás do cara que vendeu as balas pro massacre, pra livrar o governo, a Rússia declara guerra aos EUA. E, puta que me pariu, isso foi animal. Você tem que se defender em território norte-americano. A fucking Casa Branca, por exemplo, tá completamente invadida por soldados camaradas; até a Estação Espacial Internacional foi destruída – com direito a CG – e um monte de cenas bizarras que você aplaude e pede mais.
Em parte técnica, é um jogo bem simples de se jogar. Em raras ocasiões você comanda um ataque – e quando comanda, funciona apenas em direcionar os mísseis ou onde um blindado deve focar o fogo. A tropa é totalmente automática e se comporta como uma tropa de verdade. Isso mesmo, a IA já sabe como andar estrategicamente, você não precisa ordenar um suporte ao invadir uma sala, por exemplo. Isso foi muito bem trabalhado, assim como os inimigos que dão um puta de um trabalho algumas vezes.
O arsenal, rapaz, faz jus ao nome. Vi mais armas no jogo do que dentro das indústrias Stark. O único ponto negativo é a falta de munição em algumas fases, mas isso é desculpa de quem não sabe fazer cada bala valer a pena. O sistema de vida é diferente de tudo que eu já vi: Você não tem uma barra de HP ou pacotes de recuperação espalhados pela fase. Se você se machucar pra caralho você tem que se proteger por alguns instantes e pronto, vivo. Foda é conseguir se proteger em meio a fogo pesado, mas que graça teria se fosse simples?
O único ponto fraco da bagaça e que realmente me deixou puto foi a duração da história. Zerei em menos de um dia e fiquei com aquele gostinho de quero mais. Foda que eu realmente tô considerando pegar o primeiro MW e o sucessor, Black Ops. Eu fico puto de perder essas coisas por tanto tempo. Por isso mesmo que eu não compro um Playstation 3. Certeza que se eu comprar e der uma olhada em quantos títulos eu perdi, provavelmente terei um infarto. Ou venderia minha casa pra comprá-los, o que é pior.
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